No vestibular e no Enem é preciso ir além das regras gramaticais. Confira sugestões para gabaritar a prova
Mais de um milhão de inscrições já foram realizadas para a edição de 2019 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), de acordo com o balanço do Ministério da Educação (MEC). O prazo acaba no dia 17 de maio e as provas acontecem nos dias 3 e 10 de novembro.
Para se destacar nesse vasto universo de candidatos, que em 2018 foi de 5,5 milhões de pessoas, é preciso estudo, dedicação e preparação com estratégia, especialmente no que diz respeito à redação. Por ser uma avaliação aberta, a escrita pede que o aluno mostre domínio gramatical, repertório argumentativo e coerência ao articular ideias. Para Marília Manfredi Gasparovic, professora do Colégio Marista Cascavel, é o momento em que os estudantes podem se destacar da maioria. “Ter informação é diferente de ter conhecimento e é no momento da redação que diferenciais como senso crítico e repertório de mundo entram em cena”, analisa.
Para orientar os estudantes que vão encarar esses desafios durante as provas, Marília listou algumas dicas importantes:
- Planejar o texto em relação ao gênero textual.
Saber quais são as características de cada gênero é essencial. O Enem pede um estilo, as universidades pedem outros formatos e por aí o vestibulando tem que se esforçar para dar conta de adaptar a escrita conforme a orientação. A dica é entender onde cada tipo de texto se encaixa. Por exemplo, artigos opinativos pedem argumentos críticos, uma dose de humor e escrita em primeira pessoa, pois são usados em jornais e revistas.
- Ser um bom leitor é a melhor forma de escrever bem.
Para argumentar, construir um texto, é preciso ter repertório de mundo. Assim, torna-se necessário ter como base uma grande diversidade de conteúdos para poder construir um bom texto argumentativo. Em tempos de redes sociais, com uma enorme quantidade de informações rasas, ler somente a manchete das notícias impede que o aluno se aprofunde nos assuntos e consiga opinar e discorrer.
- Surpreender e encantar o corretor.
Além de pensar o próprio texto, é válido questionar o que os outros candidatos vão escrever para tentar se destacar e sair do senso comum. Seja pelo conteúdo, seja pelo estilo, encarar o corretor como uma audiência a ser conquistada e não somente como uma máquina é um passo importante para ganhar pontos na redação.
- Ter estilo próprio e saber que escrita é construção.
Foi-se o tempo em que os vestibulares pediam textos engessados e quadrados. Se adequar ao gênero pedido não quer dizer abandonar o estilo de escrita. A busca por uma construção textual interessante e rica é bastante valorizada e rende pontos.
- Deixar o texto respirar.
A dica mais prática da lista é essa: comece a prova pela redação. Ler com atenção o que é pedido para poder executar o texto com tempo é o básico. Fazer o texto inicial no rascunho e deixá-lo “na gaveta” enquanto realiza as demais questões é importante para dar um tempo e poder reler o texto depois. Antes de passar a limpo, é hora de ler com olhar crítico e reconstruir frases e sentenças que possam ser melhoradas.
Rede Marista de Colégios (RMC)
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