Doença
tende a aparecer ou a piorar quando paciente é exposto a determinadas
substâncias ou situações de estresse
A dermatite atópica é uma doença da pele comum na população
brasileira. Até 25% das crianças podem apresentar episódios da doença e até 7%
dos adultos podem ser acometidos. Trata-se de uma doença
crônica, hereditária e não contagiosa, que em decorrência das lesões na pele e
coceiras, pode afetar a autoestima do paciente e sua interação social.
Em
campanha veiculada nas redes sociais (Facebook, Instagram e YouTube) a
Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) orienta a população sobre o que é a
doença, causas, diagnóstico, fatores desencadeantes e cuidados. Nas peças
divulgadas, a população também é lembrada da importância de procurar o médico
dermatologista, profissional qualificado e capacitado para realizar o
diagnóstico e o tratamento da doença.
Pacientes
com dermatite atópica não possuem a barreira protetora da pele e convivem com
alergia cutânea que pode desencadear pele seca, erupções que coçam e crostas,
principalmente nas dobras do corpo, como pescoço, cotovelo e atrás do joelho,
áreas mais espessas e secas. Outras características da doença são esfoliações
causadas por coceira, alterações na cor, vermelhidão ou inflamação da pele, que
também podem surgir após irritações prolongadas, gerando eczemas.
“Na
maioria dos casos, os pacientes com dermatite atópica não possuem na pele a
substância que auxilia no fator natural de hidratação que todas as pessoas
possuem, sendo assim, é como se faltasse uma película gordurosa na pele do
indivíduo e é essa película que protege das agressões externas. Uma das queixas
mais comuns de quem tem a doença é o impacto na vida social, embora com alguns
cuidados seja bastante possível aumentar o bem-estar do paciente”, explica a
Dra. Ana Mósca, médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A
doença é controlada com a identificação e controle dos fatores desencadeantes,
além de medicação adequada. Alguns dos fatores para o desenvolvimento da doença
são: contato com materiais ásperos, poeira, detergentes e produtos de limpeza
em geral, roupas de lã e tecido sintético, temperaturas extremas, infecções,
alguns alimentos e o estresse emocional.
“Qualquer
contato com superfícies ásperas, pelos, exposição solar ou produtos de
higiene/limpeza tem efeito desencadeador. É importante que o paciente atópico
viva em um ambiente limpo, sem odores e livre de objetos que possam acumular
poeira. O apoio psicológico também pode ser útil ao paciente e à sua família”,
afirma o Dr. Samuel Mandelbaum, médico dermatologista da Sociedade Brasileira
de Dermatologia.
O
tratamento da doença visa melhorar os sintomas que interferem diretamente na
qualidade de vida do paciente e no controle da
coceira, a redução da inflamação da pele e a prevenção das recorrências. “Para
combater a pele seca, o tratamento é feito com hidratantes, que devem se
reaplicados no mínimo duas vezes por dia, e de preferência após o banho para
que o produto segure ao máximo a umidade da pele”, afirma Ana Mósca. O uso de
imunomoduladores da calcineurina podem ser indicados. Cremes e pomadas de
cortisona também são eficazes no controle da doença, no entanto, devem ser
indicados e usados corretamente para se evitar efeitos colaterais a longo
prazo.
A
fototerapia é outra opção de tratamento, mas seu uso requer cautela e deve ser
discutido com o médico. “Tratamentos com raios ultravioletas costumam ficar
restritos apenas aos casos especiais e de difícil controle em razão dos efeitos
colaterais da terapia”, salienta Samuel Mandelbaum.
Sempre
procure um médico para saber qual é o melhor tratamento para o seu caso. Uma
relação de parceria com o médico contribui muito para o tratamento da dermatite
atópica. Busque um médico dermatologista associado da SBD: http://www.sbd.org.br/associados/.
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