O crescimento foi de cerca de 17% no
país, a técnica já deu origem a mais de 8 milhões de bebês em todo o mundo
desde a sua implementação
Dados
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informam que o número de
embriões humanos produzidos pelas técnicas de fertilização in vitro voltou a
crescer em 2017, em relação ao ano anterior. Ao todo, foram registrados nas
Clínicas de Reprodução Assistida 78.216 embriões congelados, um aumento de
cerca de 17% da utilização dessa técnica no Brasil. As informações são
referentes ao Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões
(SisEmbrio), que faz uma radiografia dos serviços de reprodução humana
assistida no país.
Segundo
a Anvisa, a Região Sudeste é a responsável por 65% dos 78.216 embriões
congelados. A Região Sul tem 13%, a Nordeste, 12%), a Centro-Oeste, 8% e a
Norte 2% finalizam a lista da distribuição, em porcentagem, de embriões
criopreservados no ano de 2017.
O
ginecologista, obstetra e especialista em
reprodução humana da Clínica MAE em São Paulo,
Dr. Alfonso Massaguer, afirma que o crescimento do tratamento de
fertilização cresceu cerca de 350% nos últimos 4 anos na Clínica. Segundo ele,
a procura pelo procedimento aumentou consideravelmente entre mulheres de 30 a
35 que congelam seus óvulos com o intuito de estabilizar sua vida profissional
e encontrar o parceiro ideal antes de engravidar. Outro crescimento foi entre
às mulheres jovens que adiam uma gravidez para tratar doenças
graves, como câncer, quando o risco de a mulher não
conseguir engravidar é ainda maior. "O congelamento de óvulos
pode ser realizado em qualquer mulher que tenha a qualidade de seus óvulos em risco,
seja por cirurgia nos ovários ou quimioterapia", explica o
especialista.
Na
34ª Reunião
Anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE),
que aconteceu recentemente em Barcelona, foram revelados dados
impressionantes sobre a reprodução assistida: desde
julho de 1978, quando nasceu a menina Louise Brown, o
primeiro bebê de proveta, já foram gerados mais de 8
milhões de crianças com o
uso de técnicas de Reprodução Assistida. É uma área da
medicina que não para de evoluir e as mais
recentes pesquisas foram apresentadas no encontro,
principalmente em relação à
preservação da fertilidade tanto masculina quanto
feminina.
A
infertilidade é um problema que atinge pelo menos 1 em cada 10
casais no mundo, até 10 milhões de pessoas
só no Brasil. De acordo com estimativas do ESHRE,
atualmente, mais de meio milhão de crianças nascem por ano
por meio de procedimentos como fertilização in vitro, inseminação
artificial e transferência de embriões.
Dr. Alfonso Araújo Massaguer -
CRM 97.335 - Médico
pela Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo, Ginecologista e Obstetra pelo Hospital das
Clínicas eEspecialista em Reprodução Humana pelo Instituto
Universitário Dexeus – Barcelona. Dr. Alfonso é diretor
clínico da MAE
(Medicina de Atendimento Especializado) especializada em
reprodução assistida. É professor responsável pelo
curso de reprodução humana da FMU e membro da Federação
Brasileira da Associação de Ginecologia e Obstetrícia
(FEBRASGO), das Sociedades
Catalãs de Ginecologia e Obstetrícia e Americana de Reprodução
Assistida (ASRM). Também é diretor técnico da
Clínica Engravida e autor de vários
capítulos de ginecologia,
obstetrícia e reprodução humana em livros de medicina.
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