Produtos baratos e de qualidade inferior podem
gerar custos extras de manutenção e aumentar gasto do consumidor com combustível
Ao realizarem a troca de óleo nos seus veículos,
muitos consumidores questionam-se quanto à qualidade daquele produto e se devem
ou não economizar comprando opções mais baratas. Muitos não sabem, mas alguns
desses produtos apresentam poucos aditivos, o que consequentemente reduz sua
qualidade. A Mobil adverte sobre como essas escolhas podem afetar no
desempenho do veículo e explica o que deve ser observado nessas situações.
Os lubrificantes encontrados hoje no mercado
possuem em sua composição química os óleos básicos, assim chamado os
componentes essenciais, e os aditivos, que são os responsáveis pela qualidade
do óleo. "Há produtos com 75% a 95% de básicos nos óleos. Quanto maior a
porcentagem de básicos, mais barato fica, mas também é de menor
qualidade", afirma Laura Furst, coordenadora de produtos da Mobil.
"Os óleos da Mobil não engrossam e não afinam tanto, por isso, conseguem
manter uma boa fluidez e, consequentemente, um bom desempenho e durabilidade.
Isso resulta em menos gastos com lubrificantes", completa Laura.
A coordenadora explica ainda que os óleos de
qualidade inferior dificultam a movimentação do equipamento. Isso faz com que o
custo destinado ao combustível, que é o principal gasto do consumidor nos
automóveis, aumente em até 6%. Com o tempo, essas despesas podem se estender
também aos reparos mecânicos. "Óleos lubrificantes de baixa qualidade
diminuem a vida útil do motor em cerca de 30% a 40%, o que na prática equivale
a dois ou três anos", completa.
Tais danos ocorrem porque uma das funções dos óleos
lubrificantes é justamente reduzir o atrito sólido entre as peças do motor para
protegê-lo contra a corrosão. Além disso, óleos de menor qualidade geralmente
apresentam maior viscosidade, em outras palavras, o tempo que aquele líquido
demora para escorrer é maior, e, por isso, o óleo demora mais para chegar nas
partes necessárias do motor na partida, aumentando o atrito entre as peças. A
longo prazo, esse tempo a mais que as peças ficam atritadas pode gerar um
desgaste significativo do equipamento.
Além dessas consequências, óleos de má qualidade ou
inadequados para os veículos provocam a formação de borras. Esse acúmulo de
material sólido é uma das principais causas da deterioração dos motores
encontrados no mercado atualmente, visto que podem entupir a tubulação de
lubrificantes e gerar um acúmulo de resíduos, ocasionando graves danos, como a
fundição do motor.
Para evitar esses eventuais problemas oriundos
dessa necessidade de economizar no custo do óleo lubrificante associada à falta
de informação sobre o assunto, o melhor a se fazer é seguir as recomendações
apontadas no manual e as dicas dos especialistas. "O consumidor deve
sempre comprar óleos de boa qualidade seguindo as especificações do fabricante
do equipamento e fazer a checagem e a troca do óleo regularmente, no período
apropriado. Com isso, evita-se complicações técnicas e possíveis gastos com
reparos", adverte Laura.
Quais as diferenças entre os óleos minerais,
sintéticos e semissintéticos?
Os óleos minerais são derivados diretamente do
petróleo. Atendem bem aos motores convencionais, mas são mais suscetíveis à
oxidação, efeito acelerado pelas altas temperaturas existentes nos motores
modernos. É a opção mais econômica, mas menos resistente em casos de variação
de temperatura e pressão.
Já os óleos sintéticos são os mais eficazes e
avançados do mercado, produzidos com tecnologia de ponta. Obtidos por síntese
química de moléculas, são mais estáveis e resistentes à oxidação,
possibilitando maior proteção e extensão da vida útil do motor, além de
contribuir com a redução do consumo de combustível, por minimizarem o atrito e
permitirem movimentos mais livres entre as partes internas do motor, com menor
perda de energia.
Além disso, proporcionam menor volatilidade e
desgaste no momento da partida, extensão do período de troca do óleo,
lubrificação mesmo em condições severas (temperatura, umidade, contaminação),
formam menos borra e geram menor custo com manutenção. Esses tipos de óleos são
largamente utilizados nas competições automobilísticas.
Por sua vez, os óleos semissintéticos são óleos
minerais aos quais foram adicionados, parcialmente, óleos sintéticos, para
melhoria de suas propriedades.
Uma opção intermediária que oferece atributos
similares aos sintéticos.
Laura Furst - coordenadora de produtos da Mobil
Nenhum comentário:
Postar um comentário