Momentos
emocionalmente mais intensos, como férias e pós festas de fim de ano colaboram
para o término das relações amorosas. Psicólogos explicam porque isso acontece
Início de ano marca o fim de um ciclo que durou 12 meses, mas para
muitas pessoas é também um marco que determina transformações pessoais, com
resoluções de auto promessas de que, nos próximos meses, serão pessoas
melhores, mais felizes e mais saudáveis. Até por isso, esta é também uma época
em que ocorrem muito mais separações conjugais, segundo um estudo da
Universidade de Washington, em Seattle nos EUA, realizado pela equipe da
socióloga Julie Brines.
De acordo com Carla Zeglio e Oswaldo M. Rodrigues Jr., psicólogos
especialistas em comportamento de casais e sexualidade do InPaSex (Instituto
Paulista de Sexualidade, de São Paulo), isso ocorre por conta das emoções
intensas do período, do estresse com metas a serem batidas, expectativas elevadas
e muitas não cumpridas. “As pessoas acabam descontando as frustrações no seu
par e, com isso, a relação acaba se desgastando. As férias e a virada do ano,
tornam-se refúgios emocionais para marcar o início de uma nova fase em que tudo
pode ser diferente, inclusive a vida a dois”, contam.
Há como evitar a separação nesta época do ano?
“O primeiro passo para um relacionamento feliz ao longo de todo o
ano é não projetar no outro as suas expectativas e nem colocar no outro a
responsabilidade pela sua felicidade”, indicam os profissionais. “Temos que
entender que o parceiro também tem defeitos, qualidades, assim como nós, e por
meio do diálogo transparente e frequente, tentar achar formas de lidar com o
que nos incomoda e com as situações de estresse”, contam os especialistas.
A psicoterapia pode ser uma boa solução para ajudar o compromisso
a se manter firme e forte em qualquer época do ano e contribuir para a
construção da pessoa que se quer ser neste e em todos os outros momentos da
vida. Afinal, não bastam as promessas que são as resoluções de ano novo, ainda
é necessário agir e apender a agir!
Carla Zeglio - Experiência em psicoterapia sexual e
supervisão clínica com enfoque na sexualidade e faz atendimentos de casais em
psicoterapia. Graduada em Psicologia pela Universidade São Judas Tadeu (1995),
diretora e psicoterapeuta sexual do INPASEX- co-editora da Revista terapia
sexual: Pesquisa e Aspectos Psicossociais. Foi Tesoureira da FLASSES - Federación
Latinoamericana De Sociedades De Sexologia Y Educación Sexual (2003 / 2005) e
Membro do Comitê de Ética da FLASSES (2007-2011). Coordenadora e Idealizadora
do CEPES - Curso de Especialização em Psicoterapia com enfoque na Sexualidade.
Organizou e presidiu os encontros Brasileiros de Análise do Comportamento e
Terapia Cognitivo-Comportamental com Casais e Família (2012 e 2013).
Oswaldo M. Rodrigues
Jr - Psicólogo formado pela UNIMARCO (1984); foi Secretário Geral e Tesoureiro
da WAS – World Association for Sexology (2001-2005); Presidente da ABEIS –
Associação Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual (2003-2005);
dedica-se a tratar de problemas sexuais junto ao InPaSex – Instituto Paulista
de Sexualidade – do qual é fundador e diretor. Autor de mais de 100 artigos
científicos e mais de 35 livros, dentre eles: Parafilias (Ed. Zagodoni) Terapia
da Sexualidade (2 vol., Ed. Zagodoni); editor chefe da Revista Terapia Sexual :
clínica, pesquisa e aspectos psicossociais e co-cordenador do CEPES – Curso de
Qualificação em Psicoterapia Sexual do Instituto Paulista de Sexualidade..
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