Antes ou depois das
atividades físicas? Pode ser feito por todos? Fisioterapeuta Bernardo Sampaio
tira as principais dúvidas sobre o tema.
Ao praticar atividades físicas,
sempre se ouve falar sobre a necessidade de “alongar” antes da realização dos
exercícios de maior impacto, mas será que todos sabem o porquê e a importância
dessas “preliminares”?
O alongamento se dá pelo estiramento
dos tecidos do corpo, afastando o músculo de um ponto ao outro, com o objetivo
de dar mais agilidade, aumentar a amplitude do movimento muscular e da
elasticidade.
Isso acontece, pois fisiologicamente
o alongamento baseia-se num efeito neurofisiológico que envolve o reflexo de
estiramento. O efeito final é o relaxamento do músculo e a melhora da
flexibilidade do mesmo.
Entretanto, a importância do
alongamento ainda é um tema amplamente discutido, pois as evidências
científicas são controvérsias em relação aos benefícios de prevenção e
recuperação muscular por exemplo. Existem indícios que têm demonstrando efeito
em curto prazo.
Quando se deve fazer o alongamento?
Antes ou depois de atividade física?
Como muitos pontos em relação ao alongamento, a resposta ainda fica em cima do
muro. O que sabemos até então é que estudos mostram que há uma redução na
capacidade de força isométrica do músculo logo após alongamento intenso,
predispondo a uma menor eficiência e reduzindo o desempenho na prática
esportiva, principalmente em corridas.
Portanto alongamentos severos ou de
alta intensidade que antecedem a prática esportiva não apresentam benefícios
como forma de aquecimento.
Após a atividade física o
alongamento provoca pequeno benefício nas dores musculares e na recuperação das
mesmas. A recuperação pós atividade deve ser feita gradualmente com outras
intervenções ativas ou passivas. Isto não nos diz que é contraindicado, mas sim
não a única solução como acreditava-se. Por hora, após atividade física
alongamentos leves podem sim trazer um leve benefício e conforto para a
musculatura.
Principais benefícios
Em resumo, os benefícios do
alongamento em indivíduos que não apresentam patologias, como as neurológicas,
por exemplo, são melhora da mobilidade em longo prazo de acordo com um programa
de exercícios e relaxamento muscular momentâneo.
Indicações
O alongamento é indicado para
pessoas que apresentam encurtamento muscular e falta de flexibilidade. Ele pode
ajudar no relaxamento destes músculos e consequentemente treiná-los a “aumentar
a capacidade” de estiramento.
Contraindicações
Estão contraindicados alguns
alongamentos para pessoas que apresentam alguma condição dolorosa, como por
exemplo, dor ciática. Em muitos casos o alongamento dos músculos posteriores
das pernas pode agravar o caso. Nestes casos de condições específicas é
sugerido diagnóstico orientação profissional para cada caso em específico.
Dicas de exercícios
Alguns alongamentos básicos podem
ser realizados diariamente como:
§ Segurar
a cabeça com uma das mãos e levemente puxá-la levando uma orelha em direção ao
ombro;
§ De
pé com o joelho dobrado segurar o pé com uma das mãos e tentar flexionar um
pouco mais o joelho;
§ Deitado
de barriga para cima, mantendo as pernas esticadas, trazer um joelho de cada
vez em direção ao peito enquanto a outra perna se mantém esticada;
§ Ainda
de pé pode-se fazer o alongamento da “batata da perna” apoiando a ponta dos pés
em um degrau e deixando o calcanhar se mover para baixo.
Obs.: manter cada repetição por 30
segundos.
Bernardo Sampaio - fisioterapeuta responsável pela Unidade de Guarulhos do ITC Vertebral
e do Instituto Trata. É também diretor regional da Associação Brasileira de
reabilitação de coluna - ABR Coluna. Graduado pela PUC- Campinas e com formação
em osteopatia clínica pela Académie de Thérapie Manuelle Et Sportive (Belgica),
o profissional também possui especialização em fisioterapia músculo
esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa
Casa de São Paulo.
Saiba mais em: www.institutotrata.com.br
e www.itcvertebral.com.br
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