A retinopatia diabética é uma das principais
complicações relacionadas ao diabetes
Quando o assunto é o diabetes é
preciso ter cuidado redobrado com a visão. No Brasil, mais de 13 milhões de
pessoas vivem com a doença, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, o que
representa 6,9% da população. Esse é um número que cresce diariamente em todo o
mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que em 2015, existiam 415
milhões de adultos vivendo com a doença e prevê que em 2040 o número aumente
para 642 milhões.
O Conselho Brasileiro de
Oftalmologia aponta o diabetes como a principal causa de cegueira em adultos
jovens. “O controle oftalmológico do paciente diabético deve ser feito logo
após o diagnóstico. Por meio da fundoscopia (exame do fundo do olho) ou
mapeamento da retina é possível diagnosticar, estagiar e tratar as alterações
retinais decorrentes da retinopatia diabética que acomete os pacientes com
diabetes mellitus”, afirma a oftalmologista do
Visão Institutos Oftalmológicos de Brasília, Ana Paula Tupynambá.
A retinopatia diabética é uma das
principais complicações nos olhos causada pela diabetes. “Os altos teores de açúcar no sangue lesionam as
paredes dos vasos sanguíneos, essas lesões causam inflamações onde podem
ocorrer sangramentos e, sem um acompanhamento especializado, pode causar a
perda de visão”, explica a médica.
As fases iniciais
da retinopatia, geralmente, não apresentam sinais visuais. Já nos estágios mais
avançados da doença, o paciente pode ter sintomas como: manchas na visão, visão
embaçada, perda da visão central ou periférica e distorção na visão. “Por isso,
o quanto antes as alterações forem tratadas, maiores serão as chances de
preservar a visão do paciente”, enfatiza a Dra. Ana Paula. A especialista
acrescenta que o tratamento da retinopatia diabética depende do estágio em que
a doença se encontra. “A fotocoagulaçāo com laser argônio, injeções
intravítreas de anti-angiogênicos e vitrectomia, estão entre os principais
tratamentos”, ressalta.
Para o oftalmologista
do Visão Institutos Oftalmológicos de Brasília, Adelmo Jesus dos Santos, todo
diabético precisa fazer consultas de rotina com o especialista.
“É importante que após o diagnóstico, o diabético faça consultas de acompanhamento a cada seis meses com o oftalmologista para avaliar as possíveis lesões na retina. E, principalmente, cuidar da própria diabetes. Acompanhar com outros especialistas, como endocrinologistas e cardiologistas, é essencial para a saúde dessas pessoas”. Ainda, segundo o médico, o principal cuidado que o diabético deve ter é o controle glicêmico. “Paciente que não faz controle glicêmico tem maior chance de ter lesões na retina”, finaliza Dr. Adelmo.
Dia Azul
O Dia Mundial do Diabetes é
celebrado em 14 de novembro e trouxe a cor azul para as campanhas mundiais de
divulgação e sensibilização em relação ao tema, seguindo exemplo da campanha
para prevenção ao câncer de próstata, “Novembro Azul”. A data foi instituída
pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) desde 1991, e conta com o reconhecimento e apoio da Organização das
Nações Unidas (ONU), que em dezembro de 2006 assinou uma resolução reconhecendo
a diabetes como uma doença crônica e de alto custo mundial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário