A Síndrome
de Burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, tem sido uma ameaça real
para as pessoas que exercem funções muito desafiadoras e estressantes no
trabalho.
Pesquisas
nos mostram que a síndrome tem acometido profissionais considerados altamente
motivados, comprometidos e apaixonados pelo trabalho que desempenham e que
estes profissionais costumam reagir ao stress ocupacional trabalhando ainda
mais até entrarem em Burnout, perdendo então toda a motivação e o interesse no
trabalho.
O termo
burnout é de origem inglesa e quando traduzida indica o colapso que sobrevém
após a utilização de toda a energia disponível. No contexto psicológico o termo
burnout tem sido utilizado para se referir a uma síndrome constituída por uma
exaustão emocional, desumanização e redução no nível de realização pessoal no
trabalho (Maslach & Jackson, 1986).
Os
principais sintomas encontrados na síndrome de burnout podem ser divididos em
quatro grupos: os físicos, os psíquicos, os comportamentais e os defensivos.
São eles:
Sintomas Físicos
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Sintomas Psíquicos
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Sintomas Comportamentais
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Sintomas Defensivos
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Fadiga
constante e progressiva;
Distúrbios do sono;
Dores musculares;
Dores
de cabeça, enxaqueca;
Problemas gastrointestinais;
Problemas cardíacos;
Problemas respiratórios;
Disfunções sexuais.
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atenção/ concentração;
Alterações
da memória;
Lentificação
do pensamento;
Sentimentos
de alienação, solidão, insuficiência;
Impaciência;
Baixa
auto estima;
Desconfiança,
paranóia.
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Irritabilidade;
Agressividade;
Incapacidade
para relaxar;
Dificuldade
na aceitação de mudanças;
Perda
de iniciativa;
consumo de substâncias;
Comportamento
de alto risco.
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Tolerância ao isolamento;
Sentimento de onipotência;
Perda do interesse pelo trabalho.
Absenteísmo;
Ironia/cinismo.
|
Fonte:
BENEVIDES – PEREIRA, 2002.
O
diagnóstico da síndrome só pode ser realizado por um médico ou psicoterapeuta,
que são os profissionais qualificados para diagnosticar a patologia através de
procedimentos e instrumentos adequados.
O
tratamento para o burnout consiste no uso de antidepressivos, psicoterapia e
mudanças no estilo de vida das pessoas acometidas pela síndrome, incluindo a
prática de atividade física, alimentação saudável, práticas de relaxamento e a
inclusão de momentos de lazer.
Como se
prevenir do burnout?
- Avalie como as suas condições de
trabalho estão interferindo na sua qualidade de vida;
- Utilize o seu tempo livre para
realizar atividades prazerosas, agradáveis e não para preenchê-lo com mais
trabalho;
- Desenvolva talentos pessoais.
Dedique um tempo para desenvolver as suas habilidades ou aprender novas, como
pintura, música, dança de salão, entre outras atividades que venham a trazer
satisfação pessoal;
- Administre o seu tempo. Distribua as
atividades diárias de forma compatível com a sua realidade, levando em
consideração não somente as atividades relativas ao trabalho, mas também as
dedicadas às questões pessoais e de lazer;
- Organize o seu ambiente de trabalho.
Organize o ambiente de maneira que traga uma sensação de conforto e bem estar
com todos os elementos que necessite para o desenvolvimento das suas
atividades;
- Neutralize os agentes estressores.
Identifique as situações que lhe causam stress, pois assim será possível
encontrar estratégias que atuem no sentido de minimizar ou eliminar a situação
estressante;
- Cultive o relacionamento
interpessoal, pois dispor de uma rede de amigos é um dos dispositivos mais
eficazes para lidar com os momentos de dificuldade;
- Relaxe. Praticar técnicas de
relaxamento nos ajuda no controle psicofisiológico aos agentes estressores,
permitindo um distanciamento necessário para recarregar as energias.
Rosalina Moura - psicóloga, especialista em gerenciamento do stress, coach de bem estar e saúde e
diretora da Rumo Saudável. Foi coordenadora da área de psicologia do
Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas de São Paulo de 1994 a 2005,
onde atuou como psicóloga e pesquisadora. Seus estudos e os
convites para participar de eventos científicos a levaram a se aprofundar nas
questões relacionadas ao stress elevado, desenvolvendo programas e metodologias
para o seu gerenciamento. Em 2001 ela criou a RUMO, que hoje tem como foco
principal de atuação o desenvolvimento de programas de Prevenção e
Gerenciamento do Stress para pessoas e empresas.
Referências
Bibliográficas:
BENEVIDES –
PEREIRA, A. O processo de adoecer pelo trabalho. In: Quando o trabalho
ameaça o bem estar do trabalhador. São Paulo. Casa do psicólogo. 2002.
MASLACH,
C.; JACKSON, S. Maslach Burnout Inventory, Manual. University
of California, 1986.
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