Em anos recentes, a biometria vem se
tornando cada vez mais sofisticada e, em contrapartida, sendo mais e mais
incorporada à vida da população. Isso se deve, principalmente, ao fato de ser
mais segura, bastante conveniente e fácil de usar – já que todos nós
naturalmente já carregamos conosco a íris, a face, a palma da mão e as
impressões digitais. Outra vantagem competitiva da biometria é a facilidade com
que é combinada com um ou mais fatores de proteção – ainda que somente ela
consiga garantir que o portador de determinado cartão, por exemplo, é realmente
quem diz ser, dando prova de vida. Apesar de a biometria não constar do
regulamento geral dos aeroportos, certamente ela contribui para que as
definições sejam devidamente cumpridas, seja na segurança das operações, da
manutenção, de emergências e, inclusive, na experiência do passageiro.
Basicamente, a tecnologia biométrica
apresenta três fases: 1) captura de imagem; 2) comprovação de que se trata de
uma pessoa viva; e 3) acesso aos dados individuais, com subsequente
autenticação. Apesar do surgimento constante de novas tecnologias biométricas,
como, por exemplo, a forma com que a boca se movimenta para falar, a maioria
ainda apresenta falhas em determinadas circunstâncias. Até hoje, a biometria
baseada na impressão digital é a tecnologia que tem alcançado níveis de
segurança mais altos, além de possibilitar a formação de um cadastro geral, já
que muitos documentos – como RG, carteira de habilitação (motorista), título de
eleitor e passaporte – exigem o cadastro das digitais.
Quando se pensa numa tecnologia biométrica
capaz de atender às necessidades de vários setores de um aeroporto, não só
consideramos a impressão digital, como também pensamos imediatamente na
tecnologia de imagem multiespectral (MSI), criada pela Lumidigm®. A razão disso
é que os sensores MSI foram especialmente desenvolvidos para funcionar
perfeitamente em várias circunstâncias – tanto em espaços abertos, como
fechados – e em condições climáticas adversas, como chuva intensa e neve. Além
disso, os sensores identificam rápida e facilmente não só a impressão digital
da camada externa da pele como uma camada interna, irrigada pela corrente
sanguínea. Trata-se de uma característica fundamental para coibir grande parte
das tentativas de fraude. Afinal, não basta simplesmente carregar um cartão que
comprove sua identidade. É preciso comprovar que você é quem está afirmando o
ser, que você é de fato o dono daquele cartão.
A partir do momento em que um aeroporto
investe nesse tipo de segurança, seu uso é o mais variado possível. Imagine um
avião que somente é acionado mediante as chaves físicas, de metal, em
combinação com a impressão digital do piloto. Certamente, isso acrescentaria
uma dose extra de segurança em tempos difíceis como o que estamos vivenciando
atualmente, mediante tantas ameaças terroristas. Mas a tecnologia
biométrica também pode ser usada para várias outras coisas além de liberar a
entrada em ambientes estratégicos. Ela pode, por exemplo, substituir os
tíquetes de embarque, melhorar o controle de fronteiras e de imigração,
facilitar o acesso a salas de espera e outras facilidades implícitas na
passagem aérea, e até mesmo substituir o passaporte. Ou seja, a biometria vai
mudar radicalmente a experiência dos passageiros.
Com esse nível de segurança que os sensores
de impressão digital com tecnologia de imagem multiespectral oferecem, o
controle das pessoas aumenta na medida em que deixa de ser um controle sobre
cartões de plástico ou papel. Ninguém mais pode se passar por outra pessoa.
Essa é a grande tendência para os próximos anos. Com o aumento do uso dessa
tecnologia em várias instâncias da rotina dos indivíduos, incluindo a forma com
que transitam entre aeroportos e países, o cruzamento de informações é cada vez
mais eficiente e deve ser aplicado para garantir mais segurança e comodidade à
população. A segurança, agora, está na ponta dos dedos de cada um de nós.
Juan
Carlos Tejedor
- diretor comercial da HID Biometrics
para a América Latina.
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