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quinta-feira, 30 de março de 2017

Decisão de Trump sobre clima vai contra a atuais tendências de emprego nos EUA





A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de revisar o Plano de Energia Limpa da era Obama e reduzir emissões de carbono, pode ter efeito contrário ao anunciado.  Na prática, a chamada ordem executiva da "independência energética" comprometerá a geração de empregos, a prosperidade econômica e a saúde dos cidadãos norte-americanos.

Atualmente as energias renováveis e eficiência energética são os principais empregadores nos EUA. O nível de emprego em energias renováveis nos EUA aumentou 6% em 2015, atingindo 769.000 postos de trabalho. O aumento foi impulsionado pelo rápido crescimento das indústrias eólica e solar.

As indústrias solar e eólica estão criando empregos 12 vezes mais rapidamente que o restante da economia dos EUA. O nível de emprego na indústria solar cresceu 25% em 2016, alcançando 260.000 postos de trabalho e ultrapassando a extração de petróleo e gás (177.000) e a mineração de carvão (50.000). O setor de eficiência energética não fica atrás: 2,2 milhões de americanos estão empregados na concepção, instalação ou fabricação de produtos ou serviços de eficiência energética. Já o emprego direto e indireto na extração de petróleo e gás caiu 18% em 2015.

A indústria eólica já ultrapassa os
100 mil postos de trabalho - um aumento de 14% em relação ao final de 2015. O governo dos EUA projetou que em 2015 que o cargo de "técnico de serviços de turbinas eólicas" será emprego com maior crescimento nos EUA entre 2014 e 2024. A ironia é que a maioria dos empregos na energia eólica norte-americana estão em regiões que votaram em Trump, já que 86% dos parques eólicos estão em distritos republicanos.
Reduzir o uso de carvão e de outros combustíveis poluentes para cumprir o Acordo de Paris tem um efeito colateral importante para a saúde pública: 
apenas nos EUA eles evitariam  "7.000 mortes prematuras por ano da poluição do ar".

Se os EUA tentassem alcançar 100% de energias renováveis ​​até 2050, impediriam 20.000 mortes prematuras por ano causadas pela poluição do ar e ainda economizariam pelo menos US$ 160 bilhões por ano com a redução das importações de petróleo.





 

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