A decisão do presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump, de revisar o Plano de Energia Limpa da era Obama
e reduzir emissões de carbono, pode ter efeito contrário ao anunciado. Na prática, a chamada ordem executiva da
"independência energética" comprometerá a geração de empregos, a
prosperidade econômica e a saúde dos cidadãos norte-americanos.
Atualmente as energias
renováveis e eficiência energética são os principais empregadores nos EUA. O
nível de emprego em energias renováveis nos EUA aumentou 6% em 2015, atingindo 769.000
postos de trabalho. O aumento foi impulsionado pelo rápido crescimento das
indústrias eólica e solar.
As indústrias solar e eólica estão criando empregos 12 vezes mais rapidamente que o restante da economia dos EUA. O nível de emprego na
indústria solar cresceu 25% em 2016, alcançando 260.000 postos de trabalho e ultrapassando a extração de petróleo e gás (177.000) e a mineração de carvão (50.000). O setor de eficiência energética não fica atrás: 2,2 milhões de americanos estão empregados na concepção, instalação ou fabricação de
produtos ou serviços de eficiência energética. Já o emprego direto e indireto
na extração de petróleo e gás caiu 18% em 2015.
A indústria eólica já ultrapassa os 100 mil postos de trabalho - um aumento de 14% em relação ao final de 2015. O governo dos EUA projetou que em 2015 que o cargo de "técnico de serviços de turbinas eólicas" será emprego com maior crescimento nos EUA entre 2014 e 2024. A ironia é que a maioria dos empregos na energia eólica norte-americana estão em regiões que votaram em Trump, já que 86% dos parques eólicos estão em distritos republicanos.
A indústria eólica já ultrapassa os 100 mil postos de trabalho - um aumento de 14% em relação ao final de 2015. O governo dos EUA projetou que em 2015 que o cargo de "técnico de serviços de turbinas eólicas" será emprego com maior crescimento nos EUA entre 2014 e 2024. A ironia é que a maioria dos empregos na energia eólica norte-americana estão em regiões que votaram em Trump, já que 86% dos parques eólicos estão em distritos republicanos.
Reduzir o uso de carvão e de outros combustíveis poluentes para cumprir o
Acordo de Paris tem um efeito colateral importante para a saúde pública:
apenas
nos EUA eles evitariam "7.000 mortes prematuras por ano da
poluição do ar".
Se os EUA
tentassem alcançar 100% de energias renováveis até 2050, impediriam 20.000
mortes prematuras por ano causadas pela poluição do ar e ainda
economizariam pelo menos US$
160 bilhões por ano com a redução das importações de petróleo.
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