Psicóloga alerta
que comportamento totalmente permissivo pode trazer consequências danosas aos
jovens
O carnaval, festa mais popular do Brasil, é
sinônimo de extravasar, “soltar a franga” e deixar de lado alguns tabus. Está
relacionado também à liberdade de expressão (para alguns libertinagem), e visto
como uma forma de apelo sexual, onde se pode fazer aquilo que se tem vontade,
permitir-se e seguir a “onda”.
A psicóloga Lizandra Arita fala sobre esse “mundo
imaginário de liberação” e até que ponto podemos considerar o comportamento
festivo como algo normal e sadio. “É uma data que tudo pode. No entanto, é
preciso considerar que a comemoração passa, e após isso, as consequências podem
ser desastrosas”, adverte.
“Quando se vive numa sociedade onde há uma educação
familiar repreensiva, os mais jovens enxergam essa data como o momento ideal
para extravasar. É comum expressar tudo o que seria repreendido pelos pais e
pela sociedade, visto que a conduta é coletiva e não individual e as chances de
receber críticas são mínimas”, pontua.
Desejo sexual aflorado
Também muito associado ao sexo e ao abuso de
bebidas alcoólicas, a psicóloga cita a neurociência que determina que o homem,
por sua vez, possui o instinto ligado ao olhar, se interessa pelas curvas
femininas que, neste caso, estão mais expostas. Nas mulheres, o cortéx
órbitofrontal lateral esquerdo, responsável pelo controle dos desejos, nessas
situações, é desligado, permitindo a quebra de pudores e entrega aos instintos
sexuais.
Ao se deparar com um ambiente permissivo, onde
“tudo é liberado”, pessoas que tiveram uma infância regrada à uma educação
rigorosa ou saíram de relacionamentos longos ou sufocantes, podem encontrar no
carnaval a oportunidade de vivenciarem tudo o que estava represado e causava
frustração. “É também a exposição da criança interior que sempre existiu,
mas que estava incubada. Num cenário de permissividade, existe espaço também
para atitudes impulsivas, paixões repentinas, e muitas vezes, consequências
graves”, conclui.
Lizandra Arita - Graduada em Psicologia pela Universidade
Bandeirante de São Paulo, Lizandra Arita tem experiência em Psicologia Clínica
e Institucional pelo Hospital Vera Cruz e atua desde 1998 em treinamentos de
autodesenvolvimento. Realiza Programação Neuro Linguística, Hipnose e
Autohipnose, Rebirthing, Psicodinâmicas, Gerenciamento de Emoções e Conflitos e
atua, principalmente, em casos de depressão, ansiedade, processos emocionais ou
comportamentais, problemas de relacionamento, fobias, pânico e transtornos
obsessivos compulsivos.
Lizandra Arita Psicologia
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