Só quem convive com alguém que tenha esse distúrbio sabe que
a doença não se resume apenas a convulsões espontâneas. Durante uma crise, a
pessoa pode ter movimentação involuntária e até “desligamento” da realidade por
alguns segundos
A maioria das pessoas que sofre desse distúrbio neurológico
crônico, caracterizado por crises epilépticas recorrentes, consegue diminuir o
número de crises usando uma ou mais combinações de medicamentos. Mas, quando
essas medidas não são suficientes, pode-se considerar um quadro de epilepsia de
“difícil controle” e aí é necessário optar por outros tipos de tratamentos como
cirúrgicos ou terapias além da medicamentosa.
As crises frequentes e os efeitos colaterais das medicações
podem ter um grande impacto no cotidiano afetando a vida, o desenvolvimento, as
interações sociais e o futuro em geral da pessoa com epilepsia. Não é a toa que
o acompanhamento psicológico, muitas vezes, faz parte do tratamento.
Com diversas causas, a epilepsia pode ter origem por traumas
na hora do parto, tumores, má formações congênitas e outras. Contudo, uma coisa
é fato: ela precisa ser tratada. E, para a felicidade de quem a tem e seus familiares,
a Politec Saúde/LivaNova traz o Aspire SR, o novo modelo da terapia VNS que
possibilita aumentar o controle das crises, com poucos efeitos colaterais e
,ainda, com melhora do humor, sentido de alerta, habilidades verbais, memória e
realizações na escola.
“A terapia VNS é uma técnica adjunta a medicamentosa para
melhorar a redução e/ou intensidade das crises epilépticas e também melhorar a
qualidade de vida do paciente com epilepsia de difícil controle, que é uma
doença crônica e o paciente precisará, muitas vezes, mais de uma terapia, que
usadas racionalmente, se complementem, para que o paciente tenha melhor
controle das crises e melhor qualidade de vida. Essa terapia estimula o nervo
vago do paciente, na altura do pescoço, para que, então, seu cérebro seja
estimulado através desse nervo para diminuir o número e intensidade das crises
epilépticas, além de melhorar a qualidade de vida, como dito acima”, explica a
farmacêutica Cleudi de Souza Pereira, especialista de produto da Politec Saúde.
Desvendando a terapia VNS
Através da terapia VNS, o Aspire SR proporciona um efetivo
controle das crises para muitos pacientes e tem efeitos colaterais mínimos em
praticamente todos os casos. Indicado para ser usado como uma terapia adjuvante
na redução das crises epilépticas em pacientes - cuja doença é dominada por
crises parciais (com ou sem generalização secundária) ou crises generalizadas
que são refratárias aos medicamentos antiepilépticos, ele detecta o aumento da
frequência cardíaca associada a crises, além de promover estímulos automáticos
baseado nesse aumento, presente em 82% dos pacientes com epilepsia. O condutor
desse pequeno aparelho, envia minúsculos impulsos elétricos ao eletrodo ligado ao nervo vago esquerdo situado
no pescoço e responsável por enviar impulsos à partes do cérebro e assim ajudar
a prevenir as irregularidades elétricas que causam as crises. “Essa
identificação do aumento da frequência cardíaca na crise permite que um
estímulo extra seja enviado para o nervo com o objetivo de abortar a crise e o
paciente ter uma melhora ainda maior na redução das crises e sua qualidade de
vida”, complementa Cleudi.
Como é a implantação
A cirurgia é rápida e simples, geralmente realizada sob
anestesia geral. Através de uma pequena incisão o gerador de pulso, com
aproximadamente 45 mm de largura por 32 mm de comprimento por 7 mm de
espessura, é implantado sob a pele abaixo da clavícula esquerda ou próximo da
axila esquerda. Por uma segunda incisão, desta vez no pescoço, são fixados dois
pequenos eletrodos ao nervo vago esquerdo. Após a cirurgia, além das duas
pequenas cicatrizes devido às incisões, nota-se apenas uma leve elevação na
pele do peito onde foi implantado o aparelho que, duas semanas depois da
cirurgia é ativado no consultório do neurologista para gerar pequenos impulsos
elétricos automaticamente, 24 horas por dia com a frequência adequada à
necessidade do paciente. A bateria do gerador da Terapia VNS dura, em média,
cinco anos, dependendo da programação dos estímulos. E a troca é realizada
em uma cirurgia simples, na qual é substituído o gerador implantado no tórax
por um novo.
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