Quando o
recém-nascido tem sono agitado, vômitos constantes, dificuldade para mamar,
irritação, choro excessivo, dificuldade para ganhar peso, inflamação frequente
nos ouvidos, entre outros sintomas, ele pode estar sofrendo de Refluxo Gastro
Esofágico (RGE).
Segundo estudos recentes, o problema acomete pelo
menos 25% dos recém-nascidos (segunda maior afecção no trato digestivo), sendo
que parte deles consegue ganhar peso e os sintomas são transitórios, são os
chamados de “vomitadores felizes”. O restante, acaba procurando um profissional
e adotando algum tipo de tratamento seja ele qual for. Recentemente o RGE tem
sido associado ao parto cesárea. Ainda não se sabe ao certo o motivo, mas
existe uma suspeita de que a manobra de retirada do neonato acabe estirando o
nervo vago, hiper excitando e gerando sintomas e desequilíbrios do trato
gastrointestinal.
O tipo funcional ocorre em maior frequência do que
o fisiológico, porém, sem causar doença para a criança. Ele é denominado desta
forma por não haver qualquer disfunção básica (mecânica, inflamatória,
infecciosa ou bioquímica) que possa levar ao refluxo, e é um processo de
maturidade gastrointestinal. O refluxo ainda pode ser oculto ou silencioso,
podendo se transformar em patológico.
A medida em que o RGE abrange áreas extra
esofágicas, ele vai deixando de ser um problema restrito ao trato digestório.
Entre as complicações do RGE, cita-se a asma brônquica e os problemas
otorrinolaringológicos, problemas de alimentação, cólica do lactente e erosão
dentária. O RGE também pode ser considerado o fator responsável pela
dificuldade alimentar, tanto em neonatos como em crianças maiores. (Puccini
FRS, Berretin-Felix G).
Existem diversos tratamentos para o RGE e a maioria
deles é medicamentos e acaba sempre numa tentativa de atacar os sintomas, e
muitos poucas vezes, a causa é investigada de fato.
A Microfisioterapia que foi desenvolvida por
franceses como base na embriologia, a filogênese e a anatomia humana, permite
avaliar o ritmo vital dos nossos órgãos e tecidos através de micro toques,
procurando perdas de vitalidade e a causa desses desequilíbrios. Além disto,
estimula o corpo para que se auto regule e assim possa reencontrar o bem-estar
perdido.
Essas agressões primárias deixam cicatrizes que
ficam armazenadas nos tecidos, atrapalhando o funcionamento e desregulando o
ritmo vital. O fisioterapeuta, através de micro palpações, procura pelo corpo
onde essa “cicatriz” ficou armazenada e reconhece qual tecido
(musculoesquelético, tecido do sistema nervo, pele ou até visceral) teve perda
de vitalidade, afetando o funcionamento. O papel do profissional é, então,
apresentar para o corpo onde estão localizadas essas feridas para que o próprio
organismo as elimine.
A cicatriz patológica é o vestígio deixado pelo
agente agressor no corpo, que até tenta reparar o problema, mas não consegue
eliminar por uma deficiência do sistema imunológico ou porque a agressão foi
muito forte. O resultado é um desequilibro de células e tecidos, atrapalhando
suas funções e provavelmente gerando sintomas.
O tratamento através da Microfisioterapia visa
sempre corrigir ou regular essa hiper excitação do Sistema Vagal ou até mesmo
buscar possíveis causas que podem não ser associadas ao Nervo Vago. Os
resultados para RGE em recém-nascidos têm excelentes resultados e cerca de 90%
dos bebes que são submetidos ao método, tem uma melhora significativa nas
primeiras 72 horas.
Em 2003 um estudo realizado na França por Laurent
CALDERAR, constatou que a Microfisioterapia teve resultado positiva no
tratamento do RGE em recém-nascidos, obtendo a melhora total do quadro de 37,5%
dos pacientes. Nesse estudo avaliaram através de questionário e quadro clinico
dos pacientes que apresentavam o RGE, foi realizado apenas 1 atendimento e o
questionário e avaliação foram aplicados no dia do atendimento e 15 dias após.
Os resultados foram: 50% de melhora em 25% dos casos, 75% em 37,5 dos casos e
100% em 37,5% dos casos.
(http://microkinesitherapie.fr/fr/travaux-scientifiques-evaluation/regurgitation-che-les-nouveauc-nes
)
Fábio
Akiyama - Atua na área da saúde desde 2009. É fisioterapeuta
e trabalha com a microfisioterapia, terapia que estimula a auto cura através do
toque, ou seja, faz com que o corpo reconheça seu agressor e inicie o processo
de reprogramação celular. É pós-graduando em técnicas osteopáticas e terapia
manual, além da formação em osteopatia visceral, posturologia clinica e
equilíbrio neuro muscular. Possui curso na área de tratamento da articulação
temporomandibular (ATM) e introdução ao Método Rosen. Em 2014, realizou um
curso de especialização em prevenção e tratamento de lesões de membros
inferiores e análise biomecânica de corrida, pela The Running Clinic no Canada.
Atua desde 2012 também como instrutor de Pilates e treinamento funcional. Em
2015, foi monitor no Instituto Salgado de Saúde Integral no módulo avançado do
curso de formação em microfisioterapia. Para saber mais, acesse www.mindtouch.com.br
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