Médico de Família e Comunidade produz vídeo que aborda o caráter social de doenças negligenciadas em locais populosos como África, Ásia e comunidades do Rio de Janeiro
Em video de seis minutos produzido pelo médico de família e comunidade Bruno
Sicuro, como parte final do trabalho de conclusão do curso na
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), é possível conhecer o
caráter social de doenças que são negligencias pela sociedade e
governos, como a tuberculose. Sicuro explica a realidade do Morro da
Mineira, comunidade da cidade do Rio de Janeiro, que assim como a
maioria, divide o território com áreas nobres que possuem saneamento
básico, além de outros direitos, que todo cidadão, independentemente da
classe social, deveria usufruir.
“Locais altamente povoados e sem saneamento básico são propícios a doenças, como a tuberculose que é causada por um micro-organismo visto apenas por microscópio. Os sintomas básicos são tosse com catarro, por mais de três semanas, febre noturna e emagrecimento. A tuberculose ainda atinge boa parte da população que vive aglomerada e sem saneamento básico. De todos os estados, o Rio de Janeiro é o que mais sofre com a doença, com maior coeficiente de mortalidade e novos casos de tuberculose no Brasil”, explica o autor do vídeo.
Bruno cita no trabalho que é dever dos governos municipal e estadual o fornecimento do saneamento básico e questiona sobre a distribuição desse processo de limpeza e higiene na cidade, pois Ipanema, Santa Teresa e Copacabana já conheceram o direito de ter esgoto encanado, o que não é realidade nas favelas cariocas, sendo que todos estes locais estão sob o mesmo governo.
“Essa medida, principalmente associada a melhores condições de moradia, fez diminuir o número de casos e a mortalidade por tuberculose na Inglaterra no século XIX, mesmo sem existir medicações específicas. Hoje na cidade do Rio de Janeiro apesar de todos os avanços na ampliação do acesso a saúde da família que vem acontecendo nos últimos anos, ainda não existe um esforço real para dar condições sanitárias e de moradia onde as pessoas consigam viver com saúde, há o fornecimento de medicamentos com supervisão de consumo de doses diárias, seja em UBS ou domicilio, com agentes comunitários, ou seja, não há prevenção, apenas a distribuição do tratamento. O que temos não é falta de ciência, de tecnologia ou de inteligência humana, falta encarar o óbvio, palavra que dá título ao vídeo”, finaliza.
“Locais altamente povoados e sem saneamento básico são propícios a doenças, como a tuberculose que é causada por um micro-organismo visto apenas por microscópio. Os sintomas básicos são tosse com catarro, por mais de três semanas, febre noturna e emagrecimento. A tuberculose ainda atinge boa parte da população que vive aglomerada e sem saneamento básico. De todos os estados, o Rio de Janeiro é o que mais sofre com a doença, com maior coeficiente de mortalidade e novos casos de tuberculose no Brasil”, explica o autor do vídeo.
Bruno cita no trabalho que é dever dos governos municipal e estadual o fornecimento do saneamento básico e questiona sobre a distribuição desse processo de limpeza e higiene na cidade, pois Ipanema, Santa Teresa e Copacabana já conheceram o direito de ter esgoto encanado, o que não é realidade nas favelas cariocas, sendo que todos estes locais estão sob o mesmo governo.
“Essa medida, principalmente associada a melhores condições de moradia, fez diminuir o número de casos e a mortalidade por tuberculose na Inglaterra no século XIX, mesmo sem existir medicações específicas. Hoje na cidade do Rio de Janeiro apesar de todos os avanços na ampliação do acesso a saúde da família que vem acontecendo nos últimos anos, ainda não existe um esforço real para dar condições sanitárias e de moradia onde as pessoas consigam viver com saúde, há o fornecimento de medicamentos com supervisão de consumo de doses diárias, seja em UBS ou domicilio, com agentes comunitários, ou seja, não há prevenção, apenas a distribuição do tratamento. O que temos não é falta de ciência, de tecnologia ou de inteligência humana, falta encarar o óbvio, palavra que dá título ao vídeo”, finaliza.
Argumentos: Bruno Sicuro
Roteiro: Bruno Sicuro, Raquel Stern e Alfredo De Oliveira Neto
Narração: Eduardo Fernandes
Edição: Gabriel Sicuro
Quem é o médico de família e comunidade (MFC)?
A medicina de família e comunidade é uma especialidade médica, assim como a cardiologia, neurologia e ginecologia. O MFC é o especialista em cuidar das pessoas, da família e da comunidade no contexto da atenção primária à saúde. Ele acompanha as pessoas ao longo da vida, independentemente do gênero, idade ou possível doença, integrando ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde. Esse profissional atua próximo aos pacientes antes mesmo do surgimento de uma doença, realizando diagnósticos precoces e os poupando de intervenções excessivas ou desnecessárias.
É um clínico e comunicador habilidoso, pois utiliza abordagem centrada na pessoa e é capaz de resolver pelo menos 90% dos problemas de saúde, manejar sintomas inespecíficos e realizar ações preventivas. É um coordenador do cuidado, trabalha em equipe e em rede, advoga em prol da saúde dos seus pacientes e da comunidade. Atualmente há no Brasil mais de 3.200 médicos com título de especialista em medicina de família e comunidade.
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