Criadora
do site Pequeno Gourmet mostra que é possível educar o paladar infantil de
forma saudável.
Quantas vezes você já ouviu a frase “meu filho
não come nada”? É comum, não é mesmo? Formar o paladar dos filhos requer
empenho e criatividade. Há uma infinidade de orientações para este período tão
gostoso e repleto de descobertas. Foi com essa vontade – de formar o paladar de
seu filho, Santiago, hoje com 3 anos, que Camila Verdeja, 36 anos, criou
o site Pequeno Gourmet (www.pequenogourmet.com.br). A ideia do site é fazer pratos
saudáveis, mas ao mesmo tempo práticos e que possam ser consumidos por todos –
pais, inclusive. “Acho fundamental consultar profissionais especializados para
tirar dúvidas e colher informações. E foi com o apoio da minha nutricionista e
do pediatra do filhote que desenvolvi alguns macetes para estimular o paladar
do Santiago e criar hábitos saudáveis”, conta Camila.
1) Diversificar o preparo das papinhas
“Além de variar os ingredientes na hora de
preparar a papinha do bebê, vale a pena revezar no modo de preparo das receitas.
Papinhas feitas com legumes cozidos no vapor são, sem dúvida, a opção mais
saudável. Mas se assarmos esses mesmos ingredientes com um fiozinho de azeite,
o sabor vai ser bem diferente e a textura também, podendo acompanhar o peixinho
grelhado dos pais. Já em dias mais corridos, cozinhar com pouca água pode ser a
solução. Fica ainda mais gostoso se substituir a água por caldo de carne,
frango ou legumes congelados, ou, até mesmo, cozinhar os ingredientes em suco
de laranja.”
“Acostumei a preparar as papinhas do meu filho
com os mesmos ingredientes que iria usar para os adultos de casa. Além de
ganhar alguns minutinhos a mais na rotina, os gastos com as compras são menores,
pois há menos desperdício e fortalecemos os hábitos saudáveis da nossa
família.”
“O mais importante na formação do paladar das crianças é variar, variar e variar. Isso pode, em um primeiro momento, ser sinônimo de mais trabalho, mas em longo prazo os resultados são animadores. É bom caprichar em diferentes sabores, com temperos frescos, oferecendo desde uma sopinha rala até pedacinhos de legumes cozidos para os bebês comerem com as mãos. É preciso haver equilíbrio na oferta dos alimentos, sem priorizar nenhuma textura, sabor ou cor, mas sim um pouquinho de cada um.”
4) Apresentar os alimentos para os bebês
“Gosto de contar para o Santiago todos os ingredientes que eu coloco na comida dele – desde bebê. Os alimentos devem fazer parte da rotina das crianças e a abordagem não precisa ser feita somente na hora das refeições. Visitas às feiras e aos hortifrútis podem e devem ser feitas com as crianças desde pequenas. Brincar de cozinhar, deixar que elas explorem a cozinha (com supervisão, é claro), cantar musiquinhas e contar histórias, mostrar livros de receitas, decorar os pratinhos pode ajudar e muito.”
5) Deixar o bebê “brincar com a comida”
“Muitos especialistas em alimentação infantil não diferenciam a faixa etária na hora de sugerir a postura mais adequada à mesa. Muitos não recomendam brincadeiras na hora das refeições e sugerem que as crianças devam focar na comida por pelo menos 20 minutos. Mas os bebês aprendem brincando, gostam de explorar com as mãozinhas e levam tudo à boca. Então, por que não utilizar isso a nosso favor na hora de apresentar os alimentos?”
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