Mais comuns durante o
inverno, as crises alérgicas podem ser desencadeadas pelo uso de roupas e
cobertores que estavam guardados durante o verão
Cobertores, blusas de
frio, cachecóis... Tudo isso costuma ser guardado bem no fundo do guarda-roupa
quando chega o verão. O problema é que quando o inverno chega, muita gente
sofre com alergias decorrentes dos ácaros que se acumularam ao longo dos meses.
Segundo a Dra. Silvia Rodrigues, pneumologista que integra o corpo clínico do
Alta Excelência Diagnóstica, esses sintomas são comuns, mas podem ser evitados
com alguns cuidados.
De acordo com a
médica, a reação alérgica acontece como uma resposta do organismo aos ácaros
que se acumulam nos tecidos guardados. Eles se alimentam de fragmentos da pele
humana, e se reproduzem aos milhões quando o ambiente está propício, ou seja,
com umidade, pouca luz e sem ventilação.
O primeiro passo para
evitar as reações alérgicas é lavar todos os materiais de uso diário, como
roupas, travesseiros, ursos de pelúcia e cobertores, antes de armazená-los.
“Muita gente se esquece de lavar bem os tecidos antes de guardar, e isso acaba
favorecendo ainda mais a proliferação dos ácaros”, reforça a médica.
Além disso, caso não
haja a opção de armazenar os tecidos em local mais ventilado e aberto, é
importante então envolvê-los em algum material impermeável, como plástico, evitando
assim que a umidade comprometa sua conservação.
Dra. Silvia ainda
lembra que tanto roupas, como cobertores guardados por muito tempo devem ser
lavados, ou colocados ao sol por algumas horas assim que forem retirados do
local em que estavam armazenados.
Quem quer mesmo ficar
longe das alergias deve tentar manter as portas e janelas da casa abertas
quando possível, e se atentar a infiltrações e pontos que podem causar mofo.
“Outras coisas presentes no nosso dia a dia também são fontes de ácaros, fungos
e poeiras prejudiciais ao nosso sistema respiratório. Alguns especialistas
afirmam que depois de cinco anos de uso, um travesseiro pode chegar a ter até
10% de ácaros”, salienta a médica.
As pessoas que já
sofrem com alergias, rinites e asma costumam ser as mais afetadas quando entram
em contato com materiais comprometidos pelos ácaros. “É preciso se atentar a
crises mais intensas, principalmente nos asmáticos. Se os sintomas persistirem
por muitos dias e causarem espirros, prurido nasal, coriza, falta de ar,
tosse ou chiado no peito, um médico deve ser consultado”, reforça a
pneumologista.
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