Algumas
orientações médicas, podem fazer toda a diferença em um acidente inesperado
Comidas típicas, dança, fogueira, e muita descontração e
diversão, marcam o mês. Mas cuidado, onde há fumaça e fogos de artifício, há
também irritação nos olhos, alergia respiratória e risco de queimaduras.Para
não estragar a folia durante os festejos juninos, é essencial tomar alguns
cuidados, principalmente com crianças e idosos. Os médicos do Hospital Nossa
Senhora das Graças (HNSG), dão dicas de como agir em alguma situações.
Onde
há fumaça também há irritação nos olhos
O contato com a
fogueira pode ocasionar coceira e lacrimejamento dos olhos, além de ardência e
desconforto – como se o organismo estivesse lutando contra e reagindo de
maneira adversa. “Quando isso acontecer, os olhos devem ser lavados com água
corrente ou com soro fisiológico gelado, a fim de aliviar a coceira e
irritação”, orienta a oftalmologista do Hospital Nossa Senhora das Graças
(HNSG), Dra Renata Bekin. Segundo a médica, ter os olhos queimados ou cortados,
e até mesmo a perda da visão, é um dos prováveis quadros para quem se acidenta
com fogos de artifício ou mesmo com a brasa de uma fogueira.
Onde
há fumaça há também risco de alergia respiratória
A exposição a fumaça excessiva requer
cuidados para prevenir problemas respiratórios, principalmente em crianças e
idosos que possuem o sistema imunológico mais frágil.
Segundo o pneumologista do HNSG, Dr. Jonas Reichert, o
desconforto respiratório pode vir acompanhado de tosse, secreções, espirros,
broncoespasmos, chiado no peito, entre outros sintomas. “ A liberação de
partículas sólidas muito finas, produzidas pela queima da madeira, pode
ocasionar diversos eventos alérgicos”, afirma.
A otorrinolaringologista do HNSG, Dra. Jemima Hirata,
destaca que a fumaça tem substâncias que irritam tanto a via respiratória
superior quanto inferior. “O ideal é que pacientes que sabidamente já possuem
problema como rinite, asma, laringite e conjuntivite, não tenham contato com
fumaça, mas se não for possível, fiquem ficar distantes da fogueira, em
ambiente bem ventilado, para que o contato seja o mínimo possível”, diz a
otorrinolaringologista.
Onde
há fumaça há também risco de queimaduras
Manusear fogos de artifícios é muito comum no São João, mas
também perigoso. Em um acidente como este, além da queimadura, pode ocorrer a
laceração e a perda de tecidos associados à lesão. “É bastante comum nesse tipo
de trauma, a amputação dos dedos e até da mão”, diz a dermatologista do HNSG,
Dra. Isabela Fronza. Se isso ocorrer, a médica recomenda proteger a área
queimada com um pano limpo, elevar o braço para diminuir a hemorragia e procurar
imediatamente um serviço de urgência.
No caso de queimaduras com não explosivos, a pessoa deve
esfriar a área queimada com água gelada ou temperatura ambiente, evitando que o
calor aprofunde a queimadura. Outro ponto importante é com relação a roupa.
“Nunca deve-se tentar retirar a roupa da área queimada. Os tecidos sintéticos,
como o náilon, grudam na pele e no tentar retirar pode piorar o quadro”,
destaca a médica. Após esfriar a queimadura com água o indicado é também
proteger a lesão com um pano limpo e dirigir-se a um hospital.
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