Especialista fala
sobre o comportamento de risco e como proceder diante da situação
Fogos de
artifício, fogueiras e balão são as principais causas de queimaduras nessa
época
Perdendo apenas para o Réveillon,
as festas juninas e julinas são as datas comemorativas com o maior número de
acidentes envolvendo fogo. Fogueiras, balões, fogos de artifícios e bebidas
quentes são os itens que compõem o ranking e oferecem riscos na época fria e festiva.
“O fogo nunca deve ser tratado de forma ingênua. Ele sempre será perigoso.
Evitar acidentes é mais fácil do que tratar queimaduras”, alerta o médico e
gestor da B2 Saúde, Roberto Francisco Vignoli.
Segundo o especialista, a cultura
popular das festas traz diversas brincadeiras perigosas que devem ser
repensadas nos tempos atuais. “Em época de festas é necessário ter bom senso e
não subestimar o acaso. Se a pessoa estiver em um local que apresenta
exposições ao risco, o cuidado deve ser redobrado. As crianças são naturalmente
fascinadas pelos fogos, por isso também é necessária uma atenção especial com
os pequenos”, ressalta.
A prevenção é essencial para
evitar as ocorrências. Medidas simples como, por exemplo, escolher os melhores
fogos de artifícios, origem da fabricação e observar a data validade, fazem
toda a diferença.
Em caso de acidentes, algumas
medidas são fundamentais para não agravar ainda mais o problema. Vignoli
destaca que, mesmo com a grande quantidade de informação, as pessoas continuam
tratando as queimaduras inadequadamente. “O cuidado é muito simples. Basta
lavar a ferida com água fria ou gelada. Não se deve aplicar creme dental,
hidratantes, manteiga e muito menos gelo, pois ele também queima a pele”.
Nos casos mais graves e profundos
– quando a queimadura desgasta a pele e entra nos vasos sanguíneos - a ferida
deve ser comprimida com um pano limpo ou gaze para evitar o sangramento. Após
esse procedimento, a vítima deve ser encaminhada para o hospital e ser
submetida ao tratamento adequado, geralmente com aplicação de soro para
hidratação da área e vacinas necessárias.
Balões
Os prejuízos e consequências ao
soltar balões não estão direcionados apenas a um indivíduo, mas sim ao
ambiente, pois envolvem queimaduras na mata e incêndios nas residências. “O
fogo de ignição é imprevisível e todo cuidado é pouco. O ideal é que as pessoas
aproveitem as festas juninas sem esses balões”, afirma Vignoli.
Cabe ressaltar, ainda, que a prática de soltar balões é crime
(Lei de Crimes Ambientais nº 9.065/98) e os incêndios provocados em florestas
ou matas podem gerar de dois a quatro anos de detenção. Já a pena para quem
fabricar, vender, transportar ou soltar balões é de um a três anos, multa de R$
1 mil a R$ 10 mil, ou ambas penalidades, dependendo do caso.
Tipos de queimadura
1º grau: É superficial. A
queimadura do sol durante um dia na praia é um exemplo. A pele fica vermelha,
caracterizando uma reação inflamatória.
2º grau: É a queimadura que
apresenta bolhas na pele.
3º grau: Nesses casos, ocorre
perda de tecido. A queimadura pode deixar a pele escura, carbonizada e
escamada.
O especialista frisa que as
queimaduras de média e grande gravidade podem apresentar um diagnóstico de
multi classificações, pois cada parte machucada pode expor diferentes lesões.
Confira outras dicas do
especialista:
- Manter distância da fogueira e
cuidado ao ingerir bebidas quentes;
- Fogos que não acendem na
primeira vez devem ser evitados e descartados;
- Crianças não devem chegar perto
dos artefatos;
- Nenhum fogo de artifício deve
ser apontado na direção das pessoas;
- Cuidado com as brasas! O fogo
continua agindo e pode causar graves machucados.
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