Índice é maior entre os mais
jovens e residentes na Região Sul, aponta pesquisa da Hello Research
Ao todo, 41% dos cidadãos não
sabem definir sua orientação política
As recentes denúncias de corrupção e a crise
econômica com inflação em alta arranharam ainda mais a imagem da classe
política do Brasil. Praticamente sete em cada dez brasileiros em pesquisa
recente dizem que não tem um político preferido.A conclusão é do levantamento realizado pela Hello Research, agência especializada em pesquisa de mercado e aplicações em business intelligence. A empresa ouviu mil pessoas de 70 cidades de todas as regiões do país. A margem de erro é de três pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.
No total, 67% dos entrevistados escolheram a opção “nenhum” ao serem questionados sobre político preferido. O número é mais forte em jovens de 16 a 24 anos e residentes na região Sul. Apenas 1% não soube responder à pergunta.
Dentre os políticos citados, a presidente Dilma Rousseff foi a mais lembrada, com 7% da preferência. Seu antecessor, Luís Inácio Lula da Silva, aparece na segunda posição com 6%. Marina Silva, candidata derrotada nas últimas duas eleições presidenciais, é a terceira com 5%. Aécio Neves, senador (PSDB-MG), é o quarto com 2%.
Descrença segue com partidos
Os índices obtidos pelos partidos políticos seguem a mesma tendência. Ao todo, 64% dos entrevistados responderam que não têm simpatia por nenhuma agremiação – principalmente os moradores do Sul. Já 5% não sabem e outros 5% não responderam a questão.
O PT (Partido dos Trabalhadores) é o que possui mais simpatizantes, com 14% dos entrevistados. A segunda posição é do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), com 4%, e o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) é o terceiro, com 3% - os dois últimos são mais fortes na região Norte e Centro-Oeste. O PSB (Partido Socialista Brasileiro) também possui 3%.
Em cima do muro
O brasileiro não sabe definir sua orientação política. Quatro em cada dez pessoas não possuem uma posição ideologia – principalmente na faixa etária entre 45 e 59 anos, nas classes D e E e no Sudeste. Além disso, outros 30% se consideram como centro – resposta mais comum nas regiões Norte e Centro-Oeste e Sul.
Aqueles que se definem como direita ou esquerda estão empatados com 9% cada, sendo que a última classe é mais presente no Nordeste. Pessoas que se definem como centro-direita correspondem à 4% e são provenientes da classe B. Os adeptos da visão centro-esquerda são 3%. Os adeptos das categorias “extrema esquerda” e “extrema direita” são 2% cada.
“A pesquisa mostra que o brasileiro está desgostoso quando o assunto é política. Os dados reforçam a necessidade de termos análises mais completas para entender o comportamento e o pensamento dos cidadãos do nosso país”, comenta Davi Bertoncello, diretor executivo da Hello Research.
Hello Research - www.helloresearch.com.br
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