Julho chegou e
muitas pessoas vão fazer as malas para viajar e curtir as férias. E você sabia
que, segundo a Organização Mundial do Turismo, muitas das chamadas
"doenças emergentes" surgidas nos últimos 50 anos estão relacionadas
com a circulação de pessoas e materiais? Por isso, para realmente aproveitar o
período de descanso e não ter que se preocupar com problemas de saúde, é
importante se atentar a alguns pontos. Confira abaixo tudo que você precisa
saber sobre vacinação antes de viajar para as férias de julho.
- Antes de
realizar uma viagem, é essencial consultar um médico especialista em medicina
do viajante para conhecer os possíveis riscos sanitários do destino escolhido e
receber as imunizações aconselháveis para prevenir doenças. Além do país
visitado, o esquema de vacinação deve ser personalizado e adaptado de acordo
com o histórico do viajante, idade, condições de saúde, o tipo de viagem, a
duração e em quanto tempo deverá partir para o destino.
- Como a resposta
imune a vacinação varia conforme o tipo de vacina, o número de doses
necessárias e se foram administradas imunizações prévias, aconselha-se fazer a
consulta médica entre 4 e 8 semanas antes da viagem.
- Caso a viagem
não tenha sido planejada com tanta antecedência, fique tranquilo. Mesmo
assim existe a possibilidade de obter orientação e possivelmente algumas
vacinas também. Além disso, atualmente existe uma série de vacinas combinadas
que oferecem proteção contra mais de uma doença e facilitam a aplicação por
meio da administração de várias vacinas simultaneamente em uma única injeção.
- As vacinas para
viajantes incluem: as que são utilizadas em programas de vacinação nacionais,
as indicadas para países ou áreas que apresentam risco de doença e as que são
obrigatórias em algumas situações conforme a Regulamentação Sanitária
Internacional.
- Se atente às
vacinas administradas na infância. Elas requerem uma ou várias doses periódicas
para manter níveis eficazes de imunidade durante toda a vida e alguns adultos
podem não ter se vacinado nunca. Doenças como a difteria e a poliomielite, que
já não ocorrem na maioria dos países industrializados, podem manifestar-se nos
países visitados pelo viajante. Além das doses de reforço, as vacinas também
deverão garantir aos habitantes de zonas endêmicas que viajam para regiões não
endêmicas a prevenção da introdução ou reintrodução de doenças como a
poliomielite, febre amarela, sarampo ou rubéola.
- Vacina contra
febre amarela: atualmente, a vacina é
obrigatória, conforme o Regulamento Sanitário Internacional e, em alguns
países, um pré-requisito para a entrada no local. O Certificado Internacional
de Vacinação contra a Febre Amarela é válido a partir de 10 dias após a
vacinação primária e, embora não seja necessário reforço, alguns países podem
exigi-lo.
- Vacina
tetravalente ou contra doença meningocócica também é recomendada. Em 2012, no Chile, por exemplo, houve um surto da
doença que pode matar em apenas 24 horas após a manifestação dos sintomas.
- Vacina contra
a poliomielite: alguns países livres
da pólio podem exigir que os viajantes procedentes de países ou zonas com
notificação do vírus submetam-se à imunização para obter o visto de entrada.
- Vacina
tríplice viral ou contra sarampo, caxumba e rubéola: em alguns países, como nos Estados Unidos,
recomenda-se que todos os viajantes com mais de 6 meses estejam protegidos.
- Demais vacinas
que podem ser exigidas: cólera, tétano, coqueluche, hepatite A e B, gripe,
raiva, febre tifoide e varicela, entre outras.
- As viajantes
grávidas pertencem a um grupo especial. As vacinas vivas, como a tríplice viral
e contra varicela e febre amarela, são contraindicadas durante a gravidez. Já
as vacinas à base de organismos mortos ou inativados, como as da gripe,
polissacarídeos, cólera, hepatite A e B inativadas, tétano e tetravalente podem
ser tomadas de acordo com orientação médica.
- Nos idosos, é
importante verificar se foram vacinados e, em caso negativo, oferecer uma série
primária completa de vacina contra difteria, tétano, poliomielite e hepatite B,
além da gripe. Aqueles que não estão imunizados contra a hepatite A também
devem receber a vacina antes de viajar para países em desenvolvimento onde
existe maior risco de contrair a doença.
- Os idosos com doenças crônicas, como diabetes,
doenças cardiovasculares ou respiratórias devem sempre estar vacinados contra
gripe. Recomenda-se que sejam evitadas as vacinas contra sarampo, oral contra a
pólio, febre amarela, varicela e BCG. Caso a viagem seja para algum país que
exija a vacinação contra a febre amarela, deve-se apresentar um certificado
médico que justifique a exceção.
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