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terça-feira, 19 de abril de 2016

COMBATE AO AEDES




Uma em cada cinco cidades já tem Salas de Controle

No total, 1094 cidades instalaram suas unidades. Dessas, 143 municípios, com maior classificação de risco, criaram centros para ações de controle do mosquito

Uma em cada cinco cidades brasileiras já conta com salas ou comitês municipais de coordenação e controle para o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika. Em todo país, 1094 municípios implantaram seus centros, sendo que 143 (64%) estão dentro dos 223 locais com incidência de dengue igual ou maior de 100 casos por 100 mil habitantes, e com população igual ou superior a 50 mil, e também nas capitais. O espaço local possibilita a ampliação de estratégias de enfrentamento ao mosquito e qualifica as informações sobre as visitas aos imóveis para identificação, orientação e eliminação de focos.

A criação das Salas ou Comitês Municipais é uma das diretrizes da Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC), instituída em dezembro do ano passado, pelo Governo Federal, para organizar e coordenar as estratégias de combate ao Aedes. A expectativa é que as versões municipais intensifiquem a articulação intersetorial e a organização das ações de combate ao vetor, realizando o planejamento e a coordenação das equipes, além da distribuição e a aplicação de insumos nas visitas realizadas, como larvicidas.

Esses centros também atualizam as informações sobre a mobilização; remetem os dados das visitas às salas estaduais, além de envolverem diversos setores da sociedade no enfrentamento ao mosquito. Para a coordenadora da Sala Nacional, Marta Damasco, a composição dos espaços municipais deve ser abrangente, estimulando maior intersetorialidade e integração com representações da comunidade. “Quanto mais entidades se unirem às salas, mais enriquecedor será o trabalho. Queremos envolver os serviços de limpeza urbana, as companhias de água e tratamento de esgoto, o setor de transportes, todos devem se mobilizar.”, conclui.

Assim como as Salas Nacional e Estaduais, as unidades municipais têm a participação de representantes do Poder Executivo, das Secretarias de Saúde, de Educação e de Assistência Social, da Defesa Civil, da companhia de limpeza pública, dentre outros. A coordenação da Sala Nacional orienta, também, que sejam ainda incorporados membros da sociedade organizada. Estatais como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, por exemplo, apoiam fortemente as atividades, cedendo espaços físicos nos municípios pequenos onde não há local para as reuniões.

MOBILIZAÇÃO – A melhor forma de combater o Aedes aegypti é não deixar o mosquito nascer. Por isso, o governo federal convocou um esforço nacional para que todas as casas do país sejam visitadas para eliminação dos criadouros. No contato constante com a população, os agentes de saúde desenvolvem ações com os moradores e intensificam cuidados permanentes para evitar depósitos de água nas residências. “Esse é um trabalho que precisa ser regular, ter continuidade o ano todo e envolver toda a comunidade, especialmente cada família deve vistoriar seu domicílio e quintal semanalmente”, destaca Neilton Oliveira, Secretário Executivo Adjunto do MS.

VISITAS – Nas duas primeiras semanas de abril, terceiro ciclo da campanha contra o vetor, as equipes de combate ao mosquito Aedes aegypti já alcançaram 8,49 milhões de imóveis brasileiros, conforme o novo balanço da Sala Nacional, concluído às 17h25 da última quinta-feira (14/4).

Foram 6,9 milhões de domicílios, prédios públicos, comerciais e industriais efetivamente vistoriados, além de 1,5 milhões de estabelecimentos que estavam fechados ou houve a recusa para acesso. Do total de municípios brasileiros, 3.025 registraram as visitas ao Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR). Cinco estados ainda não inseriram os dados: Amazonas, Amapá, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.

Em todo o país, as visitas aos imóveis contam com a participação permanente de 266,2 mil agentes comunitários de saúde e 49,2 mil agentes de controle de endemias, com apoio de aproximadamente 5 mil militares das Forças Armadas. Juntam-se, ainda, profissionais de equipes destacados pelos estados e municípios, como membros da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.
 
UF
Base de imóveis
Total de visitas realizadas
Percentual de visitas realizadas
Total de imóveis vistoriados
Imóveis fechados ou recusados
Total
67.097.881
8.490.702
12,65%
6.910.960
1.579.742
AC
213.679
4.589
2,15%
4.513
76
AL
890.930
143.525
16,11%
115.955
27.570
BA
4.440.393
890.225
20,05%
785.249
104.976
CE
2.495.573
276.315
11,07%
263.885
12.430
DF
930.622
40.553
4,36%
34.307
6.246
ES
1.348.991
262.047
19,43%
195.038
67.009
GO
2.343.397
322.692
13,77%
266.961
55.731
MA
1.477.966
255.474
17,29%
233.071
22.403
MT
1.047.747
82.287
7,85%
75.350
6.937
PA
1.840.433
370.820
20,15%
301.186
69.634
PB
1.177.843
290.606
24,67%
264.900
25.706
PE
2.833.053
112.073
3,96%
93.707
18.366
PI
841.957
67.996
8,08%
66.881
1.115
PR
3.734.729
294.913
7,90%
242.885
52.028
RJ
6.738.009
780.795
11,59%
623.205
157.590
RN
1.030.466
248.528
24,12%
211.733
36.795
RO
474.400
85.200
17,96%
81.356
3.844
RR
135.171
29.026
21,47%
24.998
4.028
RS
4.136.361
562.770
13,61%
490.346
72.424
SE
611.386
165.473
27,07%
130.964
34.509
SP
16.328.957
3.062.271
18,75%
2.271.305
790.966
TO
447.460
142.524
31,85%
133.165
9.359

Juliana Hack e Diogo Caixote
Agência Saúde

Como reduzir o desconforto provocado durante o tratamento de câncer





A nutricionista do Centro Paulista de Oncologia, Débora La Regina, esclarece que no processo de combate ao câncer, o tratamento com quimioterapia pode desencadear alguns efeitos colaterais no paciente. 

Entre as mais comuns estão: náuseas e vômitos, constipação, diarreia e feridas na boca e garganta (mucosite). Conheça algumas das orientações nutricionais que podem auxiliar no processo terapêutico. 

Náuseas e vômitos 
Em caso de náuseas ou vômitos, efeitos colaterais comuns durante a quimioterapia, os pacientes podem consumir:
  • Picolé de frutas ou gelo para aliviar o sintoma;
  • Gengibre fresco ralado ou cristais de gengibre (vendido em farmácias); 
  • Evite a ingestão de alimentos gordurosos, processados ou condimentados. 
Constipação 
Alguns medicamentos utilizados durante a quimioterapia podem ocasionar a constipação. Para melhora deste sintoma, recomenda-se:
  • Aumente a ingestão de líquidos (água, sucos e chás), em no mínimo 2,0 litros/dia;
  • Aumente o consumo de verduras, legumes e frutas e substituir alimentos refinados (“farinha branca”) por integrais que são importantes fontes de fibras insolúveis.
Diarreia 
Durante os episódios de diarreia, recomenda-se: 
  • Ingestão de líquidos em abundância para repor a perdas hídricas, tais como isotônicos, água de coco, sucos de frutas coados de limonada, caju, maçã sem açúcar e água;
  • Consumir alimentos com pouca fibra como batata, chuchu, cenoura cozida, aipim, inhame, cará, creme de arroz, arroz branco, macarrão, torradas, biscoito água e sal ou de maisena, carnes (grelhadas, assadas ou cozidas) e leite de soja ou com baixo teor de lactose.
Mucosite (feridas na boca e garganta) 
Para amenizar a dor ao se alimentar, recomenda-se o consumo de:
  • Alimentos macios e pastosos, gelados ou a temperatura ambiente. 
  • Em casos graves, consumir alimentos líquidos e/ou liquidificados. 
  • Evite alimentos ácidos, picantes, com muito sal e muito quentes.

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