Pesquisar no Blog

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Pesquisa do Idec alerta para o consumo excessivo de bebidas light, zero ou diet




Apesar da quantidade de edulcorantes estar dentro dos limites permitidos, o consumo de poucos copos por dia é suficiente para alcançar o valor máximo recomendado por organismos internacionais
Em abril, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) publicou em sua revista mensal uma pesquisa que analisou o rótulo de 53 bebidas que utilizam edulcorantes (adoçantes), entre refrigerantes, chás, refrescos em pó e bebidas à base de soja. O objetivo era verificar se eles informam corretamente os edulcorantes presentes na fórmula e se a quantidade por porção está dentro do limite máximo estabelecido pela Anvisa.
O Idec constatou que a quantidade de edulcorantes utilizada está dentro do limite estipulado pela legislação em todas as bebidas analisadas. No entanto, isso não significa que o consumo não deva ser moderado. Em alguns casos, poucos copos são suficientes para alcançar o valor máximo seguro de edulcorantes recomendado por organismos internacionais. E esse consumo exagerado pode ser extremamente prejudicial à saúde.
“Apesar de existirem limites máximos de ingestão permitidos, os estudos sobre edulcorantes e outros aditivos ainda são escassos. Sabemos que, se ingeridos em grande quantidade, podem aumentar o risco de desenvolvimento de câncer, prejudicar o feto durante a gravidez e causar aumento de peso”, alerta Ana Paula Bortoletto, nutricionista do Idec. “Alguns adoçantes estão relacionados também a doenças crônicas, pois aumentam a intolerância à glicose e alteram os microrganismos do intestino, influenciando, assim, na absorção de nutrientes”, completa.
“O Idec defende limites mais rígidos para os edulcorantes, principalmente para o ciclamato, que aparece em maior quantidade nos produtos analisados”, declara Ana Paula Bortoletto. O uso de ciclamato de sódio é proibido nos Estados Unidos desde a década de 1970.

Limites

Os limites variam de acordo com o indivíduo, pois são calculados por peso (kg) e por dia. Para exemplificar, o Idec fez simulações de consumo das bebidas avaliadas de acordo com três indivíduos hipotéticos: crianças de 30 kg, mulheres de 55 kg e homens de 70 kg. Os piores resultados foram os dos refrigerantes. Uma criança pode tomar apenas 1,8 copos de Sprite Zero ou de Guaraná Kuat Zero, por exemplo, para atingir a Ingestão Diária Aceitável (IDA) de ciclamato de sódio. E uma mulher que beber 3,5 copos de Fanta Zero não poderá ingerir mais nenhum miligrama de ciclamato no mesmo dia. Os resultados completos podem ser consultados no site do Idec. Acesse: http://goo.gl/0nIJnJ.
A concentração máxima de adoçantes é estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na Resolução nº 18/2008, a partir das referências do Codex Alimentarius (conjunto de normas internacionais padronizadas relacionadas a alimentos), a fim de evitar riscos à saúde dos consumidores.

Rotulagem

A pesquisa também detectou que quase todos os produtos analisados apresentam no rótulo o nome dos edulcorantes presentes na fórmula e as quantidades utilizadas, como exige a Lei nº 8.918/1994, regulamentada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). No entanto, os néctares de uva e pêssego light da marca Dafruta informam os edulcorantes por meio de códigos, não dos nomes por extenso – um dado absolutamente técnico, que não diz nada para o consumidor. Apesar de a legislação permitir o uso de tais códigos, o Idec considera a prática abusiva, pois viola o direito à informação previsto no artigo 6º, III, do Código de Defesa do Consumidor.
Em relação à rotulagem, o problema mais grave foi o das bebidas à base de soja, que não informam a quantidade de edulcorantes utilizados. Os quatro produtos avaliados não trazem essa informação: Ades Zero Laranja e Ades Pêssego (Unilever), SuFresh Soyos Morango (Wow Nutrition) e Yakult Tonyu Morango (Tonyu). Esses produtos são registrados como “alimento à base de soja”, não como “bebida” e, dessa forma, seguem regras diferentes, fixadas pela Anvisa, mais brandas que as do MAPA. A legislação para alimentos, além de não obrigar que os fabricantes informem no rótulo a quantidade de edulcorantes, também permite que estes sejam misturados ao açúcar – o que é proibido para bebidas.
Ana Paula Bortoletto critica a postura da indústria de alimentos de se aproveitar da falta de harmonização entre as regras do MAPA e da Anvisa. “As empresas se valem disso para registrar um produto como alimento, quando ele é claramente uma bebida e, assim, seguir uma legislação mais flexível”, destaca a nutricionista. Ela chama a atenção também para o fato de que duas das três marcas das bebidas de soja utilizam personagens infantis na embalagem, estimulando o consumo de edulcorantes por crianças – grupo mais vulnerável aos riscos dessas substâncias, já que tem menos peso corporal.

SAÚDE: PLANOS DEVEM GARANTIR DROGAS E EXAMES MODERNOS CONTRA A HEPATITE C




O tratamento para a Hepatite C, doença viral silenciosa que acomete o fígado, tem evoluído muito. O problema é que muitos planos de saúde se recusam a oferecer a cobertura
O tratamento para a Hepatite C, doença viral silenciosa que acomete o fígado, tem evoluído muito nos últimos anos. Dois dos maiores avanços já disponíveis incluem o remédio “Sofosbuvir” e o exame “FIBROSCAN”. O problema é que muitos planos de saúde se recusam a oferecer a cobertura tanto do remédio quanto do exame, o que compromete a recuperação dos portadores da doença.
O Sofosbuvir é um remédio novo, eleito pela revista Forbes como o mais importante de 2013. Seu índice de cura é muito alto (chegando a 90% quando combinado com outras drogas) e seus efeitos colaterais são considerados baixos quando comparados com os medicamentos tradicionalmente utilizados no tratamento da doença.
Mesmo diante de tamanhos benefícios, muitos planos de saúde se negam a oferecer cobertura do remédio. Para a advogada Gabriella Guerra, especialista em Direito do Consumidor na área da Saúde, tal conduta é abusiva. “Se o plano cobre a doença de hepatite C e o médico que acompanha o paciente entende que o Sofosbuvir é o medicamento mais adequado para o tratamento, este deve ser coberto pelo convênio”, afirma Gabriela.
Ao receber uma negativa do plano de saúde, procurar a Justiça pode ser uma boa opção. Principalmente porque, segundo a advogada, os tribunais têm ficado do lado do consumidor. “Felizmente, os Tribunais de Justiça estão do lado dos consumidores e os pacientes que estão entrando com ação para conseguir o custeio de referida droga estão obtendo sucesso”, diz ela.
Um desses exemplos de sucesso ocorreu em novembro de 2014, quando o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu em favor de uma consumidora, destacando se tratar do único tratamento possível naquele caso e que a negativa poderia significar dano grave ou de difícil reparação à saúde da paciente.
Já o FIBROSCAN mede a fibrose hepática – cujos níveis elevados estão relacionados à hepatite C – trata-se de um exame menos invasivo e que pode substituir a biópsia hepática. Segundo Gabriela, “as operadoras também costumam negar a cobertura, alegando que o exame não consta no rol da ANS (lista de procedimentos básicos que um plano deve cobrir)”.
Gabriella Guerra ressalta que, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, deve-se levar em conta aquilo que é mais benéfico ao consumidor. “Ao mesmo tempo que o plano dá cobertura para tratamento de hepatite C, insere cláusula de exclusão para medicamentos orais ou exames que não estão no rol da ANS, o que impossibilita a execução do tratamento eficaz”, diz a especialista. “Porém, o Código de Defesa do Consumidor garante, em seu artigo 47, que nestes casos a cláusula que deverá ser utilizada é a mais benéfica para o consumidor”.

Gabriela Guerra - Advogada
Porto, Guerra & Bitetti Advogados
Av. Giovanni Gronchi, 1294 – Morumbi - Cep. 05651-001 São Paulo/SP - Tel: (11) 9 55808791 -
www.pgb.adv.br

Epidemia de dengue: gestão do lixo faz a diferença





 A dengue se tornou uma epidemia no país e fora dele. A questão é tão grave que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos emitiu alerta aos americanos para o risco de contrair dengue e malária em viagens ao Brasil. Em nosso país, o número de casos registrados em 2015 já é 240% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Até o dia 28 de março deste ano, o país registrou cerca de 460 mil casos da doença, enquanto no ano passado, no mesmo período, foram 135 mil. Números impressionantes foram divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde. Segundo o órgão brasileiro, em média, são registrados 220 casos por hora.
Com esse aumento de casos, consequentemente, o número de mortes por complicações da doença também avançou 29% em relação ao mesmo período do ano passado. Neste ano, 132 pessoas já morreram por causa da dengue. Em 2014, foram 102. Mas será que a forma como tratamos o lixo contribui para este surto de dengue?

A gestão correta do lixo e a existência de um plano de gerenciamento de resíduos são elementos fundamentais para que os índices de doenças, entre elas a dengue, diminuam nos municípios. Como exemplo, podemos usar a cidade de Nazaré Paulista, em São Paulo. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a cidade possui um Plano de Gestão de Resíduos ativo. Até agora, a região não registrou nenhum caso da doença. O levantamento também mostra que em cidades onde não há um plano de gestão de resíduos, os casos de dengue dispararam. 
O lixo pode ser um grande criadouro da dengue. Imaginemos, então, o nefasto efeito de milhões de recipientes jogados indiscriminadamente nas ruas, terrenos baldios, quintais, rios, margens de córregos e canais. São registrados casos de criadouros do mosquito até em folhas de bananeiras caídas e expostas que acumulam pequenas poças de água da chuva.
Vivenciamos isso recentemente em várias regiões do país com a greve dos garis. Nesse período, o acúmulo de centenas de milhares de toneladas de lixo dispostos nas vias e logradouros públicos foi enorme. Com a água da chuva formam-se as pequenas poças.
Segundo a Cetesb, atualmente, no Estado de São Paulo, são produzidos cerca de 40 mil toneladas diárias de resíduos sólidos domiciliares. É nítido que a falta de tratamento ou a disposição final precária desses resíduos causam problemas envolvendo aspectos sanitários, ambientais e sociais, tais como a disseminação de doenças, dentre elas a dengue, a contaminação do solo e das águas subterrâneas e superficiais, a poluição do ar pelo gás metano, etc.
As autoridades tem sua parcela de responsabilidade em tudo o que está acontecendo, mas nós também podemos agir. Devemos olhar atentamente o lixo gerado. O que precisa ficar claro é que a melhor forma de lutar contra a doença é a prevenção. Gestão do lixo e tratamento correto é a melhor forma de prevenir. O número crescente de casos da doença prova que precisamos olhar com mais atenção e cuidado para o que acontece ao nosso redor. Temos responsabilidade nesta epidemia. Se não cuidarmos agora, o tempo vai cobrar.

Francisco Oliveira - Engenheiro Civil e Mestre em Mecânica dos Solos, Fundações e Geotecnia e fundador da Fral Consultoria.  http://www.fralconsultoria.com.br

Mais de 6 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de ovário por ano no Brasil






8 de maio é o Dia Mundial do Câncer de Ovário. Data visa alertar as mulheres sobre a importância da prevenção à doença. Para tal, testes genéticos tornaram-se grandes aliados

O Câncer de Ovário é um tipo de neoplasia maligna cujos sintomas geralmente se confundem com os de doenças não tão graves e, quando realmente incomodam, já é tarde demais. Por isso, é conhecido também como "câncer silencioso”.
Por ano, são diagnosticados aproximadamente 250 mil novos casos da doença ao redor do mundo. Desses, 140 mil são fatais, levando mulheres ao óbito principalmente em decorrência da detecção tardia. No Brasil, o número é de aproximadamente 6,2 mil novos casos por ano.
Quando diagnosticado precocemente, o tumor do ovário pode ser retirado através de procedimento cirúrgico e sem a necessidade de quimioterapia ou radioterapia, apresentando perspectiva de vida maior do que cinco anos em 90% dos casos. Mas, para que isso aconteça, é necessário que a mulher esteja ciente da importância da detecção precoce, procurando um especialista assim que constatar qualquer sintoma e combatendo o problema ainda no estágio inicial.
Graças ao avanço tecnológico, o câncer de ovário está entre os tipos de cânceres que já podem ser mensurados antes mesmo do aparecimento da doença. “Tal medida se tornou possível através da realização de testes genéticos, onde são analisadas as síndromes de predisposição que levam ao desenvolvimento de tumores”, revela a biomédica geneticista Dra. Tânia Vulcani.
De acordo com a especialista, esse tipo de exame é recomendado a pessoas que têm histórico familiar de câncer e preenchem alguns critérios de indicação. “Um em cada 10 pacientes diagnosticados com câncer é do tipo hereditário, em que o paciente apresenta alguma mutação em suas células capaz de elevar suas chances de desenvolvimento da doença ao longo de sua vida”, explica.
Segundo Dra. Tânia, a identificação destes pacientes com câncer hereditário é fundamental para que eles saibam suas chances de desenvolver a doença, conheçam as opções de tratamentos, de redução de risco e/ou prevenção e possibilitem a avaliação de familiares com o mesmo risco. “A efetividade da prevenção pode ser iniciada pelos testes genéticos. Ter todas as informações para avaliar as opções de tratamento e tomar as decisões mais apropriadas para o paciente pode salvar a vida dele”, finaliza a biomédica geneticista.



8 de maio é o Dia Mundial do Câncer de Ovário. Data visa alertar as mulheres sobre a importância da prevenção à doença. Para tal, testes genéticos tornaram-se grandes aliados

O Câncer de Ovário é um tipo de neoplasia maligna cujos sintomas geralmente se confundem com os de doenças não tão graves e, quando realmente incomodam, já é tarde demais. Por isso, é conhecido também como "câncer silencioso”.
Por ano, são diagnosticados aproximadamente 250 mil novos casos da doença ao redor do mundo. Desses, 140 mil são fatais, levando mulheres ao óbito principalmente em decorrência da detecção tardia. No Brasil, o número é de aproximadamente 6,2 mil novos casos por ano.
Quando diagnosticado precocemente, o tumor do ovário pode ser retirado através de procedimento cirúrgico e sem a necessidade de quimioterapia ou radioterapia, apresentando perspectiva de vida maior do que cinco anos em 90% dos casos. Mas, para que isso aconteça, é necessário que a mulher esteja ciente da importância da detecção precoce, procurando um especialista assim que constatar qualquer sintoma e combatendo o problema ainda no estágio inicial.
Graças ao avanço tecnológico, o câncer de ovário está entre os tipos de cânceres que já podem ser mensurados antes mesmo do aparecimento da doença. “Tal medida se tornou possível através da realização de testes genéticos, onde são analisadas as síndromes de predisposição que levam ao desenvolvimento de tumores”, revela a biomédica geneticista Dra. Tânia Vulcani.
De acordo com a especialista, esse tipo de exame é recomendado a pessoas que têm histórico familiar de câncer e preenchem alguns critérios de indicação. “Um em cada 10 pacientes diagnosticados com câncer é do tipo hereditário, em que o paciente apresenta alguma mutação em suas células capaz de elevar suas chances de desenvolvimento da doença ao longo de sua vida”, explica.
Segundo Dra. Tânia, a identificação destes pacientes com câncer hereditário é fundamental para que eles saibam suas chances de desenvolver a doença, conheçam as opções de tratamentos, de redução de risco e/ou prevenção e possibilitem a avaliação de familiares com o mesmo risco. “A efetividade da prevenção pode ser iniciada pelos testes genéticos. Ter todas as informações para avaliar as opções de tratamento e tomar as decisões mais apropriadas para o paciente pode salvar a vida dele”, finaliza a biomédica geneticista.

Posts mais acessados