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terça-feira, 1 de outubro de 2024

Como os ciberataques afetam o setor de saúde e o que pode ser feito para mitigar os riscos?


Você pode ou não saber que o setor de Healthcare paga o preço mais alto para ataques cibernéticos em comparação com qualquer outro setor - com a indústria relatando uma perda média impressionante de US$ 10,93 milhões por violação em 2023. Isso é quase o dobro da próxima “vítima” mais pagadora, o setor financeiro, que teve uma perda média de US$ 5,9 milhões por violação. 

A saúde é um alvo principal devido à abundância de dados pessoais e sensíveis que o setor trata, o que significa haver menos margem para ajustes. Um exemplo recente de um ataque inclui o suposto pagamento de cerca de US$ 22 milhões em bitcoin pela UnitedHealth - multinacional americana diversificada de cuidados de saúde e bem-estar - ao grupo de ransomware denominado Blackcat (também conhecido como ALPHV) após uma grande violação de dados. 

Os ataques cibernéticos na área da saúde tiveram um aumento acentuado durante a pandemia da Covid-19. Uma pesquisa em grande escala de 2021 nos Estados Unidos viu aproximadamente 43% dos entrevistados relatar que foram submetidos a dois ataques de ransomware nos dois anos anteriores. De acordo com um relatório separado, em novembro de 2023, quase 60% das organizações de saúde em todo o mundo sofreram um ataque cibernético nos últimos 12 meses. Desses 60%, os cibercriminosos tiveram o poder de criptografar com sucesso quase 75% dos dados em ataques de ransomware.  

O mercado de saúde no Brasil viu um rápido crescimento e mudanças durante a pandemia de Covid-19. Antes da crise sanitária global, a indústria gerava mais de US$ 117 milhões por ano. O impacto do novo coronavírus na assistência à saúde aumentou a busca por soluções tecnológicas que possam proporcionar mais agilidade, qualidade e suporte ao tratamento. 

Segundo um levantamento da Kaspersky, com 483 mil detecções de ransomware no Brasil em 2023, além dos 106 mil de 2024 (foram 800 bloqueios de ataques diários em 2024, que totalizam mais de 106 mil tentativas de golpe desde janeiro) apontam o foco para os setores de ataque do cibercrime, que se modificaram desde o ano anterior não só no país, mas também na América Latina – com o setor da saúde em terceiro entre os mais atacados de 2024 na região. Nos Estados Unidos, esse mesmo setor se mantém em primeiro lugar desde 2023. 

O aumento dos ataques também foi acompanhado por uma diminuição acentuada da confiança que muitas organizações têm na sua capacidade de lidar com as consequências de um ataque. Um relatório da Organização Mundial de Saúde afirmou que “curiosamente”, a proporção de inquiridos que não tinham confiança na capacidade da sua organização para gerir os riscos associados a ataques de ransomware aumentou durante 2020-2021 para 61%, contra 55% antes da pandemia.

Com este aumento dos crimes cibernéticos e a queda dos níveis de confiança, é mais importante do que nunca que as organizações compreendam os impactos que os ataques podem ter e o que podem fazer para mitigar os riscos, especialmente no setor da saúde. 

Os ciberataques nos cuidados de saúde podem afetar diretamente os serviços prestados aos doentes. Além disso, uma vez comprometidos os dados, estes podem ser divulgados na dark web. Devido à natureza sensível destes dados, estes ataques podem conduzir a violações de privacidade extremas, nas quais os dados relacionados com os cuidados de saúde são comprometidos e divulgados ao público. 

Os fatores que contribuem para essas vulnerabilidades incluem uma má compreensão dos riscos no ambiente, falta de “educação tecnológica” para os usuários e, em alguns casos, falta de financiamento e experiência para lidar com essas vulnerabilidades. As principais atividades de mitigação incluem a compreensão adequada dos principais riscos cibernéticos, o financiamento adequado sendo disponibilizado e uma forte cultura de segurança cibernética sendo colocada por meio de boa educação e treinamento do usuário. 

A introdução da Inteligência Artificial (IA) também criou mais rotas para os malfeitores atacarem e violarem. Estes variam desde o uso de IA criado deep fakes para obter credenciais de login até o uso de IA para verificar vulnerabilidades e direcioná-los para ser explorada. 

O custo substancial de violações de dados, interrupção dos serviços e risco potencial para os pacientes sublinham a necessidade urgente de medidas de segurança cibernética aprimoradas. Os ataques hackers vêm exigindo mudanças rápidas na área da saúde: elas envolvem investimento pesado em cibersegurança, com a criação de camadas de proteção e vigilância contínua. 

Em todo o mundo, as exigências de compliance são numerosas. Nos Estados Unidos, a Lei de Portabilidade e Responsabilidade do Seguro Médico (HIPAA), de 1996, é talvez a mais proeminente, estabelecendo várias diretrizes e requisitos de proteção. Na Europa, o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) se estende ao setor de saúde. Já no Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrou em vigor em 2020 para regulamentar a coleta e o tratamento das informações fornecidas pela população na internet. A multa por infração às regras pode chegar a R$ 50 milhões.  

Ao implementar uma educação robusta do usuário, implantar soluções tecnológicas confiáveis e aderir às regulamentações de privacidade de dados, as organizações de saúde podem reduzir significativamente sua vulnerabilidade e proteger informações confidenciais dos pacientes.


Felipe José Alves da Silva - IT Consulting Leader Partner da RSM, 6ª maior empresa de Auditoria, Consultoria, Tributos e Contabilidade do mundo.


Como as redes sociais podem afetar sua carreira?

  

As redes sociais fazem parte do nosso dia a dia, seja em maior ou menor grau, a depender da rotina e afinidade de cada um. Muito mais do que plataformas de entretenimento, elas passaram a desempenhar um grande protagonismo no mercado corporativo, sendo explorada para fins de networking, contratações, dentre outras aplicações. Por mais que seus benefícios às empresas e aos profissionais sejam inegáveis, a presença nestes meios pode impactar as carreiras e contratações de muitos talentos, em uma influência que precisa ser claramente compreendida para que este acesso não gere impactos negativos às partes.

Em uma época anterior ao avanço da digitalização, era muito comum ouvirmos diversas recomendações de não misturarmos nossa vida pessoal com a profissional. Afinal, cada uma era tida como algo separado e que, teoricamente, não deveria influenciar a outra. Porém, com o crescimento da tecnologia em nosso cotidiano, hoje, é praticamente impossível dissociar, por inteiro, uma da outra.

Cada vez mais executivos e profissionais de recrutamento e seleção pautam as decisões de contratação baseados no perfil e comportamento dos candidatos expostos em suas redes sociais. Em dados da ResumeBuilder, como prova disso, 74% dos entrevistados disseram que analisam as páginas dos candidatos durante este processo – algo que, por mais que, em um primeiro momento, possa parecer negativo, não deve ser encarado dessa forma.

As redes sociais trazem a público os bastidores de nossas vidas que precisam, sim, serem levados em consideração em um processo seletivo. Essas informações ajudarão a identificar se seu perfil e ideais são compatíveis com os defendidos pela empresa. Verificar esse match pode evitar frustrações enormes no futuro, além de elevar as chances de contratar um talento que tenha afinidade e que esteja com esses pontos para um desempenho frutífero.

O mesmo benefício de acesso deve ser usufruído pelo candidato. Até porque, as marcas também possuem suas contas em redes sociais, onde costumam divulgar seus projetos, culturas, valores, dentre tantas ações e rotinas com os times – o que também favorece que o profissional tenha uma melhor visão sobre aquele ambiente e se possui interesse em fazer parte deste ecossistema.

Estamos em uma era de extrema conectividade, onde as redes sociais precisam ser compreendidas como plataformas de acesso público. Aqueles que não se sentem confortáveis em expor suas vidas online, sempre podem ter a opção se privar suas contas ou, simplesmente, não serem tão ativos nestes canais  o que, consequentemente, reduzirá o acesso a tais informações perante recrutadores.

Já para aqueles que são mais ativos nesses meios, ao mesmo tempo que todos temos nosso direito de se expressar frente a quaisquer assuntos, também é preciso compreender que esses posicionamentos poderão ser levados em consideração em um processo seletivo, servindo de base para evitar contratações que não tenham sinergia frente aos valores defendidos e buscados pelo negócio.

Nesse sentido, a consciência e coerência são as grandes palavras de ordem a ser seguida por ambos os lados. Consciência em entender que não há por que levar as redes socias como influências negativas em um recrutamento – visto que elevam as chances de uma contratação assertiva – e coerência em, a partir disso, saber em como se posicionar publicamente considerando este possível impacto.

Ao invés de serem ameaças à carreira, essas plataformas podem ser grandes apoiadores para o sucesso profissional, apoiando no maior entendimento de uma possível sinergia entre as partes. Caso essas visões sejam distintas, também encare como algo positivo, de forma que evitem frustrações inevitáveis em uma possível contratação. No final, é como se fosse um flerte de relacionamento, onde, por meio delas, os interessados decidirão se querem dar uma chance para firmar um possível casamento sólido e longínquo.

 


Ricardo Haag - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.


A agropecuária e a devastação ambiental no Brasil: uma crise silenciosa


A expansão da agropecuária no Brasil está levando a uma destruição sem precedentes de biomas como o Cerrado, Amazônia e Pantanal, agravando as mudanças climáticas e ameaçando a biodiversidade do país. 



O Brasil, conhecido por sua biodiversidade e vastos biomas, enfrenta uma crise ambiental impulsionada, em grande parte, pela expansão da agropecuária. Os números são alarmantes: entre agosto de 2023 e julho de 2024, o Cerrado, segundo maior bioma brasileiro, registrou um aumento inédito de 15% no desmatamento. Este bioma, que abriga 63% da produção agrícola e 36% do rebanho brasileiro, é um dos mais afetados pela exploração humana. A destruição contínua das florestas, a expansão do agronegócio e as queimadas estão ameaçando não apenas a fauna e flora locais, mas também o equilíbrio climático do planeta.



O Cerrado em Chamas

De acordo com o Monitor do MapBiomas, em 2023, 70% dos municípios do Cerrado registraram desmatamento, e em 2024 o bioma foi o mais afetado pelas queimadas. Com 23% da vegetação desmatada sendo convertida em pastagem, o Cerrado está perdendo rapidamente suas características naturais. A vegetação nativa, que depende em grande parte de propriedades privadas para ser preservada, está sendo destruída a um ritmo alarmante, muitas vezes impulsionado pela demanda internacional por soja, que ocupa cerca de 20 milhões de hectares no bioma. Embora o Brasil produza soja em larga escala, apenas 3% é destinada ao consumo humano no país, com a maior parte utilizada na produção de ração para animais explorados pela indústria alimentícia.

A SOS Pantanal destaca a importância do Cerrado na manutenção do Pantanal, uma vez que mais de 80% da água que chega ao Pantanal nasce no Cerrado. "A proteção do segundo maior bioma do Brasil é crucial para a manutenção de todos os outros. Sem um meio ambiente saudável, não existe economia, desenvolvimento e justiça social", enfatiza a organização.



Impactos no Pantanal

O Pantanal, o maior bioma alagado do planeta, também está sendo duramente atingido pela crise ambiental. Apenas nos primeiros 10 dias de setembro de 2024, foram registrados 736 focos de incêndios, mais que o dobro do total registrado no mesmo mês em 2023. Quase 2 milhões de hectares de vegetação foram consumidos pelas chamas, afetando drasticamente a vida selvagem e a biodiversidade local.

Os incêndios de 2020, os piores da história do Pantanal, deixaram um rastro de destruição, com a morte de mais de 17 milhões de animais, entre eles onças, jacarés e araras. “A indústria da carne não só destrói vidas de animais ditos de produção, mas também provoca o sofrimento e a morte de milhares de animais silvestres. O equilíbrio do nosso planeta e a sobrevivência de diversas espécies dependem das nossas escolhas como consumidores tanto quanto de decisões de governos e grandes empresas“, alerta George Sturaro, Diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas da Mercy For Animals (MFA) no Brasil. A organização defende um sistema alimentar mais justo e sustentável, propondo a substituição contínua de alimentos de origem animal por opções vegetais para limitar o aquecimento global a 1,5 °C, conforme estabelecido no Acordo de Paris.

Globalmente, os sistemas alimentares são responsáveis por cerca de 1/3 das emissões de gases de efeito estufa. No Brasil, onde a pecuária tem um grande impacto, essa proporção chega a quase 74%. Destes, cerca de 3/5 das emissões totais do país vem da cadeia de produtos de origem animal.




A Crise na Amazônia e a Poluição

Enquanto o Cerrado e o Pantanal ardem, a Amazônia também enfrenta um cenário alarmante. Em agosto de 2024, o bioma registrou o maior número de focos de incêndio em 19 anos, intensificando a crise ambiental. A fumaça dessas queimadas, somada à seca extrema, gerou uma névoa espessa que cobriu cerca de 60% do território brasileiro, chegando até capitais como Buenos Aires e Montevidéu. Em Porto Velho (RO), Rio Branco (AC) e São Paulo (SP), foram registrados os maiores níveis de poluição do ar no mundo, segundo a IQAir, empresa suíça de monitoramento da qualidade do ar.

Área queimada no Pará na Reserva Rio Azul
Raquel Machado, presidente do Instituto Libio, teve parte de suas terras devastadas pelo fogo, mas, graças à ação dos mais de 20 brigadistas do PrevFogo, os danos foram minimizados. "Sem o trabalho incansável desses brigadistas, as perdas seriam ainda maiores. Precisamos valorizar quem protege a Amazônia e repensar urgentemente a forma como lidamos com nosso patrimônio natural", afirma Raquel.

Esse cenário não é apenas um reflexo das mudanças climáticas, mas também da expansão agropecuária irresponsável que adota o desmatamento e as queimadas como práticas de expansão territorial. "Estamos vivendo a maior crise ambiental das últimas décadas, impulsionada por um modelo agropecuário destrutivo. Se não repensarmos esse modelo e adotarmos práticas mais sustentáveis, o futuro da Amazônia, e de todo o planeta, estará em risco", complementa Raquel.



Soluções Sustentáveis: Lições da Costa Rica

Enquanto o Brasil enfrenta essa crise, a Costa Rica, um pequeno país da América Central, nos mostra que é possível reverter o desmatamento e adotar um modelo econômico mais sustentável. Há cinco décadas, a Costa Rica enfrentava um cenário similar ao do Brasil, com uma devastação ambiental sem precedentes. No entanto, graças a políticas públicas inovadoras e à participação ativa da sociedade civil, o país conseguiu duplicar sua cobertura florestal. Hoje, mais de 50% do território costa-riquenho é coberto por florestas, e o país se tornou um exemplo global em conservação.

A mudança de modelo produtivo na Costa Rica, que migrou da agropecuária para o turismo sustentável e a produção de energia limpa, oferece uma lição valiosa para o Brasil. A transição para práticas mais sustentáveis pode ser a chave para preservar nossos biomas e garantir um futuro mais equilibrado para o planeta.



O Caminho Adiante

A agropecuária no Brasil, embora essencial para a economia, tem cobrado um preço alto do meio ambiente. A expansão desenfreada de pastagens e plantações, o desmatamento e as queimadas estão colocando em risco a biodiversidade, a qualidade do ar e o equilíbrio climático do planeta. Organizações como SOS Pantanal, Instituto Libio e Mercy For Animals clamam por ações urgentes para frear essa destruição e proteger o que resta dos biomas brasileiros.

O Brasil pode seguir o exemplo de países como a Costa Rica e adotar políticas públicas que incentivem a conservação e a sustentabilidade. A mudança depende das escolhas que fazemos como sociedade e da pressão por práticas que protejam o meio ambiente, garantindo um futuro mais justo para todos. Como enfatiza George Sturaro da Mercy For Animals, "É hora de agir e mudar o nosso atual sistema alimentar".

O que diz o analista do IBAMA, Lawrence Oliveira, Analista Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).



Incêndios Criminosos: O Impacto nas Operações

Suspeitas de que alguns incêndios têm origem criminosa afetam diretamente o planejamento das operações de combate. "A segurança dos brigadistas é nossa prioridade", enfatiza Lawrence, explicando que em áreas onde há atividades ilícitas, como garimpo ou extração ilegal de madeira, as operações podem ser comprometidas. "Antes de cada operação, fazemos uma análise de risco e, se necessário, solicitamos apoio policial. No entanto, a presença de atividades ilegais é um grande obstáculo para o combate ao fogo", afirma ele.



Desafios dos Brigadistas no Pantanal

Os brigadistas que atuam no Pantanal enfrentam condições extremamente desafiadoras. Lawrence Oliveira destaca que, em 2024, as condições climáticas estão particularmente desfavoráveis, com umidade baixa, rajadas de vento e temperaturas elevadas, o que torna o combate ao fogo ainda mais difícil. "O deslocamento é outro desafio, pois muitas áreas não são acessíveis por terra, o que exige o uso de aeronaves para transportar equipes e equipamentos", explica ele. Além disso, os incêndios subterrâneos, que ocorrem em camadas profundas de matéria orgânica, complicam ainda mais o trabalho, exigindo a abertura de trincheiras para impedir a propagação das chamas.



Treinamento dos Brigadistas

Todos os brigadistas passam por um curso de formação básico, que dura uma semana e abrange tanto a teoria do comportamento do fogo quanto práticas de combate e preparação de ferramentas. "Existem diferentes níveis de especialização", conta Lawrence, "brigadistas mais experientes participam de operações maiores, como no Pantanal e no Xingu, e recebem treinamentos avançados para operar aeronaves, pilotar drones e atuar em sistemas de comando de incidentes". Além disso, alguns brigadistas são treinados para apoiar investigações florestais, ajudando a identificar as causas e origens dos incêndios.



Operações Complexas: Um Caso Recente

Lawrence compartilha um exemplo de como os brigadistas superam desafios em áreas de difícil acesso: "Recentemente, fomos acionados pela Funai para combater um incêndio em uma terra indígena isolada, onde o acesso terrestre era impossível. Foi necessário organizar uma logística complexa, incluindo o uso de uma aeronave de grande porte, recém-adquirida pelo IBAMA, para transportar os brigadistas. Essa operação mostrou como, muitas vezes, nossas ações se assemelham a uma verdadeira operação de guerra".


Você sabe se proteger online? Confira 7 dicas para navegar com segurança

A internet é uma revolução nas nossas vidas, em especial a conexão global que a ferramenta proporciona, mas também esconde riscos que podem prejudicar as pessoas, como aponta Jonathan Aprigio, Analista de Rede na Leste Telecom


 

Não há dúvidas de que a internet é uma grande aliada no nosso dia a dia. Atualmente, com o mundo cada vez mais conectado e online, fica difícil não dependermos dessa tecnologia para tudo, da comunicação com as pessoas ao pagamento de contas e até mesmo lazer, como assistir a séries e filmes.

 

Porém, a internet também pode ser um meio para promover ataques cibernéticos, como a disseminação de malwares e DDoS, a fim de danificar computadores e roubar dados sensíveis e confidenciais. Apenas em 2023, o Brasil foi alvo de 60 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, segundo dados do FortiGuard Labs, laboratório de inteligência e análise de ameaças da Fortinet.

 

Ainda de acordo com esse levantamento, a tendência é de que hackers e pessoas mal-intencionadas explorem cada vez mais métodos sofisticados de ataques, bem como novas variantes de malware e ransomware direcionadas. Neste cenário, Jonathan Aprigio, Analista de Rede na Leste, primeira empresa provedora de internet no Leste Fluminense a levar conexão em ultra velocidade com fibra óptica para seus clientes, ressalta a importância de ter cuidado com a navegação online.

 

“Não só empresas, mas pessoas também, precisam adotar medidas para prevenir que suas máquinas sejam atacadas por esses arquivos maliciosos. Embora os métodos tenham evoluído com o passar dos anos e o avanço tecnológico, ainda é comum que hackers e pessoas mal-intencionadas apliquem golpes usando arquivos de Excel, Word e PowerPoint, além de links falsos em e-mails e aplicativos de mensagens instantâneas, por exemplo”, diz.

 

A melhor forma de navegar é a segura

 

Tanto o Dia da Internet, que foi celebrado em 17 de maio, quanto o Dia da Internet Segura, promovido em fevereiro, debatem questões similares sobre como nós usamos a internet, porém diferem em alguns aspectos. “O Dia da Internet foca mais em debater tópicos como conectividade global, inclusão digital, direitos digitais e uso ético da internet, isto é, tem um propósito mais socioeducativo. Mesmo assim, também é uma data usada para discutir noções de segurança cibernética, privacidade online, alfabetização digital e uso responsável da tecnologia”, esclarece Jonathan.

 

O especialista também comenta algumas dicas que podem ajudar as pessoas a usar a internet de forma mais segura e consciente. Confira-as:

 

1. Mantenha seu sistema operacional sempre atualizado. “Muitos usuários de Windows já devem estar carecas de saber que as frequentes atualizações do Windows Update devem ser priorizadas. Elas corrigem vulnerabilidades do sistema e garantem que sua máquina esteja protegida contra as ameaças mais recentes - e a dica serve também para os navegadores de internet e softwares de antivírus”, aponta.

2. Redobre o cuidado ao utilizar redes públicas. “Alguns estabelecimentos comerciais, além de rodoviárias e aeroportos, oferecem às pessoas acesso gratuito à rede wi-fi. Enquanto esta é uma comodidade e tanto, usar redes públicas requer o máximo de cuidado possível, já que sua máquina fica exposta a ataques de interceptação - uma boa dica aqui é usar VPN para aumentar a proteção dos seus dados ao utilizar esses pontos de acesso. E, em hipótese alguma, acesse contas bancárias ou informações sensíveis em redes desconhecidas”, alerta.

 

3. Crie senhas fortes e não as salve ou compartilhe em navegadores e dispositivos. “Criar senhas complexas, com caracteres especiais, letras maiúsculas, minúsculas e números, não são histórias da carochinha, não. Quanto mais improváveis de decifrar forem suas senhas, mais protegidos seus dados estarão. Além disso, não as deixe salvas em aplicativos e navegadores, especialmente computadores de uso público, para evitar exposição desnecessária de suas credenciais”, ensina.

 

4. Se não conhece a fonte, não clique no link. “Infelizmente, o phishing ainda é uma prática muito comum para instalar aplicativos indesejados e espalhar malwares. Por isso, mesmo que a curiosidade seja grande, não clique em links suspeitos compartilhados por e-mail, mensagens e nas redes sociais. O mesmo vale para softwares e suas atualizações: só os baixe de fontes confiáveis, nunca de sites de terceiros. Para saber se um site é seguro, há ferramentas disponíveis para isso, como o verificador de links da NordVPN”, avisa.

 

5. Prefira a navegação anônima. “Esse tipo de navegação impede que seu histórico de pesquisas e cookies de sites não sejam salvos no navegador e, dessa forma, contribui para que você não seja alvo de publicidade indesejada e também não tenha suas preferências expostas. Além disso, mesmo em uma guia privada, não deixe de conferir se os sites acessados são seguros e criptografados, isto é, possuem certificado SSL, indicado por “https” na barra de endereço”, instrui.

 

6. Verifique a URL. “Ao clicar em links, especialmente em e-mails ou mensagens suspeitas, verifique cuidadosamente a URL antes de prosseguir. Certifique-se de que o endereço corresponde à página legítima que você espera visitar. Pequenas alterações na URL podem levar a sites maliciosos projetados para roubar informações pessoais”, explica.

 

7. Tome cuidado com remetentes de e-mails. “Ao receber e-mails não solicitados ou de fontes desconhecidas, mantenha a guarda alta. Não clique em links ou baixe anexos de remetentes suspeitos. Os golpistas muitas vezes usam e-mails falsificados para induzir as pessoas a revelarem informações confidenciais ou a instalarem malware em seus dispositivos”, conclui. 


Pesquisa do IAC registra pela 1ª vez transmissão da bactéria causadora da escaldadura das folhas da cana por um inseto vetor

 Principal doença bacteriana na cana-de-açúcar é transmitida pela cigarrinha-das-raízes  

 

Pesquisa inédita realizada pelo Instituto Agronômico (IAC-Apta) mostrou que a bactéria causadora da escaldadura das folhas da cana-de-açúcar, a principal doença bacteriana desta cultura, é transmitida pela cigarrinha-das-raízes. O inseto vetor carrega a bactéria Xanthomonas albilineans e a transfere para plantas sadias, transmitindo essa doença que não tem controle e, na maioria das vezes, é assintomática.

De acordo com a pesquisadora do IAC, Silvana Creste, com essa descoberta, o desenvolvimento de variedades resistentes à cigarrinha-das-raízes pode ser uma das estratégias para controlar a escaldadura das folhas. “Essa descoberta traz um novo olhar em relação à praga e também à doença porque nos possibilitou saber que a cigarrinha, além de ser uma das principais pragas da cana, carrega também um inimigo oculto da cana”, diz.

A bactéria, ao colonizar principalmente os vasos de xilema, dificulta a absorção de água e seiva bruta pela planta. Os danos incluem baixa germinação das gemas, queda na produtividade e no teor de açúcar da cana, além de redução na longevidade dos canaviais. Os prejuízos dependem da variedade, ciclo da cultura, idade do canavial, condições ambientais, agressividade do isolado da bactéria e da interação entre todos esses fatores.

“Em variedades suscetíveis, a doença provoca a morte das gemas/brotos e, consequentemente, da planta”, afirma a pesquisadora do IAC, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Além da equipe do IAC, participaram os professores da Unesp Jaboticabal, Guilherme Duarte Rossi, da Esalq, Claudia Barros Monteiro-Vitorello e Luis Eduardo Aranha Camargo, do Instituto de Botânica/USP, Marie Anne Van Sluys, a pós-doc FAPESP, Andressa Peres Bini, a engenheira agrônoma da FUNDAG, Izadora Farina Pastore, e as mestrandas da Unesp Jaboticabal, Carolina Veluci Brondi, e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP, Marina Carnaz Duarte Serra.

A descoberta dessa transmissão foi publicada na revista científica Journal of Insect Science e está disponível no link Link. Os projetos que viabilizaram essa descoberta foram financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (FUNDAG).


Fases seguintes de estudos

As próximas etapas da pesquisa visam avaliar se outras espécies da cigarrinha-das-raízes que infestam a cultura da cana-de-açúcar também são hospedeiras de Xanthomonas albilineans. Pretende-se também estabelecer novas estratégias de manejo para a praga e a doença, visto que, atualmente, se preconiza o uso de mudas sadias e desinfecção de instrumentos de corte no plantio e na colheita.

De acordo com a pesquisadora, uma vez infectada, uma variedade só pode ser recuperada por meio da limpeza clonal em laboratórios de cultura de tecidos, seguida da checagem da sanidade por meio de métodos avançados de biologia molecular em laboratórios. A Unidade laboratorial de referência do Centro de Cana IAC, em Ribeirão Preto, é o único laboratório no Brasil com tecnologia ultrassensível para detectar a presença dessa bactéria em cana.

“Desenvolvemos essa tecnologia há cerca de uma década, quando percebemos que os materiais com intenção de plantio não apresentavam sanidade suficiente para entregar alta produtividade ao longo de ciclos de cultivo de uma variedade”, comenta Silvana Creste.

A partir do desenvolvimento das tecnologias de checagem da sanidade, Silvana e equipe desenvolveram a tecnologia INVICTA IAC, que consiste na produção de mudas em laboratório de cultura de meristema, em que a sanidade para as doenças transmitidas por mudas são certificadas por técnicas de biologia molecular, além da identidade genética atestada por fingerprint de DNA.

A pesquisadora relata que a descoberta só foi viabilizada pela tecnologia INVICTA. “Nós tínhamos convicção de que havíamos entregado mudas sadias ao produtor, quando identificamos a ocorrência de escaldadura nos viveiros. No histórico desse viveiro não havia prática do uso de instrumentos mecânicos - até então descritos como a única forma de transmissão da doença - porém houve alta infestação de cigarrinha das raízes nessa área. Tivemos um novo olhar, desenhamos um novo projeto focado nessa constatação e acabamos por desvendar essa transmissão”, relata a cientista do IAC.

Conhecer os métodos de transmissão da doença permite definir estratégias para evitar sua ocorrência ou minimizar os danos por ela causados. A pesquisa ainda não gerou uma recomendação para controle da doença, mas a cientista afirma que a descoberta abriu uma nova oportunidade para debates, focando em estratégias de manejo para seu controle em viveiros de mudas e em canaviais, visando reduzir os prejuízos.

 

Mônica Galdino - MTb 47045 e Carla Gomes - MTb 28156 – Assessoria de comunicação IAC

 

De invisibilizados à contratados: como profissionais 50+ estão se recolocando no mercado de trabalho

 

Unsplash

Empresas valorizam profissionais maduros pelo comprometimento; há mais de 2 mil vagas para contratação imediata no setor de call center

 

O Dia Internacional do Idoso (01/10), celebrado para sensibilizar a sociedade de questões relacionadas ao envelhecimento, traz a reflexão sobre as oportunidades de trabalho para pessoas acima de 50 anos, visto que em 2040 esse público deve ocupar em torno de 56% da força de trabalho no Brasil, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Apesar do número crescente, a pesquisa realizada pelas empresas de recrutamento e inovação Robert Half e Labora mostra que o mercado de trabalho ainda está caminhando a passos lentos no que diz respeito à contratação de pessoas consideradas idosas, sendo que 70% das empresas contrataram muito pouco ou nenhum profissional com mais de 50 anos - isso representa apenas 5% das novas contratações.
 

Em contrapartida, pessoas mais experientes têm encontrado no setor de atendimento ao cliente a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho e construir uma carreira. Uma das maiores empresas de soluções em experiência do cliente e gestão de processos de negócios terceirizados, a AeC Contact Center mapeou que 1560 dos seus colaboradores são pessoas com mais de 50 anos. “Queremos profissionais comprometidos, independentemente do gênero, raça ou idade. E os nossos colaboradores mais maduros mostram esse comprometimento no dia a dia, somado à facilidade de realizar um atendimento mais humanizado para com os clientes”, afirma Yveth Alves, gerente de pessoas da companhia.

 

Vagas Melhor Idade

A AeC é uma das maiores contratantes do Nordeste e também tem atuação em São Paulo, Rio de Janeiro e nas cidades mineiras de Belo Horizonte, Montes Claros e Governador Valadares. Atualmente, a empresa está com mais de 2 mil vagas abertas nas suas mais de 20 unidades no país, com oportunidade de contratação CLT, remuneração compatível com o mercado, plano de saúde e odontológico, seguro de vida, auxílio creche, possibilidade de trabalho remoto, além do horário de trabalho de 6h20 e cursos da Universidade AeC para desenvolvimento de carreiras.


90% dos acidentes no trânsito são causados por falha humana; dado traz alerta sobre como a saúde mental influencia no comportamento das pessoas ao dirigir

Desatenção e imprudência são aspectos que aumentam os riscos. Especialista ressalta a importância da saúde mental e as contribuições da psicologia para melhorar o cenário
 

Uma das principais causas de acidentes em estradas acontece por falha humana, 90%, é o que aponta o levantamento realizado no último ano pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET). A desatenção, imprudência e a imperícia dos motoristas são os fatores mais apontados quando falamos dos riscos nas estradas. Com a chegada do Dia Nacional do Trânsito - se faz fundamental debater como a saúde mental influencia no comportamento das pessoas ao dirigir.

Só para se ter uma ideia, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o terceiro país em número de mortes em acidentes de trânsito. Fica atrás apenas da Índia e da China. Somente no ano passado, mais de 600 mil acidentes foram registrados no Brasil; uma média de 17 casos por dia.

“O trânsito expõe os motoristas a uma série de informações auditivas, visuais que podem elevar o nível de estresse e exigem muito da sua atenção. Moradores dos grandes centros brasileiros passam em média 21 dias por ano no trânsito, segundo a Pesquisa Mobilidade Urbana 2022, conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo Serviço de Proteção ao Crédito em parceria com o Sebrae. Qual o impacto disso na condução segura de um veículo?”, reflete Ricardo Mattos, CEO da Vetor Editora, empresa cinquentenária que contribui com o exercício da psicologia nesse meio com conteúdos e testes que colaboram para um trânsito mais seguro.

Ele explica que o cuidado com a saúde mental não se aplica apenas a quem já enfrenta o trânsito no dia a dia, mas também para avaliar aqueles que desejam ser futuros condutores, prevendo a probabilidade de um motorista se envolver em acidentes: “Nós chamamos de perícia psicológica do trânsito e não mais testes psicotécnicos. O objetivo é verificar se os candidatos têm as condições mínimas de dirigir de forma segura para ele e para a sociedade”.


A importância dos testes para um trânsito mais seguro

Entre as habilidades exigidas nessa obtenção ou renovação da CNH estão aspectos cognitivos como memória, inteligência e três tipos de atenção: a concentrada, importante para avaliar o foco do motorista no ato de dirigir, a dividida, fundamental para avaliar a atenção a diferentes estímulos simultâneos; e por último a atenção alternada, vinculada a importância de se conseguir alternar o foco quando está conduzindo um veículo. Além desses aspectos, são avaliados a capacidade de juízo crítico, comportamento e traços de personalidade.


Avaliação de personalidade no trânsito

Um dos testes mais conhecidos para a avaliação da personalidade, no trânsito, é o teste Palográfico. “Quem já tem a carteira de habilitação, já conhece essa avaliação. No entanto, o que poucas pessoas sabem é que se trata de uma avaliação de personalidade. O tamanho do risco, a grossura, o espaçamento, tudo isso revela traços de personalidade que vão ter impacto na forma de dirigir. Por isso esse é um teste essencial para quem vai começar a conduzir um veículo”, explica

Fundamental para a introdução da avaliação psicológica no processo de avaliações compulsórias como a de CNH e porte de arma no Brasil, a Vetor Editora desde a sua fundação tem desenvolvido testes de qualidade e conta com instrumentos psicológicos atualizados com pesquisas nacionais. Tais instrumentos ajudam a melhorar não apenas a qualidade de vida no trânsito, mas contribuem com uma sociedade mais responsável, dentro e fora das estradas.
 



Vetor Editora

Giunti Psychometrics

A transformação sustentável nos edifícios é indispensável para o futuro do planeta

OPINIÃO

 

A sustentabilidade na engenharia civil tem sido cada vez mais imprescindível. Não à toa, a construção e operação de edifícios representam hoje uma parcela significativa das emissões de carbono - cerca de 30% delas ocorrem na fase de construção e todo o restante durante a operação. Por conta disso, é um setor que tem sido bastante debatido nas discussões globais sobre mitigação climática e a busca por soluções mais eficientes e sustentáveis.

Governos e organizações de todo o mundo têm impulsionado políticas de incentivo para práticas sustentáveis desde o início dos projetos de construção, como a implementação de sistemas de gestão de energia (BMS), que possibilitam o controle otimizado dos recursos energéticos, contribuindo para a redução das emissões.

Entretanto, mesmo com essas iniciativas, a construção sustentável ainda enfrenta grandes desafios. Compensações de carbono, a propósito, são alternativas adotadas frequentemente pelas organizações para mitigar as emissões inevitáveis dessa etapa, embora seja na operação dos edifícios que o potencial de transformação se amplie, com a eficiência energética se destacando como a principal solução.

Na fase de operação de um edifício, já é possível diminuir as emissões de carbono. 90% delas podem ser eliminadas por meio de tecnologias avançadas de automação predial, modernização de sistemas de climatização e uso de fontes de energia renovável, como a solar e a eólica. Isso nos mostra como a eletrificação e a digitalização são capazes de criar uma operação mais eficiente e sustentável.

Outro elemento fundamental é o uso de sensores e da automação para aprimorar o consumo energético conforme a ocupação e o uso dos espaços. Esses dispositivos ajustam automaticamente a iluminação e a climatização com base no número de pessoas em uma sala, melhorando a eficiência dos edifícios e colaborando diretamente para a sustentabilidade no longo prazo.

No Brasil, ainda enfrentamos obstáculos específicos quando falamos de construção sustentável. Embora muitas novas construções - especialmente em grandes centros como São Paulo - busquem certificações de sustentabilidade, como o LEED, a modernização dos edifícios mais antigos permanece uma barreira significativa.

Boa parte desses prédios foi construída com tecnologias obsoletas e pouco eficientes em termos energéticos, porém essa modernização é viável e indispensável. Esse processo, inclusive, pode começar com a implementação de sistemas de automação e a substituição de tecnologias desatualizadas.

Uma solução promissora para a sustentabilidade na operação dos edifícios é o uso de microrredes (microgrids), que permitem a geração local de energia limpa. Além de reduzir as emissões de carbono, essa tecnologia traz maior independência energética para os edifícios e propicia que o excedente de energia seja reintegrado à rede elétrica, gerando créditos aos proprietários dos edifícios.

A sustentabilidade na construção civil não deve ser encarada apenas como uma tendência, e sim como uma necessidade que está diretamente conectada com o futuro do planeta. Organizações e governos estão cada vez mais conscientes de que, somada aos benefícios ambientais, a eficiência energética proporciona vantagens econômicas significativas.

No Brasil, baixar custos é uma prioridade, e a eficiência energética se provou uma das maneiras mais eficazes de alcançar essa meta - por mais que ainda exista muito trabalho a ser feito nesse sentido. Para que essa transformação ocorra de forma mais rápida e efetiva, é essencial que as políticas públicas acompanhem essa evolução da tecnologia.

Certificações de eficiência energética para edifícios, que já são obrigatórias em diversos países da Europa, precisam ser fortalecidas também no Brasil, incentivando a automação predial e o uso de energias renováveis. A matriz energética predominantemente hidrelétrica do Brasil já oferece uma base favorável, mas é importante que novos projetos e modernizações sigam um caminho claro em direção à sustentabilidade.

  



Patrícia Cavalcanti - diretora de Digital Energy e Power Products na Schneider Electric para a América do Sul.

6 dicas para se destacar em uma entrevista virtual e bilingue

Manter a fluência ao alternar entre idiomas e dominar as ferramentas tecnológicas são essenciais para se destacar em entrevistas bilíngues virtuais

 

Em tempos de globalização e tecnologia, as entrevistas de emprego bilíngues e realizadas de forma virtual se tornaram cada vez mais comuns, especialmente para cargos internacionais ou que envolvem interação com equipes globais. No entanto, esse processo seletivo pode ser desafiador, pois exige que o candidato se comunique de maneira clara em dois idiomas, além de lidar com as particularidades de uma interação online. 

Segundo uma pesquisa do LinkedIn realizada em 2023, cerca de 70% dos recrutadores acreditam que a fluência em mais de um idioma e a capacidade de alternar entre eles são habilidades diferenciais importantes no mercado de trabalho atual. Para se destacar em uma entrevista bilíngue virtual, é fundamental uma preparação cuidadosa e prática constante. 

Para a Bruna Kristensen, Gerente Pedagógica da Rockfeller Language, uma das principais redes de ensino de idiomas do país, em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, a preparação para uma entrevista bilíngue não se resume apenas ao domínio do idioma. “É preciso demonstrar habilidades interculturais, capacidade de adaptação e segurança na comunicação. O contato e a prática contínua do idioma é o diferencial que ajuda o candidato a se destacar em processos seletivos internacionais, onde cada detalhe pode fazer a diferença, afirma.” 

A especialista sugere algumas dicas essenciais para você se destacar em uma entrevista virtual e bilíngue.

 

1. Mantenha a fluência ao alternar entre idiomas

Um dos maiores desafios em entrevistas bilíngues é manter a fluência ao alternar entre idiomas. Muitas vezes, o candidato sente a pressão de se comunicar claramente em uma segunda língua, o que pode gerar hesitação. Na Rockfeller, ajudamos nossos alunos a pensar diretamente no idioma que estão utilizando, evitando a tradução mental, que é uma das principais causas de pausas e insegurança durante a fala. A prática constante em cenários reais de comunicação é fundamental para superar essa dificuldade e desenvolver fluência natural.

 

2. Prepare-se com prática simulada e estratégica

A prática é a chave para o sucesso em entrevistas bilíngues. Além de praticar a resposta a perguntas comuns, é importante o uso de pausas estratégicas para organizar os pensamentos e evitar se apressar. A simulação de entrevistas em um ambiente que replica as condições reais é uma das estratégias mais eficazes. Dessa forma, o candidato ganha confiança para alternar entre os idiomas de forma fluida, sem perder a coerência.

 

3. Revise o vocabulário técnico e expressões da área

Antes de uma entrevista bilíngue, é crucial revisar o vocabulário técnico e as expressões mais utilizadas na área de atuação. Na Rockfeller, oferecemos práticas específicas que familiarizam nossos alunos com esses termos em ambos os idiomas, preparando-os para utilizá-los de forma precisa e confiante. É fundamental que o candidato faça uma lista de palavras e frases importantes, praticando sua pronúncia e uso em simulações de entrevista.

 

4. Cuide da linguagem corporal e do ambiente virtual

A comunicação não-verbal também desempenha um papel importante, mesmo em entrevistas virtuais. Manter contato visual com a câmera, adotar uma postura ereta e utilizar gestos adequados são elementos essenciais para transmitir segurança e clareza. Além disso, um ambiente bem iluminado e livre de distrações contribui para uma comunicação eficaz. Também ressalto a importância de um tom de voz positivo e entusiástico, que pode impactar significativamente a impressão deixada no entrevistador.

 

5. Demonstre confiança e habilidades interculturais

Em entrevistas bilíngues, demonstrar habilidades interculturais é um diferencial. A capacidade de adaptar-se a diferentes contextos e equipes multiculturais é cada vez mais valorizada. Compartilhar exemplos de experiências com equipes internacionais ou projetos globais pode destacar suas habilidades de adaptação e respeito às diferentes culturas.

 

6. Familiarize-se com a tecnologia

Nada compromete mais uma entrevista virtual do que problemas técnicos. É fundamental que o candidato teste com antecedência a plataforma que será utilizada na entrevista, garantindo que tudo funcione corretamente. Um ambiente estável e com boa conexão de internet é essencial para evitar interrupções e distrações.

 

Dia do Cão Idoso: 5 passos para seu pet envelhecer de forma saudáve

Reprodução/Nouvet
Exercícios regulares e alimentação balanceada são fatores essenciais para garantir uma vida mais longa a cães e gatos

 

Devido ao vínculo emocional profundo entre os tutores e seus companheiros de quatro patas, é natural o desejo de prolongar a vida dos pets e passar mais tempo ao lado daqueles que trazem tanto amor e carinho. Nos últimos anos, houve um aumento significativo na expectativa de vida desses pets, graças aos avanços na medicina veterinária, na nutrição e no cuidado geral. 

“A longevidade dos cães e gatos depende de cuidados médicos regulares, incluindo exames veterinários, e uma dieta adaptada rica em proteínas. Além disso, um ambiente amoroso contribui para a sua felicidade e bem-estar. Com dedicação, podemos dar mais chances para esses membros queridos da família desfrutarem de vidas longas, saudáveis e felizes”, destaca Thiago Teixeira, diretor-geral e médico veterinário no Nouvet, centro veterinário de nível hospitalar em São Paulo. 

Pensando nisso, o especialista compartilha cinco passos essenciais para ajudar seu pet a envelhecer com saúde. Confira:

 

1. Alimentação balanceada e nutritiva

A base de uma vida longa e saudável para cães e gatos é uma alimentação adequada. Rações comerciais de alta qualidade são formuladas para fornecer todos os nutrientes essenciais, mas também é possível optar por dietas caseiras, desde que sejam bem equilibradas e suplementadas, se preciso. A dieta de um pet deve ser ajustada às suas necessidades específicas de idade, raça, tamanho e condição de saúde. 

Para cães, recomendam-se proteínas de alta qualidade, gorduras saudáveis, carboidratos complexos, além de vitaminas e minerais. Já para os felinos, o ideal é oferecer dietas ricas em proteínas animais, uma vez que são carnívoros obrigatórios e precisam de taurina, um aminoácido essencial encontrado na carne.

 

2. Exercícios regulares e estímulos mentais

A atividade física é fundamental para manter a saúde cardiovascular, muscular e articular dos pets. Além disso, exercícios e brincadeiras ajudam a prevenir a obesidade e problemas comportamentais. 

Para os gatinhos é muito importante deixar à disposição brinquedos interativos, arranhadores e a criação de ambientes estimulantes dentro de casa. Já para os cachorros é fundamental fazer passeios diários, brincadeiras ao ar livre e atividades como agilidade e natação.

 

3. Cuidados veterinários

Visitas regulares ao veterinário são indispensáveis para a longevidade de cães e gatos. As consultas preventivas são importantes para: vacinação, controle de parasitas e monitoramento geral da saúde. Para animais mais jovens e saudáveis, os check-ups podem ser anuais; no caso dos bichinhos mais idosos ou com condições crônicas, é preciso que sejam semestrais.

 

4. Higiene e cuidados específicos

A higiene adequada é outro pilar para a saúde dos pets. Isso inclui cuidados com os dentes, pelagem, unhas e ouvidos. Ou seja, é preciso manter uma escovação regular dos dentes para prevenir doenças periodontais; escovar frequentemente os pêlos para evitar nós, além de remover os que estiverem soltos; dar banhos regulares, conforme a necessidade de cada raça; e manter as unhas aparadas e os ouvidos limpos para prevenir infecções.

 Além disso, alguns pets de raças específicas têm características que demandam cuidados adicionais, como cães de raça bulldog francês e pug, que pedem atenção dermatológica e respiratória, e os gatos persas e siameses, também comumente acometidos por problemas de respiração.

 

5. Ambiente seguro e amoroso

Um ambiente seguro e cheio de amor é importante para a saúde mental e física dos pets. Proporcione um lar livre de perigos, com espaço suficiente para que ele possa se movimentar e explorar. 

Mantenha produtos químicos fora do alcance deles, verifique se não há plantas tóxicas no jardim e certifique-se de que o espaço é adequado para o tamanho e necessidades de cada animal. Tenha camas confortáveis, acesso fácil a água fresca e locais tranquilos para descanso. Principalmente, passe tempo de qualidade com seu pet, oferecendo carinho e atenção, fortalecendo o vínculo e promovendo seu bem-estar emocional.

 

Nouvet


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