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quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Alerta para falta de sangue dos tipos O- e A-

 


O GSH Banco de Sangue de São Paulo está convocando doadores dos tipos O- e A- para efetuarem suas doações, pois os estoques estão 70% abaixo do ideal. Esta situação pode comprometer o equilíbrio no fornecimento essencial para hospitais que tratam pacientes que dependem de transfusões sanguíneas. 

Considerado universal, o sangue O- pode ser transfundido em qualquer pessoa, em casos de extrema urgência, quando não há tempo para exames que comprovem qual o fator Rh do paciente. O Ministério da Saúde recomenda especialmente sua utilização em recém-nascidos até 4 meses de idade que necessitem de transfusões o que torna sua disponibilidade ainda mais vital. 

Já o tipo A- é relativamente raro, representando apenas cerca de 6% da população. O sangue A- pode ser transfundido para pacientes dos tipos A- e A+, e AB positivo e negativo. Mas pessoas com esse fator Rh só podem receber sangue A- e O-. Isso faz com que a doação seja um recurso essencial em emergências e para pacientes com necessidades específicas. 

“Mesmo quem não sabe qual é o seu tipo sanguíneo pode vir doar, pois durante o processo fazemos o teste de tipagem e, assim, a pessoa já fica sabendo. E, de qualquer forma, todos os tipos sanguíneos são bem-vindos”, explica Janaína Ferreira, líder de captação do GSH Banco de Sangue de São Paulo, ressaltando que nos inícios da semana, de segunda a quarta-feira, são os dias com mais baixa nas doações e, portanto, em que há mais necessidade de doadores. 

A instituição atende a mais de 50 hospitais da região, fornecendo hemocomponentes aos pacientes que estão internados e precisam de transfusão para se recuperarem. 

Por isso, o apelo é para que os doadores e a população em geral se sensibilizem e dirijam-se ao Banco de Sangue para efetuar a sua doação o quanto antes. O atendimento é das 7h às 18h, diariamente, inclusive aos domingos e feriados, na Rua Tomás Carvalhal, 711, no bairro Paraíso.

 

Requisitos básicos para doação de sangue:

  • Apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH etc.) em bom estado de conservação;
  • Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença do responsável legal no momento da doação);
  • Estar em boas condições de saúde;
  • Pesar a partir de 50 kg;
  • Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
  • Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar 3 horas.
  • Não é necessário estar em jejum, evitar alimentos gordurosos
  • Se fez tatuagem e/ou piercing, aguardar 12 meses. Exceto para região genital e boca (12 meses após a retirada);
  • Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar 6 meses;
  • Não ter tido Doença de Chagas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST);
  • Em caso de diabetes, deverá estar controlada e não fazer uso de insulina
  • Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar 7 dias após cessarem os sintomas e o uso das medicações;
  • Aguardar 48h para doar caso tenha tomado a vacina da gripe, desde que não esteja com nenhum sintoma.

Consulte a equipe do banco de sangue em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias. 

 

Serviço:


GSH Banco de Sangue de São Paulo
Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 – Paraíso
Tel.: (11) 3373-2000 / 3373-2001 e pelo WhatsApp (11) 99704-6527
Atendimento: Diariamente, inclusive aos finais de semana, das 7h às 18h. Estacionamento gratuito no local.

 

Sesc São Caetano destaca a importância da alimentação infantil na 6ª edição do projeto "Do Peito ao Prato"



“Olha o aviãozinho! Influência do comportamento dos pais na introdução alimentar”. Com Juliana Bergamo, nutricionista, mestre e especialista em ciências aplicadas à Pediatria (UNIFESP). 

 

Durante a Semana Mundial do Aleitamento Materno, entre os dias 1 e 7 de agosto, o Sesc São Paulo promove a sexta edição do projeto "Do Peito ao Prato", uma iniciativa que se espalha por 27 unidades do Sesc no estado, incluindo o Sesc São Caetano, oferecendo mais de 100 atividades gratuitas voltadas à alimentação adequada para bebês de zero a dois anos.

No Sesc São Caetano, dia 3 de agosto, sábado, das 11h às 12h30 o destaque fica por conta da atividade "Olha o aviãozinho! Influência do comportamento dos pais na introdução alimentar", conduzida por Juliana Bergamo. A palestra abordará como o comportamento dos pais pode influenciar significativamente a aceitação e os hábitos alimentares das crianças. Juliana Bergamo, nutricionista e mestre em ciências aplicadas à Pediatria pela UNIFESP, é supervisora clínica do grupo de atendimento a crianças com TARE e pesquisadora do PROTAD/AMBULIM/NUPE do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (IPq-HC FMUSP). A atividade é gratuita e sem necessidade de retirada de ingressos.

Além dessa atividade, o projeto "Do Peito ao Prato" visa abordar a alimentação infantil a partir de uma perspectiva multifacetada, considerando aspectos nutricionais, sociais, culturais, econômicos e ambientais. A programação inclui oficinas, cursos, vivências, palestras, rodas de conversa, feiras e exibição de filmes, com temas que vão desde a importância do aleitamento humano até os desafios da mulher periférica na amamentação e a introdução alimentar complementar na neurodiversidade.

Participe e contribua para um futuro mais saudável para nossas crianças!


Serviço 

Projeto "Do Peito ao Prato"

Quando: De 1 a 7 de agosto

Programação completa: sescsp.org.br/dopeitoaoprato 

Sesc São Caetano  
Rua Piauí -554 Santa Paula – São Caetano do Sul 
Data: 3 de agosto, sábado às 11h
Ingresso: Grátis
Local: Convivência
Telefone para informações: (11) 4223-8800 
Para informações sobre outras programações acesse o portal
sescsp.org.br/saocaetano 
Funcionamento Espaço Brincar - De segunda a sexta, 9h às 20h. Sábados e feriados, das 9h às 17h30.   
Horário de atendimento/bilheteria do Sesc São Caetano – De segunda a sexta, 11h às 20h, sábados e feriados, das 9h às 17h30.   

 

Semana Mundial do Aleitamento Materno: Pequeno Príncipe ressalta a importância da amamentação para o bebê e para a mãe

 Crédito: Wynitow Butenas
Campanha deste ano destaca a necessidade de um sistema de saúde amigável à amamentação, o respeito à autonomia da mulher e o apoio comunitário sólido


Na Semana Mundial do Aleitamento Materno, de 1.º a 7 de agosto, o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital pediátrico do país, ressalta a importância da amamentação na primeira hora de vida, tanto para o bebê quanto para a mãe. Amamentar os bebês imediatamente após o nascimento pode reduzir a mortalidade neonatal – aquela que acontece até o 28.º dia de vida. No caso das mães, o ato auxilia nas contrações uterinas, diminuindo o risco de hemorragia. E ainda reduz a possibilidade de desenvolver doenças como diabetes, cânceres de mama e de ovário e, acompanhada de uma alimentação saudável, contribui na redução do peso adquirido durante a gravidez. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade, sem necessidade de água, chá ou qualquer outro alimento. E que, mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, sigam sendo amamentados até, pelo menos, os 2 anos de idade. Segundo o Ministério da Saúde, o aleitamento materno é a forma de proteção mais econômica e eficaz contra a mortalidade infantil, protegendo as crianças de diarreias, infecções respiratórias e alergias, entre outras doenças. Além dos benefícios imunológicos, também oferece benefícios nutricionais, cognitivos e emocionais. 

O pediatra neonatologista do Pequeno Príncipe Luiz Renato Valério salienta que a composição do leite materno é única, personalizada e atende às necessidades nutricionais da criança conforme sua idade. “Rico em proteínas, gorduras e vitaminas, o leite materno é nutricionalmente bom e sua capacidade de digestão é perfeita. E não devemos esquecer que a amamentação constrói e fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho. É um ato repleto de amor, que também auxilia no desenvolvimento da criança”, frisa.

 

Responsabilidade coletiva

Durante o puerpério (período que se inicia logo após o parto e dura cerca de seis a oito semanas, ao longo do qual o corpo da mulher passa por diversas mudanças para retornar ao estado anterior à gravidez), a mãe vivencia modificações físicas e psíquicas. Por isso, é essencial que as mulheres que amamentam tenham uma rede de apoio formada por familiares, amigos e sociedade. 

O especialista do Pequeno Príncipe realça que, durante a amamentação, a mãe precisa manter o autocuidado para garantir uma vida saudável que supra suas próprias necessidades e a produção de leite em quantidade e qualidade adequada ao bebê. 

A amamentação frequente faz com que a mãe produza mais leite. Mas, para estabelecer a prática e garantir sua continuidade, ter um ambiente acolhedor e compreensível é fundamental. O estímulo e o apoio prático do pai da criança, bem como da família e amigos, deixam a mãe mais segura.

 

Quando não é possível amamentar

Motivos emocionais, sociais e fisiológicos, como doenças que afetam a mãe ou o recém-nascido, preocupações e estresse, podem influenciar a amamentação. “A mãe, quando não consegue amamentar, mesmo após inúmeras tentativas, pode ter o sentimento de culpa e frustração. Diante disso, o apoio e a compreensão de familiares são ainda mais necessários”, explica Valério. Segundo o médico, nesses casos se deve buscar orientação pediátrica para introduzir uma fórmula indicada para o bebê. 

Para a coordenadora do Serviço de Psicologia do Pequeno Príncipe, Angelita Wisnieski da Silva, é importante que a mulher que não pode ou não consegue amamentar receba o incentivo para que exerça a maternagem de outras formas, como pegar o bebê no colo, trocar afeto e carinho, conversar, cantar, narrar histórias e praticar os cuidados rotineiros.

 

Agosto Dourado

O Agosto Dourado é uma campanha de conscientização que enfatiza a importância do aleitamento materno para a saúde e o bem-estar dos bebês e das mães. Com o tema “Amamentação: apoie em todas as situações”, a Semana Mundial de Aleitamento Materno de 2024 aborda a necessidade de um sistema de saúde amigável à amamentação, o respeito à autonomia da mulher e o apoio comunitário sólido, especialmente em tempos de emergências e crises. A iniciativa é da Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno (WABA, sigla em inglês) – órgão consultivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

 

Seis estações da CPTM recebem ação em referência à Campanha Agosto Laranja na sexta-feira (02)

 Durante o dia haverá orientação sobre a esclerose múltipla e testes para Hipertensão e Diabetes

 

As estações Jardim Helena-Vila Mara, Dom Bosco, Guaianases, Mauá, Estudantes e Guarulhos-Cecap da CPTM recebem, nesta sexta-feira (02/08), ação de saúde em referência à campanha Agosto Laranja para conscientizar sobre a esclerose múltipla. 

Os alunos da PROZ Educação estarão nas seis estações, das 09h às 12h, das 13h às 16h e das 19h às 22h, para realizar aferição de pressão arterial sem limites de atendimentos e testes de glicemia capilar para pessoas com histórico de diabetes na família ou diabéticas (limitados a 100 por estação). Além disso, serão promovidas atividades de orientação sobre a esclerose múltipla, reforçando a importância do diagnóstico precoce.
 

Agosto Laranja
A campanha “Agosto Laranja” foi instituída em 2014 para alertar a população e conscientizar sobre a importância do diagnóstico da esclerose múltipla, doença autoimune crônica que afeta o sistema nervoso central, afetando o cérebro e a medula espinhal. Os sintomas iniciais do transtorno neurológico surgem normalmente entre os 20 e 40 anos. 

Apesar de não ter cura, o diagnóstico precoce, aliado do tratamento podem diminuir as chances de progressão da doença.
 

Ações de Cidadania

Todas as iniciativas são realizadas com o apoio da CPTM, que abre espaços em suas estações para a realização de atividades ligadas à promoção do bem-estar de seus passageiros.
 

Serviço

Ação de Agosto Laranja
Data: Sexta-feira, 02 de agosto
Local:
Estações Mauá, Linha 10-Turquesa
Estações Dom Bosco, Guaianases e Estudantes, Linha 11-Coral
Estação Jardim Helena-Vila Mara, Linha 12-Safira
Estação Guarulhos-Cecap, Linha 13-Jade
Horário: 09h às 12h, 13h às 16h e das 19h às 22h

 

Rede Mater Dei de Saúde celebra agosto dourado com incentivo à amamentação na primeira hora de vida

Com 85% de casos de aleitamento materno pós parto, a Rede de hospitais explica os benefícios da amamentação para mãe e filho na primeira hora de vida do bebê

 

Esse mês é marcado pelo Agosto Dourado, campanha de conscientização sobre a importância da amamentação. Segundo dados do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil, encomendado pelo Ministério da Saúde, aproximadamente 62,4% dos bebês no Brasil são amamentados na primeira hora de vida. Na Rede Mater Dei de Saúde, esse índice sobe para 85%, evidenciando o compromisso das nossas maternidades com a excelência no estímulo à amamentação. “Priorizamos o bem-estar da mãe em todas as fases da gestação. As nossas maternidades reforçam a importância da “Golden Hour” - amamentação logo após o nascimento - oferecendo alojamento conjunto e suporte neonatal de excelência para garantir os melhores resultados para o bebê", afirma Felipe Salvador Ligório, Vice-Presidente Assistencial da Rede Mater Dei.

 

Benefícios do aleitamento materno para o bebê 

Paulo Poggiali, pediatra e neonatologista da Rede Mater Dei de Saúde, destaca os benefícios do aleitamento materno após o parto. "A amamentação na primeira hora de vida fornece substâncias essenciais para o recém-nascido. O colostro, primeiro leite produzido pela mãe, é fundamental para a proteção imunológica dos bebês, reduzindo significativamente o risco de infecções, além de conter nutrientes que facilitam a adaptação metabólica do recém-nascido, prevenindo a hipoglicemia. O contato pele a pele com a mãe beneficia a regulação da temperatura corporal e auxilia na adaptação cardiopulmonar do bebê", explica o especialista.

 

Benefícios do aleitamento materno para a mãe 

Relatórios do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o aleitamento materno logo após o parto beneficia não só a saúde do bebê, mas também a da mãe, além de contribuir com o vínculo afetivo entre ambos. Esse é o caso da Débora Brier, arquiteta, comenta que: “Acredito que amamentar é um ato de conexão com o bebê, é o momento que doamos nosso tempo para ser a fonte de alimento nutricional e emocional. Quando tive meu segundo filho, logo que ele nasceu o colocaram no meu peito para que eu pudesse ter esse vínculo. As enfermeiras que estavam comigo me instruíram quanto à pega e, mesmo enfrentando fissuras na região dias depois, o hospital realizou um tratamento a laser para cicatrização, garantindo que eu não sentisse dor e conseguisse prosseguir com a amamentação”, relata a paciente. 

Além dos benefícios imediatos, esse contato entre mãe e bebê na “Golden Hour”, pode ser uma promessa de sucesso para o futuro. “O aleitamento na primeira hora é importante para a continuidade da amamentação após a alta hospitalar. Cumpre papel essencial para estabelecimento de uma pega mamária adequada pelo bebê, tendo inclusive impacto importante na duração da amamentação em termos de meses ou anos de aleitamento materno”, comenta o médico. Para a mãe, os benefícios também são claros. “A amamentação estimula a liberação do hormônio ocitocina, especialmente importante no pós-parto, porque contribui com a contração uterina, reduzindo riscos de sangramento e hemorragia. Também auxilia nas reduções de sintomas de depressão e estresse fisiológico que podem acometer a puérpera”, finaliza Poggiali. 

 

Rede Mater Dei de Saúde


Agosto Branco: câncer de pulmão é o quarto tipo mais incidente no Brasil

Tabagismo continua sendo o principal fator de risco

 

O Agosto Branco é dedicado ao combate ao câncer de pulmão, mês escolhido para intensificar a conscientização sobre a importância da prevenção. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre 2023 e 2025, serão diagnosticados mais de 32 mil casos por ano. No Brasil, este é o terceiro tipo de câncer mais comum entre os homens e o quarto entre as mulheres. Globalmente, é o mais letal entre todos os tipos de câncer, com o tabagismo sendo o principal fator de risco, responsável por 80% a 90% dos casos fatais. 

A alta mortalidade está associada ao diagnóstico tardio da doença. De acordo com a oncologista Luciana Buttros, do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), apenas cerca de 30% dos casos de câncer de pulmão são passíveis de tratamento cirúrgico. A maioria dos casos não pode ser operada devido à extensão da doença já avançada ou à condição clínica do paciente.

 

Importância do diagnóstico precoce 

O câncer de pulmão é silencioso e geralmente não apresenta sintomas nas fases iniciais. Tosse persistente com sangue, rouquidão, dor no peito e perda rápida de peso geralmente aparecem em estágios mais avançados. Por isso, a oncologista destaca a importância do diagnóstico precoce. "A solução para um diagnóstico mais rápido pode ser alcançada através de exames preventivos, como a tomografia computadorizada de baixa dose (LDCT) para indivíduos de alto risco – adultos com mais de 50 anos, fumantes atuais ou que pararam nos últimos 15 anos, e com alta carga tabágica", diz a médica. 

Para o tratamento, a identificação de mutações driver (alterações no genoma do tumor que promovem o desenvolvimento do câncer) é fundamental, direcionando a terapia-alvo. "Além disso, há opções como cirurgia, quimioterapia, imunoterapia e/ou radioterapia, quando indicadas", explica.

 

Tabagismo é o principal fator de risco 

Cerca de 80% a 90% dos casos de câncer de pulmão estão relacionados ao tabagismo, afetando tanto fumantes quanto ex-fumantes. "Parar de fumar é e continuará sendo a principal mudança de estilo de vida para evitar o câncer de pulmão", orienta a médica do Instituto de Oncologia de Sorocaba. Outras causas incluem tabagismo passivo, poluição ambiental, exposição a gases tóxicos, doenças pulmonares e histórico familiar. Portanto, pessoas que não fumam devem considerar o rastreamento precoce para avaliar o risco de desenvolver a doença. A médica ainda reforça a importância da atividade física regular e de uma dieta balanceada para fortalecer o sistema respiratório.

 


Instituto de Oncologia de Sorocaba

Fosfoetanolamina: redes sociais reacendem polêmica sobre “pílula do câncer”

 Anvisa volta a alertar que, ao contrário do que propagandas “enganosas” afirmam, substância não combate o câncer


A fosfoetanolamina voltou a ser assunto nas redes sociais. Fake news alimentam a notícia de que a substância seria eficiente contra vários tipos de cânceres, a ponto de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisar divulgar na última semana uma nova nota técnica reafirmando o contrário. A polêmica envolvendo a fosfoetanolamina é antiga. Teve início ainda em 2015, quando a Universidade de São Paulo (USP) divulgou o primeiro posicionamento a respeito em razão das inúmeras liminares judiciais para fornecimento do produto a pacientes oncológicos.

“Em 2016, a pressão pública e política resultou na aprovação de uma lei que permitia o uso da fosfoetanolamina por pacientes diagnosticados com câncer, mesmo sem a conclusão dos testes clínicos. Essa decisão foi amplamente criticada pela comunidade científica e por profissionais de saúde, que argumentaram que a autorização, sem a devida comprovação científica, poderia colocar a saúde dos pacientes em risco”, recorda o oncologista clínico Fernando Medina, do Centro de Oncologia Campinas.

Em outubro de 2020, por maioria, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a inconstitucionalidade da Lei 13.269/2016, que autorizava o uso da fosfoetanolamina sintética, conhecida como “pílula do câncer”, por pacientes diagnosticados com neoplasia maligna. A decisão se deu no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5501, ajuizada pela Associação Médica Brasileira (AMB). O Plenário já havia concedido medida liminar para suspender a eficácia da norma.

Nesta semana, a Anvisa divulgou um alerta, no qual informa que, ao contrário do que algumas propagandas “irregulares e enganosas” difundidas em redes sociais dizem, a substância fosfoetanolamina não combate o câncer “ou qualquer doença”, nem possui “propriedades funcionais ou de saúde”, diz o texto da agência.

O fato é que a "pílula do câncer" gerou e continua gerando muita controvérsia no Brasil. A substância desenvolvida por um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo foi promovida como um tratamento potencial para o câncer. No entanto, a falta de estudos clínicos robustos e de evidências científicas adequadas levantaram sérias preocupações sobre sua eficácia e segurança.

“Um dos estudos que avaliaram a eficácia da fosfoetanolamina no tratamento do câncer foi conduzido pela própria USP, que desenvolveu a substância. Os resultados desse estudo foram publicados em 2016. Os testes pré-clínicos e clínicos não indicaram resultados promissores na redução ou eliminação de células cancerígenas. Além disso, a substância não apresentou os efeitos terapêuticos esperados e, em alguns casos, causou efeitos colaterais adversos”, detalha Medina.

Os testes, comenta o oncologista, foram fundamentais para a decisão da Anvisa de proibir a produção, comercialização e uso da fosfoetanolamina como medicamento. A falta de eficácia comprovada, juntamente com os possíveis riscos à saúde, levou as autoridades de saúde a concluírem que a substância não deveria ser utilizada como tratamento para o câncer.


O que é

A fosfoetanolamina, presente na membrana das células do corpo humano, colabora na eficiência do sistema imunológico. A substância sintética foi produzida com a proposta de fortalecer a imunidade e ajudar a combater as células tumorais. Nos Estados Unidos, o produto é vendido como suplemento, com indicação para fortalecimento do sistema imunológico e combate às células tumorais. Ocorre, porém, que nenhum estudo científico corrobora os efeitos positivos atribuídos à substância. Um estudo sobre fosfoetanolamina realizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) em 2017 foi suspenso diante dos resultados iniciais que não apontaram os benefícios esperados.

Antes da aprovação de qualquer medicamento no Brasil, é necessária a avaliação de ensaios clínicos para atestar a eficácia e a segurança do produto. No caso da Fosfoetanolamina, a Anvisa informou que não recebeu qualquer pedido de avaliação para registro da substância e nem pedido de pesquisa clínica.


Fake news

A desinformação alimentada pelas redes sociais continua a ser um problema significativo, especialmente no que diz respeito a tratamentos de saúde, argumenta Fernando Medina. “A fosfoetanolamina, apesar de ter sido cientificamente descreditada como tratamento eficaz contra o câncer, ainda é promovida em algumas plataformas por pessoas ou grupos que, por diversos motivos, insistem em sua eficácia”.

A nota da Anvisa sobre a ineficiência da substância teve também um tom de apelo ao bom-senso. “Utilizar produtos não registrados pela Anvisa para o tratamento do câncer é extremamente arriscado. Esses produtos podem interferir negativamente nos tratamentos convencionais. É crucial que os pacientes não abandonem tratamentos médicos estabelecidos para utilizar terapias não autorizadas e de eficácia desconhecida, como é o caso da fosfoetanolamina”, acrescenta a agência.

Ainda em 2015, tão logo os efeitos “curativos” da fosfoetanolamina começaram a ser divulgados sem o consentimento da universidade, a USP apresentou esclarecimentos importantes sobre o produto. “Essa substância não é remédio. Ela foi estudada na USP como um produto químico e não existe demonstração cabal de que tenha ação efetiva contra a doença: a USP não desenvolveu estudos sobre a ação do produto nos seres vivos, muito menos estudos clínicos controlados em humanos”, disse a nota da universidade na ocasião.


Desinformação

Promover a educação em saúde pública, aponta Fernando Medina, é também aumentar a conscientização sobre a importância de tratamentos baseados em evidências. “Incentivar as pessoas a buscar informações em fontes confiáveis, como instituições de saúde renomadas, publicações científicas e autoridades governamentais, desencorajaria o compartilhamento de informações de fontes não verificadas ou duvidosas, como foi o caso agora da fosfoetanolamina, que voltou a ficar em evidência oito anos após o assunto ter surgido e ter sido desmentido”, explica.

Medina defende que é preciso reconhecer e entender o desespero e a vulnerabilidade de pacientes com câncer e suas famílias, para oferecer a eles suporte e alternativas baseadas em evidências. “O profissional médico precisa sempre abordar as preocupações e esperanças das pessoas de maneira empática e compreensiva e dar informações claras e acessíveis sobre a realidade dos tratamentos de câncer”.

Por fim, Medina lembra que além de cuidar da saúde, hoje os profissionais médicos também precisam atuar em uma frente especial, a do combater à desinformação. “Esse é um esforço contínuo que requer a colaboração de toda a sociedade, incluindo profissionais de saúde, autoridades, educadores e a população em geral.”

 

COC - Centro de Oncologia Campinas


Amamentação em foco: a importância do Agosto Dourado na promoção do aleitamento materno

O Agosto Dourado é uma campanha global que destaca a importância da amamentação para a saúde e o desenvolvimento infantil. Em 2024, a Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM) traz o tema “Reduzindo a lacuna: apoio à amamentação para todos”, com um enfoque especial na redução das desigualdades no aleitamento materno, especialmente entre grupos vulneráveis. 

A amamentação é um processo natural, mas muitas mães e bebês enfrentam desafios que podem dificultar esse momento crucial. É aí que entra o fonoaudiólogo, um profissional essencial no apoio à amamentação. Combinando conhecimentos em fonoaudiologia e consultoria em lactação, esses especialistas são capazes de identificar e solucionar problemas que afetam a alimentação dos bebês. 

A fonoaudióloga Jayla Borges, do Hospital Mater Dei Santa Clara, destaca a relevância do apoio especializado às mães e aos bebês, especialmente nas primeiras semanas após o nascimento. “Na primeira semana, é comum a mãe ter algumas dificuldades, porque, apesar de ser um processo fisiológico, o bebê está aprendendo a fazer a sucção correta”, explica Jayla. “A mãe está aprendendo a dar de mamar, e surgem dificuldades de posicionamento e pega, além de dúvidas sobre se o colostro é suficiente para o bebê se sentir saciado.” 

A especialista também enfatiza a importância dos testes de triagem auditiva e neonatal, conhecidos como teste da orelhinha e teste da linguinha, realizados por fonoaudiólogos em hospitais e maternidades do Brasil. “Esses testes são obrigatórios por lei e são fundamentais para a saúde do recém-nascido, sendo realizados com 24 horas de vida”, afirma. No teste da linguinha, por exemplo, pode ser identificada uma alteração no frênulo da língua, que pode impactar a amamentação. Se houver dificuldades, o bebê é encaminhado para a observação e as condutas necessárias são tomadas.

A orientação oferecida pelos fonoaudiólogos é essencial para as mães, especialmente nas primeiras semanas, quando podem surgir dificuldades como dor no seio, estalinhos durante a sucção ou irritação do bebê. “O profissional avalia tanto o bebê quanto as disfunções orais e frênulo lingual, bem como orienta a mãe quanto a pega, posicionamento e demais dúvidas que a mesma venha a apresentar”, detalha Jayla. 

A fonoaudióloga reforça que uma boa orientação pode aumentar a persistência das mães no aleitamento materno exclusivo. “Com informações sobre sinais de apojadura, pega ideal, uso de acessórios, como rosquinha ou concha de amamentação, e confiança no processo, as mães têm mais chances de continuar amamentando por mais tempo”, conclui. “A persistência e o apoio são fundamentais para que tanto a mãe quanto o bebê se adaptem, tornando o aleitamento materno possível e mais prolongado.” 

A amamentação também é vital para o desenvolvimento da fala e linguagem, bem como para o desenvolvimento auditivo do bebê. A profissional destaca a importância de os pais estarem informados sobre os marcos de desenvolvimento, para que possam identificar sinais de problemas e buscar ajuda quando necessário. “Por exemplo, de um a três meses, o bebê se comunica por meio de entonação e balbucios, enquanto dos quatro a seis meses, ele começa a emitir gritinhos com intenção de se comunicar”, explica. “Aos dois anos, espera-se que a criança tenha um vocabulário de 50 a 200 palavras, dependendo do ambiente de estímulo.” 

 

Teste da Linguinha: essencial para avaliar a amamentação  

O teste da linguinha, tecnicamente conhecido como avaliação do frênulo lingual, é um exame obrigatório em hospitais e maternidades de todo o Brasil, realizado por fonoaudiólogos. Este protocolo é fundamental para identificar possíveis alterações no frênulo da língua, a pequena membrana que conecta a língua ao assoalho da boca. 

 

Procedimento 

Realizado nas primeiras 24 horas de vida do recém-nascido, o teste da linguinha é simples e rápido. O teste é pautado em protocolo e o fonoaudiólogo avalia a língua do bebê para verificar a presença de alterações no frênulo. Se uma alteração for detectada, o fonoaudiólogo, junto com a equipe médica e de maneira multiprofissional, dará início a conduta de intervenção que será específica para cada caso.

 

Impacto no Desenvolvimento

Além de facilitar a amamentação, a correção de problemas no frênulo lingual é importante para o desenvolvimento da fala e da linguagem do bebê. Uma língua com mobilidade adequada é essencial para a produção de sons e palavras, à medida que a criança cresce. 

 

Amamentação é fator de igualdade social que merece atenção individualizada de especialistas

 

Período de lactação exige orientação personalizada por parte de mastologistas e tratamento diante de problemas como a mastite, que atinge até 20% das mães que amamentam 

 

A Semana Mundial de Aleitamento Materno, realizada entre 1º e 7 de agosto, destaca na campanha deste ano que “o aleitamento deve ser fator de igualdade na sociedade, e esforços precisam ser feitos para garantir que todos tenham apoio e oportunidade para amamentar”. Apesar da ação abrangente, a amamentação envolve questões individuais, segundo a mastologista Mayka Volpato, responsável pelo Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). “É preciso olhar para o aleitamento como algo personalizado, que requer orientação por parte de especialistas. Em alguns casos, é necessária uma equipe multidisciplinar para tratamentos das dores e lesões mamilares crônicas, além da mastite, que é fator do desmame precoce de bebês”, afirma.

O leite materno é rico em vitaminas e minerais, carboidratos, ferro, gorduras, hormônios, enzimas e anticorpos que atuam contra microorganismos e agentes infecciosos, garantindo proteção à criança. Entre os nutrientes também estão proteínas como a lactoalbumina. A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida.

Apesar de fundamental para a saúde do bebê, muitas mulheres interrompem a amamentação diante de intercorrências, como a mastite, processo inflamatório associado à dor que dificulta o aleitamento. “Este é um problema que atinge de 3% a 20% das lactantes”, destaca a mastologista Mayka Volpato, da SBM.

Desde 2022, no entanto, a partir da mudança de entendimento sobre os fatores que causam a mastite, os especialistas podem proporcionar tratamentos mais adequados às pacientes. “Até esta data, acreditávamos que a mastite era causada pela entrada de bactérias por fissuras na mama”, lembra. “Hoje a fisiopatologia entende como causa o estreitamento do ducto da mama, por onde passa o leite. Esse estreitamento pode ser fruto do excesso de leite tanto na produção quanto no armazenamento.”

No caso de hiperlactação, a especialista sugere o manejo, que pode ser orientado para que a paciente faça a livre demanda, em que o bebê regula as mamadas de acordo com sua necessidade, evitando ordenhas desnecessárias, que contribuem para o aumento da produção. Casos menos comuns necessitam de tratamento medicamentoso.

“Cada dia mais também temos novas evidências sobre a disbiose intestinal (desequilíbrio da microbiota intestinal), que tem potencial para desencadear doenças sistêmicas e impactar outros órgãos como mama, pele, vagina, cérebro, fígado entre outras. Diante disso, os probióticos estão ganhando mais espaço em todas as áreas da medicina”, observa Mayka.

A disbiose mamária é outro fator predisponente para mastite e se caracteriza pelo desequilíbrio no crescimento de microrganismos que naturalmente são encontrados na mama.

De acordo com a mastologista, o ducto de leite normal apresenta várias bactérias heterogêneas e que vivem em equilíbrio. “Em caso de disbiose, existe um aumento de uma população de bactérias específicas, promovendo um estreitamento ductal e menor fluxo de leite”, explica. “E quando temos uma obstrução ductal mais significativa ocorre a galactocele (acúmulo de leite), com possibilidade de infecção associada, que é a mastite lactacional.”

No tratamento da disbiose, que deve ser individualizado, as primeiras recomendações são alimentação equilibrada, hidratação, higiene do sono, manejo do estresse e atividade física. “Como forma de aumentar as bactérias benéficas da mama também podemos prescrever o probiótico Lactobacillusfermentum, que será lançado comercialmente em outubro no Brasil pela Nestlé”, diz. A mastologista explica que no caso brasileiro a opção ainda é a importação ou a prescrição manipulada do probiótico. Como indicação terapêutica e preventiva da mastite, já é disponibilizado de forma comercial em vários países.

Ao reforçar a importância do apoio à amamentação em todas as situações, como preconiza a campanha da Semana Mundial de Aleitamento Materno, Mayka Volpato afirma que o aleitamento materno é a forma natural de estabelecimento de vínculo e afeto entre mãe e bebê. “Como estratégia de nutrição, contribui para a saúde da criança e da lactante e a redução da mortalidade infantil no Brasil”, finaliza a mastologista da SBM.


Entenda porque seus olhos ardem no invern

Levantamento mostra que a baixa umidade, telas, medicamentos e doenças sistêmicas alteram a lágrima. Veja os cuidados.

 

Secura nos olhos, dor, ardência, sensação de corpo estranho, visão embaçada ou flutuante que piora no vento e locais bastante iluminados são os sintomas da síndrome do olho seco, uma alteração na qualidade ou quantidade da lágrima. Um levantamento realizado nos prontuários de 13,3 mil pacientes consultados de janeiro 2022 a julho de 2024 pelo Instituto Penido Burnier de Campinas mostra que 25% dos pacientes foram detectados com olho seco e 1 em cada 5 dos diagnósticos (20%) ocorreram nos meses de inverno. No período analisado o hospital encontrou 3286 pacientes com olho seco. Nos meses de inverno o número de diagnósticos aumentou 20% totalizando 854 casos. 

O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do hospital, afirma que o olho seco é uma condição crescente no mundo todo com uma prevalência que chega a 50% nos países mais áridos. A doença, explica, desestabiliza a lágrima que tem a função de proteger a superfície ocular e manter a saúde da córnea, lente externa do olho responsável por 60% de nossa refração. O tratamento incorreto é um perigo. O especialista esclarece que pode causar deficiência visual grave por lesão na córnea ou nas glândulas que produzem a lágrima. 

 

Fatores de risco

Queiroz Neto afirma que o uso incorreto das telas  é um problema para a visão de todos nós. Isso porque, diante delas fazemos pouco movimento com o globo ocular e diminuímos o número de piscadas de vinte vezes por minuto para seis a sete vezes. Esta redução, pontua, aumenta a evaporação da lágrima e faz o olho seco atingir todas as faixas etárias. “A lágrima tem a função de proteger a superfície das agressões externas. Quando evapora, nossos olhos ficam mais vulneráveis a infecções recorrentes que podem lesar a córnea”,explica..

Outros fatores de risco são o uso incorreto de lentes de contato, permanecer a maior parte do tempo em ambientes com ar-condicionado, diabetes, ceratocone, blefarite, cicatrizes na córnea, frouxidão palpebral, síndrome de Sjögren e inflamações na superfície do olho.

 

Tipos de olho seco

O especialista diz que a frequência da doença aumenta quanto maior a idade, mas, é mais comum entre mulheres. O tipo mais frequente de olho seco é o evaporativo que responde por 70% dos casos, salienta. Pode ser causado pelo uso de colírio impróprio que aumenta muito a viscosidade da lágrima, higiene incorreta dos olhos ou blefarite (inflamação da pálpebra) obstruir a glândula de meibômio, responsável pela produção da camada gordurosa da lágrima.  O outro tipo é a deficiência aquosa, uma diminuição da produção lacrimal decorrente de uma lesão na glândula de meibômio por tratamento incorreto do olho seco, medicamento para hipertensão arterial, depressão ou anti-histamínico.


Diagnóstico

“O diagnóstico é feito com um equipamento que permite examinar as 3 camadas da lágrima sem tocar na superfície do olho”, salienta. O exame também inclui a avaliação das pálpebras inferior e superior e das glândulas de meibômio. Por isso, evita a progressão da condições que alteram a lágrima.


Tratamentos

A última palavra em tratamento de olho seco evaporativo é a luz pulsada que desobstrui a glândula de meibômio e estimula a produção da camada lipídica do lágrima. “Dependendo da gravidade da obstrução o uso de colírio apenas dá um leve alívio ao desconforto. A luz pulsada é aplicada em três sessões aplicadas uma/mês, podendo ser necessária a reaplicação em alguns casos. Como terapia de apoio ao tratamento é indicado colírio lubrificante e suplementação de ômega 3, salienta.

Os casos graves de deficiência da camada aquosa da lágrima mais frequentes na menopausa, andropausa, TRH (Terapia de reposição hormonal) e uso de medicamentos para hipertensão arterial, depressão ou anti-histamínico o especialista diz que uma microcirurgia em que é implantado um plug no olho para reter a lágrima no globo ocular é o mais indicado.

Os casos leves de olho seco podem ser tratados com colírios lubrificantes, sempre com indicação de um oftalmologista. Isso porque, explica, cada um tem uma substância ativa e o uso de colírio incorreto pode agravar o problema.


Prevenção

As recomendações de Queiroz Neto para prevenir o olho seco são:

·         No sono - Nunca durma com maquiagem ou lente de contato nos olhos.

·         Descanse - Nas telas descanse os olhos a cada 20 minutos, olhando por 20 segundos para uma distância de 20 pés (6 metros).

·         Telas - Posicione as telas 35º abaixo da linha dos olhos.

·         Água - tome 35 ml de água/quilo de seu peso ao dia.

·         Higiene - Limpe a borda das pálpebras com um cotonete embebido em xampu infantil neutro.

·         Colírio – Não instile sem indicação de um oftalmologista. Todo colírio é medicamento, conclui.

 

Agosto Branco: dez perguntas e respostas sobre a relação entre tabagismo e câncer

 90% dos casos de câncer de pulmão possuem como origem o hábito. Por isso, é fundamental alertar sobre os prejuízos à saúde e lembrar que é sempre tempo de parar de fumar

 

O mês de agosto, que leva a cor branca em seu nome, é dedicado à conscientização dos danos causados pelo tabagismo. Dentre eles, o câncer de pulmão, doença que tem como origem em 90% a prática do hábito, está no topo. Os fumantes possuem um risco 20 vezes maior de desenvolverem tumores pulmonares, fazendo com que o alerta seja visto com ainda mais sensibilidade para este grupo em especial. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar dos dados não serem novidades, os tumores pulmonares ainda lideram o ranking de doenças oncológicas com maior número de óbitos todos os anos. Além disso, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é estimado que durante o triênio 2023-2025 cerca de 32.300 novos casos da doença serão diagnosticados a cada ano. 

Um dado alarmante, também apresentado pelo INCA, indica que aproximadamente 10% dos brasileiros acima de 18 anos fumam - ou seja, 20 milhões de pessoas são fumantes no país. Mesmo o Brasil sendo reconhecido mundialmente por suas campanhas de combate ao fumo, esse desafio ainda é grande. Segundo Mariana Laloni, oncologista e diretora médica técnica da Oncoclínicas, é necessário alertar quanto ao uso de vaporizadores de fumo, que tem sido usado principalmente por jovens. 

"Apesar da redução do consumo de cigarros no país, em decorrência das campanhas de conscientização e proibições do fumo, que vêm sendo aplicadas em locais públicos desde a década de 1990, o número absoluto de tabagistas ainda é alarmante. E os novos dispositivos tecnológicos de vape, que conquistam especialmente as chamadas gerações Millennial e Z sob a falsa justificativa de serem menos nocivos à saúde e por seu design moderno - que serve como atrativo adicional para essa parcela da população - representam uma ameaça ainda maior de retrocesso na luta contra o tabagismo", comenta a especialista. 

No mundo, a OMS aponta que atualmente 8 milhões de pessoas vão à óbito por causa de doenças relacionadas ao tabaco. No Brasil, esse número pode chegar a 156 mil mortes anualmente - uma média de 428 óbitos por dia. Vale lembrar ainda que o tabagismo vai muito além do câncer de pulmão, incluindo problemas de saúde como: doenças cardiovasculares, diabetes, infarto e Acidente vascular cerebral (AVC), entre outros.

 

Iluminando o caminho 

Com o avanço da ciência, as diferentes maneiras de tratar o câncer foram se transformando ao longo dos anos. No caso das neoplasias de pulmão, as alternativas terapêuticas têm sido indicadas para o enfrentamento da doença, como é o caso da radioterapia isolada. "A indicação depende principalmente do estadiamento, tipo, tamanho e localização do tumor, além do estado geral do paciente", diz Mariana Laloni. 

A imunoterapia exerce um papel importante para o enfrentamento do câncer de pulmão. A partir do reconhecimento do tumor pelo organismo, e que com o passar do tempo ele irá se "disfarçar" para não ser reconhecido e crescer, a técnica consiste em fazer com que o corpo ative uma espécie de chave, religando a resposta imunológica para agir contra o problema. 

"Embora o sistema imune esteja apto a prevenir ou desacelerar o crescimento do câncer, as células cancerígenas sempre dão um jeitinho de driblá-lo e, assim, evitar que sejam destruídas. O papel da imunoterapia é justamente ajudar os ‘soldados’ de defesa do organismo a agir com mais recursos contra o câncer, produzindo uma espécie de super estímulo para que o corpo produza mais células imunes e assim a identificação das células cancerígenas seja facilitada - devolvendo ao corpo a capacidade de combater a doença de maneira efetiva", explica a especialista. Entretanto, é fundamental alertar que antes de remediar, o câncer de pulmão deve ser prevenido. Para Mariana Laloni a melhor alternativa é sempre parar de fumar. 

A seguir, a oncologista Mariana Laloni esclarece dez perguntas e respostas comuns sobre a relação entre o fumo e o câncer.

 

O fumo pode aumentar o risco de câncer de pulmão? 

Sim. O tabagismo pode aumentar em aproximadamente 20 vezes o risco de desenvolver câncer de pulmão. Cerca de 90% dos casos estão relacionados ao fumo.

 

Quais são os principais sintomas do câncer de pulmão? 

Nas fases iniciais da doença, onde a chance de cura é maior, o problema é, infelizmente, silencioso, não apresentando sintomas. Já nas fases em que o câncer está mais avançado, o paciente pode apresentar sinais no aparelho respiratório, como tosse, dor no peito e falta de ar.

 

Quais são os principais tipos de câncer de pulmão? 

Existem dois tipos de câncer de pulmão, sendo eles o carcinoma de pequenas células e o de não pequenas células. Geralmente, o segundo caso corresponde a 80 a 85% dos casos, podendo ser subdividido em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. No mundo, o tipo mais comum é o adenocarcinoma, atingindo 40% dos pacientes.

 

Como é o tratamento para câncer de pulmão? 

Para o tratamento adequado, é importante analisar o estadiamento, subtipo, tamanho e localização do tumor, além se o paciente possui algum tipo de comorbidade. Caso a doença esteja em seu estágio inicial e localizado apenas no pulmão, a indicação é de cirurgia ou radiocirurgia, uma radioterapia direcionada. 

Já nos casos mais avançados, porém sem lesões à distância, o tratamento escolhido pode ser a combinação da quimioterapia e radioterapia, podendo consolidar a imunoterapia. Quando existem metástases, o caminho para os recursos irá depender do tipo de tumor.

 

Além do câncer de pulmão, o tabagismo aumenta o risco de outros tipos de câncer? 

Sim. Além do câncer de pulmão, o fumo pode aumentar os riscos para o câncer de de cabeça e pescoço, boca, laringe, faringe e bexiga.

 

Quais são os principais elementos cancerígenos dos cigarros convencionais? 

Ao todo, existem quase cem tipos diferentes de substâncias cancerígenas nos cigarros tradicionais. As principais são: monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, nicotina e alcatrão. Dentre elas, é importante ressaltar aida a mais perigosa em termos cancerígenos: a nicotina.

 

Qual dessas substâncias causa dependência em cigarros? 

É justamente a nicotina, uma vez que provoca a sensação de prazer e pode levar ao vício. Essa substância psicoativa faz parte da Classificação Internacional de Doenças (CID) da OMS.

 

O cigarro eletrônico também aumenta o risco de câncer de pulmão? 

Sim. Como ele vaporiza um líquido com grande quantidade de nicotina, a substância também pode elevar os riscos da doença. Mas, vale lembrar que ainda não se sabe qual a extensão de impacto no desenvolvimento de cânceres, devido ao desenvolvimento recente e uso variado do produto: há pessoas que fumam apenas ele, outras que consomem cigarros eletrônico e convencional, aquelas que nunca fumaram cigarro convencional e foram direto para o eletrônico, as que substituíram o convencional pelo eletrônico, etc.

 

Depois de quanto tempo sem fumar há a diminuição do risco de desenvolvimento de cânceres ligados à nicotina? 

Com o passar das horas e dias, os benefícios à saúde são bastante perceptíveis e as chances de desenvolvimento de cânceres também diminui com o passar dos anos - com 10 anos sem fumar, os riscos são considerados baixos. Mas, dependendo da carga tabágica - número de maços por dia vezes o número de anos que a pessoa fumou - é importante continuar de olho.

 

Que impacto haveria nos diagnósticos de câncer se todos os fumantes do mundo conseguissem se livrar do vício agora? 

O principal impacto seria a diminuição de aproximadamente 33% do número de casos de câncer diagnosticados e, ao longo do tempo, uma redução ainda mais expressiva.

 

Oncoclínicas&Co.
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