Tabagismo continua sendo o principal fator de risco
O Agosto Branco é dedicado ao combate ao câncer de pulmão, mês
escolhido para intensificar a conscientização sobre a importância da prevenção.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre 2023 e 2025, serão
diagnosticados mais de 32 mil casos por ano. No Brasil, este é o terceiro tipo
de câncer mais comum entre os homens e o quarto entre as mulheres. Globalmente,
é o mais letal entre todos os tipos de câncer, com o tabagismo sendo o
principal fator de risco, responsável por 80% a 90% dos casos fatais.
A alta mortalidade está associada ao diagnóstico tardio da doença.
De acordo com a oncologista Luciana Buttros, do Instituto de Oncologia de
Sorocaba (IOS), apenas cerca de 30% dos casos de câncer de pulmão são passíveis
de tratamento cirúrgico. A maioria dos casos não pode ser operada devido à
extensão da doença já avançada ou à condição clínica do paciente.
Importância do diagnóstico precoce
O câncer de pulmão é silencioso e geralmente não apresenta sintomas nas fases iniciais. Tosse persistente com sangue, rouquidão, dor no peito e perda rápida de peso geralmente aparecem em estágios mais avançados. Por isso, a oncologista destaca a importância do diagnóstico precoce. "A solução para um diagnóstico mais rápido pode ser alcançada através de exames preventivos, como a tomografia computadorizada de baixa dose (LDCT) para indivíduos de alto risco – adultos com mais de 50 anos, fumantes atuais ou que pararam nos últimos 15 anos, e com alta carga tabágica", diz a médica.
Para o tratamento, a identificação de mutações driver (alterações
no genoma do tumor que promovem o desenvolvimento do câncer) é fundamental,
direcionando a terapia-alvo. "Além disso, há opções como cirurgia,
quimioterapia, imunoterapia e/ou radioterapia, quando indicadas", explica.
Tabagismo é o principal fator de risco
Cerca de 80% a 90% dos casos de câncer de pulmão estão
relacionados ao tabagismo, afetando tanto fumantes quanto ex-fumantes.
"Parar de fumar é e continuará sendo a principal mudança de estilo de vida
para evitar o câncer de pulmão", orienta a médica do Instituto de
Oncologia de Sorocaba. Outras causas incluem tabagismo passivo, poluição
ambiental, exposição a gases tóxicos, doenças pulmonares e histórico familiar.
Portanto, pessoas que não fumam devem considerar o rastreamento precoce para
avaliar o risco de desenvolver a doença. A médica ainda reforça a importância
da atividade física regular e de uma dieta balanceada para fortalecer o sistema
respiratório.
Instituto de Oncologia de Sorocaba
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