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quarta-feira, 19 de junho de 2024

A geopolítica do clima e as consequências de ignorar

Nos últimos anos, estamos percebendo de forma bastante clara como as questões climáticas vêm influenciando o xadrez geopolítico global. A Síria é um possível exemplo: entre 2006 e 2010, uma seca transformou quase 60% do país em deserto, e até 2009, as dificuldades climáticas mataram até 80% do gado do país. Um movimento em massa de agricultores para as cidades, aliado à incapacidade das instituições sírias para lidar com o êxodo rural e às tensões étnicas existentes, foi o catalisador de uma guerra civil que se arrasta até hoje.

Nas últimas duas décadas, os preços mais elevados dos alimentos – causados em grande parte pelas mudanças climáticas, cheias, enchentes ou secas – têm sido claramente associados a diversos conflitos internos em dezenas de nações, como os protestos alimentares na África Subsaariana entre 2007 e 2008, ou na América Latina desde então.

O aumento dos riscos climáticos intensifica a busca por recursos naturais escassos e vitais, como peixes, terras cultiváveis ou fontes de água. O peso de uma demografia global crescente também contribui por essa corrida aos recursos que, outrora, foram abundantes. Paralelamente ao aumento dos riscos climáticos, estamos presenciando o surgimento de uma ordem global em que os riscos geopolíticos e climáticos deverão aumentar as tensões entre as nações.

É nesse turbulento contexto que testemunhamos com muita tristeza os efeitos das enchentes sobre o Rio Grande do Sul. A situação atual pela qual passam os gaúchos, no entanto, não é surpresa: como em todo filme de catástrofe que se inicia com governantes ignorando as previsões da ciência, as cheias no sul do país já haviam sido alertadas por pesquisadores, que afirmavam como as mudanças climáticas poderiam destruir o cenário típico do estado. Ainda em 2021, uma reportagem da jornalista Bibiana Davila que entrevistou acadêmicos e estudiosos da área, já anunciava uma piora nas tempestades e no prejuízo advindo das possíveis enchentes. 

Foi também em 2021 que o Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima (IPCC) apontou como as consequências de um leve aumento da temperatura global podem ser absolutamente catastróficas para países e populações – e, desde então, vivenciamos ondas extremas de calor e poucos episódios de frio. No ano passado, esse mesmo relatório reforçou que a maior parte das mudanças climáticas no Rio Grande do Sul estava sendo causada pela ação humana.

Aos alertas feitos sobre as mudanças no clima daquele estado somam-se outras centenas, que mostram como o planeta como um todo está chegando ao ponto de não retorno: independentemente de nossos esforços, nada será suficiente para recuperarmos o planeta e mantermos nossas vidas como eram antes. 

Ignorados os alertas, chega a hora de contar os prejuízos. O maior deles, o das vidas. Mães, pais, filhos, netos e avós enfrentam uma dor incomensurável, ecoando e sendo sentida por corações em todo o país. Os prejuízos econômicos, embora superáveis, também terão impacto em todo o território nacional: o RS é responsável por cerca de 70% da produção nacional de arroz, um item indispensável da cesta básica, que agora precisará ser importado em um momento de dólar caro e inflação elevada. A soja e a carne bovina, também muito cultivadas no estado, tiveram uma notória redução na oferta. Os laticínios também indicam aumento de preço. Considerando que agora a tragédia já aconteceu, será que teremos políticas públicas para evitar que essas dores se repitam?

 

João Alfredo Lopes Nyegray - doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior e do Observatório Global da Universidade Positivo (UP). Instagram: @janyegray



Os avanços da Justiça no combate as pirâmides financeiras


Recentemente, a Justiça Federal condenou os líderes de umas das primeiras pirâmides financeiras de esmeraldas do Brasil, a G44, Saleem Ahmed Zaheer e Joselita de Brito de Escobar, a 14 e 8 anos de prisão, respectivamente, por fraude financeira. Outro participante do esquema criminoso, Olinto Ernandes Silva Magalhães, também foi condenado a 3 anos de prisão por lavagem de dinheiro. Na decisão, o juiz David Wilson de Abreu Pardo, da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, considerou que os acusados, por meio da empresa G44, captaram e aplicaram recursos de terceiros em moeda nacional, bem como emitiram, ofereceram e negociaram valores mobiliários, tudo sem autorização das autoridades competentes. Essa ação do Judiciário demonstra que as autoridades brasileiras estão avançando no combate aos crimes de fraude financeira no Brasil. 

A sentença é um importante marco na luta pela justiça para as vítimas de um dos maiores golpes no país. Como representantes de aproximadamente 400 vítimas, consideramos essa decisão um passo crucial para a recuperação dos valores investidos. Com a sentença penal, fica claro que todos os ativos adquiridos pela G44 desde o início de suas atividades são provenientes de atividades criminosas. Diante disso, é imperativo que o plano de recuperação judicial da G44 seja imediatamente invalidado, pois os bens apresentados nesse plano são fruto de atividades ilícitas.

A Justiça considerou que Saleem e Joselita apresentavam-se como sócios e administradores da G44, empresa que atuava na seara de tecnologia em criptomoedas e mineração de esmeraldas, prometendo o retorno mensal em torno de 9% aos investidores. Eles mantiveram o controle das captações, investimentos, remunerações e pagamentos aos clientes por meio de sistema interno de informática e banco de dados, inclusive com cartão magnético que possibilitava a realização de saques. 

Vale destacar que os acusados efetuaram o pagamento do retorno de alguns investimentos, embora, a partir de determinado momento, tenham deixado de honrar com os pagamentos. A empresa colapsou no final de 2021, alegando, em comunicado aos clientes, que a instabilidade técnica, dificuldades operacionais, ataques cibernéticos e fake news divulgadas pela mídia foram determinantes para a decisão de encerrar as operações.

Como acontece em todas as pirâmides financeiras, quando o fluxo de novos investidores diminui, o esquema entra em colapso, resultando em consequências financeiras devastadoras para essas pessoas que acreditaram no conto das altas rentabilidades. A partir daí, suspensão de pagamentos, impossibilidade de saques e um prejuízo de enormes cifras.

Importante frisar que o próximo passo é assegurar que os bens dos sentenciados sejam destinados ao ressarcimento das vítimas. Acreditamos firmemente que a justiça será feita e que os investidores lesados terão seus direitos reconhecidos e restituídos. 

As pessoas precisam entender que qualquer promessa de rendimento muito acima daquela praticada pelo mercado deve ser observada com muita desconfiança. Nesse meio financeiro, não há milagres de enriquecimento e a chance de ser mais uma fraude é altíssima, o que exige do investidor interessado se cercar do maior cuidado possível e do máximo de informações antes de vir a se tornar mais uma vítima de pirâmide financeira.

 

Jorge Calazans - advogado especialista em fraudes financeiras,  que atuou como assistente de acusação no caso da G44, conselheiro estadual da Anacrim e sócio do escritório Calazans & Vieira Dias Advogados.



Padrão de vida, plano de saúde e patrimônio devem ser pontos de atenção no divórcio grisalho

Especialista alerta para os riscos e cuidados que devem ser tomados num divórcio grisalho, especialmente pelas mulheres

 

O número de divórcios de pessoas com mais de 50 anos, chamado “divórcio grisalho”, quase dobrou nos últimos 10 anos no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Ainda segundo o IBGE, há uma geração, menos de 10% dos divórcios envolviam cônjuges com mais de 50 anos. Hoje, mais de 25% dos divorciados têm mais de 50 anos. A maioria dos divórcios grisalhos acontecem após 20 anos de casamento.

Os filhos crescidos, o ninho vazio, o aumento da expectativa de vida, a rotina de uma convivência longa, o distanciamento sexual, a redução do estigma de ser uma pessoa divorciada e a maior independência das mulheres são alguns dos fatores que influenciam na decisão de uma separação tardia.

“O divórcio grisalho não costuma ocorrer por conta de um acontecimento específico. Ele é fruto de uma série de fatores e acontecimentos acumulados ao longo dos anos e, normalmente, não é amigável”, afirma a advogada curitibana Margareth Zanardini, especializada em Direito de Família e uma das mais procuradas para atuar em divórcio grisalho na cidade. Somente na última quinzena de maio, ela recebeu cinco consultas de pessoas com idade entre 50 e 78 anos querendo de separar.

Apesar da mulher ser quem mais pede o divórcio no geral, Margareth revela que na população 50+ o homem é o mais interessado em se divorciar, motivado pela questão da manutenção da atividade sexual com o uso de medicamentos, o que gera desencontro com a fase de menopausa da mulher.

“Já as mulheres se sentem livre para dar fim à relação, pois estão com os filhos criados e não temem mais que a separação vai afetar a criação e o desenvolvimento dos mesmos. Entretanto, sempre alerto para as mudanças advindas do divórcio grisalho”, destaca.

Mesmo que não afete os filhos, já jovens e adultos, o divórcio grisalho sempre altera o padrão de vida dos dois envolvidos, com maior risco para as mulheres na maioria dos casos. “O Judiciário parte do entendimento que se os dois trabalham e têm as mesmas condições de sustento, não há a obrigação do pagamento de pensão alimentícia, por exemplo. Mas o padrão de vida que se tem com a soma de duas fontes de renda é sempre maior que o padrão propiciado por uma única fonte de renda”, lembra Margareth.

Para as mulheres que não têm fonte de renda própria, o Judiciário estabelece em 30% da renda do ex-cônjuge o valor da pensão alimentícia. “Dependendo do valor desses 30% e da idade da mulher, isso não cobre nem das despesas de um bom plano de saúde que ela perde na separação, que normalmente são planos antigos e corporativos. Na hora que ela precisa fazer um novo, o valor da mensalidade pode ficar inviável para o novo orçamento”, alerta a especialista.

Se o casal tem um único imóvel como moradia, o mesmo precisará ser vendido e o valor, depois do pagamento de taxas e impostos, será dividido. “Com certeza, a metade do valor de um imóvel não compra outro do mesmo padrão e a mulher precisa estar ciente disso”, reforça. Margareth revela que muitas mulheres que vão se consultar com ela sobre divórcio grisalho, após essas orientações, desistem da separação, pois entendem que pintar quadros ou fazer artesanato, que até então era hobby, não lhes garantiram um padrão de vida desejável.

E no caso das mulheres que não têm renda própria e conseguem uma pensão alimentícia, Margareth Zanardini ressalta que os tribunais nunca determinam pensionamento vitalício. O período médio de pensão é de apenas dois anos. Depois desse prazo, a mulher estará por conta própria.

E os filhos adultos nem sempre ajudam. Ao contrário, podem atrapalhar quando sugerem a partilha dos bens dos pais em vida, com usufruto. “Com o usufruto, os pais perdem a propriedade sobre os bens e não poderão vendê-los, mesmo que queiram. Perdem a autonomia sobre um patrimônio que eles construíram. Esse aspecto patrimonial precisa ser muito bem estudado e orientado”, aconselha. “Já tive casos de um filho ficar com a casa dos pais e colocar a mãe no quarto de empregada”, conta.

A advogada conta que já teve um cliente com mais de 60 anos de idade que no divórcio quis deixar tudo para a ex-esposa por sentimento de culpa com a infidelidade. Margareth conseguiu convencê-lo a não fazer isso e ele aceitou ficar com a menor parte do patrimônio. Dois anos depois, sofreu um AVC, perdeu a fonte de renda e teve dificuldades para se manter.

Por isso, Margareth Zanardini sempre procura esgotar a análise de todas as mudanças possíveis num divórcio grisalho, pois “quando se é jovem ainda há muito tempo para refazer a vida e o mesmo não acontece depois dos 50”. Ela destaca, inclusive, que muitos casais grisalhos, depois de um tempo separados, decidem volta. “Mas uma reconciliação depois do divórcio homologado não é mais simples como antigamente, quando bastava uma petição de reconciliação. Agora, para voltar tem que casar de novo e formalizar novo processo do zero”, esclarece.


Por que o pentest ainda é um fator crítico em qualquer estratégia de cibersegurança


A digitalização de processos, serviços e produtos aumenta a eficiência das empresas, gera mais benefícios aos clientes e cresce a cada dia. Ao mesmo tempo o aumento da digitalização expõe as organizações a novos riscos, antes desconhecidos, com hackers buscando vulnerabilidades para roubar, sequestrar dados ou mesmo paralisar uma operação. 

Um bom processo de digitalização deve ser acompanhado por uma política de cibersegurança, que vise a melhoria e a evolução contínua das ferramentas e ações da equipe de TI, pois o que funciona hoje pode não dar certo amanhã. O pentest (penetration testing ou teste de penetração, em português) ainda é uma das ferramentas mais eficientes para aumentar a segurança das empresas. 

Segundo o relatório Cost of Data Breach da IBM, em 2023, o custo médio global de uma violação de dados foi de US$ 4,45 milhões, 2,3% a mais do que o registrado em 2022, quando o custo foi US$ 4,35 milhões. Já no Brasil, o valor médio foi de US$ 1,22 milhões. 

O preço do prêmio dos ciberseguros também acompanhou a elevação nos custos das violações e segundo a pesquisa Moody`s 2023 cyber survey, subiu 50% de 2020 a 2022. A apuração feita pela agência de avaliação de riscos, Moody`s, também apontou que o investimento em cibersegurança cresceu 70% entre 2019 e 2023. No mesmo período, o percentual do orçamento de TI voltado para a cibersegurança subiu de 5% para 8%. 

A preocupação das empresas com a cibersegurança é reforçada pela consultoria norte-americana Gartner. Segundo suas estimativas os gastos globais em cibersegurança e gerenciamento de riscos devem chegar a US$ 215 bilhões neste ano, um aumento de 14% em comparação com 2023.

 

Onde investir

A cibersegurança é tema de preocupação e deverá receber investimentos constantes. Mas antes de gastar é preciso saber onde investir, quais as vulnerabilidades mais críticas, como os ataques são feitos, quais dados podem ser acessados, roubados ou sequestrados e é aí que entra o pentest.

 

Por meio de testes de penetração as empresas conseguem ter uma visão rápida e precisa do estado atual das suas defesas cibernéticas. No pentest, hackers éticos usam as mesmas ferramentas e técnicas de invasores reais, incluindo o uso de Inteligência Artificial (IA), para violar a segurança de sistemas operacionais, ambientes na nuvem, APIs, softwares, entre outros, com o objetivo de descobrir e explorar suas vulnerabilidades. 

A realização dos testes permite saber se a empresa é capaz de detectar o ataque, se a infraestrutura, equipe, aplicativos e sistemas estão habilitados a responder ao ataque e se os invasores podem roubar dados de clientes, arquivos ou mesmo paralisar a operação. 

Após os testes a empresa pode verificar como foi feito o ataque, quais falhas possibilitaram as invasões, como elas podem ser corrigidas, antes delas serem exploradas, e quais ativos devem ser priorizados com base nos danos causados.

 

Tipos de testes

Como o objetivo do pentest é simular situações reais, diferentes abordagens podem ser conduzidas. No teste de penetração externo, a tentativa de invasão na rede interna da empresa é feita por meio dos sistemas acessíveis pela internet, incluindo servidores de e-mail ou ambientes de nuvem. 

Já um teste de penetração interno, simula situações em que um invasor já está no dispositivo de um funcionário e seu objetivo é determinar quais danos podem ocorrer se o acesso corporativo for utilizado de forma criminosa. Muitas vezes, um ataque interno pode causar mais danos em menos tempo do que um ataque externo, pois alguns sistemas de proteção já foram contornados ou superados. 

Os testes também podem ter um alvo específico como um aplicativo em nuvem ou um servidor de e-mail e seu objetivo é testar a resiliência do alvo e saber como é possível melhorar o monitoramento interno para a empresa detectar o ataque mais cedo. A segurança de dispositivos IoT também pode ser avaliada. 

A realização de diferentes abordagens de testes permite desenvolver uma estratégia de segurança sólida. Quando uma organização conhece seus pontos fracos é mais fácil saber o que fazer e onde investir. Mas o pentest precisa acontecer de forma regular para ser efetivo. Se não for possível avaliar todo o sistema sempre, uma boa iniciativa é focar nas novas aplicações e atualizações.

 

Eduardo Gomes - Gerente de Cibersegurança na TÜV Rheinland


Festas Juninas: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são os destinos mais procurados, segundo levantamento realizado pela Sympla

Com mais de 1.200 eventos juninos publicados, a plataforma já conta com mais de 660 mil tickets vendidos


De acordo um levantamento realizado pela Sympla, maior plataforma de eventos do Brasil, os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são os mais procurados para festas juninas até o momento. Inclusive, ao todo, mais de 1.200 eventos juninos já foram publicados na plataforma, contabilizando mais de 660 mil tickets vendidos. 

Os arraiás crescem significativamente ano após ano, ao passo que movimentam a economia de várias cidades, especialmente da região nordeste, destino preferido nessa época pelos brasileiros. Diante disso, a festividade popular já é tida como uma das maiores impulsionadoras econômicas e de público do país. 

As festas de São João geram expectativa de faturamento para bares, restaurantes e, sobretudo, para a rede hoteleira, que costuma registrar alta na ocupação. “Querido em todo o país, o São João simboliza mais do que o aquecimento econômico, mas uma celebração e manifestação cultural valiosa. Repleto de tradições, brincadeiras, canções e comidas típicas, não faltam opções para você curtir o arraiá deste ano com a Sympla”, afirma Tereza Santos, CEO da empresa. 

A Sympla elaborou uma coleção dos principais arraiás deste ano no Nordeste, Sudeste e demais regiões do país. Por isso, separa o traje e confira neste link os melhores eventos desta época tão aguardada pelos brasileiros.



Distribuição desigual de crédito, falta de infraestrutura e de políticas customizadas emperram o empreendedorismo no Brasil

Suprimento de energia elétrica, logística, transportes públicos precisam de melhorias para que o desenvolvimento sustentável seja efetivo no Brasil Políticas públicas precisam ser diversificadas para atender a diversidade de raças, etnias, localizações geográficas e históricos de vida


Mais de 20 milhões de pessoas trabalham na informalidade no Brasil por questões como falta de apoio para empreender, capacitação e qualificação, informações adequadas e apoio durante o processo de formalização. Em áreas mais remotas da geografia nacional, como por exemplo na Amazônia, bioma de maior biodiversidade do planeta, os pequenos negócios sustentáveis não avançam por falta de infraestruturas como energia elétrica, estradas e transportes.

As conclusões foram levantadas nos dias 11 e 12 de junho, durante a sexta edição do Fórum Brasileiro de Microempreendedorismo, em Brasília. O evento, organizado pela Aliança Empreendedora, tem por objetivo reunir os principais atores do ecossistema de apoio ao microempreendedor brasileiro para discutir os desafios e gerar soluções que tragam impacto para os microempreendedores, principalmente aqueles na base da pirâmide. 

“Desde 2005 já apoiamos 300 mil pessoas para que pudessem ser micro ou pequenas empreendedoras e a conclusão que chegamos é que as ações e políticas públicas precisam ser diversas, considerando a diversidade geográfica, de raça e etnia, a história pessoal de cada indivíduo. Todos os atores envolvidos (governos, empresas, sociedade civil) precisam pensar juntos em soluções customizadas, e não em modelos únicos. Em um país como o Brasil, esse olhar é necessário e primordial”, disse Cristina Filizzola, presidente da Aliança Empreendedora.

Adriana Barbosa, CEO da Plataforma PretaHub e presidente do Instituto Feira Preta, organização que promove a cultura, a economia e o empreendedorismo negro, ressaltou também a necessidade de ações que atentem para a diversidade: “não há como avançar nos negócios e no empreendedorismo no Brasil se não considerarmos a questão racial”.

Durante sessão solene realizada na Câmara dos Deputados, em parceria com a Procuradoria da Mulher, encabeçada pela deputada federal Soraya Santos (PL-RJ),  a Aliança Empreendedora apresentou uma lista de recomendações - com foco em temas principais como: refugiados, imigrantes, juventude, pessoas com deficiências e periferia -  para contribuir com os poderes Legislativo e Executivo, tanto na redução das desigualdades, quanto na criação e implementação de ações e políticas públicas com foco no microempreendedorismo. As orientações foram compiladas a partir de estudos e pesquisas do Programa Empreender 360, que busca influenciar e atuar junto a organizações, empresas, institutos de pesquisa e gestores públicos interessados em tornar o ato de empreender mais fácil, justo e inclusivo. 


Criador do Microcrédito

O criador do Microcrédito, considerado “pai” dos Negócios Sociais, e Nobel da Paz, Professor Muhammad Yunus, enviou uma mensagem exclusiva para o Fórum com um recado importante: “O emprego não é o auge do ser humano, mas a criatividade sim. Somos repletos de criatividade e o microempreendedorismo permite que cada um possa conhecer a si mesmo, colocar a criatividade em prática e ajudar as pessoas”, pontuou.


Potencial sustentável x falta de infraestrutura para os negócios verdes

Lucas Ramalho, diretor de novas economias da secretaria de economia verde, descarbonização e bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, ressaltou a capacidade do Brasil na descarbonização da economia por meio da indústria. “Nosso país possui um potencial pouco lembrado e pouco mencionado: o de produzir bens e serviços com a menor pegada de carbono do planeta. Nós conseguimos produzir um painel fotovoltaico com 80% menos pegada de carbono do que na China, por exemplo”, disse.

Por outro lado, a Superintendente de Desenvolvimento Sustentável da Fundação Amazônia Sustentável, Valcléia Solidade, disse que ainda há grandes desafios para que os negócios sustentáveis possam deslanchar na Amazônia. “Ainda é muito desafiador empreender na Amazônia profunda. Lá, as estradas são rios, o deslocamento é caro e 1 milhão de pessoas ainda vivem sem fornecimento de energia elétrica. Como empreender nessas condições? Algumas comunidades poderiam estar investindo no beneficiamento do açaí para vender o sobrante e comprar o que não conseguem produzir, mas como fazer isso sem energia elétrica?”, exemplificou.

“A Amazônia oferece uma série de grandes oportunidades para o desenvolvimento de negócios verdes, mas para isso é preciso levar e ampliar as infraestruturas nessas comunidades. Precisamos levar também educação empreendedora. Sem isso, não tem como os negócios acontecerem”, concluiu.


A importância da assistência social para o microempreendedorismo

Em um segundo painel, especialistas discutiram a importância da assistência social para o desenvolvimento do microempreendedorismo em um país como o Brasil. “A assistência social tem que estar sempre no debate de formação de políticas públicas porque estamos falando de pessoas que precisam estar fortalecidas e ter seus direitos garantidos e esse público muitas vezes não os tem. Temos que promover o desenvolvimento humano dessas pessoas”, disse Magali Basile, vice-presidente do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas).

Durante o painel também foi lançado o curso “Empreendedorismo na Assistência Social”, que abrange o encontro entre assistência social e empreendedorismo no Brasil, destacando a evolução legislativa, a importância da proteção social, a dinâmica do trabalho e a atuação da Aliança Empreendedora. O objetivo é promover a compreensão das temáticas, e a construção conjunta de caminhos para a cidadania e protagonismo. O Curso é gratuito e está disponível no link. 


GTs com delegação de especialistas

Além dos painéis e da sessão na Câmara dos Deputados, o Fórum Brasileiro de Microempreendedorismo contou com uma programação fechada para uma delegação de aproximadamente 100 pessoas, que representam as vozes do ecossistema empreendedor no Brasil: pesquisadores, representantes do governo, de setores e organizações que atuam na base, microempreendedores, voluntários, entre outros perfis . Esse grupo foi convidado a vir até Brasília - alguns com bolsa integral de transporte e hospedagem - para participar de toda a programação do evento, tanto como ouvintes quanto como painelistas.

Além disso, no dia 12 de junho se reuniram em seis Grupos de Trabalho (GTs), que aconteceram de forma colaborativa com os seguintes órgãos do governo. Os espaços sediaram debates e reflexões sobre os temas abaixo:
1. Diálogos sobre economia de impacto, com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços;
2. Revisão da política ProJovem, com o Ministério do Trabalho e Emprego;
3 Inovação e tecnologia para microempreendedores de base com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação;
4. Caminhos para construção da Rede Nacional de Inclusão Produtiva, com o Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o Sebrae Nacional e a Organização das Cooperativas do Brasil;
5. Melhorias no ProCred - estratégias de disseminação, orientação e acompanhamento, com o Ministério de Empreendedorismo, da Microempresa e de Empresa de Pequeno Porte;
6. Diálogos sobre o Programa Rotas Negras, com o Ministério de Igualdade Racial.

“Os eventos estratégicos em GTs funcionaram como oficinas de construção, foi uma oportunidade valiosa de organizações, microempreendedores e atores do setor, trazerem reflexões, debates e inspirações, diretamente para aqueles que estão desenhando e implementando políticas públicas no Brasil. Isso tudo feito de uma forma com que o trabalho real e as trocas efetivas cheguem em microempreendedores de norte a sul do Brasil”, explica Lina Useche, cofundadora e head de Relações Institucionais da Aliança Empreendedora. Esses encontros vão gerar relatórios de apoio para as políticas que estão nascendo ou sendo revisadas.


O Fórum Brasileiro de Microempreendedorismo 

O Fórum Brasileiro de Microempreendedorismo é um evento gratuito, promovido pela Aliança Empreendedora por meio do Programa Empreender 360. Em 2024, aconteceu pela sexta vez consecutiva, a segunda na capital federal, e contou com o apoio Institucional do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, da Procuradoria da Mulher da Câmara dos Deputados, do G20 Social e patrocínio do Bank of America, Instituto Assaí, Caixa e Governo Federal, Fundação Arymax, Coca-Cola Brasil e Meta.  



Aliança Empreendedora
www.aliancaempreendedora.org.br


E-commerce continua a conquistar novos compradores no Brasil

Estudo da Kantar revela insights do relacionamento dos consumidores com as opções de canais disponíveis

 

O consumidor brasileiro tem feito escolhas que impactam diretamente o cenário de canais. Em 2024, por exemplo, as missões menores começam a estabilizar e o abastecimento se fortalece. É o que aponta o estudo Consumer Insights Q1 2024, produzido pela Kantar, líder em dados, insights e consultoria. 

Com a maior estabilidade na ominicanalidade, a perda em penetração afeta todos os canais, exceto o e-commerce. No longo prazo, o meio ganhou 1,4 p.p. de penetração, totalizando cerca de 14 milhões de lares no Brasil. Nesse contexto, os novos compradores foram os que mais impulsionaram o volume por viagem (alta de 32,3%), enquanto os repetidores foram os mais fiéis (frequência de 6,1 visitas). 

As compras via e-commerce foram feitas, principalmente, por meio de sites ou aplicativos dos varejistas (representaram 54% em valor), e as cestas apresentaram 10% mais categorias em comparação ao ano anterior, sendo as marcas econômicas as preferidas dos consumidores (51,3% em volume). 

Em relação aos outros canais, os brasileiros apresentaram posturas diferentes para poder aproveitá-los da melhor forma. Para missões de abastecimento e reposição, os consumidores preferiram os Atacados, os Supermercados, os Hipermercados e o Varejo Tradicional. Eles foram frequentados, principalmente, entre o 1º e o 10º dia do mês, com destaque para as cestas de Limpeza, Commodities e Perecíveis. 

Já para as ocasiões de urgência, foram escolhidos Porta a Porta, Perfumarias e Farmácias. Esses canais foram frequentados, principalmente, entre o 11º e o 20º dia do mês para suprir as cestas de Higiene & Beleza e Medicamentos. 

“Independentemente da missão, um aspecto é unânime: houve uma maior percepção de promoções entre os compradores na comparação entre 2023 e 2024”, comenta Desiree Wichineski, Gerente de Soluções Avançadas da Kantar.

 

Kantar
www.kantar.com/brazil


Golpes com IA: Criminosos usam Inteligência Artificial para “clonar” cursos. Saiba como se proteger

Empresas de assessoria ajudam a proteger profissionais e evitar golpes em clientes, afirma o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, Pós PhD em neurociências e CEO da empresa de assessoria de imprensa e marketing digital 360, MF Press Global


 

Com o acesso a ferramentas de Inteligência Artificial aumentando, além de serem usadas para gerar benefícios e produzir conteúdos, elas também estão sendo cada vez mais utilizadas para aplicar golpes através da duplicação da voz e algumas vezes até do rosto de celebridades e profissionais. 

Um dos tipos mais comuns de golpes é a clonagem de um profissional para a venda de um curso ou produto mas indicando dados de pagamento dos golpistas, desviando os pagamentos. Várias pessoas têm caído nesse tipo de golpe e tanto profissionais, quanto clientes precisam tomar medidas preventivas e conhecer alternativas para após cair em um golpe do tipo.

 

Como se prevenir de golpes com IA usado a sua voz?


Para quem trabalha com o digital é fundamental ter apoio profissional para o lançamento e venda de produtos para evitar que criminosos clonem a sua imagem para aplicar golpes, afirma o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, Pós PhD em neurociências e CEO da empresa de assessoria de imprensa e marketing digital 360, MF Press Global.

 

Profissionais que trabalham com o digital precisam de apoio especializado ao lançar e vender produtos para evitar golpes aplicados com IA. Uma assessoria de marketing é fundamental para direcionar corretamente os anúncios e usar técnicas que garantam a credibilidade das vendas. Além disso, ter uma assessoria jurídica para cuidar da parte legal de forma preventiva, protegendo a imagem e os direitos do profissional, é essencial”, explica.

 

Fui vítima de um golpe com IA com meu produto, o que fazer?


De acordo com Dr. Fabiano, a exemplo de um caso recente que atendeu na MF Press Global, de uma gestão de crise atendendo a uma cliente que teve a sua voz clonada por IA para um anúncio falso da venda do seu curso.

 

Empresa identificou áudio clonado e segui trâmites jurídicos
para proteger cliente afetado
Foto: Reprodução/Arquivo do caso

 

Quando você identificar um golpe do tipo, a primeira coisa a se fazer é buscar apoio jurídico, no caso que atendemos direcionamos tanto ao setor de tecnologia, que identificou a clonagem, quanto para o setor jurídico, que seguiu todos os trâmites legais sobre o golpe, e o setor de assessoria, para evitar que o golpe afetasse a imagem da cliente”.

 

Para quem sofre esse tipo de golpe é importante buscar uma empresa especializada em gestão de crise para seguir com esse processo e adaptá-lo ao seu caso para garantir que o problema seja resolvido e seus impactos minimizados o mais rápido possível”, explica Dr. Fabiano.

 

Dr. Fabiano de Abreu Agrela - Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos , membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA - American Philosophical Association também nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society, Triple Nine Society, ISI-Society, Numerical e HELLIQ Society High IQ. Autor de mais de 250 artigos científicos e 23 livros.



terça-feira, 18 de junho de 2024

Queimadas, poluição e tempo seco: como fica a saúde respiratória e ocular?

Cerca de 25% apresentam a síndrome do olho seco nesta época do ano



Nesta época do ano, a incidência das queimadas, principalmente nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil, afeta milhares de pessoas, que ficam expostas a um clima mais seco, quente e muito poluído.

As partículas de poluição contêm monóxido de carbono que podem causar e agravar problemas respiratórios nos pacientes com doenças crônicas como a asma e a rinite. Isso porque ocorre simultaneamente a diminuição da umidade do ar, contribuindo para que essas partículas penetrem no organismo e gerem ou agravem o processo inflamatório já existente.

“Precisamos ficar mais atentos entre os meses de junho a novembro, principalmente em agosto e setembro, quando temos um alto índice de pacientes com crise de rinite e asma alérgica. Entre 20% e 25% das pessoas apresentam a síndrome do olho seco e 12% podem ter a conjuntivite alérgica”, alerta Dr. Raphael Coelho Figueredo, membro da Comissão de Biodiversidade, Poluição e Clima da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

Nesta época do ano, o especialista explica que é fundamental reforçar os cuidados, umidificando o ambiente, hidratar-se muito ao longo do dia e usar, com orientação médica, lubrificantes oculares.

Estudo – Um levantamento realizado em 2018, do município de Imperatriz, no Maranhão, mostrou a prevalência de sintomas de asma, rinite e eczema atópico: 26,4% (299), 32,6% (369) e 12,7% (144), respectivamente. O pico, conforme gráfico abaixo, coincide com a época mais seca e de queimadas. Os adolescentes apresentaram uma das mais elevadas taxas de prevalência e gravidade de asma e rinite para todo o Brasil, além de altos índices de subdiagnóstico.

“Além do trabalho de conscientização que os gestores públicos precisam fazer em relação às queimadas e à poluição, é preciso que o paciente siga o tratamento de asma e rinite passado pelo especialista, além da necessidade em adotar práticas de hidratação. Desta forma, o paciente previne a exacerbação das doenças e consegue superar esse período mais seco e mais poluído sem tanto desconforto e idas à emergência”, explica Dr. Raphael Coelho.


Você sabe quais são as vacinas essenciais para crianças a partir de 4 anos de idade?

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Especialista destaca os principais imunizantes e esclarece questões sobre a proteção das crianças 

 

Você sabia que após os quatro anos existem diversas vacinas importantes para a proteção dos pequenos? Garantir que eles recebam todas as doses necessárias é fundamental para resguardá-los contra diversas doenças infecciosas. 

Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados no início deste ano, a cobertura vacinal infantil ainda não alcançou as metas estipuladas, a pentavalente alcançou 81,6%, poliomielite (81,5%, pneumo 10 (82,3%), tríplice viral (89,5%) e a rotavírus (78,5%). Já a de influenza infantil está ainda mais baixa, registrando apenas 56,8%. 

Após os quatro anos, existem  diversos imunizantes importantes que atuam de forma preventiva. “É fundamental para o desenvolvimento saudável de todas as crianças e adultos, que os pais ou responsáveis se atentem ao calendário vacinal. Isso é importante para garantir a proteção da população e garantir o controle de doenças já erradicadas no Brasil”, comenta o Dr. Fábio Argenta, cardiologista, sócio-fundador e diretor médico da Saúde Livre Vacinas, rede de clínicas focadas em vacinas que oferecem o que há de mais moderno nos cuidados com a prevenção.

Argenta destaca os imunizantes que devem ser aplicados à partir dos quatro anos de idade:

Difteria, Tétano e Coqueluche (DTPa): a tríplice bacteriana acelular é importante para proteger contra difteria, tétano e coqueluche, que podem ser graves e até fatais, especialmente em crianças pequenas. 

Inativada Poliomielite (VIP): protege contra a poliomielite, uma doença viral que pode causar paralisia permanente. A dose do reforço é essencial para garantir que a imunidade se mantenha ao longo do tempo. 

Oral Poliomielite (VOP): pode ser administrada como parte do esquema de vacinação, dependendo das recomendações locais. Ela complementa a proteção oferecida pela VIP (citada acima).

Sarampo, Caxumba e Rubéola: a tríplice viral (MMR) é administrada entre 4 e 6 anos, reforçando a imunidade adquirida com a primeira dose.

Varicela (catapora): é recomendada para proteger contra essa doença viral comum na infância. A segunda dose é geralmente administrada aos 4-6 anos, proporcionando uma proteção duradoura. 

Influenza (gripe): é recomendada anualmente para todas as crianças a partir dos 6 meses de idade. Ela é especialmente importante em idade escolar, quando as crianças têm um contato amplo com outras crianças e têm maior risco de transmissão do vírus. 

Hepatite A: embora não seja grave em crianças, ela pode causar sintomas debilitantes e ser transmitida facilmente. A segunda dose é administrada 6 meses após a primeira. 

 “A vacinação é uma das intervenções de saúde pública mais eficazes e seguras para prevenir patologias graves. Não protegem apenas as crianças imunizadas, mas também ajudam a prevenir a propagação de doenças na comunidade”, completa Argenta. 

  

Saúde Livre Vacinas

 

Quanto tempo dura a lente de contato dental? Dentista tira as principais dúvidas

Quando colocados por um bom profissional e mantendo cuidados diários, o tratamento pode durar até 15 anos 

 

As lentes de contato dental sempre despertam interesse e dúvidas em quem planeja passar pelo tratamento odontológico e conquistar um sorriso mais bonito. Uma delas é quanto tempo o procedimento dura?

Segundo a dentista Fernanda Oliani, consultora técnica da Oral Sin, referência em implantes dentários, a durabilidade das lentes está relacionada a qualidade técnica do profissional responsável pelo tratamento e aos cuidados que o paciente adota na rotina para evitar cáries, manchas ou rupturas na estrutura que comprometem o resultado final.

O tratamento com facetas de porcelana ou lentes de contato é indicado para corrigir imperfeições dentárias, como dentes manchados, com alterações de cor, desgastados ou desalinhados. Também é possível corrigir casos de diastema — espaçamentos entre os dentes — e restaurar dentes que sofreram algum trauma.

“A lente pode durar muitos anos, encontramos na literatura 10, 15 anos de estabilidade, mas desde que bem colocada por um profissional capacitado. Para garantir a durabilidade, também é preciso realizar avaliações periódicas e manter os cuidados recomendados”, alerta a dentista.

Confira os principais cuidados para fazer o seu tratamento durar ainda mais:


Evite roer unhas ou usar os dentes como abridor

Alguns hábitos devem ser evitados, e roer unhas é um deles, pois acaba forçando as estruturas envolvidas, dente e lente. O alerta também serve para pessoas que costumam abrir embalagens com os dentes ou ficam mordendo objetos ao longo do dia, gerando um processo lento e contínuo de traumatismo.

Não se trata de uma contraindicação absoluta a execução do tratamento para essas pessoas, porém estes devem estar cientes do risco de soltura ou fratura das peças ao persistirem com esses hábitos.


Mantenha a higiene bucal

A boa higiene bucal é importante para evitar cáries, manter o hálito saudável e um sorriso bonito. A conservação das lentes também depende desse processo.

A escovação correta, o uso de fio dental e a visita periódica ao dentista são fatores que auxiliam na durabilidade. É importante usar o fio dental diariamente, pois ele permite alcançar os resíduos alimentares em regiões que a escova não alcança. Assim, evita-se o aparecimento de cáries, manchamento na junção dente e lente, além de doenças gengivais.


Melhore seus hábitos alimentares

Apesar de resistentes, as lentes podem sofrer alteração de cor e conformação na linha do tempo. Portanto uma alimentação excessivamente ácida ou com excesso de corante pode interferir na estabilidade do material, principalmente na região de união

“É importante salientar que antes mesmo da correta execução, é necessário ocorrer uma correta indicação do tratamento. O dentista deve realizar uma avaliação criteriosa, analisando a estrutura dentária, tecidos de suporte (osso e gengiva), e oclusão (mordida) do paciente. Além disso, alinhar as expectativas quanto ao resultado para que a experiência seja positiva”, afirma Fernanda Oliani.


Oral Sin

 

INVERNO CHEGANDO: COMO ALIVIAR AS DORES NAS PERNAS?

No frio, o corpo fica mais sensível e dores crônicas tendem a serem sentidas com maior intensidade nessa época. Por isso, fisioterapeuta indica quatro formas simples de aliviar esses sintomas.

 

A estação mais fria do ano começa na sexta-feira e muitos de nós já estamos sentindo os efeitos das temperaturas mais baixas em nosso corpo, mas será mesmo que sentimos mais dores no frio? 

Pesquisas recentes da Escola de Medicina da Universidade de Harvard (EUA) e do Centro de Gerenciamento da Dor no Brigham and Women’s Hospital, em Boston (EUA), mostram que 67% dos entrevistados relatam sentir mais dor com a queda repentina das temperaturas. Embora não haja uma comprovação científica definitiva, muitos profissionais de saúde acreditam na ligação entre dor e frio porque, em baixas temperaturas, nosso corpo fica mais sensível. 

De acordo com a fisioterapeuta especialista em membros inferiores e Diretora Clínica do Instituto Trata, Raquel Silvério, o frio não afeta apenas aqueles com doenças crônicas. “Nossa circulação se concentra nas regiões internas do corpo, como coração, cérebro e rins, deixando áreas periféricas, como musculatura e pele, com menos circulação. Isso estimula nossas terminações nervosas, resultando em dor”, explica. ”As articulações, que possuem barorreceptores sensíveis às mudanças de pressão, também são afetadas”, completa. 

Para evitar as dores nas pernas durante o inverno, a fisioterapeuta indica alguns hábitos comuns:

  • Aqueça o corpo: Use roupas quentes que protejam os pés e as mãos. Consumir bebidas quentes, como sopas e chás, ajuda a manter o corpo aquecido.
  • Banhos quentes: Tomar banhos quentes pode ajudar a relaxar os músculos e aumentar a circulação sanguínea nas pernas, aliviando as dores. Sempre que sentir que precisa relaxar, siga essa dica.
  • Faça alongamentos: Alongar-se pela manhã ajuda a manter o corpo ativo e previne lesões ao longo do dia.
  • Pratique exercícios: A atividade física mantém o corpo aquecido e melhora a circulação sanguínea, prevenindo dores.
  • Trate doenças crônicas: Se você tem condições como artrite, siga os tratamentos recomendados para evitar o agravamento das dores.
  • Hidratação: Manter-se bem hidratado é importante para a saúde muscular. Beba bastante água ao longo do dia para evitar cãibras e dores musculares.
  • Evite permanecer em posições prolongadas: Mudar de posição regularmente, seja em pé ou sentado, pode ajudar a evitar o acúmulo de tensão e dor nas pernas. 

Se as dores persistirem ou aumentarem, procure um médico ou fisioterapeuta especializado para realizar os exames necessários e receber o tratamento adequado. Cuidar do seu corpo durante o inverno é essencial para evitar desconfortos e manter-se saudável.

 

Raquel Silvério: Fisioterapeuta e Diretora Clínica do Instituto Trata, a profissional possui especialização em fisioterapia músculo esquelética pela Santa Casa de São Paulo, além de formação em terapia manual ortopédica nos conceitos Maitland e Mulligan e forte experiência em tratamentos da coluna vertebral.

 

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