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quarta-feira, 15 de maio de 2024

Ataques de DDoS: como identificá-los e o que fazer se for vítima

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Geralmente orquestrados por botnets, os ataques de negação de serviço (DDoS) são empregados de várias maneiras pelos cibercriminosos. Saiba as principais formas de se proteger contra esse tipo de ameaça 


Um ataque de negação de serviço (DDoS) ocorre quando solicitações ilegítimas em massa são enviadas a um servidor, serviço web ou rede, sobrecarregando sua capacidade e tornando-o inacessível para os usuários. A ESET, líder em detecção proativa de ameaças, adverte que apesar de sua sigla imponente, os ataques DDoS são relativamente simples de executar e são amplamente utilizados pelos criminosos cibernéticos. Portanto, a empresa examina como identificá-los e respondê-los.
 

"A atitude em relação a esse tipo de ataque mudou significativamente ao longo dos anos no mercado de segurança. Antes, as empresas não se preocupavam muito em buscar soluções para evitá-los, mas agora a maioria dos ambientes está alerta para essa ameaça. Esse movimento foi impulsionado por diversos fatores, incluindo a maturidade crescente da segurança, tanto dos ambientes quanto dos profissionais que atuam na área, e a mudança na maneira como esse tipo de ataque é empregado pelos criminosos", comenta Daniel Cunha Barbosa, pesquisador de segurança da informação da ESET América Latina. 

Atualmente, os ataques DDoS podem ser realizados isoladamente, mas frequentemente são utilizados em conjunto com outros tipos de ataques, como forma de tornar mais persuasiva a exigência de pagamento de um ransomware, causando danos significativos aos serviços da empresa-alvo e impactando diretamente na percepção dos clientes que tentam usar esses serviços. Outra mudança importante refere-se às proteções disponíveis. Atualmente, é possível adotar medidas de proteção para essa finalidade com investimentos muito menores do que há alguns anos. Essas proteções podem até estar disponíveis em alguns ambientes e só precisam ser ativadas. 

Detectar esse tipo de ataque não é uma tarefa simples quando o ambiente não é monitorado por soluções pré-configuradas. Geralmente, os ataques são percebidos quando alguém tenta utilizar o serviço e percebe sua lentidão ou indisponibilidade. Idealmente, a detecção mais eficaz baseia-se em dois pilares principais: uma equipe técnica capaz de identificar períodos de estabilidade e a configuração das soluções de segurança com base nos resultados dessa identificação. 

Existem muitos tipos de soluções que permitem lidar com o ataque com uma taxa de sucesso muito alta. Entre as destacadas pela ESET estão: 


Filtragem de tráfego: um exemplo claro de adaptação de soluções existentes para combater ataques DDoS é a filtragem de tráfego, seja por meio de firewalls comumente utilizados pelas empresas ou de equipamentos específicos para esse fim. 

Geralmente, os filtros usam regras predefinidas para impedir a passagem de certos tipos de tráfego, evitando assim solicitações excessivas de uma ou mais fontes, formatos de pedido não convencionais para determinados tipos de serviços, tamanhos de pacotes excessivos e outros tipos de abordagens maliciosas. Uma ajuda valiosa para bloquear esses ataques é contar com soluções baseadas em comportamento, permitindo que os usuários legítimos acessem o serviço enquanto os atacantes são bloqueados.
 
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Balanceamento de carga: o balanceamento pode ser feito de várias maneiras, seja tornando disponíveis mais de um link de Internet e alternando seu acesso por meio da configuração de DNS, ou usando um cluster de alta disponibilidade que direciona o serviço para outro nó, se o nó atual não estiver respondendo corretamente.

 

Serviços especializados de proteção DDoS: Também conhecidos como Redes de Distribuição de Conteúdo (CDN), esses serviços reúnem uma série de características úteis para deter ataques DDoS. Entre as mais valiosas estão a segregação de tipos de acesso, permitindo apenas que os atacantes sejam impedidos de se comunicar com o serviço, além de uma estrutura de rede extremamente robusta capaz de suportar ataques que podem atingir mais de 1 Terabit por segundo, algo difícil de alcançar sem uma estrutura especializada.

 

Adoção de serviços em nuvem: transferir pontos críticos da infraestrutura interna para servidores ou serviços na nuvem ajuda a resistir aos ataques DDoS. No entanto, não há uma solução mágica. Embora a nuvem geralmente seja capaz de lidar com um maior volume de tráfego, é necessário garantir a contratação de serviços que ofereçam proteção específica contra DDoS ou que permitam a contratação de serviços de terceiros capazes de fornecê-la. É muito importante ler atentamente os contratos de serviço para entender até onde vai a responsabilidade do provedor de serviços em caso de incidente e, principalmente, estar ciente de que a adoção da nuvem geralmente não isenta os contratantes de responsabilidades.

 

Inteligência de ameaças: um processo de inteligência de ameaças pode fornecer informações valiosas, como IPs relacionados a botnets, servidores vulneráveis associados a cibercriminosos, vulnerabilidades utilizadas para acesso inicial ou movimentação lateral, entre outros indicadores. Esses dados podem ser inseridos em soluções de segurança para evitar interações dessas origens antecipadamente, além de orientar a priorização das vulnerabilidades a serem abordadas primeiro para prevenir ataques.

 

Monitoramento contínuo: a proteção contra ataques DDoS, ou qualquer outro tipo de ataque, não depende apenas da implementação de ferramentas avançadas no ambiente ou da contratação de serviços extremamente especializados. É necessário que uma ou mais pessoas qualificadas monitorem constantemente as ferramentas e serviços disponíveis para evitar ataques. A ESET recomenda entender o funcionamento normal do ambiente e estabelecer linhas de base para a detecção de anomalias. Embora ferramentas adequadas facilitem a tarefa, é fundamental que haja uma pessoa ajustando e aprimorando o desempenho das soluções.

 

Para saber mais sobre segurança da informação, visite o portal de notícias ESET. A ESET também convida você a conhecer o Conexão Segura, seu podcast para descobrir o que está acontecendo no mundo da segurança da informação. Para ouvir, acesse este link.



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Quase um ano depois do Desenrola, inadimplência permanece intacta em São Paulo

 

Em abril, 22,6% das famílias paulistanas estavam com contas atrasadas; no mesmo mês do ano passado, esse número era de 22,9%

 

Criado há quase um ano, o programa Desenrola Brasil, do governo federal, não surtiu os efeitos esperados — pelo menos levando em conta a realidade das famílias paulistanas. Os dados de abril da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), mostram uma estabilidade no fenômeno da inadimplência.

Em julho de 2023, quando o Desenrola começou, 24,1% das famílias na cidade de São Paulo estavam com alguma conta atrasada. Em abril, esse volume foi de 22,6%. Entre os lares sem condições de pagar as dívidas, o número permaneceu praticamente o mesmo: 9,9% naquele mês, encerrando o último período em 9,8% [gráfico 1].



[GRÁFICO 1]

PESQUISA DE ENDIVIDAMENTO E INADIMPLÊNCIA DO CONSUMIDOR (PEIC)

ABRIL DE 2024

Fonte: FecomercioSP



Na comparação mensal, vale dizer, o endividamento cresceu 2,1 pontos porcentuais (p.p.) entre março e abril. São, em números absolutos, 2,87 milhões de famílias com alguma despesa ativa. A inadimplência, por sua vez, se manteve praticamente a mesma, somando 920 mil casas nessa situação, na cidade.

Quase nove em cada dez famílias paulistanas (87,9%) estão endividadas com a fatura do cartão de crédito, que, desde a pandemia de covid-19, é usado mais como instrumento de manutenção do consumo doméstico do que para gastos de longo prazo. Esse fenômeno tem efeitos no tempo médio da dívida, que, hoje, é de quase oito meses.

O crédito pessoal é o segundo maior motivador de endividamento (15,9%). Não é trivial: como a Federação observa há algum tempo, muita gente tem preferido manter o consumo de bens duráveis do que pagar as dívidas antigas — ou, em alguns casos, já as liquidaram, voltando agora a consumir. Essa percepção é corroborada pelo fato de dois em cada dez paulistanos (18,3%) estarem pensando em pedir um empréstimo nos próximos três meses — porcentual que era de 10,1% em abril de 2023.

Por outro lado, abril marcou uma redução na média temporal no atraso das contas, saindo de 66,4 dias, até a despesa ser liquidada, para 65,9 dias. Segundo a FecomercioSP, ainda que seja uma queda pequena, impacta de forma relevante o orçamento doméstico, na medida em que diminui a cobrança de juros. Em abril, a inadimplência só não diminuiu por causa das famílias de alta renda (acima de 10 salários mínimos): uma em cada dez (13,8%) está com contas atrasadas, segundo a pesquisa. É o nível mais alto, dentro desse recorte, desde o início da série histórica da PEIC, em 2010.


POR QUE O DESENROLA NÃO DECOLOU?

Criado em julho do ano passado, o Desenrola acabou de ser prorrogado até o dia 20 de maio, ainda oferecendo descontos na quitação de dívidas que chegam a 90%. Nas primeiras três fases do programa, segundo dados oficiais, cerca de R$ 29 bilhões foram renegociados, beneficiando 7 milhões de brasileiros. Além disso, um universo de 2,7 milhões de pessoas renegociaram despesas com instituições bancárias. Ainda assim, considerando os dados gerais, a inadimplência permaneceu intacta em São Paulo, principal metrópole econômica do País. Por quê?

De acordo com a FecomercioSP, a resposta principal é que boa parte das famílias inadimplentes ainda está tão financeiramente fragilizada que não consegue absorver uma parcela de renegociação neste momento. Em 2023, em média, 2 em cada 10 delas (23,7%) conviveram com contas atrasadas ao longo do ano. Em 2020, no primeiro ano da pandemia, essa porcentagem foi de 18,7%. Isto é, a dificuldade de pagar as contas aumentou nesse ínterim.

Além disso, o Desenrola foi estruturado não apenas em torno do aplicativo oficial do governo (Gov.br), mas também a partir de dois níveis de conta: o prata e o ouro, que dependem de uma série de documentos digitais disponibilizados pelos usuários. O problema é que boa parte desses documentos não são tão acessíveis à população endividada, principalmente a quem não tem acesso à internet, como na vinculação com contas bancárias (também) digitais.

Não foi à toa que, quando o governo ajustou essa exigência, permitindo o Desenrola a usuários de nível bronze do aplicativo, em torno de 12,7 milhões de brasileiros puderam acessar o programa. No mesmo movimento, ainda foram integrados os dados dessas pessoas com a plataforma da Serasa, o que ajudou nas organizações dos mutirões de renegociação.

Além disso, muitos descontos oferecidos pelos bancos já estavam disponíveis antes mesmo do escopo do programa do governo, já que faziam parte do rol de dívidas que, para essa população, já estava perdida. Mesmo assim, os ajustes realizados no programa — alguns apontados pela FecomercioSP — e a injeção do décimo terceiro salário na economia do País, em dezembro, foram responsáveis por, no fim de março, após a primeira prorrogação do projeto, o volume de refinanciamentos subir para R$ 50 bilhões.



Nota metodológica

PEIC

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde fevereiro de 2004. São entrevistados aproximadamente 2,2 mil consumidores na capital paulista. Em 2010, houve uma reestruturação do questionário para compor a pesquisa nacional da Confederação Nacional do Comércio (CNC), e, por isso, a atual série deve ser comparada a partir de 2010.O objetivo da PEIC é diagnosticar os níveis tanto de endividamento quanto de inadimplência do consumidor. O endividamento é quando a família possui alguma dívida. Inadimplência é quando a dívida está em atraso. A pesquisa permite o acompanhamento dos principais tipos de dívida, do nível de comprometimento do comprador com as despesas e da percepção deste em relação à capacidade de pagamento, fatores fundamentais para o processo de decisão dos empresários do comércio e demais agentes econômicos, além de ter o detalhamento das informações por faixa de renda de dois grupos: renda inferior e acima dos dez salários mínimos.


FecomercioSP


Segurança nos aplicativos: como evitar o vazamento de dados

Especialista em tecnologia detalha medidas para garantir a privacidade online


Em um mundo cada vez mais digitalizado, a segurança dos dados dos usuários tornou-se uma das maiores preocupações. Com tantos aplicativos em nossos dispositivos móveis e computadores, surge a necessidade de garantir que as informações pessoais permaneçam protegidas contra possíveis vazamentos.

 

Michelle Menhem, especialista em tecnologias, destaca a importância de senhas fortes, controle de acesso, criptografia de dados sensíveis e o cumprimento de regulamentos de privacidade, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), fundamentais para garantir a privacidade dos usuários.

 

É importante realizar testes regularmente e implementar padrões de segurança de dados”, explica a especialista. Ela também ressalta que os próprios usuários desempenham um papel fundamental na prevenção de vazamentos de dados, ao seguir as melhores práticas de prevenção e estar cientes dos riscos online.

 

"Para garantir que os dados dos usuários estejam protegidos, é recomendado o controle de acesso rigoroso para limitar quem pode visualizar e modificar informações, backups regulares para prevenir perdas de dados, monitoramento constante de proteção para identificar e responder a possíveis ameaças, atualizações frequentes de software para corrigir vulnerabilidades e a implementação de políticas claras de segurança para garantir a conformidade e a adesão às melhores práticas de proteção de dados", ressalta Michelle.

 

Manter os dados seguros é uma preocupação cada vez maior, por isso, é necessário adotar medidas que protegem nossas informações pessoais”, finaliza Michelle.   



Fonte:
Michelle Menhem l @michellemenhemm
Especialista em tecnologias
CEO @techchannelcapacitacao @skymachine @skytech


Aprimore sua escrita: 5 dicas para integrar assuntos factuais na redação do Enem

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Leonardo Baroni, analista pedagógico da Redação Nota 1000, traz orientações para utilizar os assuntos factuais da melhor forma na redação do Enem 


A data para a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, que acontecerá nos dias 3 e 10 de novembro, foi anunciada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), e estudantes de todo o Brasil se preparam para enfrentar não apenas as questões objetivas, mas também a temida redação, que tem sua nota como determinante para alcançar um bom resultado na prova. Uma das estratégias fundamentais para uma boa pontuação na prova de redação é a habilidade de integrar assuntos factuais de forma eficaz em seu texto. 

A Competência II do exame avalia quesitos como a estrutura básica de introdução, desenvolvimento e conclusão. E, para conquistar a pontuação máxima, você precisa apresentar um repertório factual pertinente, legitimado e bem utilizado no texto. Isso demonstra o seu conhecimento aprofundado sobre o tema e a sua capacidade de construir argumentos sólidos. 

Este repertório, que não é fornecido nos textos motivadores, traz uma série de benefícios para a construção de sua argumentação. Ao apresentar informações específicas e adequadas ao tema, o aluno demonstra domínio sobre o assunto. Por exemplo, no tema do ano de 2022 - “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”, os estudantes poderiam utilizar na composição do texto informações atuais, como a situação da falta de segurança na sede da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), para enriquecer seus argumentos. 

Para se manter atualizado sobre os temas relevantes, você deve recorrer a fontes de informação confiáveis. Neste sentido, Leonardo Baroni, analista pedagógico da Redação Nota 1000, indica a leitura de jornais de alta circulação e podcasts de pessoas reconhecidas. Outra dica dada pelo analista é a de verificar a veracidade das informações, principalmente ao utilizar redes sociais, selecionando criteriosamente as fontes.

 

Mas como integrar de forma natural e orgânica os assuntos factuais na redação? 

Primeiramente é essencial ler, analisar e compreender tanto a proposta quanto a frase temática. Em seguida, durante o planejamento do texto, é crucial analisar se é possível integrar um conhecimento de assunto factual na prova. “É muito importante que esse repertório esteja bem relacionado com o que está sendo abordado pelo tema da redação, ou seja, o aluno deve “forçar” um repertório factual em uma redação que não trata propriamente sobre um conhecimento de mundo que não encaixa na situação”, explica Leonardo. 

É fundamental não apenas acompanhar os temas em destaque, mas também saber relacioná-los de forma eficaz às diferentes temáticas e argumentações. Por conta deste contexto, o especialista separou 5 dicas sobre como usar assuntos factuais na redação. Confira:   

·         Realize pesquisas em fontes confiáveis - Busque informações em fontes de notícias respeitáveis e garanta a atualidade e veracidade dos fatos para uma integração correta no texto; 

·         Contextualize os fatos atuais - Forneça uma breve explicação do contexto para que o leitor compreenda sua importância e relevância para o tema abordado; 

·         Conecte-se ao tema principal - Ao integrar os fatos atuais no texto, é essencial garantir que estejam diretamente relacionados ao tópico principal da tese da redação, assegurando assim um uso produtivo dos repertórios; 

·         Seja crítico - Não basta apenas relatar os fatos, é necessário analisar suas implicações e impactos, fornecendo argumentações sólidas em vez de apenas expor os dados; 

·         Aborde diferentes perspectivas - Esse é um ponto necessário para uma compreensão abrangente do tema. Apresente diversas visões sobre o fato atual, evitando assim qualquer viés na redação. 

 

Redação Nota 1000

 

Green Card vs. Cidadania Americana saiba quais são os direitos, limitações e o caminho para a naturalização

A confusão entre possuir um Green Card e ter a cidadania americana é comum, mas são situações legais bastante distintas, cada uma com suas vantagens e limitações. As duas condições permitem uma permanência nos Estados Unidos, porém diferem significativamente em termos de direitos, responsabilidades e proteções.

O Green Card é basicamente um visto de residência permanente. Ele permite que o portador viva e trabalhe nos Estados Unidos indefinidamente. Contudo, apesar de “permanente”, o status não é inalterável. Os portadores dessa permissão estão sujeitos a algumas restrições significativas. Eles não podem votar em eleições federais ou estaduais, o que limita sua capacidade de influenciar questões governamentais e políticas que afetam diretamente suas vidas. 

Embora o risco não seja diário, existe a possibilidade de deportação sob certas condições, como violações graves da lei ou falhas em manter a conformidade com as políticas de imigração. Essa insegurança jurídica pode ser uma fonte de ansiedade para muitos residentes permanentes.

Por outro lado, a cidadania americana oferece uma segurança e uma série de direitos substancialmente maiores. Um cidadão americano pode usufruir de todos os direitos civis previstos na Constituição, incluindo votar em todas as eleições, desde locais até federais, até concorrer a cargos políticos. Mais importante, a cidadania confere uma proteção irrevogável contra a deportação. Uma vez cidadão, a pessoa é tratada como qualquer outro nascido no país, independentemente de sua origem. 

Cidadãos também podem tirar proveito de benefícios adicionais, como a obtenção de um passaporte americano, que facilita viagens internacionais e oferece a proteção diplomática dos Estados Unidos no exterior.

Quando se discute qual das duas opções é “melhor”, a resposta tende a depender das necessidades e situações individuais de cada pessoa. Para aqueles que desejam segurança a longo prazo e uma participação plena na sociedade americana, a cidadania é claramente superior. No entanto, para indivíduos que não estão prontos para o compromisso de renunciar a sua cidadania original ou que estão nos Estados Unidos por motivos que podem mudar, como emprego ou família, o Green Card pode ser suficiente e mais adequado.

A confusão entre esses dois status pode ser atribuída à complexidade do sistema de imigração dos EUA e ao uso comum, porém incorreto, de certos termos. Muitas vezes, as discussões públicas não diferenciam claramente entre os direitos e restrições associados a cada status, levando a mal-entendidos sobre o que cada um realmente permite e protege. Além disso, a terminologia legal pode ser intimidadora e confusa para aqueles não familiarizados com o sistema de imigração, resultando em interpretações equivocadas e expectativas irrealistas sobre o que é possível sob cada status.

Ao avaliar qual é a melhor opção, é crucial considerar as necessidades pessoais em termos de segurança, direitos e longevidade nos Estados Unidos, além de se informar adequadamente sobre as diferenças legais e práticas entre ser um portador de Green Card e um cidadão americano.

Embora o caminho do Green Card para a cidadania possa ser visto como uma progressão natural para muitos, é importante notar que o processo de naturalização que transforma um residente permanente em cidadão é exigente e nem todos conseguem completá-lo. O processo inclui testes de conhecimentos de inglês e história dos EUA, além da necessidade de demonstrar boa conduta moral e uma residência contínua no país por um período mínimo, geralmente de cinco anos. 

Esses requisitos podem representar barreiras significativas para alguns residentes permanentes, especialmente para aqueles que têm dificuldades com a língua ou com a complexidade das leis e da cultura americana.

O aspecto emocional e identitário da naturalização não deve ser subestimado. Para muitos imigrantes, a decisão de buscar a cidadania vai além de considerações legais ou práticas; envolve uma redefinição de sua identidade pessoal e nacional. 

Renunciar à cidadania de origem pode ser um passo emocionalmente difícil e, em alguns casos, politicamente complicado, dependendo das leis do país natal sobre dupla cidadania. Para esses indivíduos, manter o status de residente permanente permite-lhes manter um vínculo formal com seu país de origem, enquanto ainda desfrutam de muitos benefícios de viver nos Estados Unidos.

 


Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse o site. Toledo também possui um canal no YouTube com mais 240 mil seguidores com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford - Reino Unido, consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR.


Toledo e Advogados Associados
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De gestão de dados a fraudes: operadoras de saúde investem na transformação digital

Uso da tecnologia personaliza atendimento, reduz perdas com no-show e prejuízos com fraude

 

A transformação digital assumiu um papel de protagonismo na área da saúde e os investimentos são crescentes. De acordo com a TechTarget, 41% das organizações do setor aumentaram seu orçamento de TI somente no ano passado. A busca é pela transformação digital completa, sendo Automação, Inteligência Artificial e ciência de dados as prioridades de investimento para 30% dos entrevistados. Já estudo da Phillips sobre o futuro da saúde, mostra que a Inteligência Artificial, a análise preditiva e o uso de dados são as tendências para o próximo biênio. Em relação à IA, 72% dos gestores planejavam investir nessa área em 2022 e a projeção é que o percentual chegue a 94% neste ano.

A tendência foi vislumbrada pelo empresário João Renato Côrtes de Barros Silveira, conhecido por seus investimentos de sucesso no setor de saúde. Ex-proprietário da Lafe e fundador da ProEcho, vendidas respectivamente para o Grupo Fleury, em 2018, e para o Grupo Alliança, em 2023, o hoje CEO da empresa de diagnósticos médicos do Rio de Janeiro Starlab, acaba de voltar suas apostas para digitalização dos cuidados médicos ao anunciar a aquisição do app Bonsai. O objetivo é fortalecer o ecossistema digital das empresas e parceiras do grupo, oferecendo novos benefícios e serviços à uma base de 7 milhões de usuários.

“Acredito muito no Bonsai, é uma poderosa ferramenta de administração da saúde da família. Ele permitirá através de seu desenvolvimento, a forte inclusão de inteligência artificial, o acompanhamento dos diagnósticos, tratamentos e evoluções das etapas da vida humana. Poderemos desde controlar o período menstrual/fértil como acompanhar nossos avós remotamente. Todos os exames, todos os prazos, todas as recomendações em um único lugar. Este é o futuro!”, afirma Silveira.

Grandes corporações também têm visto a tecnologia como forma de alavancar resultados. A Seguros Unimed, braço segurador e financeiro do Sistema Unimed, projeta alcançar uma economia de R$ 5 milhões por ano, a partir de 2024 com a adoção da tecnologia antifraude da Neurotech, uma empresa B3, especialista na criação de soluções avançadas de Inteligência Artificial e Big Data.

“O combate às fraudes é um grande desafio que a Saúde Suplementar vem enfrentando no Brasil. Em outubro de 2022, a FenaSaúde denunciou um esquema que custava R$ 40 milhões em reembolsos solicitados por empresas de fachada. Por isso, aqui na Seguradora estamos investindo em tecnologia e em parceiros para combater essas ações que prejudicam todo o ecossistema, afetando operadoras, prestadores e beneficiários”, comenta Wilson Leal, Diretor Executivo de Mercado e Tecnologia da Seguros Unimed.

Menos de um ano desde a implementação e desenvolvimento da solução junto a algumas das maiores Operadores de Saúde do país, a Neurotech conseguiu evitar perdas superiores a R$ 30 milhões relacionadas a tentativas maliciosas de recebimento ilegal de recursos por meio de golpes nos pagamentos de reembolsos.

As ferramentas baseadas em IA também podem reduzir outro problema que traz prejuízos financeiros e de tempo aos hospitais e clínicas: as faltas em consultas e outros procedimentos previamente agendados. Levantamento feito pela Botdesigner, healthtech especializada no desenvolvimento de soluções de Chatbots Omnichannel para o segmento, mostrou que, com a utilização de um sistema de confirmação automatizada, seja por Whatsapp ou ligação telefônica, a taxa mensal de não comparecimento (no-show) de pacientes pode ser reduzida pela metade, diminuindo os prejuízos no balanço anual.

Através de sua base de clientes, a empresa analisou o funcionamento de um hospital com cerca de 70 médicos em seu corpo clínico e que cobra, em média, R$ 80 por atendimento. Por mês, são aproximadamente 20 mil agendamentos. Em um cenário sem a tecnologia de confirmação, esse hospital apresentou 4.400 faltas (taxa de não comparecimento de 22%), o que pode gerar um prejuízo mensal de R$ 352.000,00 e anual de R$ 4.224.000,00. Já no cenário com a adoção da confirmação automatizada, a taxa de não comparecimento é reduzida a 11%, sendo 2.200 faltas. O prejuízo mensal fica em R$ 176.000,00 e o anual em R$ 2.112.000,00, uma queda de 50%.

“O sistema viabiliza contatos anteriores ao momento da consulta e/ou exame para lembrar ao usuário sobre o agendamento. Essa interação com o robô já é adaptada às necessidades do cliente e serve como um complemento ao trabalho dos atendentes reais que, paralelamente, podem dar sequência a outros agendamentos de maneira mais fluida", explica Frederico de Souza, CEO da Botdesigner.

O uso da tecnologia também acaba por minimizar, inclusive, o risco do vazamento de dados, pois reduz o acesso dos colaboradores a informações críticas que acabam quebrando o sigilo. A gestão das pessoas é o maior dos desafios e tem levado a investimentos no treinamento dos colaboradores, demanda sentida pela DeServ Academy. 

“Muitas pessoas acabam acessando as informações de um determinado paciente ou de um titular de dados, o que abre margem para a quebra da confidencialidade. Este cenário aumenta a demanda por treinamentos daqueles que lidam com os dados sensíveis. Muitas vezes, não é que houve a quebra de alguma informação que estava em algum sistema ou erro de algum controle técnico de segurança, mas uma vulnerabilidade humana que acaba vazando informações sobre determinado paciente como fofoca mesmo”, explica a sócia da DeServ Academy, Bruna Fabiane da Silva.

 

Entenda por que as empresas estão em busca de cientista de dados e qual o impacto no seu negócio

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Especialistas em dados se tornam peça-chave na era da transformação digital e inteligência artificial


Na era digital, a demanda por cientistas de dados está crescendo à medida que as empresas buscam extrair valor dos enormes volumes de dados gerados todos os dias. Guilherme Seabra, CEO da Seabra Consulting e Primecode e especialista em transformação digital, enfatiza o papel crucial desses profissionais na tomada de decisões estratégicas. "Os cientistas de dados são vitais para converter dados brutos em insights práticos que direcionam estratégias empresariais", afirma Seabra.

 

Ele também aponta os desafios que as empresas enfrentam no manejo dessa enxurrada de dados, incluindo armazenamento, análise e segurança. "A qualidade e a limpeza dos dados, a integração e a capacidade de processamento são desafios importantes que precisam ser superados para maximizar o valor dos dados", acrescenta.

Segundo Seabra, a análise de dados está transformando a maneira como as empresas operam e competem, impulsionando inovações, aumentando a eficiência e sustentando vantagens competitivas.

“A adoção de inteligência artificial (IA) está expandindo ainda mais a necessidade de cientistas de dados, uma vez que a IA depende intensamente de análises para gerar resultados eficazes, tornando esses profissionais fundamentais na implementação de estratégias”, explica.

Indústrias como tecnologia, finanças, saúde, automotiva e energia estão na vanguarda no recrutamento desses especialistas.

“Com um aumento de 500% na procura por esses profissionais e previsões de um crescimento de 485% em novas carreiras relacionadas a dados somente no primeiro semestre deste ano, é evidente que a análise de dados está definindo significativamente o futuro dos negócios”, conclui Guilherme. 



Guilherme Seabra - Fundador e CEO da Seabra Consulting e Primecode. Especialista em transformação digital e inovação tecnológica
@guilhermeseabra.oficial


Match corporativo: especialista ensina como encontrar o melhor cliente para a sua empresa

Prospecção e segmentação são pilares primordiais para alcançar o público desejado

80% da lista de prospecção deve ser de empresas e pessoas que realmente se interessem pelo negócio oferecido

Aperfeiçoamento da equipe de vendas, indicações de clientes atuais e marketing de conteúdo pela internet são poderosos na hora de atrair novos clientes


O jeito mais inteligente de alavancar os negócios de uma empresa é por meio da prospecção de novos clientes, um desafio que exige experiência e técnicas adequadas para ser bem-sucedido. A identificação e comunicação com clientes com perfil correto aumenta a chance de a organização conquistar, efetivamente, novas vendas para seus produtos ou serviços. Por isso, é essencial a profissionalização dessa busca por próspects.

“A equipe de vendas ou o vendedor autônomo precisam ter duas ou três empresas de grande porte em seu portfólio. Além disso, 80% das empresas do mailing de prospecção devem ser de corporações que, de fato, têm chance de fechar negócios. Ao investir o tempo em empresas com este perfil, o empreendedor otimiza seus esforços”, explica Mari Genovez, especialista em vendas e CEO da Matchez, companhia focada em prospecção de novos clientes e fortalecimento estratégico da equipe comercial.

Para encontrar o cliente ideal, é necessário também a qualificação e a análise da rede de contatos. Uma dica para os profissionais de vendas é insistir nas organizações que estão em expansão e escolher bem seu público-alvo. “Para colocar tudo isso em prática, além de uma prospecção assertiva, é preciso refletir sobre a segmentação do público que se quer atingir e analisar criteriosamente a sua carteira de clientes e contatos, sempre tendo como foco vender para o cliente mais lucrativo”, explica Mari.

A segmentação é outra estratégia importante para quem está vendendo, pois isso favorece o fechamento do negócios com mais facilidade, aumentando as chances de receber indicações. “Definir o perfil de um cliente ideal e pedir indicações para os atuais e antigos é uma ótima forma de começar a captar novos compradores. Outra forma simples é atrair clientes pela internet, como em sites da concorrência, redes sociais e LinkedIn”, conta a executiva.


Como gerar os melhores clientes?

Segundo a especialista, em resumo, os caminhos para encontrar os melhores clientes são: qualificação dos profissionais da equipe de vendas, análise do perfil dos próspects, a busca por empresas que estão em desenvolvimento e que querem fazer negócio, indicações de clientes atuais, divulgação pela internet – utilizando a estratégica de marketing de conteúdo em sites ou redes sociais -, e também por meio do telefone.

“Pense nos seus clientes como um investimento de longo prazo e agregue valor. Procure otimizar seu tempo, mas personalize o máximo que puder o relacionamento com eles. O ideal é que, daqui a um ano, eles continuem precisando do seu produto, que seguirá agregando valor para eles. O segredo não é fazer com que o cliente precise do seu serviço hoje, mas sim que ele esteja utilizando e obtendo os resultados esperados para que continue precisando de você a longo prazo”, conta Mari.

Para ela, saber como se aproximar dos clientes é uma das mais importantes funções de um profissional de vendas. “Pode até parecer óbvio, mas existem, na verdade, diversas funções desempenhadas por vendedores que vão muito além da venda em si. É necessário que um especialista da área estude o mercado, conheça muito bem os produtos e serviços que está oferecendo, esteja preparado para apresentar materiais didáticos sobre eles, saiba reter seus clientes atuais e, ainda, tenha tempo para desenvolver soluções personalizadas de acordo com cada cliente”, pontua.

Outra prática em ascensão que oferece uma enorme vantagem competitiva na hora de captar clientes é o inbound, uma estratégia focada na atração de clientes que utiliza o marketing de conteúdo como base para fazê-los se interessarem por sua empresa, produto ou serviço. O objetivo é oferecer os melhores temas para se conectar e ganhar a confiança do seu público-alvo, sendo reconhecido como uma autoridade naquela área.

“A sua empresa precisa vender, e, para isso, você precisa oferecer todas as oportunidades que tenham a ver com o perfil de clientes que você quer ter. Por isso, é tão importante ser proativo, encontrar os seus clientes e gerar resultados”, enfatiza a CEO da Matchez.

Toda empresa depende de vendas e o papel da equipe de vendas é encontrar seus clientes ideais. Vendedores criam oportunidades conhecendo bem o perfil dos seus potenciais clientes. “Em uma negociação, é ideal ter um roteiro objetivo, seja em reuniões presenciais, e-mails, WhatsApp ou videoconferências”, finaliza a executiva.

 

Mari Genovez - com mais de 14 anos de experiência na área comercial, planejamento estratégico, prospecção, negociação e gestão de vendas e resultados. Também é especialista em treinamento e capacitação de profissionais de vendas SDR (Sales Development Representative), que são responsáveis por identificar e qualificar os leads, potenciais clientes. A executiva é CEO da Matchez, empresa focada em prospecção de novos clientes e fortalecimento estratégico da equipe comercial. A executiva é autoridade em comandar reuniões qualificadas com o time de vendas. Formada em direito, possui MBA em Gestão Empresarial, com especializações em Atendimento ao Cliente (FGV) e Vendas (ESPM). Especialista em Perfil Comportamento e conclusão de PNL na SBPNL – Practitioner. Faz parte do grupo de mentoria “Nós por elas” e da Mentoria LZT – Linkedin Zero ao Topo com Raphael Cunha, e é jogadora de vôlei no Banespa.

 

Mudanças climáticas pedem renovação da infraestrutura nas empresa

divulgação
Sustentabilidade dos negócios também depende de equipamentos que representem economia de energia e uso racional de recursos naturais


As mudanças climáticas estão entre os dez principais riscos aos negócios no mundo. Segundo o levantamento Allianz Risk Barometer 2024, realizado em 92 países, no Brasil a ameaça dos extremos do clima já representa o principal comprometimento para a economia. Diante desses impactos, as empresas nacionais consideram a urgência de adoção de práticas sustentáveis. Além dos princípios ESG (Ambiental, Social e Governança), que oferecem um norte fundamental para as organizações, a integração de iniciativas responsáveis, nas quais se incluem a renovação da estrutura física das empresas, beneficia o meio ambiente e a sustentabilidade dos negócios em médio e longo prazos.

A pesquisa Allianz Risk Barometer 2024 ouviu 3.069 especialistas de 24 setores econômicos de 92 nações. A forma como as mudanças climáticas afetam globalmente a economia escalou sete posições em relação ao ano passado, revela o levantamento. Com as catástrofes naturais, o setor de seguros registrou, pelo quarto ano consecutivo, perdas acima de US$ 100 bilhões. Somente com os prejuízos por tempestades severas foram US$ 60 bilhões.

No Brasil, foram calculadas perdas de US$ 2,6 bilhões. Neste montante, segundo a pesquisa, não estão contabilizados os prejuízos fiscais de Estados e municípios. “Grande parte das empresas já tem em suas agendas finanças sustentáveis, bioeconomia, transição energética e economia circular. Mas há uma preocupação também com novas infraestruturas adaptadas às mudanças climáticas”, destaca o empresário Juan Carlos Ormachea, que responde pelo Grupo Ecobrisa.

De um ano para cá, o executivo observa que a demanda de produção de climatizadores evaporativos, solução pioneira da empresa na América Latina que está no mercado há três décadas, aumentou em 30%, desde que foram registradas as sucessivas ondas de calor no País.

Segundo Ormachea, mesmo corporações que dispõem de algum sistema em uso estão em busca de reforçar a climatização no ambiente de trabalho. A opção pelo sistema evaporativo, destaca o empresário, traz uma série de vantagens. Por não utilizarem fluidos refrigerantes químicos, como nos sistemas de ar-condicionado com compressores, e dependerem principalmente da evaporação da água, os climatizadores reduzem consideravelmente as emissões de gases prejudiciais.

O consumo de energia é outro ponto importante. Reconhecido pela alta eficiência energética, o equipamento reduz o valor da conta de energia em até 90%.

Uma característica bastante desejável desses sistemas, segundo Ormachea, é a capacidade de adaptação a condições climáticas variáveis. “Os climatizadores evaporativos podem promover resfriamento eficiente em ambientes com temperaturas mais altas e baixa umidade, o que os torna ideais para regiões com climas quentes. Também são capazes de fornecer umidificação do ar em climas muito secos.”


Energia solar

Além da economia promovida pelos climatizadores evaporativos, as empresas têm investido cada vez mais em geração de energia solar. “O Grupo Ecobrisa também oferece soluções em sistemas solares fotovoltaicos para as corporações”, pontua Ormachea.

Tão importante quanto a economia na conta de energia é o “payback”, ou tempo para se obter o retorno do investimento, “que é muito rápido, além da rentabilidade que é excelente e por um prazo muito longo”, destaca o empresário.

Em meio aos extremos climáticos, que serão cada vez mais frequentes, na visão de especialistas, Juan Ormachea reforça a urgência de uso de fontes de energia limpas e sustentáveis. “Mais que nunca, o meio ambiente precisa ser preservado e uma mudança de paradigma sobre o uso de todos os seus recursos é mais que necessária”, conclui.

 

Pesquisa do CEUB aponta falta de políticas urbanas para desastres naturais no Brasil

Levantamento mostra que apenas 10 capitais brasileiras tratam de desastres naturais em seus planos de governo

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Apesar de direito de todos os brasileiros, o art. 6º da Constituição Federal nem sempre garante a proteção à moradia das vítimas de locais vulneráveis aos desastres naturais. O cenário fundamentou pesquisa do estudante de Direito do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Mário Talles Mendes sobre impactos de acontecimentos catastróficos nas comunidades. O resultado é um alerta nacional: as leis que regulam a gestão territorial da maior parte do Brasil são insuficientes para amparar esse tipo de situação. ‎   ‏‍

Para realizar o estudo, o universitário do CEUB traçou, por meio de pesquisa bibliográfica conjugada, a questão da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre os desastres. Com participação do Instituto Avaliação, em conjunto com a Clínica de Direitos Humanos do CEUB, Mário Talles analisou 26 planos diretores das capitais brasileiras visando identificar regulamentações de prevenção e reparação aos danos e como estes eventos afetam o direito à moradia das vítimas locais. ‎   ‏‍

Orientadora da pesquisa, a professora de Direito Ambiental do CEUB Mariana Cirne explica que o amplo trabalho de revisão de legislação e de jurisprudência dos tribunais. “Analisando a legislação municipal de todas as capitais, percebemos o quanto é preciso evoluir nas respostas aos desastres. O Brasil tem uma capacidade muito baixa de trabalhar com os desafios jurídicos para desastres. No desastre recente em São Paulo, por exemplo, apesar do repasse de recursos, os instrumentos jurídicos foram insuficientes para amparar a gestão territorial desse tipo de situação”.
 
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Amparo jurídico aos desastres no Brasil

O levantamento legislativo dos planos diretores deixou clara a falta de objetividade nos municípios. “Quanto à jurisprudência nos tribunais superiores foi possível perceber que ainda não há um debate consolidado no que se refere ao direito à moradia como direito social constitucionalmente garantido e como ainda na seara jurisprudencial os desastres são timidamente tratados”, relata o pesquisador Mário Talles Mendes. ‎   ‏‍

A partir do mapeamento do uso da palavra “risco” nos planos de governo, verificou-se que 17 capitais brasileiras usam o termo para expressar situações catastróficas de desastre, totalizando 42% das diretrizes avaliadas. São elas: Rio Branco (AC), Vitória (ES), São Luís (MA), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Aracaju (SE), Cuiabá (MT), Brasília (DF), Goiânia (GO), Belém (PA), Boa Vista (RR), Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Velho (RO), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS). ‎   ‏‍

A mostra constatou ainda que somente 10 capitais (24%) tratam efetivamente de políticas públicas para desastres, sendo Recife (PE), São Paulo (SP), Teresina (PI), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Natal (RN), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC) e Curitiba (PR). No caso de reassentamentos ou realocações devido a desastres, apenas sete capitais mencionaram o direito à moradia em seus planos diretores, o equivalente a 17% das legislações municipais analisadas: Vitória (ES), São Paulo (SP), Maceió (AL), Porto Velho (RO), Macapá (AP), Manaus (AM) e Rio de Janeiro (RJ). ‎   ‏‍

A partir da identificação dos desafios para atuar na prevenção e reparação dos desastres ambientais, o aluno do CEUB incentiva outros estudos direcionados a melhorias de desenho legislativo e de medidas administrativas para lidar com os desastres e concretizar o direito à moradia digna. “O próximo passo será desenvolver pesquisa e levantar dados acerca das audiências públicas no contexto do Plano Diretor do Distrito Federal”, arremata.   ‍


Grandes Números  

Segundo levantamento divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), foram contabilizados cerca de 8 milhões de pessoas afetadas diretamente pelos desastres naturais no Brasil em 2022. Esse número abrange pessoas afetadas pelas estiagens, desalojados, desabrigados e vítimas fatais de acontecimentos catastróficos. De acordo com estudo realizado pelo Painel Intragovernamental de Mudança de Clima da ONU (IPCC), o Brasil está entre os países com grande vulnerabilidade às crises climáticas.


Postos do Poupatempo são pontos de coleta da campanha em solidariedade ao Rio Grande do Sul

Em uma semana, as 241 unidades do Estado arrecadaram mais de 30 toneladas de produtos 

 

Desde o dia 6 de maio, todos os postos do Poupatempo no Estado participam da campanha para ajudar vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul.

A ação do Governo de São Paulo, idealizada pelo Fundo Social (Fussp) e Defesa Civil tem como objetivo arrecadar itens como água mineral, alimentos não perecíveis, cestas básicas, produtos de higiene pessoal e de limpeza.

As doações podem ser feitas nas 241 unidades localizadas na capital paulista, Grande São Paulo, Baixada Santista, Litoral Norte e interior. Em uma semana, mais de 30 toneladas foram arrecadas pelo Poupatempo.



Lista de produtos sugeridos como prioritários para doação:

Água, alimentos não perecíveis, cesta básica, água sanitária, balde, desinfetante, detergente, detergente em pó, escova para lavar, esponja para limpeza, esponja de aço, limpador multiuso, luva de látex, pano de chão, rodo, sabão em barra, sacos de lixo, saponáceo, vassoura, aparelho de barbear, absorventes, fraldas, creme dental, escova de dente, fio dental, sabonete, shampoo e condicionador.


SLA auxilia na fidelização de pacientes em clínicas e laboratórios

Éber Feltrim, CEO da SIS Consultoria, explica que garantir a satisfação no atendimento fortalece o profissionalismo e credibilidade das instituições de saúde


SLA (Service Level Agreement) ou Acordo de Nível de Serviço (traduzido do inglês) é uma ferramenta extremamente útil e que tem ganhado notoriedade também em clínicas médicas e laboratórios. Os motivos? São diversos e em pontos muito delicados, que fazem a diferença para a organização dos processos dessas empresas, criação de padrões de atendimento, garantia de satisfação dos clientes quanto aos serviços efetuados, melhoria na comunicação com colaboradores e clientes, além de fortalecer a confiança, mostrar profissionalismo e credibilidade da instituição.

Para que o SLA seja colocado em prática, é preciso criar uma metodologia de acordo com as diretrizes e objetivos da empresa, estabelecendo uma base para definir rotinas para cada tipo de serviço, levando em consideração os pré-requisitos para garantir a qualidade do serviço.


É importante registrar tudo

Éber Feltrim, especialista e consultor de negócios na área da saúde e CEO da SIS Consultoria, empresa que há 30 anos oferece estratégias de gestão e marketing para profissionais da área médica, explica que é preciso considerar a complexibilidade do serviço e tempo que o fornecedor necessitará para executá-lo. “A partir deste momento, é importante documentar as ações, definir prazos, tempo de execução de cada etapa e responsabilidades para os prestadores, assim como definir alternativas para casos de não cumprimento dos serviços solicitados”, relata. 

Além disso, o especialista reforça que, de forma conjunta, também  devem ser definidos e utilizados KPI’s (indicadores-chave de performance) para medir a eficiência do bom andamento de cada etapa e serviço, a fim de garantir que os processos estejam sendo realizados conforme o que foi estabelecido e atendendo as exigências de mercado.

Os clientes valorizam muito a forma como são atendidos, seja falando da qualidade do atendimento, do serviço, mas também de cada ponto, do primeiro ao último contato, se demorou, se foi efetivo e se a proposta realmente atendia o que ele buscava.


Alinhamento com a realidade do negócio

Feltrim destaca, nesse caso, como o SLA de atendimento é imprescindível para avaliar se a equipe está atendendo de forma efetiva ao cliente, com a finalidade de aprimorar o atendimento e satisfação dele. “O SLA de atendimento deve estar sempre em linha com a realidade do negócio. Alguns pontos a serem avaliados são: velocidade do atendimento oferecido; capacidade de resposta da equipe; volume de chamadas; qualidade proposta para o atendimento; eficiência dos serviços prestados. A equipe é avaliada tecnicamente e também por seu cliente em relação a esses pontos”, relata o especialista.

Tendo o SLA como base para essas análises, será possível aumentar a satisfação do público, aprimorando o nível de entrega de serviço da equipe, o que reduzirá de forma gradativa a quantidade ou possibilidade de erros, mantendo os clientes e atraindo novos no futuro, uma vez que a clínica pode se tornar referência em qualidade de atendimento. “A implantação pode causar um impacto importante no encantamento do cliente (bom ou ruim)”, aponta Feltrim.

Ao explicar para o paciente as etapas e prazos a serem seguidos, ela passa a ter a percepção de que existe um processo para garantir a qualidade do serviço prestado. “Esse cuidado agrega valor ao atendimento, garantindo a satisfação e ajudando na fidelização do paciente”, finaliza o especialista.

 

Dr. Éber Feltrim - Especialista em gestão de negócios para a área da saúde, começou a sua carreira em Assis (SP). Após alguns anos, notou a abertura de um nicho em que as pessoas eram pouco conscientes a respeito, a consultoria de negócios e o marketing para a área da saúde. Com o interesse no assunto, abdicou do trabalho de dentista, sua formação inicial, e fundou a SIS Consultoria, especializada em desenvolvimento e gestão de clínicas.


SIS Consultoria
https://www.sisconsultoria.net/
instagram @sis.consultoria

 

17 de maio: Dia Internacional Contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia

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População LGBTQIA+ com deficiência enfrenta preconceitos em dobro da sociedade 

 

Em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deixou de considerar a homossexualidade como parte integrante da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), descartando a ideia de ser um distúrbio mental. Hoje, quase 35 anos depois, uma parcela significativa dos brasileiros ainda tem a visão deturpada de que homossexualismo é doença, mesmo com a mobilização cada vez maior pelos direitos LGBTQIA+ no país. E o que dizer do preconceito sofrido pelo indivíduo homossexual, trans ou bissexual que tem alguma deficiência?  

Neste 17 de maio, em que o mundo inteiro comemora o Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia, é preciso lembrar que além do capacitismo impregnado na sociedade contra essa parcela da população - 19 milhões de brasileiros adultos se declaram assexuais, lésbicas, gays, bissexuais e transgênero, de acordo com o IBGE -, a discriminação que sofrem as pessoas LGBTQIA+ com deficiência é ainda maior. E todo o sofrimento causado pelo preconceito, isolamento e estigma deixa marcas profundas em muitas delas, levando à depressão e outros problemas de saúde. 

André Naves, que é especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social, ressalta que as pessoas estão mais conscientes e reagindo ao preconceito, mas que ainda precisamos avançar muito mais. O Defensor Público lembra que a sociedade é composta por uma ampla diversidade de identidades e experiências, e que é fundamental reconhecermos e valorizarmos todas as formas de ser e existir. 

“Ao considerar as interseccionalidades entre pessoas LGBTQIA+ e pessoas com deficiência, devemos ter em mente que cada indivíduo carrega múltiplas identidades e enfrenta desafios únicos. Uma pessoa pode se identificar como LGBTQIA+ e também ter uma deficiência, enfrentando, assim, muitos desafios e barreiras adicionais que surgem da interseção dessas duas dimensões. Essas barreiras podem se manifestar de diversas maneiras, desde atitudes irônicas e desrespeitosas por parte de terceiros, a falta de acessibilidade em espaços LGBTQIA+; até a invisibilidade das questões de gênero e sexualidade nos espaços voltados para pessoas com deficiência”, afirma Naves. 

Ao contrário de uma visão limitante, precisamos reconhecer que a deficiência não está na pessoa, mas sim nas barreiras que a sociedade impõe. A deficiência é um reflexo das limitações impostas pelo ambiente e não uma característica intrínseca dos indivíduos. Além disso, não podemos esquecer a importância da sexualidade para a emancipação pessoal. Os afetos e o sexo desempenham papel fundamental na vida das pessoas, inclusive entre os LGBTQIA+ que têm algum tipo de deficiência.  

“É fundamental enfatizar que todas as pessoas têm direito à dignidade, à igualdade de oportunidades e ao pleno exercício de seus direitos. A inclusão plena só será alcançada quando a sociedade como um todo reconhecer e valorizar a diversidade de experiências e identidades. Portanto, é necessário que trabalhemos em conjunto para construir uma sociedade mais inclusiva. Somente assim poderemos superar as barreiras sociais e estruturais, garantindo a realização das autonomias individuais. Vamos lutar por uma sociedade onde todas as pessoas sejam livres para serem quem são, independentemente da identidade de gênero ou de suas habilidades físicas e mentais”, enfatiza o Defensor Público André Naves. 

E foi exatamente para dar visibilidade à luta contra o preconceito e a exclusão social que a psicóloga Priscila Siqueira, mulher bissexual com nanismo, criou em 2020, na cidade de Recife, Pernambuco, a Vale PcD, a primeira ONG voltada para a população LGBT+ com deficiência; um espaço de inclusão para abranger a diversidade que existe dentro da própria comunidade com deficiência. O movimento cresceu e atualmente a organização Parada do Orgulho PcD Brasil realiza edições do evento por todo o país.


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