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sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Decretar falência não zera dívida de empresa, alerta Recovery

Mesmo encerrando atividades, débitos continuam; consultar valores em abertos através da pesquisa do CNPJ é o primeiro passo para planejar uma negociação  

 

No cenário econômico do Brasil, muitas empresas enfrentam desafios financeiros que, em alguns casos, podem levá-las a considerar a opção de decretar falência. No entanto, é importante entender que, mesmo após a declaração da falência, as dívidas da empresa não são zeradas. 

A falência é um processo judicial destinado a empresas que enfrentam dificuldades financeiras insuperáveis, ela visa a liquidação ordenada dos ativos, e a satisfação dos credores, de modo que cada credor receba proporcionalmente parte do patrimônio restante, conforme o montante da dívida, causando o menor prejuízo possível. 

O processo de falência é regido pela Lei 11.101/2005 e pode ser requerido, pela própria empresa, quando reconhece que não consegue mais pagar suas dívidas; ou pelos credores quando há o descumprimento de obrigações financeiras.  

“Ainda que as atividades da empresa estejam encerradas, as dívidas após a falência decretada não são anuladas. Cabe à justiça fazer o levantamento dos bens em nome do CNPJ, liquidar estes ativos e utilizar os valores obtidos para pagar os credores, de acordo com a ordem de preferência estabelecida na Lei. Em muitos casos a liquidação dos ativos pode não ser suficiente para pagar todas as dívidas”, explica Claudia Santos de Andrade, responsável pelas áreas de Cobrança e Jurídico da Recovery.  


Recuperação judicial  

Em alguns casos, uma empresa em dificuldades financeiras pode buscar a recuperação judicial, que é um processo destinado a reestruturar suas dívidas e continuar operando. A Lei permite que a empresa proponha um plano de pagamento aos credores, que pode envolver desconto e extensão de prazos visando evitar a falência e permitir que a empresa se recupere. 

Apenas a empresa devedora poderá dar entrada no pedido de recuperação judicial. Porém, é preciso que a empresa apresente um plano de recuperação, a fim de comprovar estratégia do negócio para se recuperar e conseguir pagar todos os credores.  

Após a elaboração do plano, é necessária sua aprovação. Se o plano for aprovado, a empresa inicia a sua execução e, deve cumpri-lo à risca, caso isso não aconteça, a Recuperação pode ser convertida em falência.  

Para evitar que a empresa chegue nesse cenário e tenha que enfrentar estes processos judiciais complicados é preciso planejamento financeiro, para quitar as dívidas de uma empresa o primeiro passo é consultar os débitos do CNPJ em sites de proteção ao crédito, bem como as dívidas trabalhistas no site do Ministério do Trabalho. É importante também verificar pendências com FGTS, INSS e Receita Federal.  

“O CNPJ também pode ser consultado na Recovery. Caso haja dívidas ativas sob nossa gestão, esses valores poderão ser renegociados conosco em até 48 parcelas”, finaliza Claudia.  




Recovery 

A grama do vizinho: Por que nosso olhar sempre tende para o outro lado da cerca?

Nas ruas do nosso imaginário coletivo, há um jardim. Um jardim que todos nós, em algum momento, já visitamos com o olhar. E é nesse recanto imaginado que a grama do vizinho parece sempre mais verde, mais farta, mais viçosa. Mas, por que, afinal, nos deixamos levar por esse fascínio?

A sociedade moderna, com suas redes sociais e a avalanche de vidas perfeitamente orquestradas e filtradas, tem um papel crucial nesse cenário. Abre-se o aplicativo, e o que vemos? Pratos gourmetizados, viagens de luxo, corpos esculpidos, famílias sorridentes e momentos que parecem arrancados de um filme hollywoodiano. O nosso jardim, com suas imperfeições, suas ervas daninhas e terra batida, parece menos atrativo diante da reluzente grama alheia.

Mas esquecemos, com uma facilidade assustadora, de um pequeno detalhe: o jardim que vemos do outro lado da tela é, em muitos casos, mera ilusão. É o resultado de um ângulo bem escolhido, de uma luz bem posicionada, de um filtro bem aplicado. Não vemos as lutas, as inseguranças, as noites mal dormidas, os momentos de dúvida.

E aqui reside a ironia: enquanto idolatramos o jardim alheio, há alguém, em algum lugar, invejando o nosso. E por quê? Porque todo jardim tem suas belezas, seus momentos de florescimento e também seus períodos de seca. E é justamente essa alternância, essa imperfeição, que dá a cada jardim sua singularidade e charme.

E se em vez de nos fixarmos na grama do vizinho, cultivássemos nosso próprio terreno com mais carinho? E se regássemos nossas plantas com mais atenção, dedicássemos tempo para cuidar das nossas flores, retirar as ervas daninhas e valorizar cada pedacinho do nosso espaço? Talvez, ao fazer isso, perceberíamos o quanto nosso jardim é especial. O quanto ele é repleto de histórias, aprendizados, superações e, claro, beleza.

Por isso, da próxima vez que a tentação de olhar para o jardim alheio bater à porta, lembre-se: cada grama tem sua história. E é nossa responsabilidade, enquanto jardineiros da nossa existência, cultivar e valorizar nosso espaço. Porque, no fim das contas, a grama mais bem cuidada é aquela sob a qual decidimos nos deitar, olhar para o céu e simplesmente agradecer.

Até mais e cuide bem do seu jardim!

🎗 SETEMBRO AMARELO: A Vida em Foco 🎗

 



Francisco Carlos
CEO Mundo RH
www.mundorh.com.br


Alerta: Novo ataque de phishing que falsifica o QuickBooks

Os pesquisadores da Check Point Software identificaram um aumento nos ataques que falsificam QuickBooks; centenas deles nas últimas semanas


 

Embora a Intuit, desenvolvedora do sistema de gestão financeira QuickBooks voltado às PMEs e contadores, tenha desativado desde 1º de maio de 2023 a versão online de seu produto no Brasil, é possível que ainda existam usuários utilizando o sistema. Por isso, vale o alerta de que cibercriminosos criaram um novo ataque que falsifica o QuickBooks.

 

Os pesquisadores da Check Point Research (CPR), divisão de inteligência de ameaças da Check Point Software, revelam novos ataques de phishing originados diretamente de QuickBooks. Isso funciona porque hackers criam contas no QuickBooks e, em seguida, enviam faturas diretamente do site para os usuários finais e a “isca” está em instruções maliciosas, seja na forma de um número de telefone para contato ou um e-mail para interagir.

 

“Trata-se de um ataque que continua a acontecer e faz parte do que chamamos de BEC 3.0 – uso de ferramentas legítimas para enviar ataques de phishing. Mas, o phishing ocorre em todas as formas e uma coisa que ainda é popular são os ataques de falsificação que parecem vir de um serviço legítimo, mas na verdade vêm de um domínio ou endereço de e-mail malicioso”, explica Jeremy Fuchs, pesquisador e analista de cibersegurança na Check Point Software para solução Harmony Email.

 

Neste novo ataque, os cibercriminosos estão falsificando o QuickBooks para tentar extrair dinheiro dos usuários finais:

 

● Vetor do ataque: E-mail

● Tipo: Representação

● Técnicas: Engenharia Social, Roubo de Credenciais

● Público-alvo: Qualquer usuário final

 


Exemplo de e-mail

 

Há um e-mail que indica vir de “Quickbooks Solutions”, o que obviamente não é QuickBooks. Mas, se usuário não olhar o endereço do remetente, verá um e-mail informando que sua conta QuickBooks precisa ser atualizada. Caso contrário, o usuário perderá acesso a muitos serviços importantes, incluindo folha de pagamento, pagamento de contas, entre outros.

 


Se o usuário trabalha com QuickBooks em seu negócio ou na organização, esse tipo de e-mail pode ser um toque de alerta. E o usuário pode estar disposto a ligar para o suporte do QuickBooks e resolver o problema. No entanto, se o usuário ligar, não irá interagir com QuickBooks. Na verdade, o contato é um número fraudulento associado a ataques QuickBooks:

   

Há muitos pontos que devem alertar os serviços de segurança de e-mail e os usuários finais de que algo está errado. Um deles é o endereço do remetente. Não é um endereço de e-mail tradicional e certamente não está associado ao QuickBooks. Outro ponto refere-se ao número de telefone; por meio de solução da Check Point Software com tecnologia de IA, verifica-se os números de telefone e compara-os com números fraudulentos para ver se algo está errado. Outra coisa a ser observada é o tom do e-mail: é urgente, com muitas cores vermelhas e erros gramaticais chamam bastante a atenção. Em suma, é um ataque que deveria tocar muitos alertas.

 

Técnicas

 

“Falsificar marcas populares – e até mesmo não populares – é uma tática de phishing incrivelmente comum. É popular porque ainda funciona, mesmo que algumas das campanhas nem sempre pareçam verossímeis”, informa Fuchs.

Este ataque que falsifica o QuickBooks é apenas um pouco convincente. Mas, o ataque faz um ótimo trabalho ao transmitir o senso de urgência. Se o usuário não renovar (como informa o texto do e-mail), ele perderá acesso a serviços críticos, como pagamento de contas, folha de pagamento, impostos, entre outros serviços.

 

“Assim, se você perceber isso e ainda que poderá perder o acesso a essas ferramentas, convém agir aceleradamente. É isso que os hackers esperam. Basta um momento em que o usuário não pense ou aja muito rapidamente para o ataque ser executado e causar danos graves”, ressalta Fuchs.


 

Melhores práticas: orientações e recomendações

 

Para se proteger contra esses ataques, os profissionais de segurança precisam:

 

● Implementar segurança que usa IA para analisar vários indicadores de phishing;

● Implementar segurança completa que também pode digitalizar documentos e arquivos;

● Implementar proteção de URL robusta que verifica e emula páginas da web.

Imagem ilustrativa - Divulgação da Check Point Software

  
Check Point Software Technologies Ltd
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Levantamento mostra que brasileiros não estão usando o cigarro eletrônico para reduzir o convencional, e sim por "estar na moda" ou "por curiosidade"

  • Na contramão do argumento de que o cigarro eletrônico seria utilizado como redução de danos, apenas 3% afirmam que optaram pelo dispositivo para parar de fumar o cigarro convencional;
  • A maioria dos entrevistados que usam ou já experimentaram o cigarro eletrônico o fizeram por curiosidade (20,5%) ou porque está na moda (11,6%);
  • Inquérito Covitel 2023 foi desenvolvido pela Vital Strategies, organização global de saúde pública, e pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a partir da articulação e financiamento da Umane

 

Apesar de ter venda e propaganda proibidas no Brasil, o cigarro eletrônico vem estimulando a curiosidade de novos usuários, principalmente os mais jovens. É o que mostra o Covitel 2023, Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia, desenvolvido pela Vital Strategies, organização global de saúde pública, e pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a partir da articulação e financiamento da Umane. De acordo com o levantamento, 20,5% das pessoas que usam ou já experimentaram o cigarro eletrônico o fizeram por curiosidade, enquanto outros 11,6% dizem que já fumaram ou fumam porque está na moda.

Embora um argumento recorrente a favor dos cigarros eletrônicos seja a redução de danos, com a afirmação de que eles têm como principal função substituir os cigarros convencionais no caso de adultos fumantes, o Covitel traz dados inéditos sobre as motivações para usar cigarro eletrônico que mostram um cenário diferente: 3% optaram pelo dispositivo eletrônico para parar de fumar o cigarro convencional e 1% por acreditarem que o cigarro convencional faz menos mal do que o cigarro industrializado.

 

CONSUMO ENTRE JOVENS

Quando falamos de dispositivos eletrônicos de fumar, o público jovem é o mais atraído pela novidade. A faixa etária que mais tem contato com o cigarro eletrônico é a dos jovens adultos. Dos brasileiros com idades entre 18 e 24 anos: 17,3% já usaram pelo menos uma vez, mas não usa mais; 6,1% usam, mas não diariamente; 0,5% usam diariamente.

Para efeito de comparação, quando se fala do uso de cigarro eletrônico em relação à população brasileira adulta geral, 5,7% já usaram alguma vez na vida, mas não usam mais, 2% usam, mas não diariamente, e 0,3% usam diariamente.

Da parcela da população brasileira que já usou ou usa cigarro eletrônico, 37,7% experimentaram o dispositivo quando tinham entre 18 e 24 anos de idade. Ainda mais alarmante é o fato de que 19,2% das pessoas, que já usaram pelo menos uma vez na vida o cigarro eletrônico, experimentaram o produto com 17 anos ou menos. Ou seja, quase 60% das pessoas que já usaram ou usam o dispositivo tiveram seu primeiro contato com ele antes dos 24 anos. 36,1% experimentaram na faixa entre 25 e 34 e os outros 7% fumaram pela primeira vez depois dos 35 anos.   

“Se levarmos em consideração que o cigarro eletrônico foi lançado em 2003 e não chegou imediatamente ao Brasil, a tendência de experimentação na adolescência poderia ser ainda maior do que os 19,2%, pois grande parte da população que já usou o dispositivo já era mais velha quando o produto chegou, ilegalmente, no país e não tiveram o risco de ser fisgados ainda mais jovens”, explica Fernando C. Wehrmeister, professor da UFPel.

 

FISCALIZAÇÃO E COMÉRCIO ILEGAL

O Covitel também buscou traçar um raio x do comércio dos cigarros eletrônicos no país e identificar onde os usuários mais estão tendo acesso ao produto e driblando a legislação que proíbe a venda dos dispositivos no Brasil. Considerando o momento em que o entrevistado usou o cigarro eletrônico pela última vez, 37,5% disseram que compraram seu próprio dispositivo, sendo que, entre os que compraram, 53,3% compraram em lojas físicas e 29,9% pela Internet.

Outra estratégia da indústria que tem driblado a legislação brasileira é achar um caminho para fazer marketing dos produtos online, em um cenário em que propagandas e anúncios desse tipo de dispositivo são proibidas no país – 33,3% dos brasileiros já teriam sido impactados por algum tipo de propaganda de cigarros eletrônicos na internet ou nas redes sociais.

Luciana Vasconcelos Sardinha, da Vital Strategies, chama atenção para a falta de fiscalização no universo online, sobretudo nas redes sociais, onde não é difícil achar perfis focados na venda desse produto fazendo comentários com anúncios em posts de festas ou influenciadores digitais estimulando o uso. “É preciso que o Brasil invista em sistemas que rastreiem o marketing online de tabaco. Há experiências internacionais exitosas nesse sentido, como o Movimento de Denúncia e Fiscalização do Tabaco (Term, na sigla em inglês) que atua em países como Índia, Indonésia e México. As evidências geradas por ele são compartilhadas regularmente com ministérios da saúde, oficiais de controle do tabagismo, acadêmicos e jornalistas, contribuindo com a fiscalização”, exemplifica.

 

TABAGISMO NO BRASIL

Para além do cigarro eletrônico, o Covitel também levantou outras informações sobre o tabagismo no Brasil. O inquérito identificou que 11,8% da população brasileira é tabagista, o que inclui usuários de cigarros convencionais, de palha, de papel, charuto e cachimbo. Quando comparado com o Covitel 2022, não houve queda na porcentagem de fumantes na população, mostrando que a prevalência tem se mantido estável, diferente de um histórico persistente de queda dos últimos anos.

“O Brasil é um país referência em políticas de controle de tabaco e muitos avanços foram registrados nas últimas décadas, mas os esforços não podem parar ou teremos retrocessos. Hoje temos um problema que é o fato de o cigarro convencional estar muito barato. É o segundo mais barato da região das Américas, uma vez que não há reajuste real de preço desde 2016”, explica Luciana Sardinha, Gerente Sênior de DCNT da Vital Strategies.

Ela reforça que estratégias, como a inclusão do imposto seletivo (que incide sobre produtos que fazem mal a saúde, como o tabaco) na nova Reforma Tributária, são fundamentais: "O imposto aumenta o preço e esse aumento é uma estratégia comprovada de desincentivo ao consumo. O preço do cigarro precisa voltar a aumentar e essa arrecadação deve ser destinada a ações de prevenção de uso e cessação do fumo, além de custear parte dos custos de tratamento das doenças relacionadas ao tabagismo”.

 



SOBRE O COVITEL 2023

O Covitel 2023 traz um retrato da magnitude das prevalências e do impacto dos principais fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) na população adulta brasileira. As DCNT são quadros clínicos que não são provocados por agentes infecciosos, como doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, doenças respiratórias crônicas e condições mentais e neurológicas. Essas condições são impactadas por uma combinação de fatores, como tabagismo, alimentação inadequada, consumo abusivo de álcool, sedentarismo e poluição do ar. Esse grupo de doenças causa 41 milhões de mortes por ano, o equivalente a 74% de todas as mortes globais, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Por ter sua primeira edição durante a pandemia em 2022, a pesquisa ainda levantou dados específicos sobre Covid-19, que também foram incluídos na edição de 2023.



SOBRE A VITAL STRATEGIES

A Vital Strategies é uma organização global de saúde que acredita que todas as pessoas devem ser protegidas por políticas e sistemas de saúde forte e equitativos. Nossa equipe trabalha com governos e a sociedade civil para conceber e implementar estratégias e políticas baseadas em evidências para enfrentar alguns dos maiores desafios mundiais de saúde pública. Temos experiência em gerenciar programas de forma eficiente, fortalecer sistemas de dados, realizar pesquisas e desenvolver campanhas estratégicas de comunicação para mudanças de políticas e comportamentos.



SOBRE A UFPEL

A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) é uma instituição brasileira de ensino superior cujos campi se localizam nas cidades de Pelotas e Capão do Leão, no Rio Grande do Sul. Oferece atualmente 99 cursos de graduação, 39 cursos de mestrado e 16 de doutorado distribuídos em 20 unidades acadêmicas (6 Institutos Básicos, 12 Faculdades, 1 Escola Superior de Educação Física e 1 Conservatório de Música). Atualmente, a UFPel possui cursos de mestrado e/ou doutorado em todas as áreas do conhecimento: Ciências Exatas e da Terra, Ciências Biológicas, Engenharias, Ciências Agrárias, Ciências da Saúde, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas, Linguística, Letras e Artes, contando também com cursos com atuação Multidisciplinar.



SOBRE A UMANE

A Umane é uma associação civil sem fins lucrativos dedicada a apoiar iniciativas de prevenção de doenças crônicas não transmissíveis e promoção à saúde, no âmbito da saúde pública, com os objetivos de contribuir para um sistema de saúde mais resolutivo e melhorar a qualidade de vida da população brasileira. A Umane dirige seu apoio para três linhas programáticas: a Atenção Integral às Condições Crônicas, com iniciativas de controle dos fatores de risco, rastreamento, ampliação do acesso à saúde e ao monitoramento dos fatores de risco na Atenção Primária à Saúde; o Fortalecimento da Atenção Primária à Saúde por meio do apoio a iniciativas que visem melhorias operacionais, de produtividade de equipes, de integração de serviços e da incorporação de novas tecnologias ao sistema de saúde e a Saúde Materno Infantil e Juvenil, financiando programas que acompanhem e monitorem desfechos desfavoráveis durante a gestação e as condições de saúde de crianças e adolescentes no contexto das Doenças Crônicas Não Transmissíveis e dos fatores de risco.


O futuro da advocacia: tendências e benefícios da Inteligência Artificial, RPA e Realidade Virtual no setor jurídico

Papelada, processos e uma série de formalidades. Essa era a visão que até então estava atrelada ao ramo do direito. Porém, muita coisa mudou e as pedidas da vez são termos como Advocacia 5.0, Automação e Inteligência Artificial.

Mais do que trazer inovação, esses itens apresentam para a vida dos departamentos jurídicos mais praticidade, redução de custos, melhora na produtividade e resultados rentáveis.

Quando se fala da aplicação da tecnologia, a Inteligência Artificial (IA) é uma das protagonistas, já que aprimora a eficiência e oferece um  leque de possibilidades para simplificar o dia a dia agitado dos departamentos jurídicos. Trata-se, portanto, de uma aliada. Por meio de algoritmos avançados, a tecnologia pode ajudar na análise de casos, prever resultados processuais, realizar pesquisa jurídica e até mesmo apoiar na redação de uma peça.

Vale destacar aqui que os sistemas baseados em IA são capazes de analisar grandes quantidades de jurisprudência, doutrina, contratos, dentre outros documentos. Tudo com muita rapidez e, melhor, com precisão.

Além disso, a IA pode ser aplicada para automatizar tarefas tediosas e repetitivas. A redação de documentos padronizados, como contratos e petições, pode ser feita por IA, o que poupa um tempo enorme e evita erros humanos. A automação ainda permite que os profissionais da área voltem a atenção para questões mais estratégicas e complexas, ampliando a eficiência e a qualidade do trabalho.


O papel do RPA

O conceito de Robotic Process Automation (RPA) vem sendo utilizado cada vez mais no setor jurídico. Embora seu conceito tenha semelhanças com a IA, suas aplicações e funcionalidades têm diferenças significativas. A principal reside na natureza das tarefas realizadas por essas tecnologias. Enquanto o RPA é mais adequado para automatizar processos repetitivos e estruturados, a IA envolve sistemas mais complexos que aprendem, processam e tomam decisões com base nas informações podendo, inclusive, lidar com problemas mais amplos e não estruturados.

Na prática, trata-se de uma tecnologia que consegue coletar dados sobre o andamento de casos, atualizações judiciais e prazos processuais, fornecendo aos advogados uma visão ampliada e atualizada de seus processos em tempo real. Também combina o uso do recurso à jurimetria e plataformas tecnológicas setoriais, o que auxilia nas tarefas da área, tais como contratos, procurações, petições etc.


Realidade virtual no direito

Embora ainda em estágios iniciais, outras evoluções para o setor jurídico são a Realidade Virtual (VR) e a Realidade Aumentada (AR). Ambas possuem o potencial de transformar a forma com que os advogados apresentam evidências e conduzem apresentações em tribunais, construindo ambientes virtuais que recriam cenas de crimes ou acidentes. Isso significa permitir uma visão imersiva do evento em questão ao júri.

Com a utilização cada vez maior dessas novas tecnologias, o setor jurídico – antes visto como burocrático e repleto de papelada – se transforma de maneira significativa, gerando uma verdadeira revolução no campo do direito. Com novas oportunidades, o departamento jurídico alça voos ainda maiores: os da inovação, da excelência e do sucesso.

 


Daniel Parra - CEO da Intelligenti, empresa do Grupo Stefanini com foco em soluções inovadoras e IA criadas especialmente para a área jurídica.

 

Importância da pequena e média empresa para o Brasil

O universo de PME’s composto por MEI, micro, pequenas e médias empresas têm um papel crucial na economia do país. Segundo Silvio Bertoncello, professor de administração e coordenador do Núcleo de Apoio a Pequenos Negócios (NAPEN) e Empresa Jr. da ESPM, essas empresas desfrutam de uma presença significativa em diversos setores e desempenham um papel importante na criação de empregos, inovação e desenvolvimento econômico.

De acordo com o Mapa de Empresas, boletim do 1º quadrimestre/2023, do Ministério da Indústria e Comércio, 93,7% das empresas são microempresas ou empresas de pequeno porte, predominando as atividades do setor terciário da economia, relativas ao comércio e prestação de serviços, geradoras de mão de obra e renda para boa parte da população.

“Qualquer política pública voltada para o apoio e crescimento das pequenas empresas, fomentadas em secretarias estaduais e municipais, serviços de apoio, bancos de desenvolvimento ou ministérios, será de grande valia para o ecossistema empreendedor ajudando a promover o desenvolvimento regional e a reduzir desigualdades econômicas”, diz Bertoncello.

O especialista lista algumas sugestões que considera fundamentais para essas políticas, como a Carga Tributária (revendo limites de faturamento para PME’s, exemplo o MEI pode passar para R$ 150.000,00/ano); acesso a Financiamento (além de liberar crédito, pode ser de grande importância ensinar pequenos empreendedores a gerenciar melhor os recursos e emprestar dinheiro por emprestar pode ser um “desserviço”); tecnologia (investimento em tecnologias e processos de digitalização); capacitação e qualificação (proximidade com escolas, universidades, incubadoras, aceleradoras, enfim entidades que possam apoiar o desenvolvimento e crescimento das PME’s, qualificando empreendedores e colaboradores); infraestrutura limitada (algumas regiões têm condições muito precárias para o desenvolvimento de muitas empresas); concorrência desleal e pirataria (de produtos contrabandeados ou de empresas ilegais. “O novo ministério pode criar projetos ou ter desafios como qualquer órgão público criado para impactar positivamente essas organizações”, conclui Bertoncello.

 

Fonte: Silvio Bertoncello -professor de administração e coordenador do Núcleo de Apoio a Pequenos Negócios (NAPEN) e Empresa Jr. da ESPM


Educadores assumem novos desafios na educação das crianças brasileiras

A formação continuada dos profissionais da educação é essencial para lidar com as demandas acadêmicas e socioemocionais do século XXI

 

 

São muitas as reflexões possíveis sobre a importância da preservação da infância e da oportunidade que essa etapa de vida traz. É justamente nessa fase de crescimento que é preciso ficar mais atento à garantia de direitos e do desenvolvimento pleno, o que deve incluir, obrigatoriamente, brincadeiras e estudos na rotina.

 

Especificamente tratando da importância do brincar, a atividade é essencial para os aprimoramentos intelectual, emocional e social e essa interação espontânea entre pares, isenta de julgamentos, ajuda na criação das mais variadas competências.

 

Como a escola é, entre outros espaços, lugar de socialização e de aquisição de conhecimentos, os professores precisam saber enfrentar os desafios para educar as novas gerações. E, dentro desse contexto, destacam-se dois pontos de atenção: o contexto pós-pandemia e as sequelas acadêmicas decorrentes da crise sanitária e a necessidade de usar a tecnologia de forma inteligente em sala de aula.


 

Lacunas de aprendizagem e evasão escolar


O período de isolamento social, necessário por conta da Covid-19, afastou os estudantes do espaço escolar e, por muito tempo, o aprendizado passou do presencial ao ensino a distância. Crianças e adolescentes tiveram dificuldades logísticas para continuar o aprendizado por razões variadas, como a necessidade de dividir o mesmo computador com vários membros da família ou por baixa conectividade em suas casas.

 

Nesse cenário, as turmas voltaram às escolas com diversas lacunas de aprendizagem. “Muitos estudantes têm dificuldade de interpretação, foram mal alfabetizados ou têm dificuldade de aritmética, assuntos básicos que precisam ser retomados em sala de aula para focar no desenvolvimento de novas competências”, diz Vinícius de Paula, Coordenador do Colégio Anglo São Paulo.

 

Logo, além de trabalhar os assuntos da série atual, os educadores precisam ter o cuidado de verificar o domínio de temas anteriores e promover o engajamento contínuo em sala. Caso contrário, o baixo desempenho acadêmico, somado a dificuldades financeiras e pessoais, podem levar o estudante à evasão escolar – outro grande problema do ensino brasileiro.

 

A necessidade constante de atualização tem importância crescente e o aprimoramento tecnológico está dentro das exigências. Hoje, os estudantes, tanto crianças quanto adolescentes, já passam parte dos seus dias conectados a ambientes digitais e, para que a tecnologia não seja apenas um agente de distração, os educadores precisam propor atividades que se insiram nesse meio com propósito.

 

Logo, é preciso haver mudanças no currículo escolar, implementando o uso de aplicativos, sites e ferramentas digitais com fins pedagógicos. Assim, os profissionais aproximam o conteúdo da linguagem dos estudantes, promovendo uma aprendizagem ativa e engajada.


 

A parceria entre família e escola é indispensável


A educação não acontece em um único ambiente. Nesse sentido, a escola e as famílias precisam ter seus discursos alinhados, formando uma parceria focada no desenvolvimento pleno do estudante em todas as faixas etárias. É extremamente prejudicial, por exemplo, quando, em casa, os filhos não têm liberdade para discutir temas vistos na escola.

“Da mesma forma, os pais precisam conectar a escola com a realidade dos estudantes. Muitas vezes, eles têm questões importantes que precisam ser de conhecimento da instituição, como um problema de déficit de atenção, depressão ou ansiedade. A escola precisa saber disso e estar orientada sobre como atuar”, ressalta Vinícius de Paula. Com essa ponte bem construída, a escola será o ambiente ideal para o desenvolvimento infantojuvenil.

 



Colégio Anglo São Paulo
www.colegioanglosaopaulo.com.br

 

O paradoxo dos altos voos e as dificuldades de pouso

No vasto ecossistema empresarial, há criaturas majestosas que sempre chamam nossa atenção: os profissionais C-level. Com suas armaduras reluzentes, polidas pelos anos de experiência, e os títulos pomposos - CEO, CMO, CFO - eles representam o ápice da hierarquia corporativa. Contudo, por mais surpreendente que possa parecer, essas águias do mercado, quando fora de seus ninhos corporativos, às vezes encontram dificuldades em alçar novos voos. Mas como isso é possível?

Primeiro, é importante entender que o céu empresarial não é feito apenas de altitudes estratosféricas. Há uma teia complexa de relações, demandas e expectativas. Quando um profissional C-level deixa seu cargo, seja por decisão própria ou circunstâncias da vida, ele carrega consigo um legado. Para muitos recrutadores, esse legado é ambivalente: de um lado, a experiência inestimável; de outro, um conjunto de preconceitos e inseguranças sobre a capacidade desse profissional de se adaptar a novos cenários.

"Será que ele se adaptaria a nossa cultura?"; "E se suas expectativas salariais forem altas demais?"; "Será que ele não está super qualificado para o que temos?". Essas são perguntas que rondam a mente de quem decide sobre contratações.

Ademais, há uma percepção - nem sempre correta - de que os profissionais que já atingiram o ápice podem ser menos maleáveis, menos dispostos a mudar e, de certa forma, mais apegados às suas zonas de conforto. Essa imagem contrasta com o dinamismo que muitas empresas buscam em um mundo de negócios em constante transformação.

A visibilidade desses profissionais também pode ser uma faca de dois gumes. Ter uma marca pessoal forte é ótimo, mas pode também gerar resistências. Como uma borboleta que chama atenção pela sua envergadura e cores, o profissional C-level é visado, analisado e, muitas vezes, julgado antes mesmo de mostrar suas competências.

Por outro lado, essa dificuldade de recolocação também nos faz refletir sobre o próprio conceito de sucesso profissional. Talvez, no século XXI, a ideia de chegar ao topo e permanecer lá seja uma visão ultrapassada. A carreira moderna, liquida como diria Bauman, pede movimento, reinvenção e, acima de tudo, adaptabilidade.

Para os profissionais C-level que enfrentam esse desafio, talvez a solução não esteja em buscar o próximo grande título, mas em redescobrir o que os fez subir inicialmente: paixão, curiosidade e a capacidade de trazer mudanças significativas por onde passam.

Em uma era de startups, inovações disruptivas e horizontes profissionais em constante expansão, é preciso entender que o céu não é o limite, mas apenas um dos muitos panoramas que o profissional moderno pode explorar. E, às vezes, a descida pode ser tão enriquecedora quanto a subida.

Fica aqui uma dica aos recrutadores!

 

Francisco Carlos
CEO Mundo RH
www.mundorh.com.br

 

Cinco habilidades necessárias para o professor do futuro

O giz que risca a lousa com números, letras e fórmulas ainda é o mesmo, mas a missão de educar tem passado por mudanças significativas ao longo dos séculos, exigindo cada vez mais dos professores a capacidade de se adaptar aos novos tempos. O avanço tecnológico e as diversas abordagens educacionais disponíveis atualmente demandam várias habilidades desses profissionais. O professor do futuro é, ao mesmo tempo, técnico e humano, um profundo conhecedor das ferramentas educacionais e das necessidades emocionais de seus estudantes.

No decorrer dos últimos anos, essas mudanças têm se acelerado ainda mais, tornando-as tão rápidas quanto necessárias. Muitas escolas relatam dificuldades na contratação de educadores em diversas áreas. Para a gerente-geral do CIPP (Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento dos colégios do Grupo Positivo), Maria Fernanda Suss, isso ocorre porque, em uma das profissões mais tradicionais e respeitadas do mundo, é desafiador acompanhar a velocidade das transformações atuais. “Hoje, buscamos profissionais capazes de se manter em constante formação afetiva e pedagógica, o que não é uma tarefa simples. Portanto, é também responsabilidade da escola contribuir para que os professores tenham a oportunidade de conhecer e dominar as novas ferramentas, ao mesmo tempo em que desenvolvem suas habilidades interpessoais”, afirma. A especialista lista cinco habilidades indispensáveis para o professor do presente - e do futuro.

  • Aprimoramento constante: o desafio/missão do profissional de educação no presente, para permanecer na sala de aula do futuro, é estar sempre em desenvolvimento, aprimorando o olhar e a prática pedagógica para dar conta dos diferentes públicos que encontrará na comunidade escolar. “A profissão de professor precisa ser sinônimo de pesquisador; de profissional crítico, reflexivo e criativo em relação à sua prática”, explica.
  • Empatia e relacionamento interpessoal: “É fundamental que os professores estabeleçam relações empáticas com os estudantes, compreendendo suas necessidades, interesses e motivações. Criar um ambiente de aprendizado positivo e de confiança é essencial para promover um engajamento significativo dos alunos”, ressalta Maria Fernanda.
  • Criatividade e inovação: a capacidade de desenvolver atividades de aprendizado criativas e inovadoras é crucial para envolver os estudantes e tornar o processo de ensino-aprendizagem mais estimulante e eficaz. Os professores devem estar abertos a experimentar abordagens novas e criativas em suas aulas.
  • Uso adequado da tecnologia: o uso adequado da tecnologia no ambiente escolar permite que os estudantes usufruam de forma consciente dos recursos tecnológicos. Para que essa experiência seja eficaz, é fundamental que o professor planeje cuidadosamente o uso da tecnologia em sala de aula, garantindo que seja significativo para o processo de aprendizagem dos estudantes. Nesse cenário, a tecnologia deve ser vista como uma ferramenta facilitadora que complementa e enriquece o ensino, mantendo o foco na aprendizagem significativa e no desenvolvimento integral dos alunos.
  • Reflexão crítica e conhecimento pedagógico: “Os professores devem ser capazes de refletir criticamente sobre suas práticas de ensino, questionando constantemente suas abordagens e buscando maneiras de aprimorar a aprendizagem dos alunos, com foco no desenvolvimento de habilidades cognitivas que permitam aos estudantes desenvolverem o pensamento crítico e a ação. Isso envolve uma análise profunda e contínua das próprias ações e dos resultados alcançados ao longo do processo de aprendizagem”, conclui Maria Fernanda.

 

Grupo Positivo


Seis vantagens para se contratar um profissional na hora de comprar um imóvel


A corretagem de imóveis vem crescendo em todo País com uma opção de trabalho flexível e com bons rendimentos. Em Goiás, onde o mercado imobiliário está em franca ascensão, só de 2020 para cá, a quantidade de corretores de imóveis cresceu 24%, saindo de 27.974 mil para 34.704 mil inscritos ativos, segundo dados do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de Goiás (CRECI-GO).

Habilitado para intermediar a compra e venda do imóvel, é este profissional que deve ser contratado neste momento. Embora o consumidor possa assumir esta tarefa sozinho, é cada vez maior o número que opta por contratar o profissional para ajudá-lo nesta tarefa. 

"Quando não há orientação alguma, a chance de se errar é grande: na avaliação do valor, na negociação, na escolha. O corretor de imóveis é um guia neste mundo do imóvel", diz Ricardo Teixeira, diretor da URBS Imobiliária, que tem 47 anos de história. Com ajuda dos corretores de imóveis parceiros da empresa, listamos seis motivos que justificam por que eles têm sido cada vez mais acionados pela sociedade. Confira

1°  - Imóvel é um bem de alto valor

O corretor de imóveis  atua em um dos principais momentos de vida do consumidor, a compra da casa própria, uma aquisição de alto valor. "Quando uma família nos procura, ela coloca em nossas mãos suas economias, que representam anos de trabalho para a maioria delas",  diz o corretor de imóveis e sócio-diretor da AlphaMall e da Urbs Imobi, Pedro Ricardo Santin Teixeira. "Por isso, a nossa atividade é cuidar deste patrimônio, tarefa que requer tanta responsabilidade quanto a do o médico que cuida da nossa saúde ou do engenheiro que constrói um prédio. Cada um, em seu papel, tem uma responsabilidade a cumprir", diz. 

2° - O corretor de imóveis conhece bem a cidade e os imóveis 

A definição da localização do imovel, seja para compra ou investimento, é o primeiro passo para a aquisição do bem. Por conhecer a fundo a cidade, os bairros, os projetos já edificados, ele pode ajudar o cliente a escolher o bairro e, em sequência, as ofertas naquela região que melhor se enquadram em suas preferências.

“Cada bairro tem sua particularidade e seus benefícios, com isso conseguimos fazer uma busca mais assertiva que vai de encontro com o desejo do cliente”. afirma Arnaldo Oliveira, corretor associado à agência URBS Oportunity.

Arnaldo complementa que é muito importante o consumidor contar com um atendimento personalizado, pois, através dele, o consumidor consegue captar sua real necessidade do cliente. Nesse momento, o profissional avalia os aspectos financeiros, de tamanho e qualidade do imóvel. "Parece simples, mas na verdade precisamos fazer um cruzamento destas informações com o que o mercado está oferecendo para selecionar aquilo que faz sentido para o cliente. Não apresentamos o imovel só para o cliente olhar, realmente tentamos entender o que ele quer para poder auxiliar da melhor maneira para ele conquistar o seu sonho”. 

3° - O profissional faz a análise documental para evitar dor de cabeça futura

A participação do corretor de imóveis na compra e venda traz mais segurança jurídica para as partes, pois ele é responsável por analisar todas as condições do negócio, o que inclui a análise documental.  Um imóvel, lembra Pedro Santin Teixeira, precisa estar livre e desembaraçado para ser vendido, assim como seus proprietários. Ou seja, é preciso verificar se há processos judiciais em diversas áreas contra o proprietário ou se o imóvel foi dado em garantia em algum outro negócio, entre outras pesquisas. “Por isso, o profissional faz a  busca e análise de inúmeras certidões para verificar se aquela venda é segura juridicamente, pois, caso não seja, ela pode ser anulada no futuro”. 

4°  Ele é responsável civilmente pela negociação e tem um Código de Ética a cumprir

O corretor de imóveis é fiscalizado pelo seu conselho profissional e também possui responsabilidade civil na negociação e isto significa que ele pode ser acionado judicialmente caso haja alguma perda ou dano decorrente da negociação, e também perder seu registro profissional se não tiver conduta ética. São mais motivos que reforçam a segurança do consumidor. 

Além disso, um consumidor pouco preparado pode cair nas mãos de golpistas que, por exemplo, vendem o mesmo imóvel duas vezes. “Nosso trabalho é blindar nossos clientes de situações que podem gerar dor de cabeça, diz Raphael Faria, que atua na agência URBS Private.

5°  - O profissional sabe indicar os imóveis com maior potencial de valorização

Pode parecer que os imóveis são muito semelhantes e que os bairros também. Mas nuances de um projeto ou características do entorno imediato de um edifício em um mesmo bairro pode torná-lo mais valorizado que os demais da vizinhança. O corretor de imóveis é o profissional que conhece esses detalhes a fundo. Por isso, "além de ajudar as famílias a encontrar um lugar acolhedor para viver, nós também sabemos encontrar um bem que valorize e se torne uma reserva de valor interessante para o proprietário", diz Pedro Teixeira. 

6° - Melhor organização na visita ao imóvel

A contratação do corretor de imóveis também traz segurança ao imóvel em si, uma vez que o profissional fica responsável pela chave e por eventuais danos ao bem. Quando há moradores, ele fica também responsável pela gestão do agendamento, trazendo mais tranquilidade ao processo.  “A gente tem o dever de organizar todas as visitas, solicitar autorização dos proprietários, acompanhar e tirar suas dúvidas dos interessados", explica Diogo Moura, da URBS Connect. 

 

Mãe pratica sequestro internacional de sua filha, mas justiça americana determina retorno da criança para pai, no Brasi

 

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Menina de 8 anos havia sido levada pela mãe para os Estados Unidos sem a autorização do pai, que travou longa disputa judicial no Brasil e nos EUA por quase três anos. Especialista alerta que casos assim são frequentes

 

A legislação brasileira determina que os menores de idade só podem viajar para fora do País com autorização expressa do pai e da mãe. Contudo, casos em que pai ou mãe levam filhos menores sem a autorização legal do outro responsável acontecem, muitas vezes com a intenção de mudança definitiva, informa a advogada internacionalista, coordenadora do departamento de Direito Internacional do escritório Celso Candido de Souza, Mariane Stival. 

“Tomei conhecimento de que há pelo menos 40 casos assim, inclusive com decisão favorável ao retorno da criança ao Brasil, porém ainda não cumpridas pela justiça americana”, diz ela, ao explicar que os casos, normalmente, são complexos e há uma certa resistência no cumprimento, tanto da parte condenada quanto da justiça americana. 

Mariane alerta para os prejuízos emocionais que a lentidão das decisões e cumprimento das mesmas podem acarretar para o menor, e ilustra com o caso que levou dois anos e nove meses para ser resolvido. O empresário Edward José Júnior, 61 anos, teve sua filha levada para os Estados Unidos, em 2020, sem ao menos ser comunicado da viagem e lá ficou com filha por 2 anos e 9 meses. A mãe cometeu o crime de sequestro internacional de menores, que é previsto na Convenção de Haia, diz a advogada. Durante todo este tempo, ela não deixou o pai ter contato com a criança.  

Edward só soube onde estava a filha quando a Polícia Federal entrou no caso. O dia 12 de outubro de 2020, foi a última vez que Edward viu a filha, que tinha seis anos na época. Os pais não eram casados e cuidavam da menina por meio de guarda compartilhada. Durante a semana, ficava com a mãe e, aos finais de semana e férias, com o pai. "Chegou o fim de semana seguinte, e minha filha não estava em Anápolis, nossa cidade. Eu ligava e a mãe não atendia. Ela me bloqueou nas redes sociais e fiquei totalmente sem informação. Foi quando eu procurei a Polícia Federal depois da situação continuar assim por algumas semanas. Eles descobriram que ela estava nos EUA, havia entrado pelo México ilegalmente e tinham falsificado minha assinatura", conta.  

O escritório Celso Cândido de Souza Advogados, através da doutora em Direito Internacional Mariane Stival, representou Edward. “A subtração internacional da menor é um caso gravíssimo e muito desafiador. Foi preciso muita persistência para percorrer uma longa jornada até que a justiça americana cumprisse", explica. 

Somente depois de várias decisões favoráveis ao pai, tanto da justiça brasileira quanto da estadunidense, e que não foram cumpridas pela mãe, ela finalmente cedeu com uma decisão da Corte do Distrito de Ohio, em 27 de junho de 2023. O pai, então, embarcou para os EUA para buscar a filha. “A entrega da minha filha foi na corte, mas a mãe relutou até o último momento. Quando a juíza ordenou a entrega, ela não o fez, foi a juíza que me entregou a menina”, relatou Edward José Júnior.

 

Entenda o passo a passo

Depois da constatação de que a criança, então com 6 anos, fora levada para os EUA sem a sua autorização do pai, a Polícia Federal formulou uma notícia-crime, que resultou num Relatório de Inquérito Policial. Enquanto isso, a assessoria jurídica do pai tomou a primeira providência, que é comunicar a ACAF (Autoridade Central Administrativa Federal). Este é o órgão, no Brasil, incumbido da adoção de providências para o adequado cumprimento das obrigações impostas pela Convenção de Haia de 1980 sobre os Aspectos Civis da Subtração Internacional de Crianças, pela Convenção Interamericana de 1989, entre outras funções. 

"Com a demora do retorno da ACAF, nós ajuizamos a ação na Justiça Federal por sequestro internacional de menores. Obtivemos a decisão favorável para o retorno da criança. Enviamos a tradução para a ACAF enviar para as autoridades nos EUA", explica a advogada Mariane Stival. O Ministério Público Federal (MPF) também ofereceu denúncia contra Aline, pela prática dos delitos de falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso e efetivação de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais. Mais uma condenação. 

"O pai conseguiu na Vara de Família a guarda unilateral diante desta conduta da mãe", relembra a sequência dos procedimentos. Na justiça americana, a advogada também ingressou com ação para validar as decisões da justiça brasileira, e obteve êxito. "Só que a mãe não cumpria nenhuma das cinco decisões desfavoráveis a ela", conta a advogada. Por fim, Mariane Stival encontrou um órgão específico de deportação no Ministério de Relações Exteriores, que também já estava ciente do caso, e pediu sua deportação.  

O passo seguinte seria acionar a Polícia Internacional (Interpol), mas felizmente houve o cumprimento da decisão da Corte do Distrito de Ohio. "São muitas decisões, e ela até o final se recusou. Foi um caso complexo e precisou de esforço de muitos órgãos. A gente precisou envolver o máximo de instituições possíveis para que houvesse um esforço comum", disse a advogada. 

 

Futuro

Ao chegar de volta com a filha para sua cidade natal, Anápolis, Goiás, Edward já providenciou escola, aula de natação e atendimento psicológico para a filha. Mas a sua primeira decisão foi a de não deixar a garota sem o contato com a mãe. "Ela entrou em contato comigo pedindo para falar com ela e eu, logicamente, permiti porque, o que está em jogo é o bem-estar da menina", diz ele.  

Edward diz que, para um filho, tanto o pai quanto a mãe são importantes e que, se no futuro, ela quiser morar com a mãe, não irá impedir. "Sempre fui próximo a todos os meus filhos e, até pela minha idade avançada, a única coisa que quero é não ser privado de ter contato com a minha filha porque o que eu desejo é que ela tenha referência do que é ter um pai de verdade", contou.


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