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domingo, 2 de julho de 2023

Colônia de férias: quais são os benefícios para crianças e adolescentes?

Com programações especiais, crianças e adolescentes aproveitam o recesso se divertindo enquanto se desenvolvem; educadora lista as principais vantagens


Durante o recesso escolar, é comum que escolas ofereçam atividades especiais para as crianças – programação que pode incluir desde brincadeiras até oficinas, podendo ser abertas ao público ou restritas aos alunos. No entanto, essas programações vão além da proposta de diversão, desempenhando também um papel importante no desenvolvimento socioemocional, cognitivo e de autopercepção, já que são planejados por educadores especializados.

 

A recreação coopera para um estilo de vida mais saudável, além de favorecer vivências sobre o mundo e estimular o desenvolvimento físico e pessoal. Os programas de férias também incentivam a criatividade, através de oficinas de arte, exploração de diferentes materiais e técnicas de arte, ampliando as possibilidades de expressão e estimulando a imaginação das crianças e adolescentes.

 

Vanusa Maganha, Coordenadora dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental no Colégio Anglo Chácara Santo Antônio, destaca a importância dessas atividades e lista os principais benefícios.

 

Segundo ela, com uma abordagem pedagógica adequada, as colônias de férias se tornam um ambiente propício para a socialização, fortalecimento de vínculos afetivos e o desenvolvimento de uma convivência ética entre os participantes. Confira os principais pontos!

 

1. Estimula a socialização

 

Nas colônias de férias, as crianças são incentivadas a participar de uma rotina favorável ao fortalecimento de vínculo afetivo através do brincar e reforçam uma convivência ética. “Novas amizades podem acontecer e as experiências lúdicas desse período tendem a ampliar as relações apoiadas na coletividade e nas trocas entre pares”, afirma a coordenadora.

 

2. Trabalha o desenvolvimento corporal

 

Jogos, incluindo brincadeiras de rua e brincadeiras tradicionais, oportunizam os movimentos corporais e o desenvolvimento de habilidades sociais. Essa prática contribui para p bem-estar dos participantes.

 

3. Incentiva a criatividade

 

A programação muitas vezes inclui oficinas de arte, nas quais as crianças têm a oportunidade de explorar diferentes materiais, cores, texturas e técnicas de artesanato. Essas atividades estimulam a criatividade e ampliam as possibilidades de expressão e imaginação das crianças e adolescentes.

 

4. Cria memórias afetivas para toda vida

 

“As vivências e trocas em um ambiente favorável e preparado para o brincar, criar e experimentar registram memórias de valor imensurável”, afirma Vanusa.

 

Chácara Camp

Grupo Salta


sábado, 1 de julho de 2023

Férias de Julho: Psicóloga compartilha dicas para aproveitar o período de descanso

Reunir-se com a família, fazer passeios e desconectar-se das redes sociais e do trabalho são recomendações para desfrutar das férias ao máximo

 

As férias de julho estão chegando e muitas pessoas estão ansiosas para aproveitar esse período de descanso e lazer com a família. É um momento para recarregar as energias, viajar, relaxar e fortalecer os laços. Para desfrutar das férias em sua totalidade, a Psicóloga Clínica Tatiane Paula separou algumas dicas valiosas. 

De acordo com a especialista, é importante se planejar com antecedência e estabelecer uma rotina saudável. “Reserve um tempo para relaxar e se desconectar das telas, explorar atividades ao ar livre, ler um livro, fortalecer os relacionamentos e, acima de tudo, lembrar-se de que o objetivo principal é descansar”, alega. 

Esse período também pode ser utilizado para cuidar da saúde mental e emocional. Uma das sugestões da psicóloga é dedicar tempo a atividades que não exigem grandes compromissos e que permitam desconectar do trabalho. “É essencial reduzir o nível de estresse acumulado, focando em escolhas que tragam prazer e alegria. Isso pode incluir hobbies, esportes, passeios, assistir a filmes, ouvir música, cozinhar ou qualquer outra atividade que traga felicidade” 

Para aqueles que têm dificuldade em desconectar do trabalho, pode ser necessário buscar ajuda profissional. “A terapia cognitivo-comportamental pode ser uma opção eficaz para entender as crenças que levam a um padrão de comportamento de necessidade de ser produtivo o tempo todo. Um especialista pode oferecer orientação adequada para cada caso, auxiliando no desenvolvimento de estratégias para um melhor equilíbrio entre trabalho e descanso”, relata Tatiane. 

Se você pretende passar as férias de julho com a família, uma das atividades recomendadas pela psicóloga é a prática de atividades físicas ao ar livre. “Além disso, engajar-se em trabalhos voluntários pode ser uma ótima maneira de ensinar valores como empatia e responsabilidade social. Priorizar o tempo de qualidade com amigos e familiares também é necessário para fortalecer os laços afetivos. É importante lembrar que cada pessoa é única e deve encontrar as atividades que melhor se adequam às suas preferências pessoais”. 

Outro ponto abordado pela especialista é o uso das redes sociais. Diminuir as telas durante as férias de julho pode trazer diversos benefícios para a saúde mental e emocional. “Ao se desconectar do mundo virtual, é possível se tornar mais consciente do momento presente e aproveitar as interações presenciais, além de ajudar a diminuir a ansiedade causada pela comparação social e pela pressão de estar sempre conectado. Melhora a qualidade do sono, já que a luz azul emitida pelos dispositivos eletrônicos pode interferir na produção de melatonina”, explica.  

Além disso, equilibrar o tempo de lazer e descanso com atividades produtivas é indispensável para aproveitar esse período de pausa de forma eficaz. Para isso, Tatiane esclarece que é importante identificar metas e prioridades, estabelecer limites entre trabalho e lazer, reservar tempo para autocuidado, ser flexível em relação às expectativas, praticar mindfulness (meditação) e viver o tempo presente. “O objetivo é aproveitar ao máximo as férias, descansando e recarregando as energias, sem deixar de realizar atividades produtivas”. 

Para voltar à rotina após as férias, uma transição suave e planejada é o recomendado. “Faça um planejamento prévio, estabeleça prioridades e divida tarefas em etapas menores. É importante retomar gradualmente as atividades, priorizar o autocuidado e criar rituais de transição. Manter pensamentos positivos e encarar o retorno como uma oportunidade de crescimento também é fundamental. É normal levar algum tempo para se readaptar, então seja gentil consigo mesmo nesse processo e aproveite as experiências e aprendizados que a rotina pode trazer”, conclui a especialista.

 

Fonte: Tatiane Paula - Psicóloga Clínica
@tatianepaula.psi


Quando caminhar é diferente de apenas andar

Perder peso, melhorar o condicionamento físico, aliviar o estresse: para cada meta, uma técnica de caminhada


A caminhada é uma atividade versátil que oferece uma combinação única entre atividade física e lazer. É uma prática que permite encontrar o equilíbrio perfeito entre cuidar do corpo e desfrutar do momento. Tanto como uma atividade física estruturada quanto como lazer descompromissado, a caminhada proporciona inúmeros benefícios para a mente, o corpo e a alma.

Quando encarada como uma atividade física, a caminhada possibilita que as pessoas estabeleçam metas claras e melhorem o condicionamento físico. Ao seguir uma rotina regular de caminhadas, pode haver o aumento da resistência, o fortalecimento do sistema cardiovascular e até mesmo a perda de peso, se este for um dos objetivos. Por meio de programas de treinamento, como caminhadas rápidas, intervaladas ou em terrenos variados, o corpo é desafiado a superar limites e a atingir novos patamares de condicionamento físico.

O doutor em Ciências da Saúde, coordenador acadêmico do curso de Educação Física da Universidade Positivo e responsável técnico da academia UPX Sports, Zair Cândido de Oliveira Netto, explica o que é importante considerar ao escolher o tipo de caminhada. “As longas propõem uma maior ativação do sistema cardiovascular e metabolismo de gordura. Já as caminhadas curtas, em um ritmo maior, servem para obter melhores resultados fisiológicos. Primeiro, é preciso definir o objetivo, se é perda de peso ou melhora do sistema cardiovascular. Para tanto, a condição deve ser avaliada por um médico antes de se iniciar os exercícios”, orienta. 

Ele dá dicas e explica quais tipos de caminhadas se adequam melhor ao objetivo desejado.


Perda de peso

A caminhada é uma atividade que queima calorias, contribuindo para o controle e a perda de peso. Caminhar regularmente, seguindo uma alimentação saudável, pode ajudar a equilibrar o balanço energético e reduzir o peso corporal. “Como uma atividade aeróbica, a intensidade deve ser longa, de 40 minutos a 1 hora e 30 minutos. É importante observar a intensidade e a velocidade das passadas, pois essa aceleração vai aumentar o ritmo cardíaco e a ação muscular; o gasto calórico será o mesmo, porém, a caminhada acelerada melhora as capacidades fisiológicas, resultando em um efeito melhor no organismo”, orienta o médico endocrinologista do spa Estância do Lago, Fabiano Lago. 


Reduzir os riscos de doenças

Quase todo mundo sabe que o sedentarismo pode comprometer a saúde, e que o exercício físico é benéfico do ponto de vista metabólico e cardiovascular. O que, porém, pouco se discute, é que para pessoas sedentárias, iniciar poucos minutos de exercício físico já reduz de forma substancial o risco relativo de doenças. 

“Um recente estudo clínico bem conduzido mostrou que o risco de mortalidade de quem faz 15 minutos de caminhada é 10% menor do que quem não faz nada. O que isso quer dizer? Que sair do sedentarismo e fazer um pouquinho de caminhada já traz grandes benefícios à saúde, ” explica o endocrinologista.


Caminhada rápida

A caminhada rápida envolve manter um ritmo acelerado durante a atividade. É uma opção para aqueles que desejam obter um exercício cardiovascular mais intenso, aumentando a frequência cardíaca e o consumo de oxigênio. Realizar uma caminhada acelerada  por cerca de 30 minutos pode trazer benefícios significativos para a saúde. “Nesse ritmo mais intenso, o corpo se esforça para suprir os músculos em movimento com o oxigênio necessário, resultando em um aumento da frequência cardíaca. Essa alteração traz uma série de benefícios para a saúde do sistema cardiovascular”, ressalta Oliveira Netto.


Fortalecimento muscular

Embora seja considerada uma atividade de baixo impacto, a caminhada trabalha vários grupos musculares. Com o tempo, esse fortalecimento contribui para os músculos das pernas, incluindo os quadríceps, os isquiotibiais, os glúteos e a panturrilha. “Esses músculos são responsáveis por manter a postura ereta durante a caminhada, ajudando a fortalecer o centro do corpo. Um corpo forte é essencial para a estabilidade, o equilíbrio e a prevenção de lesões,” explica o coordenador.


Caminhada em grupo

A caminhada em grupo é uma opção socialmente envolvente, na qual as pessoas se reúnem para caminhar juntas. Além de ser uma atividade física, ela promove interação social, motivação mútua e o estabelecimento de conexões sociais saudáveis. “Caminhar em grupo pode ser uma ótima maneira de tornar a atividade física mais agradável e sustentável”, ressalta Oliveira Netto.

“Ao incorporar tanto a abordagem estruturada quanto a recreativa, é possível desfrutar dos benefícios físicos, mentais e emocionais que a caminhada oferece. Ela proporciona um equilíbrio perfeito entre o cuidado com o corpo e a apreciação do momento, tornando-se uma prática que combina atividade física e lazer de forma harmoniosa. Ao caminhar, tanto a saúde física quanto o bem-estar mental são beneficiados", finaliza.

 


Universidade Positivo
up.edu.br/


UPX Sports
@upxsports


Férias com as crianças: como escolher o melhor destino?

O lazer e a gastronomia são os principais itens que devem ser analisados para garantir a diversão do público mirim


Para quem tem crianças em casa, o mês de julho está associado às férias escolares. Por conta disso, toda a família acaba se adaptando e reservando este mês do ano para curtir uns dias de descanso e, sempre que possível, viajar.  

Porém, nem sempre é uma tarefa simples escolher um destino, uma vez que a viagem precisa, idealmente, atender as expectativas e promover o bem-estar de todos: mães, pais e filhas e filhos de diferentes idades. 

Neste sentido, Márcia Akemi, docente e coordenadora do curso de Tecnologia em Hotelaria do Centro Universitário Senac - Águas de São Pedro, aconselha que a escolha leve em consideração não apenas a faixa etária das crianças, mas também os interesses dos demais membros da família que viajarão juntos. 

“Durante a seleção do hotel que vai receber a família é importante analisar não apenas a infraestrutura de lazer disponível, mas também se existe uma programação que atenda todas as faixas etárias”, diz. 

Márcia explica que os hotéis de lazer costumam contar com equipes de recreação e que geralmente elaboram uma programação específica para cada faixa etária, considerando as características de cada grupo. Segundo a docente, o ideal é que o hotel conte com programação de atividades que atendam crianças menores (de 3 a 6 anos, por exemplo) separadamente das crianças de 7 a 12 anos, para garantir que todos tenham uma boa experiência de entretenimento. 

Ainda assim, por mais que essa socialização de filhas e filhos com outras crianças seja altamente desejável e positiva, Márcia destaca que é fundamental aproveitar a ocasião para estreitar laços de afetividade entre a própria família. “É importante, portanto, selecionar hotéis com boa estrutura de lazer e gastronomia para garantir uma experiência de férias gratificante para todos”, recomenda.

 

Cuidados com a alimentação 

Sobre a alimentação em particular, a coordenadora acredita que seja um ponto que também merece atenção especial. Afinal, comer bem pode deixar não apenas a viagem mais agradável, como também a oferta de uma boa estrutura e organização por parte dos hotéis pode facilitar a vida das famílias que neles se hospedam. 

“Muitos hotéis oferecem a opção de restaurante infantil, com horários de atendimento que podem ser diferenciados, já que as crianças podem almoçar e jantar mais cedo”, comenta. Márcia ainda indica que é interessante sempre verificar, no momento da reserva, se o hotel pode atender a eventuais necessidades especiais como restrições alimentares ou dietas diferenciadas. 

“No caso de viagem com crianças de colo, vale a pena verificar se o hotel conta com um serviço de copa do bebê, o que facilita a vida de pais e babás no momento de aquecer o leite da criança, por exemplo”, conclui.


Será que é assim mesmo? Conheça X mitos e verdades sobre seletividade alimentar infantil


A especialista Carla Deliberato esclarece as principais dúvidas sobre o tema

Quando o assunto é alimentação infantil, diversas teorias e informações são passadas de geração para geração. Mas, será que tudo é real e deve ser seguido à risca?

Para esclarecer algumas dúvidas, a fonoaudióloga Carla Deliberato, que é especialista em motricidade oral com foco em atendimentos de recusa e seletividade alimentar, listou os mitos mais comuns em relação à seletividade alimentar.

Confira abaixo:

  • Seletividade alimentar é frescura: Mito - São muitos os fatores que podem levar uma criança a desenvolver a seletividade alimentar, e quando isso acontece pode trazer problemas para a saúde e atrapalhar no seu desenvolvimento. Então é preciso o  acompanhamento com um profissional especializado para definir um tratamento adequado.
  • Deixar a criança com fome pode desenvolver distúrbios alimentares: Verdade - Muitas pessoas acreditam que deixando a criança sem comer por muito tempo, elas aceitarão os alimentos com mais facilidade, mas na verdade essa prática pode contribuir no desenvolvimento de disturbios alimentares que podem se arrastar para a vida adulta e causar diversos problemas de saúde. 
  • É coisa de criança: Mito - De fato existe a fase da criança seletiva e ela sim passa, mas quando isso gera a recusa e o desinteresse por muitos alimentos por um longo período pode se transformar em um distúrbio alimentar pediátrico. Neste caso, é preciso consultar um profissional para o definir um caminho para o tratamento. 
  • É preciso insistir em um alimento: Verdade - Durante o desenvolvimento do paladar da criança, tudo que ela experimenta é novidade. A textura e sabor de alguns alimentos podem ser estranhos no primeiro momento, mas é preciso tentar introduzir esse item nas refeições ao menos 12 vezes, apresentando para a criança o mesmo ingrediente preparado de formas diferentes para ter certeza de que ela realmente não gosta. 

 

Carla Deliberato - Carla Deliberato é fonoaudióloga formada pela PUC-SP desde 2003, com vasta experiência em atendimento clínico, hospitalar e domiciliar de pacientes com dificuldades alimentares (disfagia, recusa alimentar e seletividade alimentar), sequelas neurológicas e oncológicas do câncer de cabeça e pescoço, síndromes, além de atuação em comunicação alternativa e voz. Tem passagem pelo Instituto do Desenvolvimento Infantil, Clínica Sainte Marie, Hospital Israelita Albert Einstein, Associação de Valorização e Promoção do Excepcional (AVAPE), Associação para Deficientes da Áudio-Visão (ADefAV), Unidade de Vivência e Terapia (UVT), entre outras instituições. Passou a entender e atuar com recusa e seletividade alimentar por conta da maternidade, quando descobriu que a segunda filha, a Isabela, tinha resistência aos alimentos, além de sofrer com náuseas recorrentes durante o processo de introdução alimentar.


Aprenda a fazer apresentações virtuais impactantes

Fonoaudióloga dá dicas infalíveis para falar bem e passar credibilidade diante das câmeras


Em um mundo cada vez mais conectado, as apresentações virtuais se tornaram uma parte indispensável da nossa vida estudantil e profissional. Seja em reuniões com clientes, entrevistas de emprego, apresentações ou  vídeos ao vivo em redes sociais, a habilidade de falar bem virtualmente é cada vez mais exigida. No entanto, profissionais qualificados ainda cometem erros de comunicação que podem comprometer sua credibilidade. 

Saber como se portar, como falar, para onde olhar e de que maneira organizar as ideias mostra profissionalismo, competência e credibilidade. Dessa forma ganhamos o prestígio e a confiança do ouvinte”, relata Fernanda de Morais, Fonoaudióloga Mentora e Especialista em Comunicação e Oratória. 

De acordo com a especialista, é extremamente importante saber o que falar na hora da apresentação. “Pense em uma abertura que desperte o interesse dos ouvintes, como uma pergunta contextualizada sobre o assunto a ser abordado. Durante a apresentação, seja objetivo, evitando falar demais e desviando de assuntos que não são pertinentes. Na conclusão, faça um resumo dos principais pontos abordados e coloque-se à disposição para esclarecer dúvidas”. 

Inúmeras estratégias podem ser utilizadas para manter os ouvintes atentos ao que você está falando. Fernanda explica que um dos métodos para retomar a atenção de todos é mencionar o nome de um dos participantes, trazendo um comentário relacionado a ele. “Por outro lado, variar a entonação da voz, utilizando tons agudos e graves, ajuda a evitar monotonia e torna a apresentação mais envolvente”. 

Além disso, fique atento para não utilizar muitas palavras técnicas e falar de forma difícil. “Elimine excesso de exemplos e histórias desnecessárias. Concentre-se no que realmente importa para o contexto da apresentação”, alega a fonoaudióloga. 

Uma apresentação virtual impactante requer atenção a diversos aspectos para garantir uma comunicação eficaz. Evitar certos erros comuns é fundamental para transmitir confiança e causar uma boa impressão. Confira dicas da especialista:

 

1. Abra a câmera: Manter a câmera fechada durante uma apresentação virtual pode prejudicar a comunicação, já que 93% da nossa comunicação é não-verbal. Ao abrir a câmera, seu interlocutor poderá observar suas expressões faciais e seus movimentos, tornando sua exposição mais confiável.

 

2. Teste o áudio antecipadamente: Antes de iniciar a apresentação, preciso testar o áudio para garantir que todos possam ouvi-lo claramente. Os primeiros segundos são cruciais para captar a atenção das pessoas e causar uma boa impressão. Começar com a pergunta "está me ouvindo bem?" pode prejudicar a sua imagem profissional.

 

3. Prepare o ambiente/cenário: O cenário em que você realiza a apresentação é mais importante que a roupa que está usando, pois pode transmitir uma mensagem sobre você e sua organização. Evite distrações visuais, como móveis desorganizados ou objetos pessoais chamativos. Se você não tem um escritório, dê preferência a um fundo branco e claro, ou utilize recursos virtuais de fundo para manter o foco na sua mensagem.

 

4. Vista-se de maneira profissional: Mesmo em uma apresentação virtual, vista-se de forma adequada e profissional. Evite roupas informais, como pijamas, roupão e camisas de time. Lembre-se de que sua aparência é um sinal de respeito aos outros e contribui para a imagem que você transmite, tanto pessoal quanto da empresa.

 

5. Utilize a linguagem corporal a seu favor: A linguagem corporal desempenha um papel importante na comunicação. Evite posturas que transmitam cansaço ou desinteresse, como apoiar a cabeça nas mãos. Isso traz informações que vão muito além das palavras, como: “estou sem vontade de estar aqui”, “que reunião chata”, “o que você está falando está me causando tédio”. Mantenha uma postura ereta e demonstre interesse e engajamento durante a apresentação.

 

Por fim, Fernanda indica que é essencial preparar-se antecipadamente. “Em uma ordem que faça sentido, anote os  principais pontos que você vai tratar e pense bem em como iniciar e encerrar. Personalize cada momento ao seu ouvinte, levando em consideração seus interesses e necessidades”, conclui.  

Com essas dicas, você estará mais preparado para se destacar em suas reuniões e apresentações virtuais.  



Fernanda de Morais - Diretora Voice Care Treinamentos e Palestras. Fonoaudióloga Mentora e Especialista em Comunicação e Oratória
Instagram: @fe.demorais


5 Atividades para fazer com as crianças no inverno

Atividade estimula a imaginação e a criatividade das crianças

 

Além de temperaturas mais baixas, o inverno é também marcado por dias chuvosos e as férias escolares. O clima frio, no entanto, pode impedir algumas brincadeiras e passeios ao ar livre com as crianças. Então, quais as opções os pais e responsáveis podem realizar na hora de escolher as atividades?

Além das telas, que podem ser um bom entretenimento, se utilizadas com o tempo adequado para cada idade, a diretora Glades Serra do Marista Escola Social Robru, incentiva que os pais e responsáveis busquem a criatividade. “Neste momento, o importante é realizar atividades que envolvam as crianças e as famílias. Uma sugestão é pensar em coisas simples que possam fazer a criança criar, imaginar e, é claro, brincar”.

Para ela o momento pode ser cercado de muito diálogo e de aproximação com a criança. “Vale relembrar jogos e brincadeiras da sua infância, assim como criar desenhos, pintar ou até cozinhar em família, o importante é mediar e aproveitar o período dentro do possível na rotina”.

A especialista dá dicas de 5 atividades para realizar com as crianças em dias frios:



1 - Criação de jogos

Jogar é sempre uma atividade que envolve diversão e cooperação, mas que tal criar seu próprio jogo? A criação estimula as crianças a pensar em regras, objetivos e trabalhar em equipe. Vale utilizar materiais de casa, recicláveis e até criar um novo modelo para brincadeiras já conhecidas.



2 - Cozinhar em família

A cozinha, com todos os cuidados direcionados para cada idade, também pode gerar atividades prazerosas e benéficas para as crianças. Fazer um bolo, massinhas para pães ou até um chocolate quente pode render momentos de diversão.



3 - Crie seu próprio acampamento

As crianças gostam de usar sua capacidade de imaginação. Portanto, criar o próprio acampamento, seja dentro de casa ou no quarto, faz com que ela imagine um mundo novo e cheio de possibilidades. Vale utilizar o final de semana para realizar esta atividade.



4 - Livros e o poder da contação de histórias

Ler um livro pode ser uma atividade mais solitária, mas já pensou em uma roda de contação de histórias? Ao relatar os fatos, acontecimentos e personagens, as crianças se sentem pertencentes àquele universo, e podem o explorar depois em diálogos e debates sobre o tema.



5 - Filmes e séries

As telas, quando utilizadas em horários adequados a cada idade, podem gerar bons momentos em família também. Além de ver filmes e séries disponíveis no streaming, um passeio no cinema também pode ser uma boa atividade para as férias. Os pais e responsáveis podem explorar os temas e assuntos após o filme para conversar com os pequenos.


Pais buscam alternativas para tirar crianças de eletrônicos


Com a proximidade das férias, entreter a criançada é desafio; brinquedos de papelão trazem proposta que alia diversão e o desenvolvimento infantil

 

O uso excessivo de eletrônicos por parte das crianças tem despertado alerta de especialistas e autoridades. Em São Paulo, por exemplo, o governador Tarcísio de Freitas sancionou, em fevereiro, a criação da "Semana de Conscientização e Prevenção sobre os males causados pelo uso intenso de celulares, tablets e computadores por bebês e crianças", por meio da lei. 17.622/2023. Na Irlanda, chamou a atenção notícia divulgada no mês passado, que a cidade de Greystones firmou um pacto coletivo entre pais de oito escolas do distrito, para proibir o uso de smartphones por crianças e adolescentes até que eles cheguem ao Ensino Médio. 

A utilização de telas em excesso foi reforçada na pandemia, conforme mostrou estudo do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), publicado em maio. A pesquisa identificou que o percentual de adequação de hábitos como a prática de atividade física moderada a vigorosa, tempo de tela recreativo (televisão, celular, computador, notebook, notebook ou tablet) e a duração adequada do sono, que já era baixo antes da pandemia (25,52%), caiu drasticamente (4%) durante o período. As medidas de isolamento social contribuíram para a redução da adequação da atividade física (de 61,43% para 38,57%) e da adequação ao tempo de tela (de 67,22% para 27,27%, no caso dos televisores) entre crianças e adolescentes brasileiros. Na divulgação, o IFF/Fiocruz ressaltou a importância da promoção à atividade física e da redução do uso de telas. 

As férias escolares de julho se aproximam e os pais já começam a pensar em quais atividades farão para entreter a criançada no período e evitar que os pequenos passem a maior parte do tempo conectados à celulares, computadores e vídeo games. Um estímulo é não somente inseri-los em brincadeiras, como colocá-los a montar e personalizar o próprio brinquedo. Essa é a experiência proposta pela Eu Amo Papelão, do Grupo Mazurky, fabricante de brinquedos produzidos 100% pelo material. A ideia, inclusive, é que toda família se junte para fortalecer os laços entre pais e filhos – cada vez mais distanciados pela tecnologia – e proporcionar momentos únicos ao lado da garotada. 

“A Eu Amo Papelão entrega uma experiência única para crianças e adultos, promovendo momentos de descoberta, interação e conexão, brincadeiras únicas que respeitam e estimulam o desenvolvimento da personalidade de cada criança, além de aproximá-las da sustentabilidade, já que os brinquedos são 100% de material reciclável, fazendo com que se tornem amiguinhas da natureza”, fala o proprietário da Eu Amo Papelão e diretor do Grupo Mazurky, indústria fabricante dos produtos, Eduardo Mazurkyewistz.

 

Brinquedos e benefícios no desenvolvimento infantil

A linha de brinquedos da Eu Amo Papelão é composta, entre outros itens, por casinha, castelo, carro, avião, navio e foguete, que podem ser montados e desmontados a qualquer momento, além da possibilidade de serem transportados para todos os lugares. Com tintas, canetas e lápis coloridos, a imaginação e criatividade entram em ação, proporcionando à criança tornar o seu brinquedo totalmente único. 

Todo esse processo envolvendo a montagem e pintura, mais do que diversão, traz diversos benefícios ao desenvolvimento infantil, como trabalhar o raciocínio lógico, a coordenação motora, auxilia na construção da confiança e da segurança e, quando feito junto aos pais, ainda fortalece o vínculo familiar.

“Cada vez mais, adultos e crianças estão conectados às tecnologias e, enquanto isso, a vida vai passando, os filhos vão crescendo e, quando nos damos conta, essa fase gostosa da vida ficou para trás e perdemos de desfrutá-la junto aos nossos filhos”, pontua Mazurkyewistz. “A Eu Amo Papelão traz a proposta de proporcionar momentos felizes através da desconexão e da ludicidade, ocasiões únicas, que precisam ser aproveitadas pelas famílias porque, depois que o tempo passa, não volta mais”, conclui.

 

Eu Amo Papelão
loja.euamopapelao.com.br


Grupo Mazurky

Discord: Seu filho corre perigo dentro de casa

De repente você percebe algumas mudanças no comportamento do seu filho dentro de casa. As mudanças muitas vezes acontecem aos poucos, de forma sutil, de um jeito que que faz com que nós pais fingimos que não está acontecendo nada, porque é amedrontador imaginar que seu filho pode estar vulnerável em um mundo paralelo que você desconhece. Então parece mais fácil não entrar e não conhecer esse mundo.

Nós somos responsáveis pela segurança física, emocional e mental de nossos filhos. E não olharmos para dentro dos quartos deles, para dentro dos celulares deles, é negligência.

Essa semana uma reportagem sobre a rede social Discord, que vem conquistando cada vez mais crianças e adolescentes, chocou pais e educadores. Quando terminou a reportagem, eu fui abrir no meu celular. O Discord parece tão fofo, tão bacana, tão amigável. Mas por trás dessa imagem, crimes seríssimos acontecem, e nossos filhos, SIM, NOSSOS FILHOS, podem ser as vítimas, ou quem sabe, até mesmo os algozes.

Mudanças na personalidade de nossos filhos são normais conforme vão crescendo. Porém certas atitudes não podem ser normalizadas de forma alguma.

Quando eles se trancam em seus quartos horas a fio, vão dormir tarde porque estão na internet, passam a dissimular claramente quando são questionados, ficam mais calados do que o normal quando estão em família, interagem pouco em casa, e se tornam até um tanto quanto hostis, podem ser sinais de que muita coisa está acontecendo na vida do seu filho e você não tem a menor ideia do que.

Nessa reportagem recente, tanto os pais dos adolescentes criminosos, que agrediram, chantagearam meninas de 12, 13 anos de idade, quanto os pais dessas crianças adolescentes vítimas, nenhum deles sonhava que aquilo estava acontecendo.

E eu estou falando de crueldades sem tamanho. Inimagináveis para as idades daquelas pessoas. É uma dark web totalmente acessível, convidativa, que não escolhe classe social. Basta estar ali, fragilizada para se tornar uma vítima em potencial.

O caso do Discord é apenas um alerta gritante para que os pais acordem desse adormecimento. Dessa crença falsa de que é uma fase e vai passar. Ou de preferir pensar que isso jamais aconteceria na sua casa, porque sua casa é uma casa que oferece tudo de melhor para o seu filho e que a relação de vocês é ótima.

E mesmo com a melhor relação do mundo entre pais e filhos, isso pode acontecer assim. Porque a definição de boa relação entre pais e filhos às vezes é muito deturpada. Uma relação entre pais e filhos não é aquela em que são amigos simplesmente. Em que sorri na mesa. Ou se abraça e se beija.

Uma relação real, é aquela onde pode se falar de tudo, sem medo, sem medo de julgamento e rejeição. Onde todos falam de sentimentos espinhosos. Onde todos colocam suas opiniões mesmo que divergentes, na mesa. E essa abertura de diálogo real começa pelos pais.

É preciso falar sobre tudo, sobre temas reais, sobre o que há de pior acontecendo no mundo, é preciso que se toque em temas desconfortáveis para que se descubra qual a opinião do seu filho a respeito.

Pais não sabem o que os filhos pensam sobre diversos assuntos que estão aí, pelas ‘ruas da web’. Não existe outra saída a não ser amadurecer. Os adultos que educam filhos precisam amadurecer, precisam se empoderar de uma postura educadora. Precisam se debruçar na tarefa de aprimorar a comunicação com os filhos.

É uma jornada que vale a pena ser construída com solidez! Essa é a verdadeira jornada do amor, a que protege encarando de frente as mazelas do século XXI. 

 

Stella Azulay - jornalista e educadora parental da Juntos Educação Parental com especialização em Análise de Perfil e Neurociência Comportamental.


Inverno, gripe e pré-escola: a angústia anual das famílias

Especialistas salientam benefícios como desenvolvimento socioemocional, sociabilização e reforço imunológico

 

Aos oito meses de idade, a Flavinha fez uma cirurgia delicada no coração, para corrigir um problema congênito. Um mês depois, completamente restabelecida e pronta para levar vida normal, a pequenina voltou à rotina diária da pré-escola, enquanto os pais Fernanda e Flavio trabalham. Esse retorno já seria um desafio importante na vida da família. Mas foi maior ainda por ocorrer exatamente no mês de junho, período em que as temperaturas caíram em Curitiba e as emergências médicas lotaram de crianças com problemas respiratórios. A família fez a escolha certa? 

A resposta é sim, segundo consenso entre especialistas em educação e pediatras, além dos próprios pais da Flavia. Com a chegada do inverno, as preocupações com a saúde das crianças se intensificam, especialmente quando se trata de resfriados e outras doenças respiratórias. A angústia é grande entre os pais, principalmente entre os que não têm rede de apoio para manter os filhos em casa. Nesse período, é fundamental compreender a importância de manter as crianças pequenas na pré-escola, uma vez que isso contribui significativamente para seu desenvolvimento, sociabilização e fortalecimento do sistema imunológico. 

A pré-escola desempenha um papel crucial no desenvolvimento infantil, oferecendo um ambiente propício para a aprendizagem e aquisição de habilidades socioemocionais. Durante as aulas, as crianças têm a oportunidade de explorar, interagir e aprender por meio de atividades estruturadas e lúdicas. A interação com colegas e colegas de classe estimula o crescimento intelectual, a curiosidade, a criatividade e a resolução de problemas, diz Franciele Fagu, assessora pedagógica da Pré-Escola em uma das maiores escolas da capital paranaense, o Colégio Santo Anjo. Dos seus 3 mil alunos, 1,2 mil têm de 4 meses a 6 anos, formando o maior grupo pré-escolar da cidade. 

Além disso, a pré-escola é um espaço de sociabilização, onde as crianças têm a oportunidade de interagir com outras crianças de diferentes origens e culturas. Essa interação promove o desenvolvimento de habilidades sociais, como a comunicação, a colaboração, o respeito e a empatia. E, para todas essas atividades, o colégio proporciona espaços amplos, cobertos e arejados, proporcionando momentos ao ar livre, onde o ar circula, acrescenta Franciele Fagu.

 

Reforço da imunidade  

No caso da Flavia e da maioria das crianças, mantê-las na pré-escola durante o inverno também é vantajoso para o fortalecimento do sistema imunológico. Embora seja verdade que o período de frio traga consigo um aumento nas doenças respiratórias, o contato com vírus e bactérias ajuda a desenvolver uma imunidade mais robusta. 

Ao enfrentar esses desafios de forma moderada, o sistema imunológico da criança se torna mais resistente, pondera a pediatra Nicolle Schio. “A criança costuma ter pelo menos uma infecção mensal e neste ano é esperado que o número seja ainda maior, porque a circulação das pessoas voltou ao normal, após o isolamento da pandemia. E por consequência há maior circulação de vírus, bactérias e outros patógenos. Eles acabam ativando o sistema imunológico, a criança cria anticorpos para vírus semelhantes e os sintomas serão cada vez mais brandos ou até inexistentes nos próximos contatos.” 

Para os pais de Flavia, Fernanda e Flavio da Cunha, essa orientação foi importante para retomarem a vida normal sem temores. “Nós estamos muito felizes com o retorno à escola. Ela é agora uma criança normal que passou por um evento traumático. Ficou 22 dias no hospital, isolada, sem estimulação. Foi bem difícil para todos nós, que nos revezávamos na UTI.

Agora ela precisa de estímulo para se desenvolver ainda mais. Quando viu a professora já riu. A escola nos acolheu com muito carinho e cuidado. Recebo fotos todos os dias e até agora ela não teve um resfriado”, conta Fernanda.

 

Como reduzir o risco de complicações 

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 90% das crianças entre 4 e 5 anos frequentam a pré-escola no Brasil. A experiência mostra que aproximadamente 30% das crianças em idade pré-escolar apresentam doenças respiratórias no inverno. No entanto, medidas de prevenção aplicadas podem ajudar a reduzir o risco de complicações: 

  1. Higiene adequada: Incentive as crianças a lavar as mãos regularmente com água e sabão, especialmente antes das refeições e após usar o banheiro. O uso de álcool em gel também pode ser recomendado.
  2. Vacinação: Verifique se as vacinas das crianças estão em dia, incluindo as vacinas contra a gripe, que são atualizadas continuamente.
  3. Ambiente saudável: Mantenha uma pré-escola limpa e bem ventilada. Promova a separação regular dos espaços, brinquedos e utensílios compartilhados.
  4. Alimentação balanceada: Estimule uma alimentação balanceada e rica em nutrientes, o que contribui para um sistema imunológico mais forte

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Se uma criança de pré-escola apresentar sintomas de resfriado ou gripe, é importante adotar as seguintes medidas: 

  1. Isolamento: Mantenha a criança em casa por alguns dias para evitar a disseminação da doença para outras crianças e educadores.
  2. Repouso e hidratação: Garanta que a criança descanse e beba líquidos em abundância para evitar a desidratação.
  3. Consulte um médico: Em caso de agravamento dos sintomas ou dúvidas, consulte um profissional de saúde para um diagnóstico adequado e orientações específicas.
  4.  

Para a pediatra Nicolle Schio, a rotina da pré-escola é valiosa para a criança desenvolver autonomia e capacidade de comunicação. “Se a criança estiver resfriada, mas se sentindo bem, aconselhamos a seguir a rotina escolar. O mais importante nessa idade, além dos ganhos de imunidade, é o desenvolvimento social. Em casa, a família aprende a ler a comunicação não verbal. Na escola, ela deve achar novas maneiras de se comunicar e isso é muito positivo”, acrescenta.

 

Colégio Santo Anjo


Cantor latino expõe o vício em jogos. O que motiva a compulsão?

Psicanalista explica que é preciso compreender quais são os gatilhos

 

Cantor de sucesso, principalmente nos anos 90, Latino expôs um drama, cada vez mais comum: o vício em jogos e a instabilidade financeira. Uma compulsão intensa que, no caso do cantor, fez com que ele, acreditando no sonho do enriquecimento e da prosperidade, investisse todas as suas economias em jogos de azar. 

Uma situação dramática que nos leva a refletir como isso pode afetar psicologicamente um indivíduo e o que fazer quando essa realidade bate à porta. 

O primeiro ponto que deve ser analisado é a facilidade que os indivíduos possuem de criar expectativas. Criamos expectativas em relação ao outro e em relação a nossas conquistas futuras. O grande problema é que nem tudo é previsível. E é exatamente esse o nosso maior ponto nevrálgico: sofremos por não controlar tudo. 

Quando algo foge ao nosso controle, entramos em estado de desequilíbrio que afeta tanto o comportamento, quanto o emocional. Isso porque a necessidade em ter o controle das situações nas mãos é um sentimento intrínseco de nossa espécie. Tudo o que é externo e nos foge ao controle, gera insegurança e medo e nos faz sentir vulneráveis. 

E no caso em questão, estamos falando de uma situação de perda, muitas vezes perda de somas consideráveis. Fato é que, ninguém joga e investe para perder, e quando isso ocorre entra em cena sensações incômodas como: a impotência, o fracasso e a culpa. 

Emocionalmente falando, o indivíduo que perde suas economias e se frustra com o resultado negativo, se vê angustiado ao ponto de não conseguir sentir-se em paz, o que gera transtornos emocionais relevantes, como perda de sono, perda de apetite, estresse generalizado, ansiedade, tristeza profunda, depressão, síndrome do pânico e, em casos mais extremos, pode até chegar a atentar contra a própria vida. 

Emoções essas que retroalimentam o estresse, levando-o a vivenciar sensações de cabeça pesada, irritabilidade, alterações de humor, entre outros gatilhos que justificam a desestruturação mental, em função da compulsão por jogatinas. 

Um outro fator bem relevante de todo esse processo é que além da tristeza, do medo e da raiva, a pessoa pode também carregar o sentimento de culpa. 

Uma culpa que distorce a realidade dos fatos e acelera o complexo de inferioridade e a baixa autoestima. O que pode estimular, através de atitudes desesperadoras, a busca da falsa ilusão do alívio e do auto perdão. Visto que, essa impotência também pode estar ligada a vergonha de se expor e mostrar sua fragilidade para parentes e amigos próximos.

 

A compulsão precisa ser estudada para compreender qual gatilho é o desencadeador do processo. Se não tratado a tempo, essas questões podem levar a consequências mais desastrosas como o envolvimento em outros vícios como cigarro, álcool, comida e drogas ilícitas, na tentativa de descontar a frustração em excessos. 

A solução não é se culpar e se esconder. Se o equilíbrio mental não acompanhar sua reorganização financeira e esse ciclo não promover o rompimento com a negação do problema, as questões vão retornar e você estará novamente em apuros, sem possibilidades de reversão. Não adianta fugir dos problemas. Devemos encarar de frente para conseguir perceber sua dimensão e desta maneira, verificar de que forma poderão ser solucionados. 

Portanto, assim como o cantor Latino, muitas pessoas caem nas garras da ilusão dos ganhos fáceis e no prazer provocado pela compulsão do jogo e da competição. 

Enfim, a dependência pode afetar qualquer um. É preciso entender a natureza do vício para modificar o padrão. Já que, muitos dependentes perdem a condição até mesmo de tomar atitudes próprias, agindo de forma negativa, necessitando de apoio e compreensão para sua reabilitação. 

O vício em jogos pode surgir de forma inesperada na vida de uma pessoa, porém é totalmente possível vencer e se livrar do abismo financeiro instalado. O primeiro passo é ter a consciência de que se está doente, querer e buscar ajuda terapêutica para desenvolver proteções psíquicas, fortalecer a autoestima, o foco e a determinação, além de obter acolhimento de uma rede de apoio.                       

 

Andrea Ladislau - graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Possui especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. É palestrante, membro da Academia Fluminense de Letras e escreve para diversos veículos. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional de pessoas do Brasil inteiro.
Instagram: @dra.andrealadislau


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