Apesar do exercício físico ser essencial no tratamento do transtorno, a técnica israelense traz uma perspectiva diferente
No Brasil, há algum tempo, é perceptível pelos
temas e comentários nas redes sociais, uma disseminação cada vez maior do termo
ansiedade. Milhares de pessoas compartilham dicas nas plataformas sobre como
diagnosticar a condição, quais são os sintomas, e quais as melhores maneiras de
lidar com ela.
Os dados corroboram este cenário: a Organização
Mundial da Saúde (OMS), classificou o Brasil como o mais ansioso do mundo em
2019, quase 10% da população afirmou sofrer com as consequências do transtorno.
Já de acordo com o Ministério da Saúde, em 2020, de 17 mil pessoas
entrevistadas, 86,5% se mostraram afetados pela ansiedade.
O exercício físico é um dos segmentos que compõe o
tratamento da condição, em conjunto com o atendimento psicológico. “A atividade
física de forma geral protege o organismo dos efeitos prejudiciais do estresse,
e possui efeitos antidepressivos e ansiolíticos, principalmente por meio da
produção de dopamina, que cai conforme vamos envelhecendo,” explica o
israelense Avigdor Zalmon, presidente da Federação Internacional de Krav Magá e
responsável pelo ensino da arte no Estado de São Paulo.
Porém, de acordo com ele, o Krav Magá carrega um
diferencial no seu método de ensino. “Como a técnica não exige força física,
trabalhamos exercícios que ajudam a desenvolver o controle emocional para
pensar com clareza e lidar com o medo e com diversas situações de perigo. O
medo é, inclusive, uma fonte de ansiedade para muitas pessoas, independente de
gênero ou idade.”
Zalmon esclarece que, para quem sofre com o
transtorno de ansiedade, o Krav Magá pode ajudar e muito, pois consegue
desenvolver no aluno uma ferramenta interna para lidar com momentos de crises.
“Regular suas emoções para compor a estratégia do contra-ataque é um dos
aprendizados da técnica, o que por consequência aumenta a autoconfiança,
proporcionando também estabilidade na resposta emocional em outros cenários da
vida,” complementa. “Nossa filosofia é de que os conceitos do Krav Magá devem
ser aplicados na nossa rotina diária, para que criemos clareza em todas as
nossas decisões.”
Zalmon ainda esclarece que o ambiente do treino
também traz para quem participa uma sensação de pertencimento, importante para
quem lida com problemas de saúde mental. “Nossos alunos sabem que somos uma
grande família, deixamos claro que eles não estão sozinhos e que pedir ajuda
também significa ter coragem. Se sentir menos solitário e dentro de uma rede de
apoio, é outro lado beneficial para quem lida com a ansiedade.”
Segundo ele, seus alunos contam que costumam sair
do treino com um sentimento de euforia e uma sensação de leveza. “A intenção é
que aos poucos o nosso aprendiz perceba que seu cérebro funciona de maneira
mais eficiente, e que ele possa analisar situações com nitidez, algo que o
transtorno impede.”
Zalmon esclarece que, por mais que a sensação de
felicidade invada o corpo com os treinos regulares, já que o exercício aumenta
a produção de endorfina, é importante também procurar ajuda com um profissional
da área da saúde. “A mente e o corpo devem se complementar e ambos devem ser
tratados simultaneamente, para que haja o equilíbrio interno.”
Ele finaliza dizendo que o objetivo dos treinos da
Federação Internacional de Krav Magá, são de que o aluno aprenda a se defender,
superar o medo da violência e do bullying, recuperar sua autoestima e
autoconfiança e andar mais seguro na rua, e que isso reflita nas outras áreas
de sua vida.
Federação Internacional de Krav Magá
Mais informações: https://www.kravmaga.org.br
YouTube: youtube.com/c/FederaçãoInternacionaldeKravMagá
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de Atendimento: (11) 97041-9797