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quarta-feira, 14 de setembro de 2022

O líder e o chefe no mundo corporativo

 

O termo “líder” e “chefe” são utilizados coloquialmente no mundo corporativo. Entretanto, existem diferenças substanciais entre estes dois termos.

O verdadeiro líder é alguém que influência e orienta as pessoas que trabalham para eles sem coerção ou pressão. Visionário do quadro geral, capaz de reunir equipes em torno de uma visão, ele não precisa ter um título específico ou estar em uma posição de liderança formalmente reconhecida. Pode ser absolutamente qualquer um, desde que suas palavras e ações influenciem e direcionem os comportamentos do grupo ao seu redor.

Já o chefe pode tender a se concentrar nos detalhes das tarefas do dia a dia. Ser chefe é um tipo de função dentro de uma hierarquia de negócios tradicional. Ele pode ser qualquer sujeito empregado para controlar e supervisionar os funcionários, organizando as pessoas para garantir que estejam trabalhando em direção aos objetivos da empresa com eficiência. Sua função se concentra em contratar e demitir funcionários, organizar equipes e alocar recurso.

O Líder também pode exercer esse poder, embora aquele verdadeiramente eficazes possa usar um tipo mais suave de autoridade informal para moldar as atitudes das pessoas ao seu redor. O bom líder é respeitado e confiado por aqueles ao seu redor para agir de forma justa e sempre fazer a coisa certa, então  é capaz de convencer as equipes a seguir seu plano com vontade e entusiasmo.

Saber a diferença entre o líder e o chefe é o primeiro passo para perseguir uma estratégia de boa liderança em vez de gestão indiferente, motivando mais prontamente os funcionários a realizar seu melhor trabalho e fazer mais.

Ter um líder como gestor também traz benefícios para os funcionários. Estes fazem com que os indivíduos se sintam ouvidos, apoiados, elevados e envolvidos no processo de administrar o negócio. Quando as pessoas ao seu redor compartilham sua visão para o futuro, elas permanecerão onde estão.

 

Patricia Punder - advogada, é compliance officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da USFSCAR e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de Compliance”, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020. 

www.punder.adv.br

Mais de 60 anos do consórcio: O que mudou na modalidade financeira e como a tecnologia tem impactado o mercado

Apesar de possuir mais de seis décadas de idade, o consórcio ainda pode ser considerado novo, pois foi apenas em 2008 que teve início a regulamentação no mercado pelo Banco Central, permitindo a regulação e criação de regras definidas por uma entidade do sistema financeiro. A partir disso, o consórcio ganhou um status de produto financeiro, o que trouxe segurança para o próprio produto e para o setor, possibilitando seu crescimento.

Diante disso, um fator que pode transformar a modalidade de consórcio de uma vez por todas é ter a clareza de sua definição. Hoje em dia, o mercado é fortemente dividido entre aqueles que acreditam que o consórcio é um produto de investimento e aqueles que acreditam que é um produto para compra de bens e serviços, sendo que é um pouco dos dois. 

A definição fornecida pelo Banco Central para consórcio é “autofinanciamento”, pois mistura os dois lados, investimento e poupança com crédito. O produto do consórcio pode ser usado dessas duas maneiras, e quando a população entender tal conceito, a modalidade passará a ser vista com outros olhos. O problema que acontece atualmente é que a falta de explicação sobre o serviço faz que os clientes se frustrem e consequentemente cancelem o consórcio.

Uma outra questão que precisa ser melhorada dentro do setor é a tecnologia, que parece que não chegou ao mercado de consórcio. Afinal, em todos esses anos, poucas iniciativas foram iniciadas com base em recursos tecnológicos. O produto é entregue para o cliente da mesma forma de quando a modalidade foi criada, sendo vendido pelo valor do crédito pretendido ou pela parcela que o cliente pode pagar. Essa ação gera uma entrega massificada, pois não considera interesses individuais do cliente e muito menos suas particularidades.

Tal atitude até passava despercebida há 15 anos, pois era uma época em que as ferramentas de dados e análise estavam começando a se desenvolver e faltava acesso à informações. No entanto, nos dias de hoje, não faz sentido não usar tecnologia nos processos, pois as ferramentas e os recursos estão à disposição, sendo possível trabalhar com dados e analytics, para tomar uma decisão diferente para o produto, sendo possível entregá-lo para cada perfil de cliente de forma individual, o que é uma grande vantagem.

No entanto, mesmo com poucos recursos tecnológicos, o consórcio continua fazendo sucesso, principalmente nas classes de renda menor. Por ser uma alternativa ao crédito, torna-se uma opção viável para quem quer comprar um bem ou serviço. Em países em desenvolvimento, como o nosso, o crédito costuma ser escasso ou caro, por isso o consórcio faz sentido. No Brasil, o consórcio é um produto bastante rentável e vem sendo incentivado por administradoras, que estão ligadas a grandes instituições financeiras.

O Consórcio também equaliza as oportunidades entre as classes sociais. No crédito, os clientes com maior renda, que apresentam um risco menor para a instituição financeira, recebem uma taxa de juros menor que os clientes com baixa renda. Contudo, no consórcio, independente da classe social, tendo a capacidade de renda necessária para arcar com as parcelas, todos os clientes do grupo têm a mesma taxa de administração, que é o custo da operação. Então, diferente do crédito que discrimina os clientes, o consórcio equipara e traz condições iguais entre os participantes. 

Por essa razão, o momento atual do consórcio é positivo, pois quanto mais caro ou mais escasso o crédito é, mais o produto se destaca. Se falarmos sobre custos e compararmos o  produto de financiamento e o produto de consórcio para compra de um bem, o consórcio fica mais barato. A exemplo do cenário promissor, dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), apontam que os primeiros seis meses deste ano bateram recorde de cotas vendidas com 1,85 milhão; foi o melhor resultado para o período nos últimos dez anos. Além disso, os números superaram em 12,1% o acumulado no mesmo período do ano passado, quando houve o registro de 1,65 milhão. No entanto, é claro, deve-se levar em consideração que existe o custo financeiro dentro da modalidade, que é a taxa de administração da operação, mas esta também compensa e apresenta vantagens.

Visto isso, a minha expectativa no curto prazo para o mercado de consórcios está na melhora na regulação e observância dos players do mercado, principalmente na conta de quem está à frente da operação oferecendo esse produto. É preciso garantir que todos os profissionais tenham uma maior qualificação, o que permitirá um aumento da qualidade do serviço e também mais transparência.

Já no longo prazo, percebo que o consórcio terá uma alavancada e entrará cada vez mais na carteira e na vida financeira dos clientes, permitindo a compra do que desejam, já que o produto vai oferecer uma operação menos custosa e mais programada. A tendência é que o consórcio evolua e traga melhorias com o passar do tempo, sendo mais personalizado para entregar e atingir de uma maneira melhor e mais fácil os objetivos dos clientes, o que vai gerar um mercado cada vez maior, cheio de inovações e possibilidades. 



Bruno Pinheiro - fundador e CEO da Turn2C Consórcio Inteligente. Formado em Engenharia Mecatrônica pela Universidade de São Paulo (USP), Bruno acumula mais de 17 anos de  experiência em empreendedorismo no mercado financeiro, em setores de investimento, câmbio, consórcio e banking. Seu ingresso no mercado ocorreu em 2004, ao iniciar sua trajetória profissional no Itaú Unibanco, maior banco privado do Brasil e maior conglomerado financeiro do hemisfério sul, no qual foi responsável por diversas áreas dos produtos de crédito imobiliário, financiamento de veículos e, de 2010 a 2013, responsável pela vertical de consórcios da Itaú Administradora e Fiat administradora de consórcio. Em paralelo, o executivo criou em 2015 a Besser Partners, fintech de câmbio para pessoas físicas e jurídicas que permite ao cliente acessar diversos bancos usando uma única plataforma, que foi vendida ao banco C6 SA em 2018.


Jovens gamers gastam mais tempo e dinheiro no metaverso, aponta pesquisa da Bain

Nova pesquisa da consultoria também revelou que mais da metade desse público prefere passar tempo com seus amigos em jogos do que sair pessoalmente


Os videogames são agora a primeira escolha de entretenimento para pessoas de 13 a 17 anos, superando as mídias sociais, TV, música ou qualquer outra forma de mídia, de acordo com um novo estudo da Bain & Company. A pesquisa, que inclui dados de EUA, Brasil, China e Japão, entre outros países, mostra que essa faixa etária tem gasto mais tempo e dinheiro no metaverso do que os jogadores mais velhos - e deseja aumentar o tempo que passa lá no futuro.

“Houve muito burburinho e muita confusão na comunidade empresarial sobre o que é o metaverso e como ele vai transpor o comércio e a vida para o mundo digital”, disse Andre James, head de Comunicação, Mídia e Entretenimento da Bain Américas. “Enquanto isso, os jovens gamers estão consolidando o futuro do metaverso. Eles adotaram jogos no estilo metaverso, muitas vezes preferindo socializar com amigos em jogos do que pessoalmente. Eles estão cada vez mais confortáveis com a realidade virtual, então mesmo aqueles que hoje não jogam no metaverso, provavelmente farão isso no futuro.”

Os gamers mais jovens têm maior atração por jogos do metaverso que são totalmente imersivos e sociais, onde os jogadores são criadores ativos no jogo, há sistema de compras in-game e estão disponíveis em qualquer dispositivo. Além disso, metade dos jovens gamers prefere passar tempo com seus amigos em jogos do que sair pessoalmente. Este é apenas um exemplo de como as preferências dos jogadores estão mudando à medida que a linha entre as experiências digitais e do mundo real diminui, e os videogames se tornam a base para uma coleção muito mais ampla de experiências de entretenimento.

A ascensão de novos modelos de pagamento, como assinaturas mensais de bibliotecas de jogos, e a adoção de jogos “free-to-play” levaram a uma melhora na receita média por usuário. É provável que essa tendência se acelere à medida que os videogames se tornarem a base para outras experiências de entretenimento pago. No entanto, as empresas do metaverso precisarão atender às preferências de diferentes perfis. Por exemplo, 56% dos gamers mais jovens disseram que se sentiam confortáveis em pagar para desbloquear recursos que melhoram seu desempenho em um jogo, enquanto a maioria dos mais velhos não. A pesquisa de Bain também descobriu que jogadores mais jovens preferem competir online para interagir com amigos, familiares e estranhos, enquanto que os jogadores adultos tendem a jogar por diversão e são mais propensos a jogar sozinho.

O crescente interesse no metaverso é consistente com as preferências dos jovens gamers dentro e fora dos jogos. Cerca de metade deles prefere participar de eventos escolares no metaverso e metade disse que preferia jogar com seus amigos online do que pessoalmente. As experiências sociais em espaços de jogos são a base para outras atividades online, como shows, eventos esportivos e outros aspectos da vida, incluindo trabalho e comércio. É provável que essa crescente demanda por experiências comunitárias se torne um catalisador para um metaverso mais amplo.

A pesquisa de Bain também indica que, embora existam algumas diferenças entre as motivações e preferências dos jogadores mais jovens em todas as regiões, as semelhanças estão crescendo, levando a mais oportunidades de sucesso global. Para maximizar o potencial, desenvolvedores e editores precisarão continuar ouvindo as preferências dos jovens gamers, incluindo a criação de experiências divertidas e imersivas que são sociais, multiplataforma e personalizáveis. Em longo prazo, o envolvimento dos gamers será dominado por jogos que podem escalar e ter um mundo e uma comunidade que existem além do videogame inicial.

A frenética atividade de M&A que definiu o primeiro semestre de 2022 na indústria de jogos pode ser apenas o começo. A experiência de outras indústrias de mídia sugere que é provável uma maior consolidação.

Além disso, os desenvolvedores de jogos competem com outras empresas de tecnologia pelos melhores talentos de codificação, mas a pesquisa de salários da Bain mostra que as empresas de jogos pagam menos que os concorrentes. Para entregar no metaverso o conteúdo de primeira linha que os gamers mais jovens desejam, essas companhias terão de adaptar suas estratégias de talentos para atrair e reter as pessoas certas. Isso pode acontecer por meio de remuneração e benefícios tradicionais acima do mercado, além de oportunidades de trabalho em empresas mais virtuais, menos hierárquicas, mais enxutas e ágeis.



Bain & Company

 www.bain.com.br

 LinkedIn Bain & Company Brasil


Empreendedorismo social e o futuro da geração alfa

Organizados em prol de causas como meio ambiente e desigualdade social, jovens podem ser decisivos para construir um mundo mais justo


Embora discussões sobre os problemas do meio ambiente sejam frequentes há muitas décadas, é a geração alfa - das crianças nascidas a partir de 2010 - que se vê às voltas com um desastre ambiental iminente. Em 2022, alguns países europeus enfrentaram temperaturas acima dos 40º no verão, o que causou mortes e destruição. E os efeitos das mudanças climáticas tendem a ser cada vez mais catastróficos.

Há muitas pessoas buscando soluções para esses problemas. Organizações mundialmente reconhecidas se esforçam para frear e até reverter algumas dessas consequências da ação antrópica sobre o planeta. Mas uma saída definitiva passa, também, por iniciativas locais, focadas em problemas específicos de algumas cidades, bairros e até ruas. Em 2019, alunos do Colégio Estadual Lindaura Ribeiro Lucas, em São José dos Pinhais (PR), desenvolveram o projeto LTB. Após algumas pesquisas de campo, o grupo identificou que havia muito lixo nos terrenos vazios ao redor da escola. De acordo com os integrantes, esse problema acarretava muitos outros: desvalorização dos imóveis do entorno, atração de bichos e utilização do espaço para uso de drogas. A solução que encontraram foi destinar corretamente o lixo e aproveitar os materiais recicláveis para fazer artesanatos e gerar renda para as próximas ações.

Para o coordenador pedagógico da Conquista Solução Educacional, Ivo Erthal, desenvolver uma mentalidade empreendedora também passa por tomar consciência das próprias responsabilidades no mundo e na sociedade. “É comum haver o entendimento de que Empreendedorismo se refere apenas a ações pessoais para desenvolver um negócio individual ou em parcerias para benefício próprio. No Empreendedorismo Social, a ação se direciona para os setores da sociedade que apresentam índices de desigualdade social”, destaca.

Além do meio ambiente, questões de cunho social, como a imensa desigualdade econômica, característica da vida contemporânea, também devem estar na pauta das discussões que essa geração precisará enfrentar no futuro próximo. De acordo com a doutora em Sociologia e professora da Escola de Direito e Ciências Sociais da Universidade Positivo (UP), Violeta Sarti Caldeira, “quando há muita desigualdade social, ninguém vive bem. Uma sociedade desigual fica entristecida, empobrecida e embrutecida porque não consegue se isolar do mundo – e esse isolamento nem é desejável. Um mundo que fere a existência do outro não é um mundo em que alguém pode andar em liberdade e fazer suas próprias escolhas", ressalta.

A Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), formulou o seguinte conceito para desenvolvimento sustentável: “desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade de atender às necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro”. É nesse futuro que a geração alfa precisará viver e, portanto, é dele que ela deve se ocupar.

Erthal lembra, ainda, que o empreendedorismo social pode ser, de fato, responsável por criar oportunidades para pessoas em situação de vulnerabilidade nas mais diversas áreas. “Alguns exemplos de impacto do empreendedorismo social estão relacionados à atuação em comunidades carentes, com projetos educacionais, apoio com questões de Direito e acesso à saúde, com consultas médicas, psicológicas e odontológicas”, finaliza.

 

Conquista Solução Educacional


Proteja-se de golpes virtuais no período eleitoral: veja as 10 dicas da Tenable

18% dos ciberataques com impacto ao negócio sofridos por empresas brasileiras foram resultado de engenharia social  


Golpes pelo celular já são velhos conhecidos e estão cada vez mais elaborados. Através de engenharia social, que são diferentes técnicas de manipulação para obter informações confidenciais, os cibercriminosos aproveitam o aumento de buscas relacionadas a candidatos, debates e informações sobre o dia da votação para fazer ataques e causar dor de cabeça nos eleitores. As táticas muitas vezes simples confundem até mesmo aquelas pessoas mais atentas e cuidadosas com seus dados pessoais e senhas. Um recente estudo realizado pela Forrester Consulting encomendado pela Tenable revelou que 18% dos ciberataques com impacto ao negócio sofridos por empresas brasileiras foram resultado de engenharia social. 

Um dos golpes já aplicados é o que imita uma pesquisa de eleição. Os hackers enviam um link para uma falsa enquete para o Whatsapp da pessoa, que a direciona para um site fictício. Ao acessá-lo, a vítima dá acesso ao dispositivo móvel e os criminosos roubam dados pessoais como número de cartão de crédito. 

As redes sociais também não estão a salvo. Postagens com mensagens de candidatos ou com notícias falsas podem chamar atenção dos mais desavisados, que ao acessar o conteúdo, permitem que os criminosos infectem celulares ou computadores. As mais comuns trazem falas com títulos sensacionalistas e muitas vezes falsos, os chamados “clickbaits”. Antes de clicar, confira a informação nos sites de agências de checagem de notícias ou em veículos oficiais de imprensa e veja se aquela informação de fato é verídica. 

Links também podem direcionar para outro golpe conhecido como Mão Fantasma, que induz a vítima a instalar aplicativos ou acessar links que dão acesso ao dispositivo. De forma silenciosa, os criminosos acessam mensagens, e-mails e senhas para realizarem transações bancárias.

Boas ações também podem esconder riscos cibernéticos. Pedidos de doações de dinheiro (nesse período pode ter criminoso se aproveitando das chamadas vaquinhas virtuais para campanhas eleitorais) de números estranhos ou até mesmo contatos gravados na agenda do celular são comuns e costumam roubar quantias grandes da vítima que só quer ajudar uma pessoa próxima ou por alguma causa que tenha se sensibilizado. 

“Nas eleições os criminosos não descansam. As pessoas e empresas devem estar alertas. Questionar tudo o que receber via internet ajudará a evitar cair em golpes durante as próximas semanas. Adicionalmente, uma das melhores maneiras de proteger suas contas contra ações de hackers é utilizar medidas de segurança adicionais, tais como autenticação de dois fatores. Este recurso torna muito mais difícil para os cibercriminosos obterem acesso." Por Filipe Pinheiro, Engenheiro Sênior de Segurança na Tenable. 

Para evitar cair nesses golpes, a Tenable, empresa de gerenciamento de cyber exposure, separou 10 dicas para proteger seus aparelhos. 

1.   Não acesse links suspeitos: Mesmo que um parente ou um amigo querido tenha te enviado um link, tome muito cuidado antes de clicar. O Whatsapp, por exemplo, indica quando uma mensagem foi muito compartilhada. Evite acessar links dessas mensagens.

2.   Informe-se por canais oficiais: Procurar informações sobre os candidatos aos cargos públicos faz parte do nosso papel de cidadão. Mas para garantir que está acessando informações verdadeiras e sem riscos de ataques de hackers, opte por sites ou canais oficiais de partidos políticos e da Justiça Federal.

3.   Atenção nas redes sociais. Sendo a mídia social um dos principais canais de conexão entre as pessoas e os políticos, não seria estranho que algumas contas verificadas fossem comprometidas ou contas falsas criadas para compartilhar links com fraudes. Exercer extrema cautela antes de acessar um link nas redes sociais, especialmente quando se é taggeado. 

4.   A gramática pode salvar: Mensagens maliciosas geralmente contém erros de português e isso pode ser um sinal para manter o clique longe.

5.   Invista em um bom antivírus: Programas de antivírus podem às vezes custar um pouco caro, mas são mais uma garantia que seus dispositivos estão protegidos. Nada se compara com o gasto financeiro e de tempo que você terá caso algum criminoso acesse seus dados pessoais.

6.   Ative a verificação em duas etapas: pode soar trabalhoso e é verdade. Ter duas formas de desbloquear um aplicativo pode dificultar a tentativa de golpe.

7.   Troque logins e senhas: caso perceba movimentações estranhas em seus e-mails, contas de bancos, aplicativos de mensagens e redes sociais, mude imediatamente seu login e senha para evitar danos maiores.

8.   Não repita senhas e use caracteres diferentes: por falar em senhas, não use números ou letras de documentos, datas ou nomes. Misture letras maiúsculas e minúsculas e use caracteres como #$%. E nunca repita a mesma senha para dois ou mais aplicativos ou redes sociais.

9.   Evite conectar o acesso a dados sensíveis em redes WiFi abertas ou públicas. Conexão a redes WiFi abertas ou públicas. Na medida do possível, evite conectar-se a redes que não são suas ou evite acessar páginas onde você tem que fornecer informações pessoais. Você pode usar a função "incognito mode" de seu navegador da web, isto lhe proporcionará mais segurança, pois o navegador não se lembrará de suas senhas, cookies e histórico de pesquisas.

10.  Em caso de dúvida, consulte alguém de sua confiança. Os criminosos cibernéticos utilizam todas as formas possíveis para enganar e explorar os usuários, aproveitando o fato de que nem todas as pessoas são tecnicamente experientes.


terça-feira, 13 de setembro de 2022

Dia do Programador: 5 dicas de ouro para quem quer iniciar na área

Atualização e estudo fazem parte da chave do sucesso 

 

Treze de setembro é o 256º dia do ano, data essa em que se comemora o Dia do Programador. A escolha, no entanto, não foi aleatória e tem um significado exato: 256 é o número de valores diferentes que podem ser representados com um byte de oito bits. 

Fato é que hoje em dia é praticamente impossível ter contato com qualquer coisa que não tenha a participação de um programador em seu desenvolvimento. Da TV ao smartphone, de sites à internet das coisas, muitos objetos comuns do cotidiano têm a participação de um programador. Por isso, a demanda por profissionais qualificados cresce a cada ano e quem quer ser inserido no mercado precisa se atentar aos detalhes para ter sucesso na carreira.

Para comemorar a data e ajudar a quem quer ingressar nesta área, preparamos uma lista com a ajuda do programador especialista em Inteligência Artificial e professor da Ultima School, Milton Ossamu (30), que elencou algumas das dicas fundamentais para quem está buscando uma carreira na programação:


1) O estudo é fundamental e o aprendizado constante: "Não é possível, na programação, terminar de estudar. Tudo muda o tempo todo, novas tecnologias surgem, novas linguagens, demandas e modelos de negócio. O hábito de estudar está intrinsecamente ligado ao sucesso de um profissional", diz o professor que tem passagens por empresas como Itaú, Gol e Vivo.


2) Estude Inglês: o especialista explica que a Língua Inglesa, assim como em muitas outras profissões, faz parte do cotidiano de um profissional e não pode ser uma barreira para a realização dos seus projetos. "Desde os materiais de estudo às linguagens de programação propriamente ditas, o inglês está presente em todos os momentos da vida do programador", explica.


3) Encare o medo: Ossamu diz que por mais que haja preocupação ao entrar nesse mercado, o ideal é não deixar que isso aconteça. "Procure um mentor, analise se o caminho está certo, mantenha-se atualizado e construa uma rede de contatos. Quanto mais envolvido com o ecossistema, menos ansiedade você terá ao ingressar no mercado". Neste sentido, vale reforçar que a Ultima School tem um programa de mentoria individualizado, proporcionando ao aluno mais confiança para encarar o mercado de trabalho.


4) Procure por conteúdo de qualidade: Embora a internet seja um vasto campo para pesquisas, nem sempre é possível extrair conteúdo completo, de fácil acesso e entendimento. Por isso, a recomendação de Ossamu é investir em cursos que dispõem de materiais didáticos completos, facilitadores, apoio ao aluno e encontros recorrentes com profissionais. "O acompanhamento personalizado, com o suporte de professores com ampla experiência de mercado, faz toda a diferença na inserção desses profissionais no mercado. A Ultima School, por exemplo, busca fazer toda a mentoria do aluno, ajudando-o, inclusive, a formular o seu currículo e a aproxima-lo de grandes empresas", explica.


5) Não foque só no salário: os altos salários do mercado de tecnologia, sem dúvida, são um dos principais atrativos. Porém, focar apenas nessa questão pode levar à frustração. Para o professor Ossamu, é preciso ter identificação com o tema e vontade de aprender. "Não existe programação sem matemática, análise de dados e estatística. A afinidade com essas questões é imprescindível para quem quer seguir na profissão", diz.

 

 Ultima School


Em homenagem ao dia da cachaça, Água Doce desvenda curiosidades e harmonizações da bebida

 

Divulgação/Água Doce Sabores do Brasil
O fundador da rede de franquias e especialista em aguardente, Delfino Golfeto, explica como saborear e harmonizar com a bebida símbolo do Brasil 

 

No dia 13 de setembro é comemorado o Dia da Cachaça (data criada em 2009 pela Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac)). Trata-se de uma bebida nobre, que agrada a diversas camadas sociais, ainda sendo vendida em dose, seja em bares nas periferias ou em restaurantes e cachaçarias. Na Água Doce Sabores do Brasil, o destilado é o protagonista de uma carta com mais de 60 marcas, com rótulos selecionados que o cliente pode adquirir por dose e em drinques. Em homenagem a data, Delfino Golfeto, especialista, cachacier ou sommelier de cachaças, e fundador da rede com 80 restaurantes no País desvenda curiosidades da bebida.

Cachaça não é pinga: Essa confusão é mais comum do que imagina. É errado pensar que cachaça é pinga. A principal diferença entre as duas bebidas é a origem de fabricação. A cachaça vem o alambique, já a pinga vem do colunão, uma coluna de destilarias que fabricam de mil a 5 mil litros de destilados por hora. Com o passar dos anos, a cachaça sofreu mudança de nome e ficou conhecida por aguardente de qualidade, pois é necessário passar por diversos processos desde o plantio da cana-de-açúcar até o envelhecimento da bebida.


Como beber cachaça:
Tente ver a transparência, a pureza e a oleosidade da cachaça ao movê-la dentro de um copo ou taça translúcida. Dessa forma, é possível ver as lágrimas da bebida descerem lentamente no copo, mostrando que a bebida é encorpada, como são as verdadeiras cachaças de qualidade envelhecidas em tonéis de madeira. O segundo passo para beber o destilado é sentir o cheiro e o gosto. Deixe-a na boca por vinte segundos para que sinta o sabor nas partes palatáveis, balançando e trabalhando a bebida nestes locais sensíveis. “Normalmente, a cachaça possui um teor alcoólico mais elevado, dando a sensação que esquenta ao tomá-la. Sempre brinco que a bebida tem que esquentar e não arranhar. Cachaça boa não tem disso. Já o segundo golinho fica melhor para apreciação. Geralmente, degusto 25 ml, para avaliar uma cachaça de qualidade em 20 ou 25 minutos. Para identificar uma boa cachaça, deve mastigar o cheiro ou o líquido. É dessa forma que se aprende o que é uma cachaça de bálsamo, de carvalho e amburana”, revela Delfino.

Harmonização: Pratos com acento tropeiro, como linguiças, torresmos, carnes suínas e tutu de feijão, se encaixam bem com uma boa cachaça. Há dois tipos básicos de harmonização: por semelhança, com uma cachaça suave com pratos mais leves (isca de tilápia ou bolinho de bacalhau), ou a contraposição, apostando no contraste, ou seja, uma cachaça mais encorpada com pratos como: torresmo, carnes vermelhas, queijo parmesão, entre outros. Para que a bebida possa valorizar a comida é preciso levar alguns fatores em consideração, como o teor alcoólico, o índice de acidez, os sabores, o aroma e o tipo de envelhecimento. No caso das cachaças neutras, que apresentam aspecto cristalino e não passam pelo processo de envelhecimento, os pratos mais indicados são tilápia ao molho de camarão, bolinho de bacalhau, camarão crocante, saladas, queijo provolone e tilápia crocante.

Já no caso das cachaças que passam pelo processo de envelhecimento em tonéis de madeira, é preciso levar em consideração o tipo de madeira utilizada para escolher o prato para harmonização. As cachaças envelhecidas no Balsamo, por exemplo, combinam com filé-mignon com gorgonzola, picadinho de carne e picanha na chapa. A Amburana pode ser perfeita quando a opção é um bolinho de carne de sol, bolinho de mandioca recheado, chapa mista com picanha, linguiça e filé de frango e, por incrível que pareça, até mesmo com sobremesas. O Carvalho, por sua vez, pode ser harmonizado com pratos como escondidinho, costelinha suína, torresmo e carne de sol.

“Esta bebida é um patrimônio nacional e movimenta bilhões de reais por ano no Brasil. Acreditamos muito na valorização do ritual de como se consumir esse produto. Valorizamos na Água Doce a forma de servir e, principalmente, as harmonizações pautadas em princípios e orientações de profissionais do setor”, orgulha-se Delfino.

Museu da Cachaça: Outra curiosidade é que Delfino fundou em maio de 2004 o Museu da Cachaça, localizado em Tupã, no interior de São Paulo, onde fica a sede da Água Doce Sabores do Brasil. O local tem mais de 3 mil rótulos, além de contar a história da bebida e o processo de fabricação. A Água Doce foi pioneira na valorização da cachaça ainda nos anos 1990, investindo tanto na variedade de opções da bebida, como no uso em caipirinhas e outros drinques. Como em tempos de pandemia fica mais difícil visitar determinados locais, a marca preparou um tour virtual para que os apaixonados pela bebida possam conhecer um pouco mais sobre o Museu da Cachaça.


No Dia Nacional da Cachaça (13), setor comemora aumento de 62% nas exportações e o impulso no mercado interno

Dados de exportação são do comparativo de janeiro a agosto de 2022 com 2021. Atualmente, a bebida brasileira é exportada para 66 países

 

No Dia Nacional da Cachaça comemorado nesta terça-feira (13), o setor celebra o impulsionamento no mercado externo e interno.

A variação percentual das exportações de Cachaça realizadas de janeiro a agosto de 2022, no comparativo com 2021, apresentou crescimento de 62,49 % em valor (US$ 13,10 milhões) e de 26,84% em volume (5,9 milhões de litros). Em 2021, nesse mesmo período, foram exportados o equivalente a US$ 8.066.791,00 em valor, e 4.710.930 litros em volume. Os dados são do Comex Stat (Ministério da Economia), compilados pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), entidade representativa do setor. Atualmente, a Cachaça é exportada para 66 países, principalmente para os Estados Unidos, Alemanha, Portugal e Itália.

No mercado interno, o tamanho do mercado da Cachaça também apresenta evolução. De acordo com relatório anual de bebidas alcóolicas da Euromonitor International, líder global no fornecimento de pesquisa de mercado, no comparativo entre 2021 e 2020, o crescimento foi de 30% em valor (atualmente, um mercado de R$ 15,55 bilhões) e 18% em volume (totalizando 469.725,2 milhões de litros).

Os números precisam ser comemorados e a perspectiva do setor – tanto no mercado externo, quanto interno - é fechar o ano com dados superiores a 2021. Mas é importante alertar que as perdas enfrentadas durante a pandemia foram significativas, em especial no mercado interno, quando o fechamento de bares e restaurantes, e outras restrições ao consumo de bebidas alcoólicas, afetou diretamente o mercado da Cachaça, que tem nesses locais os seus principais canais de distribuição. Esperamos que o cenário positivo continue, e que tenhamos mais motivos para comemorar”, enfatiza Carlos Lima, diretor executivo do IBRAC.

O momento pós-pandemia pode oferecer grandes oportunidades para o setor de Cachaça, à medida que os consumidores se sentem mais confortáveis em voltarem a consumir em bares e restaurantes. Teremos ainda um verão ímpar, com a Copa do Mundo e a volta do Carnaval, criando um cenário que, se bem trabalhado, podemos ver a Cachaça ser alavancada como um dos grandes destilados do mercado nacional”, destaca Rodrigo Mattos, analista de Alcoholic Drinks da Euromonitor International.

Cachaça – da Colônia à Independência do Brasil

O Dia Nacional da Cachaça é uma iniciativa do IBRAC, e já vem sendo comemorado desde 2009 pelo setor produtivo. O projeto de lei que estabelece o 13 de setembro como Dia Nacional da Cachaça está em tramitação no Senado Federal. 

A escolha da data tem um motivo histórico: em 13 de setembro de 1661 acontecia a famosa rebelião de produtores brasileiros chamada Revolta da Cachaça.

Em 1635, quando os portugueses notaram que o mercado da Cachaça crescia e o produto tomava o lugar da bagaceira, produzido por eles a partir do bagaço da uva, o rei de Portugal proibiu a produção e a comercialização da Cachaça. Na época, os portugueses chegaram a ameaçar produtores de deportação, apreensão do produto e destruição dos alambiques. O cenário culminou no movimento liderado pelos produtores, o que abriu caminho para a legalização da bebida por Ordem Régia.  

A Cachaça é símbolo da resistência do povo brasileiro, pois enfrentou preconceitos desde a época do Brasil colônia, período no qual teve a sua comercialização proibida por várias vezes. Com mais de 500 anos de história, está ligada aos acontecimentos do Brasil e pode ser considerada o primeiro destilado das Américas, tendo sido produzida, pela primeira vez, de forma intencional, em algum engenho de açúcar do litoral brasileiro, entre os anos de 1516 e 1532, antes mesmo do aparecimento do Pisco, da Tequila e do Rum”, explica o executivo do IBRAC.


Expansão no mercado externo

Iniciativas como o projeto setorial de Promoção às Exportações de Cachaça - Cachaça: Taste The New, Taste Brasil, desenvolvido pelo IBRAC em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - Apex-Brasil, e o Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) Agro Cachaça, desenvolvido pela Agência com o apoio do IBRAC, fazem parte da estratégia para impulsionador a Cachaça no mercado externo.


Perspectivas para o setor

Apesar dos números favoráveis para o setor, o executivo do IBRAC destaca que os esforços da categoria estão relacionados às políticas tributárias nas esferas federal e estadual.

Um dos principais entraves para a categoria é a tributação, principalmente nos estados em que há a sistemática da substituição tributária relacionada ao ICMS. O fim dessa sistemática tem potencial para impactar positivamente uma parcela considerável da categoria, principalmente de micro e pequenos produtores. Alguns estados já acabaram com essa sistemática para algumas bebidas e é importante que o mesmo aconteça para a Cachaça e em uma escala nacional. Saliento que a Cachaça é uma bebida genuinamente brasileira, sendo a primeira Indicação Geográfica do país, e que gera cerca de 600 mil empregos diretos e indiretos”, frisa Lima.

“Neste ano, no qual celebramos os 200 anos da independência, precisamos reforçar a necessidade de um olhar atento, em reduzir esses entraves para garantir a sustentabilidade do setor tanto no mercado interno quanto no externo”, completa. 

 

IBRAC - Entidade representativa do segmento produtivo da Cachaça. Mais informações em Instituto Brasileiro da Cachaça - IBRAC

 

Como os pais podem ser aliados na prevenção de doenças respiratórias

Manter cuidados e evitar aglomerações
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Além da vacinação, outras medidas ajudam a diminuir número de internações de crianças

 

As mudanças bruscas de temperatura no Rio Grande do Sul, nesta época do ano, são comuns e acabam complicando a saúde das crianças. A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) reforça a importância de alguns cuidados.

“Nunca se vacinou tão pouco. Não estamos falando só de COVID, mas de todas as outras doenças. Isso está fazendo com que estejam ressurgindo doenças importantes como sarampo, coqueluche, além dos riscos severos de algumas meningites. Por tudo isso estamos sugerindo que as pessoas retomem a vacinação, conversem com o seu pediatra e não deixem de aplicar as doses necessárias. A vacina da gripe precisa ser feita anualmente. Embora sintomas gripais apareçam com uma série de outros, a Influenza pode ser grave e matar. Existe vacina disponível a partir dos seis meses de idade. Então, não justifica as pessoas não fazerem”, salientou o médico pediatra, Marcelo Pavese Porto.


Doenças comuns no Inverno

Outros cuidados relativamente simples também são importantes para serem seguidos. Um deles é não levar as crianças que tenham algum sintoma gripal ou resfriado para escola ou para creche.

“Primeiro eles precisam de um tempo de repouso para se recuperar. A imunidade dele está baixa e o expõe a pegar outras doenças. Além de tudo, é claro, tem a cadeia de transmissão. A criança que está com uma gripe ou resfriado não deve ir para escola porque vai transmitir para outros. Em caso de febre, é ainda mais grave. Em hipótese alguma ele deve ir para escola”, disse.

Uma outra preocupação dos médicos é que o bebê recém-nascido esteja protegido.

“Desde antes da pandemia nos preocupávamos com isso. Não indicamos que levem crianças muito pequenas em aniversários, festas, shows, ou em um shopping, por exemplo, ou que recebam aquela série de visitas quando ainda é muito pequeno. Abaixo dos quatro meses, deve-se evitar aglomeração de pessoas”, disse.

Por fim, no caso de bebês, manter o aleitamento materno também é um cuidado indicado. Feito de forma exclusiva até os seis meses de vida, ajuda não apenas na produção de anticorpos que a mãe passa para o bebê, mas proporciona outros fatores de defesa. É fundamental na prevenção de doenças. Mesmo depois de seis meses é importante manter na medida do possível.

 

Marcelo Matusiak

 

Existe posição certa para dormir?


Todas as posturas trazem prós e contras que podem ir mudando ao longo da vida e de acordo com momentos ou condições de saúde

 

Assim como a temperatura ideal do chuveiro ou a quantidade de pó de café para uma boa xícara, a posição para dormir é uma questão de preferência pessoal, mas se você costuma acordar com dores nas costas ou com o pescoço “travado”, é sinal de que algo está errado. 

Muitas vezes não é nem como você dorme, mas o tipo de travesseiro que utiliza para sua posição preferida. Mais do que escolher mais mole ou mais firme, o travesseiro deve ter altura suficiente para dar o suporte adequado para o seu pescoço e para a posição do seu sono. A posição supinada ou “de barriga para cima”, por exemplo, é considerada por muitos médicos uma das melhores posições para dormir. 

Ao deitar desta forma, a gravidade cumpre o papel de manter o corpo centrado na coluna espinhal, que fica menos pressionada e não passa por grandes contorcionismos durante a madrugada, além de ser a melhor para quem quer evitar rugas, pois não “achata” o rosto, nem fricciona a pele contra a fronha. A má notícia para quem ficou animado para tentar, é que ela é contra-indicada para quem tem dores na lombar ou sofre de apneia obstrutiva do sono, que pode se intensificar quando se dorme assim. Mulheres grávidas também devem evitar a posição pelo mesmo motivo: ela está associada a mais eventos de dessaturação de oxigênio. 

A dica para quem gosta de dormir com a barriga para cima é manter a cabeça “olhando para o teto”, usar um travesseiro mais fininho e colocar uma almofada sob os joelhos para garantir mais conforto.

 

E de bruços, pode?  

Estima-se que apenas 17% da população caia no sono assim e os médicos agradecem. A recomendação é que essa posição seja evitada pela maioria das pessoas, já que tensiona a coluna e o pescoço e pressiona as juntas dessas mesmas áreas. Por outro lado, dormir de bruços pode beneficiar pessoas com hérnia ou doença degenerativa do disco, além de diminuir o ronco e aliviar sintomas de apneia leve. 

A dica é usar um travesseiro bem fininho também para diminuir a tensão nos ombros e pescoço e dormir com as pernas estendidas, pois a torção da cintura e lombar para deixar uma perna recolhida pode forçar a coluna e causar dores no dia seguinte. 

Em contrapartida, para quem não está acostumado, passar a dormir de lado, não é um processo simples. Comece colocando travesseiros dos dois lados do corpo, assim você simula a segurança que a barriga apoiada no colchão proporciona. 

De lado é uma boa posição para quem sofre de refluxo também, de preferência com o corpo virado para a esquerda, isso porque o estômago e intestinos estão voltados à esquerda, facilitando a passagem dos alimentos por eles graças à ação da gravidade. Também é bom para o coração porque impede o bloqueio da artéria aorta e, assim como “de bruços”, também reduz potencialmente o ronco e alguns sinais de apneia. 

A parte ruim, porém, e neste caso para quaisquer dos lados, é que pode ocasionar tensão nos ombros e gerar dor na mandíbula com ramificações por toda a cabeça, além de “adormecer” o braço e potencialmente aumentar as rugas no rosto. Para evitar essa tensão, escolha um travesseiro mais alto, que dê um suporte à cabeça de forma que o pescoço fique alinhado à coluna.

 

Sono em posição fetal

Você é daquelas pessoas que dormem “encolhidas”, parecendo um pacotinho de presente? É a chamada posição fetal e é altamente recomendada para pessoas com hérnia de disco porque reduz a torção na coluna e alivia a dor nas articulações, além de reunir ainda os benefícios de dormir de lado.

 

É preciso apenas ter cuidado para não “apertar” em excesso o corpo e acabar tensionando demais os músculos. Ao invés de uma manhã com energia, você terá que lidar com dores pelo corpo. 

Resumindo, não existe posição certa para dormir, todas tem prós e contras, algumas são mais recomendadas por questões de saúde, mas de maneira geral, a melhor opção para cada um é aquela em você se sente mais confortável e dorme melhor.
  


Persono

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Pediatra explica questões sobre o Vírus Sincicial Respiratório

Saiba quais são as possibilidades de tratamento

 

No país, casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) cresceram entre crianças e adolescentes de 5 a 12 anos de idade, segundo o boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado dia 2 de setembro. E dentre os patógenos responsáveis pelo aumento dessa síndrome está o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que acomete bebês e crianças, sendo comum nas estações de outono e inverno e em meses chuvosos. 

De acordo com o médico pediatra e professor mestre Bruno Leandro de Souza, do curso de Medicina do Unipê, o vírus causa a maioria das infecções do trato respiratório em crianças, sobretudo no primeiro ano de vida. O VSR pode culminar em pneumonia e bronquiolite nessa faixa etária. 

“A maior transmissibilidade se dá pelo contato direto com a pessoa doente. Porém, como o vírus permanece vivo no ambiente fora do corpo humano por até seis horas, também pode haver transmissão pelo contato indireto pelos objetos ou utensílios contaminados”, diz o professor, que é coordenador do Internato de Pediatria do Unipê.
 

Sintomas e sinais 

Inicialmente, a criança ou o bebê pode ter tosse leve, congestão nasal e coriza até febre. Após 48 horas do início do quadro a tosse tende a ficar mais intensa, segundo Bruno. “Em algumas crianças, sobretudo nas pequenas e nos bebês, pode haver sinais de dificuldade para respirar ou até deglutir. Nos casos mais graves, pode haver cianose (pelo de cor arroxeada) e sinais de que há grande esforço para respirar”, cita. 

Caso a criança venha a ter o VSR, o caminho é observar sinais de gravidade, como cianose, esforço respiratório e dificuldade para manter a alimentação adequada e oferecer hidratação e repouso. Medicamentos são indicados para casos específicos. “Se a criança tem sinais de gravidade ou menor de três meses, recomendo ida imediata ao pediatria ou médico de urgência”, atenta Bruno.
 

Tratamentos 

Para os casos leves, Bruno diz que o mais importante é hidratar a criança, deixa-la em repouso e sempre usar lenço e lavar as mãos quando ocorrer tosse e espirro. Já o tratamento para casos mais graves dependerá do quadro clínico da criança. Os riscos de doença mais grave são maiores para recém-nascidos e crianças de até um ano, principalmente até os três meses de vida. 

“Em casos de pneumonias, pode haver infecção oportunista por bactérias e neste caso está indicado uso de antibióticos. Nos casos de bronquiolite, hidratação é fundamental. Não há tratamento específico para o VSR. Em casos de muita gravidade, o que é mais raro, pode ser necessário tratamento em unidade de terapia intensiva (UTI).” 

Se sua criança ou seu bebê estiver com a doença, a lavagem nasal é um importante aliado na remoção de secreções e desobstrução. Antitérmicos aliviam os sintomas trazidos pelo aumento da temperatura, geralmente acompanhada de dor, fadiga e mal-estar. “A inalação pode ser útil de uma forma geral para auxiliar a lavagem nasal. A utilização se dá conforme cada caso após avaliação médica”, reforça Bruno. 

Para prevenir a criança contra o VSR é necessário entender como ocorre a transmissão dele. Então a sugestão de Bruno é evitar contato direto com pessoas sintomáticas, deixar os ambientes internos com ventilação corrente e orientar boas práticas de higiene a todos.

 

Unipê

https://www.unipe.edu.br/


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