O fundador da
rede de franquias e especialista em aguardente, Delfino Golfeto, explica como
saborear e harmonizar com a bebida símbolo do BrasilDivulgação/Água Doce Sabores do Brasil
No dia 13
de setembro é comemorado o Dia da Cachaça (data criada em 2009 pela Instituto
Brasileiro da Cachaça (Ibrac)). Trata-se de uma bebida nobre, que agrada a
diversas camadas sociais, ainda sendo vendida em dose, seja em bares nas
periferias ou em restaurantes e cachaçarias. Na Água Doce Sabores do Brasil, o
destilado é o protagonista de uma carta com mais de 60 marcas, com rótulos
selecionados que o cliente pode adquirir por dose e em drinques. Em homenagem a
data, Delfino Golfeto, especialista, cachacier ou sommelier de cachaças, e
fundador da rede com 80 restaurantes no País desvenda curiosidades da bebida.
Como beber cachaça: Tente ver a transparência, a pureza e a oleosidade da cachaça ao movê-la dentro de um copo ou taça translúcida. Dessa forma, é possível ver as lágrimas da bebida descerem lentamente no copo, mostrando que a bebida é encorpada, como são as verdadeiras cachaças de qualidade envelhecidas em tonéis de madeira. O segundo passo para beber o destilado é sentir o cheiro e o gosto. Deixe-a na boca por vinte segundos para que sinta o sabor nas partes palatáveis, balançando e trabalhando a bebida nestes locais sensíveis. “Normalmente, a cachaça possui um teor alcoólico mais elevado, dando a sensação que esquenta ao tomá-la. Sempre brinco que a bebida tem que esquentar e não arranhar. Cachaça boa não tem disso. Já o segundo golinho fica melhor para apreciação. Geralmente, degusto 25 ml, para avaliar uma cachaça de qualidade em 20 ou 25 minutos. Para identificar uma boa cachaça, deve mastigar o cheiro ou o líquido. É dessa forma que se aprende o que é uma cachaça de bálsamo, de carvalho e amburana”, revela Delfino.
Harmonização: Pratos com acento
tropeiro, como linguiças, torresmos, carnes suínas e tutu de feijão, se
encaixam bem com uma boa cachaça. Há dois tipos básicos de harmonização: por
semelhança, com uma cachaça suave com pratos mais leves (isca de tilápia ou
bolinho de bacalhau), ou a contraposição, apostando no contraste, ou seja, uma
cachaça mais encorpada com pratos como: torresmo, carnes vermelhas, queijo
parmesão, entre outros. Para que a bebida possa valorizar a comida é preciso
levar alguns fatores em consideração, como o teor alcoólico, o índice de
acidez, os sabores, o aroma e o tipo de envelhecimento. No caso das cachaças
neutras, que apresentam aspecto cristalino e não passam pelo processo de
envelhecimento, os pratos mais indicados são tilápia ao molho de camarão,
bolinho de bacalhau, camarão crocante, saladas, queijo provolone e tilápia
crocante.
Já no caso
das cachaças que passam pelo processo de envelhecimento em tonéis de madeira, é
preciso levar em consideração o tipo de madeira utilizada para escolher o prato
para harmonização. As cachaças envelhecidas no Balsamo, por exemplo, combinam
com filé-mignon com gorgonzola, picadinho de carne e
picanha na chapa. A Amburana pode ser perfeita quando a opção é um bolinho de
carne de sol, bolinho de mandioca recheado, chapa mista
com picanha, linguiça e filé de frango e, por incrível que pareça, até mesmo
com sobremesas. O Carvalho, por sua vez, pode ser harmonizado com pratos como
escondidinho, costelinha suína, torresmo e carne de sol.
“Esta bebida
é um patrimônio nacional e movimenta bilhões de reais por ano no Brasil.
Acreditamos muito na valorização do ritual de como se consumir esse produto.
Valorizamos na Água Doce a forma de servir e, principalmente, as harmonizações
pautadas em princípios e orientações de profissionais do setor”, orgulha-se
Delfino.
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