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terça-feira, 13 de setembro de 2022

Pediatra explica questões sobre o Vírus Sincicial Respiratório

Saiba quais são as possibilidades de tratamento

 

No país, casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) cresceram entre crianças e adolescentes de 5 a 12 anos de idade, segundo o boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado dia 2 de setembro. E dentre os patógenos responsáveis pelo aumento dessa síndrome está o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que acomete bebês e crianças, sendo comum nas estações de outono e inverno e em meses chuvosos. 

De acordo com o médico pediatra e professor mestre Bruno Leandro de Souza, do curso de Medicina do Unipê, o vírus causa a maioria das infecções do trato respiratório em crianças, sobretudo no primeiro ano de vida. O VSR pode culminar em pneumonia e bronquiolite nessa faixa etária. 

“A maior transmissibilidade se dá pelo contato direto com a pessoa doente. Porém, como o vírus permanece vivo no ambiente fora do corpo humano por até seis horas, também pode haver transmissão pelo contato indireto pelos objetos ou utensílios contaminados”, diz o professor, que é coordenador do Internato de Pediatria do Unipê.
 

Sintomas e sinais 

Inicialmente, a criança ou o bebê pode ter tosse leve, congestão nasal e coriza até febre. Após 48 horas do início do quadro a tosse tende a ficar mais intensa, segundo Bruno. “Em algumas crianças, sobretudo nas pequenas e nos bebês, pode haver sinais de dificuldade para respirar ou até deglutir. Nos casos mais graves, pode haver cianose (pelo de cor arroxeada) e sinais de que há grande esforço para respirar”, cita. 

Caso a criança venha a ter o VSR, o caminho é observar sinais de gravidade, como cianose, esforço respiratório e dificuldade para manter a alimentação adequada e oferecer hidratação e repouso. Medicamentos são indicados para casos específicos. “Se a criança tem sinais de gravidade ou menor de três meses, recomendo ida imediata ao pediatria ou médico de urgência”, atenta Bruno.
 

Tratamentos 

Para os casos leves, Bruno diz que o mais importante é hidratar a criança, deixa-la em repouso e sempre usar lenço e lavar as mãos quando ocorrer tosse e espirro. Já o tratamento para casos mais graves dependerá do quadro clínico da criança. Os riscos de doença mais grave são maiores para recém-nascidos e crianças de até um ano, principalmente até os três meses de vida. 

“Em casos de pneumonias, pode haver infecção oportunista por bactérias e neste caso está indicado uso de antibióticos. Nos casos de bronquiolite, hidratação é fundamental. Não há tratamento específico para o VSR. Em casos de muita gravidade, o que é mais raro, pode ser necessário tratamento em unidade de terapia intensiva (UTI).” 

Se sua criança ou seu bebê estiver com a doença, a lavagem nasal é um importante aliado na remoção de secreções e desobstrução. Antitérmicos aliviam os sintomas trazidos pelo aumento da temperatura, geralmente acompanhada de dor, fadiga e mal-estar. “A inalação pode ser útil de uma forma geral para auxiliar a lavagem nasal. A utilização se dá conforme cada caso após avaliação médica”, reforça Bruno. 

Para prevenir a criança contra o VSR é necessário entender como ocorre a transmissão dele. Então a sugestão de Bruno é evitar contato direto com pessoas sintomáticas, deixar os ambientes internos com ventilação corrente e orientar boas práticas de higiene a todos.

 

Unipê

https://www.unipe.edu.br/


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