Pesquisar no Blog

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Conheça 10 iniciativas que unem turismo, ciência e educação em prol da conservação da biodiversidade marinha no Brasil

Projeto Botos da Barra, de Tramandaí (RS), é uma das iniciativas apoiadas pela Fundação Grupo Boticário. Foto: Ignacio Moreno (CECLIMAR/CLN/UFRGS)


Fundação Grupo Boticário oferece apoio técnico e financeiro para dez projetos voltados ao turismo responsável na costa brasileira
 

 

A busca por experiências mais autênticas, atividades ao ar livre e maior contato com a natureza estão entre as grandes tendências do turismo nos próximos anos. Para estimular negócios sustentáveis que possam promover a conservação da biodiversidade em regiões costeiro-marinhas e que também caminham em direção a essas expectativas para o turismo, a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza selecionou dez projetos para receber apoio técnico e financeiro a partir deste ano.

 

As soluções de turismo responsável desenvolvidas nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul do país estão entre as 19 iniciativas de todo o país selecionadas pelo Camp Oceano, que destinará um total de R$ 3,7 milhões em apoio financeiro pelos próximos três anos. Além do turismo, também foram apoiadas soluções para reduzir a poluição no mar e mitigar os efeitos da crise climática em regiões costeiras.

 

“Os projetos do Camp Oceano, desenvolvidos por meio de cocriação, com capacitações e mentorias para aprimorar as ideias, demonstraram potencial para gerar impactos positivos e duradouros para a conservação de nossas áreas costeiras e marinhas, unindo o turismo, a ciência, a educação, o desenvolvimento econômico e a integração com a comunidade”, avalia Omar Rodrigues, gerente sênior de Engajamento e Relacionamento Institucional da Fundação Grupo Boticário.


 

Região Nordeste

A maioria dos projetos apoiados está no Nordeste. Das seis iniciativas de destaque na região, duas estão em Pernambuco. A Coalizão pelos Corais é um programa de turismo científico para integrar a comunidade local de Porto de Galinhas na resolução da degradação recifal e da demanda por novos passeios. O projeto, realizado pela BioFábrica de Corais, busca implementar um programa de restauração de recifes, dividido em quatro programas de manejo: transplantação de corais, mapeamento e monitoramento, recuperação de colônias enfermas, e experiências educacionais.

 

Já o projeto Aves de Noronha busca a convergência entre atividades de turismo e o fomento a ações de conservação no Arquipélago de Fernando de Noronha. Realizado pelo Instituto Espaço Silvestre, tem a intenção de preservar a maior diversidade de espécies de aves marinhas do Brasil, além de estimular a economia local, a ciência, a comunicação e o engajamento social.

 

De João Pessoa (PB), o projeto Coral eu cuido é modelo de gestão integrada e participativa para ajudar pessoas e empresários de turismo náutico na preservação dos recifes costeiros da Paraíba, utilizando tecnologia interativa digital e campanhas de sensibilização ambiental. O objetivo da solução, elaborada pela Associação para o Desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia (Scientec), é promover um turismo responsável e sustentável, com ênfase no monitoramento da saúde do ecossistema e engajamento permanente dos usuários em medidas de conservação.

 

No Ceará, uma iniciativa da Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis) está entre as selecionadas. O projeto Conhecer para Conservar visa a promoção do turismo responsável no município de Icapuí, com o intuito de fortalecer o turismo de base comunitária, permitindo a visitação ordenada de observação e experiência por meio de um Plano de Turismo Participativo. O projeto fornecerá apoio técnico e legal para os diferentes atores sociais, promovendo o fortalecimento de atividades turísticas para a conservação do peixe-boi-marinho e de aves migratórias, espécies ameaçadas de extinção e seus habitats naturais.

 

O projeto Conhecendo o oceano no rastro das tartarugas marinhas, do Instituto de Desenvolvimento Sustentável da Península de Maraú, na Bahia, integra um conjunto de ações locais para conectar o trade turístico, moradores, turistas e poder público, a fim de diminuir a pressão sobre os recursos naturais oriunda do desordenamento do turismo. Atua a partir da disseminação de cultura oceânica por meio de circuitos turísticos educativos e o desenvolvimento de um aplicativo que conecta pessoas e negócios com a conservação do oceano e das tartarugas.

 

Elaborada pelo Projeto Conservação Recifal, em Alagoas, a solução Fomentando o Ecoturismo na APA Costa dos Corais tem por objetivo promover o turismo participativo no monitoramento dos recifes de corais da maior unidade de conservação costeiro-marinha do Brasil. O processo inclui treinar turistas e capacitá-los para coletar dados durante passeios de snorkel. Uma equipe de pesquisadores fará expedições trimestrais a fim de comparar e validar os dados coletados pelos turistas.

 


Região Sul

Duas soluções beneficiam o turismo marinho no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Iniciativa do Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (Gemars), o projeto Como Virar Torres para o Mar? tem por objetivo a observação presencial e virtual da fauna marinha em Torres. Pretende, ainda, chamar a atenção da cidade para sua costa por meio da implementação do turismo de observação dos lobos e leões-marinhos, sem precisar estar necessariamente embarcado.

 

O Botos da Barra, outro projeto gaúcho que receberá o suporte financeiro da Fundação Grupo Boticário, é uma solução para potencializar o turismo de base comunitária atrelado à conservação da natureza na Barra do Rio Tramandaí. Por meio de métodos participativos de qualificação e conscientização dos atores locais, da valorização dos serviços e da paisagem de beleza cênica, o projeto da ONG Kaosa pretende ser catalisador da sustentabilidade de comunidades pesqueiras e litorâneas.

 

Realizado pela Fundação Educacional da Região de Joinville, o projeto Caminhos do Mar – Turismo de Natureza para a Conservação da Baía da Babitonga, em Santa Catarina, tem a intenção de promover o turismo embarcado de observação da natureza, como as toninhas, o menor golfinho do mundo e ameaçado de extinção. O projeto pretende gerar as bases técnicas para o desenvolvimento das atividades e transferir os produtos gerados para uma rede de colaboradores, incluindo jovens que fazem curso técnico em turismo. Os produtos gerados têm grande potencial para serem transformados em políticas públicas.


 

Sudeste

Um dos projetos apoiados será desenvolvido no Litoral Norte de São Paulo. A solução Mergulhando com o Mero, da Associação Ambientalista Terra Viva, busca desenvolver tecnologia para produção em cativeiro do peixe mero, criar protocolos para o manejo de indivíduos jovens, mapeamentos de áreas com aptidão para soltura, repovoamento e estímulo ao turismo de observação de megafauna. O mero pode chegar a três metros de comprimento e mais de 400 quilos. O projeto fornecerá treinamento para comunidades tradicionais, fomentando a cultura oceânica, possibilitando o turismo de observação do mero e fortalecendo as comunidades do entorno.


 

Sobre a teia de soluções

O Camp Oceano é um dos formatos de seleção da teia de soluções, iniciativa da Fundação Grupo Boticário. Lançada em 2020 com dois processos seletivos, a teia estimulou, em suas primeiras edições, o desenvolvimento de propostas voltadas para o turismo responsável em áreas naturais e para a Grande Reserva Mata Atlântica – o maior remanescente do bioma no Brasil. Em 2021, dois novos processos buscaram soluções para desafios relacionados ao oceano e ao Cerrado. Em 2022, foi lançado um LAB para cocriar soluções para a restauração da região hidrográfica da Baía de Guanabara.

 

 Fundação Grupo Boticário


Os três pilares da transformação digital do healthcare: ominidata, IoT e redes autônomas


A tecnologia sempre flertou com a medicina no que diz respeito às inovações voltadas ao atendimento ao paciente, tanto no aprimoramento do diagnóstico como no tratamento das inúmeras doenças. Entretanto, o uso de ferramentas tecnológicas destinadas ao gerenciamento hospitalar e à gestão da saúde de uma forma geral sempre foi deixado em segundo plano.

Com a pandemia da Covid-19, o setor de saúde precisou, mais do que qualquer outro, acelerar seu processo de transformação digital para ofertar, de forma ampla e efetiva, serviços como a telemedicina. Afinal, as consultas médicas à distância tornaram-se indispensáveis com a necessidade do isolamento social imposto pela emergência sanitária. Por outro lado, a sobrecarga do setor evidenciou a necessidade de aprimorar processos, otimizar a gestão de estoque e compra, para controlar melhor os recursos e estreitar o relacionamento com pacientes e usuários.

Quando alguém entra em um centro médico para realizar um exame ou fazer uma cirurgia tem início uma relação que produzirá uma série de informações que podem e devem ser utilizadas para agregar valor ao negócio. O acompanhamento desse atendimento gera insumos para todos os pontos de contato do paciente na instituição.

O conceito Phygital está se tornando, progressivamente, uma realidade dos serviços de saúde do Brasil. A integração do físico com o digital na jornada de assistência melhora a experiência do paciente, o acesso aos médicos, os desfechos clínicos e promove, inclusive, a redução de custos. A adoção de recursos de TaaS (Tecnologia as a Service) é uma das alternativas que vêm sendo utilizadas pelo mercado para escalar soluções digitais, tanto para uso de equipamentos como de softwares operacionalizados por empresas nos moldes de outsourcing.

Dentro deste contexto, um outro conceito, o de omnidata, pode potencializar o healthcare. A análise inteligente de dados, gerados de forma presencial, numa sala de espera, por exemplo, devem passar por uma leitura de comportamentos padrão, ou seja, precisam ser processados para virarem de fato dados. Isso é omnidata: a real integração do que é coletado digitalmente e fisicamente em um ambiente on-line que reúne e organiza as informações, entregando relatórios personalizados para as áreas competentes, em conformidade com a LGPD.

O estudo da IDC (International Data Corporation)) mostra que o investimento em tecnologias no setor de saúde na América Latina deve atingir US$ 1.931 milhões até o final do ano, o que equivale a R$ 10 bilhões. As empresas perceberam que um sistema de saúde digitalizado promove o aprimoramento da conexão entre os profissionais de saúde e os pacientes, ao mesmo tempo que otimiza os fluxos de trabalho, aumentando a eficiência operacional.

Três pilares devem sustentar a transformação digital em saúde: omnidata, IoT (Internet das Coisas) e uma rede autônoma, que conecte pessoas, processos e aplicações, de maneira fácil, automática e segura. Dessa forma, médicos terão largura de banda garantida para acessar imagens digitais e outros dados dos pacientes e dispositivos de IoT, como um monitor de pressão arterial de pulseira sem fio poderão ser conectados à de forma segura e automática.

Ao adotar tecnologias de rede que funcionam em todas as instalações e além delas é possível criar conexões sob medida, alocando melhor os recursos, e proporcionando uma experiência de alto nível a todos os envolvidos: usuários, colaboradores e gestores. É a tecnologia a serviço do seu objetivo maior, que é humanizar o healthcare.

 


Eliezer Silveira Filho - Managing Director da Roost

 

Impostômetro: brasileiro já pagou R$ 1 trilhão em impostos no ano

O painel da ACSP registrou o trilhão com 16 dias de antecedência na comparação com o ano passado. A inflação explica essa aceleração

 

O Impostômetro acabou de registrar R$ 1 trilhão, valor que é uma estimativa do total arrecadado em tributos pela União, Estados e Municípios, do início do ano até agora. Em outras palavras, é o montante que saiu do bolso do contribuinte e entrou nos cofres públicos.

A arrecadação está acelerando. No ano passado, o trilhão foi atingido 16 dias depois, segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), entidade que administra o Impostômetro. E a maior velocidade da arrecadação não se explica apenas pela melhora da atividade econômica. A inflação tem peso grande nessa aceleração.

Segundo Marcel Solimeo, economista da ACSP, parte dos impostos incidem sobre os preços dos produtos, o chamado imposto embutido. “Quanto maior o preço, maior o imposto embutido. Alguns itens estão extremamente tributados, como o caso dos combustíveis e da energia elétrica”, explica.

 

PESO DOS TRIBUTOS NOS PREÇOS FINAIS

No mês das mães, os consumidores que saírem para comprar os presentes ou lembranças vão pagar pelo menos 36% em impostos no preço final do produto.

No caso de perfumes importados, por exemplo, 78,99% do valor do produto equivale a tributos embutidos no preço. Os nacionais, um pouco menor, 69,13%.

O cálculo é feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).

 

Redação DC

Da equipe de jornalistas do Diário do Comércio

https://dcomercio.com.br/categoria/leis-e-tributos/impostometro-brasileiro-ja-pagou-r-1-trilhao-em-impostos-no-ano

 

Os desafios da sucessão nas famílias empresárias brasileiras

Por mais que tentemos evitá-la, a morte é uma certeza da vida e os últimos anos que temos enfrentado marcaram um novo território inexplorado para a geração atual. Enfrentamos o turbilhão com o COVID-19 e suas variantes, paralisações globais e uma nova maneira de viver, que deixou muitos confusos e muitas vezes enlutados. 

Nós nunca realmente nos preparamos para a morte ou suas consequências. Neste tempo, vimos famílias perdendo seus patriarcas e matriarcas, e family offices perdendo seus princípios. Uma das partes mais desafiadoras é fazer com que os “parentes mais próximos” decidam o que acontece a seguir e quem vai liderar. Quando alguém morre, todo o sistema familiar é derrubado. Os familiares enlutados encontram-se desinteressados e/ou incapazes de se comportar como costumavam. As pessoas não apenas precisam lidar com o luto, mas também precisam lidar com o fato de que uma parte vital da família se foi. Tudo isso se resume à importância do planejamento sucessório e como eles podem proteger a família após uma perda.

Realmente tudo soa como se fosse uma cena de um livro de ficção ou um filme de Hollywood, quem já experimentou sabe que a verdade é muito mais bizarra. Como as famílias que estão despojadas podem superar a dor de perder um ente querido e lidar com o cotidiano sabendo muito bem que a família pode se sentir como um barco sem leme?

Diz o ditado que nada na vida é certo, exceto a morte (e impostos). Após a turbulência da pandemia, muitas pessoas foram forçadas a lidar com esse tema de uma forma ou de outra.

Apesar de muitos esforços, nunca estamos realmente preparados para o fenecimento de um ente querido, e a questão dos testamentos, propriedades e heranças só pode complicar as coisas. A perda de um membro principal pode ter sérias implicações para o negócio, bem como para a família, principalmente se não houver uma atenção cuidadosa ao planejamento sucessório.

Ninguém pode realmente se preparar para a perda de um ente querido, mas ao colocar certas práticas de Governança e Sucessão em prática, você pode mitigar qualquer incerteza para a família empresária garantir sua perenidade.

O processo sucessório pode ser caracterizado por diversos autores como o momento de otimizar a continuidade da empresa familiar. Assim, o interesse do sucessor deve ir além de sua capacidade para lidar com stakeholders, ou seja, ele deve ser capaz de manter a empresa lucrativa e, assim, alavancar os negócios.

A sucessão sugere liderança sem alterar a forma básica da empresa, envolve uma reestruturação da forma fundamental da organização, não apenas uma mudança de guarda, envolvendo as diferentes partes que são impactadas de alguma forma pela sucessão, infere-se que a sucessão deve ser referida como um processo, engajando os diversos stakeholders de acordo com a ordem de importância das partes interessadas, demonstrada a seguir:

1) Sucedidos: fundador(es), sócio(s);

2) Sucessor(es): filho(s), genro(s), nora, empregado(s), cônjuge;

3) Família: cônjuge, filhos, genros, noras;

4) Empresa: funcionários;

5) Mercado: clientes, fornecedores, concorrentes e;

6) Comunidade: social, política, econômica.

O crescente interesse por este tema pode ser atribuído a vários fatores. Entre eles, o fato é que o sucesso ou fracasso desse processo pode viabilizar ou comprometer definitivamente a continuidade do negócio.

Por fim, a perspectiva dos proprietários familiares é avessa às perdas, pois refletem as escolhas estratégicas que fazem o controle e a influência da redução dos conflitos familiares, por meio de mecanismos de governança que promovem o controle familiar. Isso leva a uma relação positiva entre a propriedade familiar e o cumprimento do código. Esse resultado é baseado na identificação da família com a empresa, bem como suas preocupações com a reputação, que trazem maiores pressões para aderir às regras e padrões da sociedade.

 

Alexandre Rosa - Head de Franquias | GoNext Governança & Sucessão

 

GoNext Governança & Sucessão

https://gonext.com.br/

 

Alta das commodities puxa vendas do Brasil aos árabes

Exportações brasileiras à Liga Árabe avançam 33% no primeiro trimestre

 

As exportações brasileiras para os 22 países da Liga Árabe fecharam o primeiro trimestre com alta de 33,58%, em US$ 3,86 bilhões, segundo relatório da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.

O desempenho foi motivado por investimentos árabes para a transição de suas economias para a era pós-petróleo e pela valorização recente das commodities, intensificada pela invasão da Rússia à Ucrânia, que restringiu a participação desses países no mercado internacional de grãos e fertilizantes, além de ter encarecido fluxos logísticos.

O aumento nas vendas brasileiras aos árabes, cuja pauta é liderada por commodities minerais e alimentares, também é reflexo do movimento desses países dependentes em alguma medida de alimentos importados para reforçar os próprios estoques e assegurar a oferta nos próximos meses, segundo avalia o presidente da Câmara Árabe, Osmar Chohfi.

Tirando o minério de ferro, que liderou a pauta de exportação nos três primeiros meses do ano (US$ 690,29 milhões, -12,5%), os demais produtos da lista são do agronegócio. Esses produtos registraram avanço, especialmente a carne de frango (US$ 591,09 mi, +10,66%), açúcar (US$ 588,8 mi, +19,79%), derivados de soja (US$ 318,02 mi, +122,84%), trigo (US$ 285,86 mi, +438,06%), milho (US$ 269,6 mi, +27,21%) e carne bovina congelada (US$ 267,57, milhões, +165,73%). “Esse movimento de reforço de estoques não se restringe aos árabes, dado que as exportações brasileiras para o mundo cresceram 26,8% no período, somando US$ 72,3 bilhões”, pontua o dirigente.

Ainda de acordo com o relatório da entidade, o apetite dos árabes segue em alta pela retomada econômica local, alavancada pela vacinação precoce contra a covid-19 e pelo anúncio de novos investimentos para diminuir a dependência econômica do petróleo. Entre os investimentos, a entidade destacou o recém-anunciado aporte de US$ 152 bilhões do Fundo de Desenvolvimento Nacional da Arábia Saudita para triplicar até 2030 a atual participação dos setores não-petrolíferos no Produto Interno Bruto (PIB) saudita, que vem impulsionando a economia local.

A alta do petróleo no período também beneficiou países árabes exportadores de combustível fóssil, que em março atingiu seu maior patamar desde 2008: US$ 130 o barril do tipo brent. Outro fator é a retomada do turismo de stop-over nos Emirados Árabes, o religioso na Arábia Saudita e o histórico na Jordânia. Só no país do Levante, a receita com atividade cresceu 196,5% nos dois primeiros meses do ano. O setor deve seguir em alta com a perspectiva da Copa do Mundo do Catar, a partir de novembro, que deve levar milhares de pessoas a diferentes países do Golfo.

Apesar dos bons resultados e perspectivas, a Câmara Árabe manifestou no documento preocupação com um possível impacto na safra 2022/23 decorrente da menor oferta de fertilizantes da Rússia e Belarus. A entidade vem promovendo esforços para estimular a aquisição desses produtos de países árabes para compensar em parte a menor oferta russa e bielorussa, o que vem dando certo. No acumulado de janeiro a março, os árabes ampliaram a venda de fertilizantes ao Brasil em 44,5%, para US$ 773,52 milhões.

A entidade também vê como ponto de atenção a seca no Rio Grande do Sul, que deve provocar algum prejuízo na safrinha (colheita de inverno), com potencial de se estender para o cultivo seguinte.

Para baixar o relatório e os dados de comércio completos, clique aqui.

 

A importância de desenvolver a Inteligência Emocional desde a Educação Básica para formar profissionais capacitados às novas exigências do mercado


Atualmente, a competitividade do mercado de trabalho demanda profissionais cada vez mais qualificados. Mas, o que é ser um profissional competente? De acordo com um levantamento realizado pelo site de recrutamento CareerBuilder, as habilidades sociais são consideradas tão importantes quanto as técnicas no dia a dia de trabalho por 77% das empresas. Além disso, uma recente pesquisa desenvolvida pela empresa PageGroup revela que as habilidades comportamentais mais valorizadas por líderes empresariais da América Latina são trabalho em equipe, inteligência emocional e comunicação assertiva, sendo que no Brasil, a inteligência emocional é considerada a mais importante delas.

Nesse sentido, o setor educacional possui um papel fundamental para a formação integral de um profissional competente. Para atender às exigências atuais do mercado é imprescindível aplicar ferramentas educacionais desde a Educação Básica a fim de desenvolver no indivíduo, além das competências cognitivas, uma inteligência emocional consistente e prepará-lo por completo para os desafios.

Da mesma maneira, a educação socioemocional pode auxiliar no desenvolvimento das soft skills, habilidades comportamentais relacionadas à maneira como uma pessoa se relaciona com a outra e como lida com suas próprias emoções, ao mesmo tempo. Tanto é que, hoje em dia, as soft skills são muito mais valorizadas no ambiente de trabalho em comparação às hard skills, consideradas as aptidões técnicas de um profissional.


Como desenvolver a inteligência emocional durante a formação escolar?

O período escolar é a fase em que os estudantes absorvem a maior parte do conhecimento e experiência que irão levar para a vida pessoal e profissional. Portanto, investir nesta etapa pode ser decisivo no presente e futuro. As habilidades mais complexas podem ser aprimoradas nesse período e de forma colaborativa, tais como, argumentar e criticar com embasamento, e pesquisar de modo aprofundado e criterioso.

Este processo deve ocorrer de forma prática, mas sistematizada e como intencionalidade, para trazer resultados eficazes à aprendizagem do indivíduo, que por sua vez, é o centro de todo este processo. Ou seja, no desenvolvimento socioemocional, as aprendizagens são avaliadas por meio de evidências e não pela quantidade de erros e acertos em uma prova ou teste. Sendo assim, uma escola que conduz ações para a formação do estudante investindo em suas habilidades, competências cognitivas e socioemocionais, desenvolve, consequentemente, a inteligência emocional daquele estudante.  Tais competências podem ser trabalhadas a partir das atividades propostas no cotidiano, com olhar e intencionalidade formativos, e podem ser avaliadas por rubricas.


O impacto da pandemia na saúde emocional dos alunos

Em 1º de janeiro deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu a Síndrome de Burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, entre as doenças ocupacionais da Classificação Internacional de Doenças (CID). Nesse sentido, as mudanças trazidas pela pandemia de Covid-19, como o isolamento social e subsequente trabalho remoto, aumentaram a carga de trabalho de diversos profissionais.

Este contexto apenas reforça a importância da inteligência emocional para lidar com momentos de pressão e carga de trabalho multiplicada. Desta forma, para prevenir este diagnóstico no futuro, as instituições de ensino devem cada vez mais se atentar às individualidades de cada aluno para entender o que ele precisa no momento, além de realizar iniciativas de acolhimento, como rodas de conversa, assembleias e grupos focais para fortalecer o cuidado individual e coletivo. No mesmo sentido, incentivar a autoconsciência, resiliência e o cuidado consigo mesmo também são objetos de conhecimento que possibilitam o desenvolvimento de estratégias de proteção ou de enfrentamento a situações novas ou desafiadoras.

Assim, uma instituição que se preocupa com a formação integral de seus alunos e prioriza o desenvolvimento da inteligência emocional para prepará-los para o atual e exigente mercado de trabalho deve considerar seis pontos importantes em sua metodologia de aprendizagem: autogestão, relacionamento interpessoal, autoconsciência, abertura ao novo, projeto de vida e consciência social. Ao desenvolver cada um desses aspectos durante todo o processo de formação educacional de um indivíduo, certamente, garantirá no futuro um profissional capacitado não apenas técnica, mas também emocionalmente, capaz de perceber e responder às exigências atuais com sensibilidade e prontidão para fazer a diferença no mundo.

 

Camila Rossi - Coordenadora Pedagógica da rede de colégios Santa Marcelina, instituição que alia tradição à uma proposta educacional disruptiva e alinhada às principais tendências do mercado de educação.

 

Aumento do uso dos serviços de saúde impulsiona indicador Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH) para 27,7%, recorde histórico

 Índice calculado pelo IESS reflete a retomada dos procedimentos que foram impactados no período da pandemia

 

A Variação dos Custos Médico-Hospitalares (VCMH) apurada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) foi de 27,7% nos 12 meses encerrados em setembro de 2021, comparado com os 12 meses anteriores, atingindo um novo patamar histórico. O indicador é calculado a partir de metodologia internacional e considera o comportamento de preços médios por grupos de despesa na saúde e, também, o volume de serviços prestados (frequência de utilização). Os cálculos são realizados por padrão de plano de forma a evitar variações devidas a mudanças na composição dos planos, que nada têm a ver com variação de despesa. 

O índice, que leva em conta o comportamento de uma carteira de 688,9 mil beneficiários de planos individuais, se revelou superior à inflação de preços medida pelo IPCA/IBGE, que foi de 10% no mesmo período. Esta é a maior variação registrada pelo indicador desde o início da série histórica, em 2007. Antes disso, a maior alta (20,4%) ocorreu no período terminado em dezembro de 2016. 

“Durante a pandemia, constatou-se que em todos os grupos de despesas utilizados no cálculo da VCHM houve crescimento sistemático do custo unitário, exceto no caso de Exames, que registraram leve queda no preço unitário médio entre maio de 2020 e abril de 2021. Mas agora também registram alta no acumulado de 12 meses”, diz José Cechin, superintendente executivo do IESS. 

“Entretanto, a partir de março de 2020, com a pandemia, ocorreu uma acentuada queda na frequência de utilização - as pessoas adiaram cirurgias, tratamentos, idas ao médico, criando um represamento que levou à queda na despesa para diversos grupos de procedimento. Todavia, já a partir de abril de 2021, os beneficiários retomaram seus procedimentos e, com isso, a frequência de utilização voltou a crescer acentuadamente, elevando a VCMH. Foi o forte aumento da frequência de utilização, combinado com os preços unitários que haviam mantido crescimento durante todo o período da pandemia que elevou a VCMH de setembro de 2021 para 27,7%”, explica Cechin. 

O levantamento do IESS revela que a VCMH de setembro de 2021 foi positiva em todos os grupos de procedimentos, indicando aumento nas despesas per capita no período avaliado. O maior registro ocorreu em Outros Serviços Ambulatoriais, com alta de 38%; seguido por Exames, 31,6%; Internações, 29,3%; Terapias, 17,3%; e Consultas, 13,7%. 

Na abertura de dados por Grupo de procedimentos, nota-se que em Exames a frequência de utilização aumentou 25,6%, enquanto o custo médio 4,8%, chegando à variação das despesas em 31,6%. Em Consultas, o resultado é de aumento da frequência de utilização de 9,7%, que, combinado ao crescimento do custo médio de 3,7%, resultou na variação da despesa em 13,7%. Em terapias, as altas de 13,7% da frequência e de 3,2% do custo médio redundou na elevação de 17,3%. 

Principal fator de custo na saúde, as internações tiveram grande oscilação durante o período analisado, chegando à alta de 21% da frequência de utilização e de 6,9% no custo médio, resultando na alta de 29,3% da VCMH do grupo. 

“Podemos dizer que a pandemia gerou impactos significativos no comportamento de uso de serviços de saúde. Nota-se que agora há uma combinação que potencializa a VCMH”, analisa Cechin.

 

Projeção sem a pandemia  

Para ajudar a entender a magnitude da VCMH atual, o IESS fez uma projeção sobre como as variações anuais dos custos médico-hospitalares teriam se comportado caso a VCMH de setembro de 2020 tivesse seguido seu curso sem pandemia. Nessa hipótese, a VCMH atual, referente a setembro de 2021 ficaria em 12,6%. Já a do ano anterior, referente aos 12 meses terminados em setembro de 2020 (que teve registro negativo de -3,06%) ficaria em 10%. 

O IESS também mediu o efeito na VCMH de todos os 18 meses de pandemia até setembro de 2021 (março/2020 a setembro/2021) relativamente aos 18 meses anteriores sem pandemia. O resultado mostra que a VCMH dos 18 meses da pandemia foi 43,7%, enquanto nos 18 meses anteriores sem pandemia foi 31,5%. “Isso mostra que a pandemia elevou consideravelmente as despesas per capita dessa amostra de beneficiários de planos de saúde individuais. É que a retomada dos procedimentos postergados se acumulou com períodos de intensificação da pandemia” afirmou o superintendente. 

A variação é calculada considerando-se o custo médio por exposto em um período de 12 meses em relação às despesas médias dos 12 meses imediatamente anteriores. O índice é uma média ponderada por padrão de plano (básico, intermediário, superior e executivo), o que possibilita a mensuração mais exata da variação do custo médico-hospitalar. Com isso, eliminam-se boa parte das variações que decorrem de mudanças na composição dos planos, que nada teriam a ver com variação de despesas. A amostra utilizada no cálculo foi de 688,9 mil beneficiários em setembro de 2021. A metodologia é reconhecida internacionalmente e aplicada na construção de índices de variação de custo per capita em saúde nos Estados Unidos, como o S&P Healthcare Economic Composite e Milliman Medical Index.
 


Instituto de Estudos de Saúde Suplementar - IESS

 

5 cuidados ao fazer suas compras para o Dia das Mães pela internet

Crédito: Canva
E-commerce facilita compras em datas comemorativas; Rodrigo Garcia, CEO da Petina Soluções Digitais, explica por que consumidor deve optar por adquirir produtos de forma virtual e encontrar tudo que procura neste Dia das Mães

 

A facilidade de comprar -- e receber -- os produtos que se deseja na comodidade do lar tornam o e-commerce cada vez mais atrativo para o consumidor. O mais recente relatório WebShopper apontou que 73% dos entrevistados já dão preferência a comprar online, e a principal razão é a facilidade. No primeiro semestre de 2021, o comércio eletrônico brasileiro bateu recorde de vendas, chegando a R 53,4 bi - 31% a mais que o mesmo período do ano anterior.  

Outro dado relevante do estudo é que mais de metade das pessoas -52%- aproveitam promoções e ofertas em datas comemorativas. “Esse é um comportamento que chama a atenção, principalmente agora, às vésperas do Dia das Mães, que é uma das principais datas do varejo", avalia o diretor-executivo da Petina Soluções em Negócios Digitais, Rodrigo Garcia. 

Para ele, esse número demonstra que a maioria dos consumidores compram itens para presentear as mães, esposas ou outros familiares por meio do e-commerce. “Fazer as compras pela internet é sempre a melhor opção, não apenas por questão de economia, como também para evitar o movimento intenso nas lojas físicas, e a variedade de produtos que é maior, principalmente em datas comemorativas tão disputadas como o Dia das Mães”, diz.  

Pensando nisso, Garcia listou 5 pontos a se atentar na hora da compra virtual:
 

Planeje suas compras

Parece óbvio, mas muita gente acaba deixando pra decidir o que irá comprar na última hora, o que prejudica - e muito- a experiência de compra e pode acarretar prejuízos. “Quem não se planeja não tem tempo de pesquisar preços, por isso pode acabar pagando mais caro, ou até mesmo não achando o produto que deseja”, alerta o especialista. 

Outra desvantagem da falta de planejamento é o risco de comprar por impulso. “O consumidor acaba comprando algo que não deseja de fato, simplesmente porque precisa presentear alguém e não tem mais tempo para comprar com calma. Antecipar-se também evitar casos de problemas logísticos devido à alta demanda de datas comemorativas. Sendo assim, prefira comprar, ou ao menos se organizar, com antecedência”, recomenda.

 

Forma de pagamento

Outro ponto importante é ficar atento às formas de pagamento oferecidas pela loja virtual. “Muita gente não presta atenção a isso logo de início, o que pode gerar frustração na hora de finalizar a compra. De nada adianta passar um longo período de tempo escolhendo um produto para, na última etapa, verificar que o site em questão não oferece a forma de pagamento desejada, porém vale ressaltar que muitos destes possuem programas de fidelidades, como o cashback”, comenta o especialista. 

Para evitar perda de tempo e experiências negativas, é sempre recomendado checar essa informação logo que se entra no site. “Dessa forma, o consumidor poderá procurar outra loja virtual que ofereça as condições que ele deseja”, explica.

 

Trocas e devoluções

Antes de fechar o pedido, verifique com cuidado as políticas de troca e devolução, para o caso de o presente não dar certo. “A maioria das lojas online oferecem frete reverso para trocas, modalidade em que o comprador precisa apenas levar o pacote aos Correios, com os custos de envio cobertos pelo varejista e o código de defesa do consumidor garante 7 dias para devolução nas compras não presenciais”, afirma Garcia. 

No entanto, é sempre importante se certificar das políticas e prazos para troca e devolução, para evitar problemas futuros nesse sentido”, recomenda o executivo.
 

Sites duvidosos

Outro cuidado importante, que é sempre válido destacar, é verificar se o site em questão é confiável, e se costuma honrar os prazos estimados de entrega. “Quem já está acostumado a comprar pela internet geralmente já sabe identificar sinais de um site duvidoso, mas para quem aderiu a essa modalidade há pouco tempo, é mais difícil”, afirma Garcia.  

“Uma forma fácil de checar a confiabilidade de uma loja virtual é o selo Ebit, que nada mais é que uma certificação que classifica a qualidade das lojas virtuais brasileiras, a partir da opinião dos seus consumidores. Os sites que têm o selo costumam deixá-lo bem visível ao visitante, então é algo fácil de identificar. É preciso evitar grandes descontos em sites desconhecidos para pagamentos por boleto ou pix, a compra quando feita por cartão permite contestar o pagamento caso o cliente não receba o produto”, explica. 

Outra dica válida é optar por comprar via marketplaces, que concentram diversas lojas e oferecem o serviço de entrega, em vez de diretamente nos sites de vendas. “Isso porque a bandeira por trás da transação dá garantias maiores ao consumidor”.
 

Falsos descontos

Além de visitar diferentes sites com antecedência, para comprar preços, também é recomendado acompanhar os valores dos produtos de interesse em cada site, por pelo menos alguns dias.  

“Essa é uma dica que ajuda a fugir da velha ‘promoção’ ‘tudo pela metade do dobro’, pois o comércio possui uma trava de segurança dos preços, que só é alterada depois de certo tempo. Preste atenção se o valor não era mais baixo e foi aumentado pouco antes da data, para depois voltar ao valor normal, que passou a ser anunciado como ‘desconto’, que na verdade não existe”, finaliza o especialista.
 


Petina - gestão de negócios online para indústrias e importadores em marketplaces nacionais e internacionais.


YouTube Shorts: como utilizar e monetizar com o rival do Tik Tok

internet/reprodução
Executivo traz dicas, ensina passo a passo de postagem e como monetizar com a nova ferramenta


Os fãs e usuários de vídeos curtos no Brasil ganharam mais uma ferramenta para criar e assistir conteúdo: o YouTube Shorts. A ferramenta surgiu em 2021 para concorrer com o TikTok e os Reels do Instagram. Como o próprio nome indica, os usuários podem gravar vídeos mais curtos, de no máximo um minuto de duração. 

Com um formato mais dinâmico, o YouTube Shorts tem ferramentas de edição básica de vídeo, como adição de textos, legendas, filtros e efeitos de cores. É possível também utilizar trechos de músicas da biblioteca do YouTube em vídeos de até 15 segundos. Os usuários podem gravar pela própria plataforma ou então subir um clipe que já esteja na galeria do celular. 

A diferença principal em relação às outras redes é a possibilidade de utilizar trechos de outros conteúdos do YouTube para divulgação de canais, fazendo colagens e mixes de áudios, músicas e vídeos de outras contas. Contudo, esses conteúdos só podem ser compartilhados com a autorização do canal proprietário. 

Para auxiliar os criadores de conteúdo e marcas que ainda não aderiram à nova ferramenta, Paulo Pereira, CEO da Desbrava Data, startup responsável por uma plataforma de monitoramento e análise de dados de redes sociais, traz dicas de como fazer o melhor uso da nova funcionalidade e ganhar dinheiro com ela.
 

Como visualizar

Para ver os vídeos do Shorts, o YouTube reserva um espaço exclusivo na página inicial. Os usuários podem visualizar uma biblioteca com o compilado desses vídeos na home do site e também no aplicativo. Eles também aparecem entre a lista de relacionados, que é mostrada enquanto um clipe está sendo reproduzido. 

Os usuários do TikTok vão reconhecer mais facilmente a forma como os vídeos do YouTube Shorts estão dispostos na aba dedicada exclusivamente aos clipes da ferramenta. Existe, por exemplo, a rolagem infinita para passar de um vídeo para o outro. 

“Outro importante diferencial do YouTube Shorts é que qualquer canal, independentemente do número de inscritos, pode publicar e aparecer na aba principal da plataforma. Para publicar no Youtube Stories, por exemplo, é necessário ter alcançado a marca de 10 mil inscritos”, compara o CEO.
 

Gravando no YouTube Shorts

O usuário pode subir um vídeo da sua galeria para o YouTube Shorts como se estivesse adicionando um vídeo normal ao seu canal na plataforma. A novidade da ferramenta é que dá para gravar um clipe direto do aplicativo, como já ocorre nas outras redes sociais. Confira o passo a passo:

  1. Faça o login do seu canal no YouTube em um dispositivo móvel (smartphone ou tablet);
  2. Clique em "Criar" (+) no centro da parte inferior. Escolha a opção "Criar um Short" na aba;
  3. Escolha entre gravar um vídeo de 15 ou até 60 segundos;
  4. Segure o botão central de captura. Solte-o quando quiser parar o vídeo ou espere que ele chegue ao limite do tempo escolhido;
  5. Clique em "Concluído" para abrir a ferramenta de edição básica. Faça as melhorias que considerar necessário e siga em "Próximo" para adicionar os detalhes do clipe;
  6. Escolha um título de no máximo 100 caracteres e depois clique em "Enviar" para subir.


Como ganhar dinheiro no YouTube Shorts

De acordo com o YouTube, os criadores de conteúdo do Shorts ainda não participam da receita levantada pelos anúncios exibidos durante os vídeos. Contudo, a plataforma criou um "Fundo do YouTube Shorts" para os canais receberem uma recompensa financeira pela criação de conteúdo. 

O fundo conta com orçamento de US 100 milhões, que serão distribuídos para aqueles que publicarem os vídeos curtos mais envolventes. O formato de monetização, contudo, ainda está em teste nesta fase inicial. 

Recentemente, o YouTube anunciou também que vai pagar até US 10 mil, ou mais de R 50 mil, aos criadores que postarem vídeos muito populares no YouTube Shorts. Essa avaliação levará em conta quantas pessoas estão fazendo e assistindo o Shorts por mês e os vídeos precisam ser originais.

“O ponto determinante do sucesso do Shorts é como os influenciadores que já estão no YouTube vão utilizar e impulsionar a nova ferramenta, incentivando seus seguidores a fazer uso dela também. Isso foi preponderante para o sucesso do TikTok, por exemplo, tornando os conteúdos virais, espalhando a novidade e engajando mais usuários. Se o Shorts conseguir a aderência de novos fãs e que eles não levem conteúdos para outras redes, como já acontece, tem grandes chances de brigar com os rivais que já estão bem estabelecidos, ” aposta Pereira.
 


Desbrava - startups do mercado pelo Distrito Inteligência Artificial Report.


Rapport: você domina esta técnica para melhorar suas vendas?

Originada na palavra francesa rapporter – que em português significa relatar, relacionar - o termo rapport é bastante usado em vendas para designar a conexão natural que se estabelece entre duas pessoas; no caso, vendedor e cliente. É a racionalização de uma habilidade com a qual já nascemos e que aperfeiçoamos com o convívio social.

Um sinal clássico de boa conexão é aquela sensação de tempo passando sem que a gente perceba, não é mesmo? Mas há técnicas que permitem estabelecer e aprofundar essa relação, trazendo muito benefício às partes envolvidas no processo de vendas.

O estabelecimento de vínculos legítimos com o cliente é importante por motivos diversos. Ele permite ao vendedor conhecer os desejos, necessidades e possibilidades da pessoa que está atendendo. A criação de laços de reconhecimento mútuo - entre vendedor e cliente - gera uma aura de segurança essencial para chegar ao tão almejado "negócio fechado!". Finalmente, um cliente amigo é um cliente fidelizado, que terá prazer em voltar à loja e em recomendá-la aos seus contatos.

Para tanto, o vendedor deve ter consciência de que o foco é o cliente. Deve-se procurar conhecê-lo analisando seu olhar, expressões faciais, postura, tom de voz, a fim de promover e manter a conexão. O entendimento de seus objetivos é essencial. Isso se consegue fazendo perguntas claras e simples e buscando feedbacks, por exemplo, procurando saber o que o cliente achou de determinado produto (ele ficou satisfeito? não? por quê? e assim por diante).

No processo, muitas vezes torna-se necessário "quebrar o gelo". Neste caso, o vendedor pode sutilmente procurar conhecer particularidades do cliente, como seu gosto por um esporte ou por artes plásticas, a paixão por um time, sua profissão, planos para as próximas férias, ou condições de saúde dele ou da família.

Interesses, pessoas e histórias em comum também fortalecem os laços. É o que eu chamo de o poder do "eu te conheço". Aprofundar-se no universo do interlocutor cria um ambiente de cumplicidade que favorece o diálogo.

Finalmente, todas essas dicas precisam passar pelo crivo do bom-senso. Jamais devemos forçar a barra. De nada vale aproximar-se demais do cliente a ponto de constrangê-lo. O olhar do vendedor tem que ser respeitoso e sutil, emanar empatia. Sua fala deve ser calma, objetiva e simples e sua análise deve estar despida de julgamentos ou preconceitos. O foco é o cliente e a aproximação do vendedor deve ser sempre sincera e interessada! 


André Zem - Empresário, palestrante e autor do livro “Nunca mais perca uma venda em hipótese nenhuma”. Instagram: @azandrezem

 

Guerra na Ucrânia afeta custo de vida na RMSP, que sobe 1,16% em março

Escalada nos preços das commodities, como petróleo, trigo e soja, elevou custos dos transportes e dos alimentos



A alimentação e o transporte, os mais importantes grupos de consumo das famílias, foram os principais responsáveis pelo aumento de 1,16% no custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), em março. A alta é resultado da guerra na Ucrânia, que provocou uma escalada nos preços das commodities, como petróleo, trigo e soja, trazendo impactos para os custos dos alimentos e dos transportes, contribuindo com quase 70% da variação mensal. Os dados, do indicador Custo de Vida por Classe Social (CVCS), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), apontam para altas do CVCS de 2,8%, no período entre janeiro e março, e de 10,78%, em 12 meses.

Para a FecomercioSP, o maior impacto do conflito na Ucrânia sobre as commodities foi absorvido no mês de março. Entretanto, isso não significa que não haverá altas nos próximos meses, ainda que o avanço dos preços seja mais suave. Além disso, outra questão que deve comprometer a melhora do custo de vida é a inflação, que segue espalhada pelos grupos de consumo das famílias. Em março, as nove atividades que compõem o CVCS apresentaram variação positiva, das quais quatro superaram os 10% no acumulado em 12 meses. Com relação aos alimentos especificamente, dos 80 itens analisados, 61 apontaram alta no mês.

O grupo dos transportes avançou 2,01% – impacto de 0,43 ponto porcentual (p.p.) na variação geral. Os combustíveis subiram, em média, 5,65%, com destaque para a gasolina (6,73%) e para o óleo diesel (15,03%). As passagens aéreas evitaram que o avanço fosse maior. O item teve queda de 9,6%. Entretanto, o aumento do querosene de avião em março – não captado pela pesquisa – ainda deve influenciar os preços em maio. No recorte por faixa de renda, há disparidade. Enquanto, para as classes mais baixas, a variação mensal chegou a 2,44%, ao passo que para a classe A, o aumento foi de 1,87%.

Os alimentos, por sua vez, subiram 1,66% – impacto de 0,37 p.p. na variação geral. O óleo de soja avançou 5,8%, e o tradicional pão francês, 2,8%, pressionados pela alta do preço do trigo e da soja no mercado internacional. Além da conjuntura mundial, a redução da oferta, em decorrência do excesso de chuva, também contribuiu para as elevações nos custos. Foi o caso do tomate, que encareceu 37,1%, e da cenoura, com alta de 28%. Além deles, hortaliças e frutas registraram altas de 9,43% e 6,16%, respectivamente.

Importante ressaltar, porém, que parte da escalada de preços nesses casos também é reflexo, além das mudanças climáticas, do aumento do frete. O óleo diesel, cujo preço influencia diretamente os custos do transporte de carga, sofreu reajuste de quase 25%.

Embora o aumento dos alimentos tenha atingido todas as faixas de renda, as famílias mais pobres foram as mais prejudicadas. O avanço desse grupo para a classe D foi de 1,99%, já para a classe A, de 1,59%.



Demais altas no mês

Depois dos transportes e dos alimentos, a habitação foi o item que mais pressionou o avanço do CVCS. O grupo também foi impactado pelas circunstâncias da guerra, com alta de 1% e impacto de 0,17 p.p. no resultado geral do indicador. O gás de botijão, que subiu 8,6% no mês, foi o destaque. A alta é especialmente prejudicial às classes menos favorecidas. A variação para a classe E foi de 1,23%, já para a classe A, de 0,72%.

Outras altas foram registradas nos seguintes grupos: vestuário (1,32%), saúde (0,63%), despesas pessoais (0,47%), artigos do lar (0,05%), educação (0,04%) e comunicação (0,03%).

Quando se avalia o custo de vida por classe social, no acumulado de 12 meses, para a classe E, a alta foi de 12,36%. Já para a D, de 12,29%. Nas famílias com melhor poder aquisitivo, as variações foram de 9,94%, para a classe B, e de 10,14%, para a classe A.


IPS e IPV

O Índice de Preços do Varejo (IPV) assinalou alta de 2,07% em março. No ano, a alta acumulada é de 4,53%, variando, nos últimos 12 meses, 14,69%. Dos oito grupos que compõem o indicador, nenhum encerrou o terceiro mês do ano com decréscimo em suas variações médias. Já o Índice de Preços dos Serviços (IPS) assinalou avanço de 0,19%. A alta acumulada em 2022 é de 0,99%, variando, nos últimos 12 meses, 6,73%. Duas atividades encerraram o terceiro mês do ano com decréscimo em suas variações médias: transportes (-0,38%) e saúde e cuidados pessoais (-0,16%).


Nota metodológica

CVCS

O Custo de Vida por Classe Social (CVCS), formado pelo Índice de Preços de Serviços (IPS) e pelo Índice de Preços do Varejo (IPV), utiliza informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE e contempla as cinco faixas de renda familiar (A, B, C, D e E) para avaliar os pesos e os efeitos da alta de preços na região metropolitana de São Paulo em 247 itens de consumo. A estrutura de ponderação é fixa e baseada na participação dos itens de consumo obtida pela POF de 2008/2009 para cada grupo de renda e para a média geral. O IPS avalia 66 itens de serviços, e o IPV, 181 produtos de consumo.


FecomercioSP

Posts mais acessados