Por mais que tentemos evitá-la, a morte é uma certeza da vida e os últimos anos que temos enfrentado marcaram um novo território inexplorado para a geração atual. Enfrentamos o turbilhão com o COVID-19 e suas variantes, paralisações globais e uma nova maneira de viver, que deixou muitos confusos e muitas vezes enlutados.
Nós
nunca realmente nos preparamos para a morte ou suas consequências. Neste
tempo, vimos famílias perdendo seus patriarcas e matriarcas, e family offices
perdendo seus princípios. Uma das partes mais desafiadoras é fazer com que
os “parentes mais próximos” decidam o que acontece a seguir e quem vai
liderar. Quando alguém morre, todo o sistema familiar é derrubado. Os
familiares enlutados encontram-se desinteressados e/ou incapazes de se
comportar como costumavam. As pessoas não apenas precisam lidar com o
luto, mas também precisam lidar com o fato de que uma parte vital da família se
foi. Tudo isso se resume à importância do planejamento sucessório e como
eles podem proteger a família após uma perda.
Realmente
tudo soa como se fosse uma cena de um livro de ficção ou um filme de Hollywood,
quem já experimentou sabe que a verdade é muito mais bizarra. Como as
famílias que estão despojadas podem superar a dor de perder um ente querido e
lidar com o cotidiano sabendo muito bem que a família pode se sentir como um
barco sem leme?
Diz
o ditado que nada na vida é certo, exceto a morte (e impostos). Após a
turbulência da pandemia, muitas pessoas foram forçadas a lidar com esse tema de
uma forma ou de outra.
Apesar
de muitos esforços, nunca estamos realmente preparados para o fenecimento de um
ente querido, e a questão dos testamentos, propriedades e heranças só pode
complicar as coisas. A perda de um membro principal pode ter sérias
implicações para o negócio, bem como para a família, principalmente se não
houver uma atenção cuidadosa ao planejamento sucessório.
Ninguém
pode realmente se preparar para a perda de um ente querido, mas ao colocar
certas práticas de Governança e Sucessão em prática, você pode mitigar qualquer
incerteza para a família empresária garantir sua perenidade.
O
processo sucessório pode ser caracterizado por diversos autores como o momento
de otimizar a continuidade da empresa familiar. Assim, o interesse do sucessor
deve ir além de sua capacidade para lidar com stakeholders, ou seja, ele deve
ser capaz de manter a empresa lucrativa e, assim, alavancar os negócios.
A
sucessão sugere liderança sem alterar a forma básica da empresa, envolve uma
reestruturação da forma fundamental da organização, não apenas uma mudança de
guarda, envolvendo as diferentes partes que são impactadas de alguma forma pela
sucessão, infere-se que a sucessão deve ser referida como um processo,
engajando os diversos stakeholders de acordo com a ordem de importância das
partes interessadas, demonstrada a seguir:
1)
Sucedidos: fundador(es), sócio(s);
2)
Sucessor(es): filho(s), genro(s), nora, empregado(s), cônjuge;
3)
Família: cônjuge, filhos, genros, noras;
4)
Empresa: funcionários;
5)
Mercado: clientes, fornecedores, concorrentes e;
6)
Comunidade: social, política, econômica.
O
crescente interesse por este tema pode ser atribuído a vários fatores. Entre
eles, o fato é que o sucesso ou fracasso desse processo pode viabilizar ou
comprometer definitivamente a continuidade do negócio.
Por
fim, a perspectiva dos proprietários familiares é avessa às perdas, pois
refletem as escolhas estratégicas que fazem o controle e a influência da
redução dos conflitos familiares, por meio de mecanismos de governança que
promovem o controle familiar. Isso leva a uma relação positiva entre a
propriedade familiar e o cumprimento do código. Esse resultado é baseado na
identificação da família com a empresa, bem como suas preocupações com a
reputação, que trazem maiores pressões para aderir às regras e padrões da
sociedade.
Alexandre Rosa - Head de Franquias | GoNext Governança & Sucessão
GoNext Governança & Sucessão
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