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segunda-feira, 4 de abril de 2022

Páscoa, alergia a cacau, existe? Alergista explica

 Alergia e intolerância alimentar ao chocolate, Brianna Nicoletti Alergista pela USP indica investigação médica para evitar a restrição de consumo

 

Médica alergista e imunologista pela Universidade de São Paulo (USP), Dra. Brianna Nicolletti, traz um alerta, faltando poucos dias para celebrarmos a Páscoa em que há troca de bombons e presentes preparados à base de chocolate, como os ovos de Páscoa. 

É mais comum do que se imagina a procura por um alergista por conta de sintomas de alergia a chocolate/cacau. Mas, Dra. Brianna garante que a alergia a esse alimento é muito incomum. “Alergia a castanha, noz, macadâmia, amendoim, ovo, soja, trigo e leite são bem mais frequentes que a alergia a cacau, e estes, sim, são ingredientes presentes no chocolate, dependendo de sua marca, e podem estar envolvidos em casos de alergia ao produto”, explica a alergista.

 

Alergia X Intolerância 

Vale recordar que a alergia alimentar é uma resposta imunológica anormal do organismo que ocorre após a ingestão e/ou o contato com um determinado alimento. 

“É a perda (por algum motivo) do que chamamos de mecanismo de “tolerância” ao alimento. E existe, sim, uma relação com hábitos de vida e consumo maior de alimentos processados, assim como uma tendência genética, familiar”, conta Dra. Brianna. 

Diferentemente, “a intolerância alimentar é um processo secundário à deficiência da enzima responsável pela digestão do alimento e, também, pode acontecer por inflamação da mucosa intestinal e, por este motivo, surge a dificuldade de absorção do alimento e, por consequência, os sintomas da intolerância, como cólicas, vômitos, dores de cabeça, entre outros”, exemplifica a médica. 

“No caso do chocolate, a intolerância, muitas vezes, está ligada ao açúcar do leite, a lactose, um açúcar composto que precisa da enzima chamada de lactase para sua absorção”, detalha. 

Brianna deixa ainda um conselho: “Neste momento de maior consumo de chocolate, não fique na dúvida se pode comer ou não. Vale a investigação para evitar a restrição”, finaliza.

  

Dra Brianna Nicoletti - alergista e imunologista pela Universidade de São Paulo (USP)


Especialistas dão dicas de como fazer a higiene bucal corretamente desde a infância até a fase adulta

Escovar os dentes diariamente, pelo menos três vezes ao dia após as refeições está tão enquadrado na nossa rotina diária que a gente muitas vezes faz tudo tão no automático e nem dá a devida atenção para o que está fazendo.

Mas será que você já reparou há quanto tempo faz que não troca a sua escova ou se ela realmente é a ideal para o seu tamanho de boca? E mais, sabe usar o fio dental de maneira correta, usa-o diariamente na mesma frequência da escova de dentes? Parecem perguntas simples de serem respondidas, mas infelizmente o que os odontologistas mas encontram na prática são problemas bucais relacionados à má escovação – ou a falta dela - , e também a práticas que prejudicam a saúde bucal, como escovar colocando muita força na mão, machucando a gengiva e até desgastando o esmalte dos dentes. Ou ainda, escovando num movimento só que não consegue alcançar os dentes em sua totalidade.


Bebê precisa escovar os dentes?

Dentre as muitas dúvidas que pairam entre os pais é se o bebê precisa escovar os dentes tão logo nasçam os primeiros dentinhos? Sim, é a resposta da odontologista Ronilza Matos, coordenadora do curso de especialização em Odontopediatria da Associação Brasileira de Odontologia (ABO) e professora de graduação em Odontologia da Universidade São Judas. “O ideal é que essa escova tenha cabeça e cabo emborrachados e que o cabo tenha uma boa envergadura para os pais segurarem e auxiliarem o bebê durante a escovação”, explica. Ela lembra ainda que desde bebê, a criança deve se habituar a ir ao dentista. “É interessante que a mãe vá ao consultório da odontopediatra ainda durante a gestação. O especialista fará uma orientação desde a higiene bucal até a dieta da mãe, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do bebê”, explica. E o momento ideal da primeira visita do bebê ao dentista pode ser nos primeiros dias de vida ou na erupção do primeiro dentinho. E o uso do fio dental vai no mesmo caminho. Tão logo os dentes de leite tenham nascido pode-se começar a usar o fio dental para fazer a higienização entre eles. “Ele servirá para higienizar melhor entre os dentes onde é comum juntar restos de comida. Mas é interessante que os pais auxiliem os filhos para se certificar que nenhum espaço ficou sem passar.”

A especialista lembra que é preciso prestar atenção na troca de dentes de leite pelos permanentes, em especial com os molares superiores, já que estes são os dentes que os adultos perdem com mais facilidade. “É recomendado fazer uma escovação mais direcionada, aplicação tópica de flúor, profilaxia profissional no consultório e selamento de fissuras”, recomenda.

 

Por que é tão importante higienizar corretamente?

A seguir, os odontologistas Luciene Cristina de Figueiredo, coordenadora do curso de especialização em periodontia da Associação Brasileira de Odontologia (ABO-SP) e professora titular do programa de pós-graduação em odontologia da Universidade Guarulhos (Cursos de Mestrado e Doutorado), o ortodontista Mario Capellette Junior, presidente da Associação Brasileira de Odontologia (ABO – SP) e professor do departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Universidade de São Paulo (USP),e Ronilza Matos, coordenadora do curso de especialização em Odontopediatria da Associação Brasileira de Odontologia (ABO- SP) e professora de graduação em Odontologia da Universidade São Judas, dão outras dicas sobre como deve ser a escovação de crianças e adultos. Confira:

- Assim como o adulto, o ideal é que a criança escove os dentes após cada refeição. Mas mesmo que ela diga que já sabe escovar sozinha – isso é muito comum a partir dos 5 anos, o ideal é que o pai ou um responsável acompanhe a criança durante a escovação ao menos uma vez ao dia para saber se todos os dentes estão sendo bem escovados, se o fio dental está sendo passado corretamente. O ideal é que este momento seja o da escovação noturna.

- Creme dental de adulto pode ser usado em criança. “O creme dental do adulto ele tem em média uma concentração de 1.500 PPM de flúor. Então a gente pode utilizar esse creme dental desde a infância. Não tem nenhum problema desde que a criança não estranhe o sabor de menta”, afirma a professora Ronilza Matos.

- Tão logo o bebê passe a escovar os primeiros dentinhos pode-se usar o creme dental com flúor, inclusive de adulto. O importante é que seja apenas na quantidade de um grão de arroz. A partir dos 3 anos, a quantidade passa a ser a partir de um grão de ervilha.

- Uma forma simples na hora da escolha da escova de dentes é considerar as cerdas macias e a cabeça de tamanho proporcional à boca. Indivíduos com boca pequena deve escolher uma escova de cabeça pequena. Por outro lado, indivíduos com uma boca maior também devem escolher uma escova maior.

- Na hora de escolher o fio dental, ele tanto pode ser fio encerado ou não-encerado. Os dois possuem características distintas, sendo um mais liso e outro áspero. Os dois são efetivos na remoção de biofilme dental. Outra questão relacionada ao fio dental é a espessura. O indivíduo deve escolher o fio dental com a espessura adequada ao espaço existente entre os dentes.

- É importante destacar que o uso do fio dental é indispensável tão como a escova de dentes, já que ele atinge regiões da boca inacessíveis pela escova. Usando-o de maneira correta, ele previne o aparecimento de tártaro, responsável famoso mau-hálito, além de diminuir o risco de gengivite e outras doenças periodontais.

- O fio dental deve ser utilizado antes de cada escovação convencional, sendo passado ao redor da base de cada dente, sempre ultrapassando a linha de junção do dente com a gengiva. “O manuseio cuidadoso do fio dental é importante para não machucar o delicado tecido gengival. Para cada dente sempre usar uma parte nova do fio dental”, explica a professora Luciene Figueiredo.

- Ficou resfriado, gripado ou teve covid-19? Assim que estiver curado, troque a escova de dente, pois o vírus pode sobreviver na escova por vários dias e você correr o risco de se autocontaminar.

- Existem outros acessórios que também podem ser usados durante a higiene bucal, como por exemplo, as escovas de tufos e interproximais, as escovas elétricas, os jatos de água entre outras opções. O cirurgião-dentista é o profissional certo para acompanhar o paciente na escolha desses outros meios auxiliares.

- Na hora da escovação faça movimentos vibratórios leves e curtos com a escova posicionada próxima à margem da gengiva, iniciando no último dente do lado esquerdo ou direito até atingir o lado oposto. Os mesmos movimentos devem ser repetidos no arco superior e inferior, e em todas as faces dos dentes. Sem esquecer de escovar também a língua.

- Pessoas que utilizam aparelho fixo, ortodôntico ou aparelhos alinhadores, devem utilizar o passa-fio dentro da rotina diária de higiene bucal e trocar a escova de dentes a cada três ou quatro semanas, no máximo, porque ela acaba sendo inutilizada com facilidade pela utilização do aparelho.

- É muito importante fazer a higienização nos aparelhos alinhadores ao menos uma vez ao dia. “Atualmente existem pastilhas efervescentes específicas para quem usa esse tipo de aparelho. É só deixá-lo de molho de três a cinco minutos, três vezes por semana, nessa solução, para remover as bactérias e complementar a higiene diária”, orienta o ortodontista Mario Capellete Junior.


Estudo aponta caminho para envolver pessoas com deficiência visual na prevenção de desastres ambientais

Pesquisadores da UFMT e do Cemaden mostram que a inclusão é necessária no desenvolvimento de políticas de prevenção para evitar a “invisibilidade” dessas pessoas e reduzir barreiras que intensificam a vulnerabilidade (foto: Giselly Gomes/GPEA)

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Relatório recente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) apontou que quase metade da população global – de 3,3 bilhões a 3,6 bilhões de pessoas – vive em locais ou contextos altamente vulneráveis aos impactos das transformações do clima. E a desigualdade social acentua ainda mais essa vulnerabilidade.

Buscando entender os efeitos das desigualdades em programas de redução de riscos e prevenção a desastres ambientais, pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) desenvolveram um estudo qualitativo exploratório com foco em pessoas com deficiência visual.

Partindo do questionamento de como incluir essas pessoas na discussão de políticas de redução de riscos e de mitigação das mudanças climáticas, os cientistas concluíram que, apesar dos avanços legais, ainda há uma série de barreiras que comprometem a participação social em diferentes espaços, especialmente onde as decisões são tomadas. Esses obstáculos reforçam as relações de dependência desses indivíduos, além de perpetuar uma situação de “invisibilidade” do grupo.

“As pessoas com deficiência e as organizações que trabalham com elas são pouco incluídas em temáticas ambientais. Por outro lado, as instituições que lidam com esses temas não pensam em como criar formas e espaços para incluí-las. A invisibilidade é tamanha que não temos dados sobre o tema. Nem sequer o grupo tem sido envolvido em ações de prevenção a desastres ambientais e adaptação às mudanças climáticas. Esperamos que de algum modo esse estudo possa sensibilizar as instituições para desenvolver políticas mais inclusivas”, afirma à Agência FAPESP o sociólogo Victor Marchezini, pesquisador do Cemaden e um dos autores do trabalho.

A pesquisa, que recebeu apoio da FAPESP, foi publicada no International Journal of Disaster Risk Science. É resultado do doutorado da educadora ambiental Giselly Gomes, do Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA) da UFMT.

“Ao estudar os riscos de desastres ambientais, aprendi que é fundamental ouvir essas pessoas. A partir do momento que elas participam do processo, a construção das políticas públicas segue outro caminho, mais inclusivo”, diz Gomes, que atualmente trabalha no Instituto dos Cegos do Estado de Mato Grosso (Icemat).

O instituto foi uma das três organizações que participaram e contribuíram com a pesquisa, desenvolvida desde 2017. As outras foram o Centro de Apoio e Suporte à Inclusão da Educação Especial (Casies) do Estado de Mato Grosso e a Associação Mato-Grossense dos Cegos (AMC).

Metodologia participativa

Inicialmente os cientistas identificaram as instituições em Cuiabá para mapear os locais de residência e de circulação das pessoas com deficiência visual na cidade. O objetivo era detectar se estavam expostas a áreas de risco, como deslizamentos e enchentes.

Capital do Estado de Mato Grosso, com uma população estimada em cerca de 623 mil moradores, Cuiabá enfrenta problemas de infraestrutura – reflexo da expansão urbana em áreas de proteção ambiental. Tem regiões de várzea sujeitas a inundações às margens do rio Cuiabá e seus afluentes, onde estão concentrados assentamentos informais, com população de baixa renda e sem estrutura adequada de saneamento e coleta de lixo, por exemplo.

Com base nos levantamentos realizados juntamente às instituições, os pesquisadores montaram mapas georreferenciados usando áreas de risco detectadas pela Defesa Civil e pelo Serviço Geológico do Brasil e cruzaram com os locais de residência e convívio de 21 pessoas com deficiência em Cuiabá e sete em Várzea Grande, na região metropolitana da capital mato-grossense.

Por fim, houve uma etapa com 15 entrevistas, incluindo perguntas sobre mudanças climáticas, risco de desastres, vulnerabilidade e o papel da educação. Outro ponto abordado foi a dependência que pessoas com deficiência visual têm para conseguir evitar ou enfrentar barreiras em caso de desastres ambientais, como enchentes, alagamentos e enxurradas.

“Quando meus filhos não estão comigo e vão para a casa do pai, eu nem saio de casa”, relatou aos pesquisadores uma mulher de 48 anos com visão parcial. “Seja de dia ou de noite, a gente sempre tenta estar com outras pessoas. Se acontecer um desastre, a maioria das pessoas vai estar no trabalho, na escola. [...] Se houver um incêndio, o alarme será acionado e iremos para fora, um ao lado do outro. Não vejo como criar algo específico para nós deficientes visuais, mas espero que tenha”, disse no depoimento um homem de 50 anos com visão parcial.

Os resultados preliminares foram compartilhados em um workshop, em 2018, com a participação de cerca de cem convidados, dos quais 60% eram pessoas com deficiência. Durante o evento, houve a proposta de criação de um aplicativo adaptado às necessidades de informação desses indivíduos.

Também foi desenvolvido um mapa de risco tátil, coproduzido com um professor e dois técnicos do Casies e revisado por especialistas em braille, sistema de leitura e escrita baseado em alfabeto cujos caracteres são pontos em relevo, distinguidos por meio do tato. A partir de seis pontos salientes é possível fazer 63 combinações para representar letras simples e acentuadas, pontuações, algarismos, sinais algébricos e notas musicais.

Os resultados finais foram: 1) método de mapeamento para identificar a exposição de pessoas com deficiência visual a deslizamentos e inundações e criar mapas táteis de risco adaptados a elas; 2) a incorporação de vozes desse grupo em relação às suas vulnerabilidades e capacidades frente aos impactos das mudanças climáticas e 3) uma iniciativa de educação inclusiva para reduzir barreiras incapacitantes que intensificam a vulnerabilidade.

Universo

De acordo com o Censo 2010, o último realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 46 milhões de brasileiros (24% da população) declararam ter algum grau de dificuldade em pelo menos uma das habilidades – enxergar, ouvir, caminhar ou subir degraus – ou possuir deficiência mental/intelectual. Desse total, 18,8% apresentaram dificuldade para enxergar.

No entanto, esse contingente não aparece destacado entre os cerca de 8,2 milhões de brasileiros que vivem em 2,471 milhões de domicílios localizados em áreas de risco no país. Dados desagregados e mapas de perigos são considerados elementos básicos para a formulação de propostas e políticas públicas de redução de riscos de desastres.

Já a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC, lei nº 12.608/2012) prevê apenas que cabe ao Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil “propor procedimentos para atendimento a crianças, adolescentes, gestantes, idosos e pessoas com deficiência em situação de desastre”.

“Procuro no dia a dia fazer a provocação, por meio da educação, para incluir essas pessoas nos levantamentos e na formulação de políticas públicas. Por outro lado, ainda existe uma espera delas por resultados e inclusão. É preciso entender que, mesmo as situações de risco afetando a todos, alguns estão mais sujeitos e precisam falar sobre como são afetados”, completa Gomes.

No estudo, os pesquisadores apontam a necessidade de envolver esse público no planejamento de contingência e em exercícios de evacuação de locais. Nesse processo, a educação é considerada fundamental para transformar as instituições e aproximá-las das pessoas que precisam estar mais preparadas para situações de riscos ambientais.

“Gostaria que essa pesquisa fosse ampliada e que a temática fizesse parte da base curricular do ensino como forma de melhor preparar as pessoas e incluí-las”, afirma Gomes.

O artigo (In)visibilities About the Vulnerabilities of People with Visual Impairments to Disasters and Climate Change: A Case Study in Cuiabá, Brazil pode ser lido em: https://link.springer.com/article/10.1007/s13753-022-00394-6.

 

 

Luciana Constantino

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/estudo-aponta-caminho-para-envolver-pessoas-com-deficiencia-visual-na-prevencao-de-desastres-ambientais/38294/


Obstrução das vias aéreas é a primeira causa de morte acidental de bebês com até um ano de idade

 

Vigilância deve ser permanente
Freepik

Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul reforça orientações de como prevenir sufocação e engasgamento em crianças

 

O hábito de levar objetos à boca, em crianças com menos de 4 anos coloca essa faixa etária em um grupo com altíssimo risco de engasgos. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2018, 791 crianças de até 14 anos morreram vítimas de sufocação. Desse total, 600 tinham menos de um ano de idade.

O diretor científico e diretor do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Marcelo Porto. ressalta que manter a calma é a primeira coisa que os pais devem fazer ao perceberem que a criança engasgou. Uma dica importante, segundo ele, é não tentar enfiar o dedo na boca da criança para remover o objeto ou comida, pois podem empurrar o que está engasgando a criança, e se o engasgo tiver sido com obstrução parcial da via aérea, pode se transformar em obstrução total.

Se for um bebê com engasgo parcial, deve-se segurá-lo no colo em posição confortável e virado para quem está segurando, e não sacudir.

"Deve-se deixar chorar ou tossir, pois significa que está respirando, e logo ligar para pedir socorro (SAMU 192 ou Bombeiros 193). Já se for um engasgo com obstrução total, de novo manter a calma é fundamental. Telefonar para o SAMU, realizar manobra de desobstrução de via aérea para bebês até 1 ano. Para crianças maiores, o movimento é outro e chama-se manobra de Heimlich”, explica.

Os objetos pequenos são os grandes responsáveis por engasgos, sejam brinquedos, botões, moedas, brincos.

“Absolutamente tudo que uma criança pequena pega, vai para a boca, portanto devemos ter enorme cuidado com o que a criança manipula. Deve-se lembrar que brinquedos adequados para crianças maiores, que sejam pequenos, tenham peças que soltem, desmontem, não são bons para crianças pequenas”, completa

Crianças menores de quatro anos estão particularmente mais vulneráveis a sufocações e engasgamentos, pois suas vias aéreas superiores (boca, garganta, esôfago e traqueia) são pequenas e, nessa fase, têm a tendência natural de colocarem objetos na boca. Ainda nessa idade, possuem pouca experiência em mastigar e engolir, e seus dentes têm proporção menor que os de adultos, o que dificulta a mastigação apropriada dos alimentos. Além disso, entre bebês, a falta de habilidade de levantar a cabeça ou livrar-se de lugares apertados coloca-os em grande risco.

Veja aqui mais dicas de prevenção.

  

Julian Schumacher

 

Abril Roxo :: Adenomiose pode atingir mulheres de todas as idades

Especialista alerta sobre a importância do tratamento adequado para preservar a fertilidade
 

Embora seja bastante parecida com a endometriose, existe outra doença que também pode impactar a fertilidade feminina: a adenomiose. O Dr. Thiers Soares, especialista em endometriose, adenomiose e miomas, destaca a importância do Abril Roxo e fala sobre a atenção e conscientização sobre essa doença, que atinge cerca de 150 mil mulheres por ano e pode ser caracterizada como o crescimento da camada do endométrio (tecido que reveste o útero), de forma anormal na musculatura uterina.

Entre os sintomais mais comuns, estão a cólica mais forte que o normal e a dificuldade de engravidar e manter essa gestação - ou seja, mulheres que apresentam abortos espontâneos, assim com a distensão abdominal. O tratamento pode ser medicamentoso ou até mesmo cirúrgico. “Logo após o diagnóstico, os remédios tratam os sintomas mais comuns da mulher, como dor e sangramento. Vale ressaltar que a pausa da menstruação com hormônios também pode ajudar na qualidade de vida e estabilizar a evolução do quadro”, aponta Dr. Thiers Soares.

Agora, quando há o desejo de ser mãe, o especialista ressalta que o tratamento cirúrgico deve ser colocado em pauta o mais rápido possível. Claro, que é possível engravidar de forma natural após o procedimento, porém, como afirma o médico, “a cirurgia robótica é a via mais indicada para a ressecção da adenomiose, já que a técnica é muito mais precisa, e tem como finalidade dar mais qualidade de vida à mulher - além de garantir a fertilidade”, explica Soares.



Fatores de risco e possíveis causas para a adenomiose

A causa da adenomiose pode ser caracterizada por diversos fatores, como traumas uterinos - causados por cesáreas e/ou curetagens em casos de aborto espontâneo, por exemplo. Ainda, outra possibilidade é em mulheres que menstruaram antes dos 10 anos, ou seja, muito jovens. A multiparidade, ou seja, mais de duas gestações também pode ser um fator de risco para o desenvolvimento da doença. “O tratamento adequado e o diagnóstico preciso são as ferramentas mais adequadas para garantir o bem-estar e a qualidade de vida da mulher”, afirma Dr. Thiers Soares, especialista em adenomiose.


 


Dr. Thiers Soares - Graduado em Medicina pela Fundação Universitária Serra dos Órgãos (2001), Dr. Thiers Soares é médico do setor de endoscopia ginecológica (Laparoscopia, Robótica e Histeroscopia) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ). É membro honorário da Sociedade Romena de Cirurgia Minimamente Invasiva em Ginecologia, membro honorário da Sociedade Búlgara de Cirurgia Minimamente Invasiva, membro honorário da Sociedade Romeno-Germânica de Ginecologia e Obstetrícia e membro da diretoria e comitês de duas das maiores sociedades mundiais em cirurgia minimamente invasiva em ginecologia (SLS e AAGL). Designado para receber, no ano de 2021, o título de Doctor Honoris Causa, pela Universidade Victor Babe, na Romênia, o médico ainda será homenageado no Congresso Anual da SLS, programado para Nova York, em agosto deste ano, com o título de Honorary Chair. Também é Senior Medical Advisor do Luohu Hospital, em Shenzen, na China.



Saiba tudo sobre a vacinação contra a gripe

Foto: Marieli Prestes
O Pequeno Príncipe alerta para a importância da imunização, que é essencial para evitar as formas graves da infecção pelo vírus

 

Nesta segunda-feira, dia 4, o Ministério da Saúde dá início a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe 2022. Este ano, as doses aplicadas serão trivalentes e vão atuar na proteção contra as cepas H1N1, H3N2 e tipo B. O Pequeno Príncipe alerta para a importância da imunização, essencial para evitar as formas graves da infecção pelo vírus, principalmente nas crianças.

A influenza é uma infecção viral que afeta o sistema respiratório e com transmissão por meio do contato com gotículas respiratórias, sendo que o período de incubação da doença é de 1 a 4 dias. As crianças que vão tomar a vacina da gripe pela primeira vez deverão aguardar um período de 30 dias e tomar uma dose de reforço do imunizante. “A partir dos seis meses de idade, todas as crianças podem fazer a sua vacinação. No primeiro ano, elas vão tomar duas doses e nos anos seguintes elas irão receber apenas uma dose”, destaca a médica responsável pelo Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloísa Giamberardino.

No início do ano houve um grande aumento nos casos de gripe, causando uma grande preocupação especialmente com as crianças, isso porque elas ficam mais suscetíveis aos vírus pela proximidade com outras crianças, por terem menos noções de higiene e imunidade ainda em formação. “A vacinação é um compromisso do cidadão, pois além de ser um cuidado com a própria saúde, também vai estar protegendo toda a sua família, inclusive as crianças”, enfatizou Heloísa.

A especialista reforça ainda que a vacinação além de proteger, também reduz o risco de transmissão. “Devemos lembrar que o vírus da gripe também é pandêmico, com potencial de gerar um alto número de casos, por isso a vacina é tão importante, pois ela vai reduzir a transmissão e o risco de casos graves”, disse.

Vale ressaltar que quem tomou a vacina da gripe no fim de 2021, deve tomar as doses aplicadas a partir de abril, além de que doses de imunizantes diferentes também podem ser aplicadas no mesmo dia. “Não há a necessidade de fazer intervalo entre a aplicação da vacina da gripe e outros imunizantes, como por exemplo a da COVID-19. Isso facilita o acesso da população à vacinação e garante que façamos a aplicação das doses em tempo oportuno, ou seja, durante o período em que há a maior circulação dos vírus”, disse Heloísa.

A campanha do Ministério da Saúde será dividida em etapas, sendo que a primeira – de 4 de abril à 2 de maio – é destinada para idosos com 60 anos ou mais e para profissionais de saúde. Já a segunda etapa – de 3 de maio à 3 de junho – será destinada a crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes e puérperas, povos indígenas, professores, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, forças de segurança e salvamento e Forças Armadas, caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.


Fique atento aos sintomas causados pelos vírus do grupo influenza:

- Coriza,

- Tosse,

- Irritação na garganta,

- Dor de cabeça, e

- Dor no corpo.

  

Centro de Vacinas do Pequeno Príncipe


Nova vacina da gripe chega para evitar surtos de doenças respiratórias

Novo imunizante vai proteger contra a cepa Darwin do tipo A (H3N2), que, nos últimos meses, gerou aumento de casos e internações no Brasil


          Chegou aos laboratórios e clínicas privadas do Brasil, a nova vacina da gripe que vai proteger contra os tipos de influenza que circularam no inverno no hemisfério norte, incluindo a cepa Darwin do tipo A (H3N2), que provocou nos últimos meses o aumento de casos de doença no país, alguns graves com várias internações. O diretor do Laboratório São Paulo e médico hematologista e patologista clínico, Daniel Dias Ribeiro, destaca a importância de se tomar a vacina da gripe para que as pessoas se protejam e também é uma forma de ajudar os profissionais da área da saúde a identificar os sintomas de quem está gripado ou com o vírus da Covid-19.

          Daniel Dias Ribeiro destaca que é importante que as pessoas tenham o cartão de vacinação em dia e tomem a vacina da gripe anualmente, já que como a influenza é um vírus extremamente sujeito a mutações, todos os anos precisamos nos imunizar para estimular a produção de anticorpos contra as novas variantes. “Vacinando contra a gripe, vamos diminuir muito a incidência de sintomas que são comuns a influenza e a Covid-19 na população. Assim, reduzimos o montante de pessoas que poderiam estar nos prontos atendimentos, além de ajudar o diagnóstico diferenciado”, explica o diretor do Laboratório São Paulo.

          Na rede privada, a vacina da gripe é a quadrivalente com duas cepas de vírus A e duas cepas de vírus B (AH1N1 + AH3N2 + B + B). O Dr. Daniel Dias Ribeiro, explica a importância de se tomar a vacina antes do inverno. “É importante vacinar as pessoas antes do período de maior incidência das doenças respiratórias, assim teremos tempo de desenvolver anticorpos e diminuir o número de casos e a gravidade destes. A vacina é indicada para todas as pessoas a partir dos seis meses de vida, principalmente aquelas de maior risco para infecções respiratórias, que podem ter complicações e a forma grave da doença”, explica o diretor do Laboratório São Paulo. A vaci na só é contraindicada para pessoas com alergia grave (anafilaxia), a algum componente da vacina ou à dose anterior.

Homens são menos atentos à saúde das pernas do que as mulheres

Demora na procura por um especialista vascular pode agravar os casos de varizes em indivíduos do sexo masculino

 

A doença prejudica a circulação de sangue dos membros ao coração, motivo pelo qual acontecem as possíveis doenças vasculares. De acordo com o cirurgião vascular e membro da Comissão de Flebologia Estética da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Álvaro Pereira de Oliveira, as varizes são veias dilatadas, de coloração arroxeada ao longo das pernas, que provocam edemas, inchaço, sensibilidade e, se não tratadas, podem acarretar sérias complicações.Os homens, por visitarem o médico com menos frequência, acabam tomando conhecimento da existência de doenças, muitas vezes, em um estágio mais avançado, como no caso das varizes. O problema, popularmente associado às mulheres, também atinge até 60% dos indivíduos do sexo masculino.

“As principais queixas dos homens relacionadas às varizes são dor, peso, cansaço nas pernas ao final do dia, edema no tornozelo e terço distal das pernas. O agravamento das varizes pode originar outras doenças, como telangiectasias, tromboflebite, alterações da pele como eczemas, fibrose e úlceras”, informa o especialista.

A falta de movimentação das pernas e as altas temperaturas, situações em alguns ambientes de trabalho, são fatores que prejudicam a saúde das veias, principalmente aos que já possuem histórico familiar, revela o profissional. “Ficar em pé, com poucos movimentos, várias horas por dia, temperatura alta e baixa altitude pioram, acelerando a evolução da doença de varizes”, diz Dr. Álvaro.

 

Varizes também são problemas masculinos

Segundo o cirurgião vascular, os homens são menos preocupados com a saúde e acabam atrasando a visita a um especialista. “Os sintomas são semelhantes aos das mulheres, mas, no caso dos homens, frequentemente aparecem em fases mais avançadas. Como elas procuram tratamento para esse problema mais precocemente, em função da questão estética, eles acabam tendo mais queixas, por adiar o tratamento”, afirma.

 

Prevenção e tratamento das varizes

Hábitos saudáveis e uma rotina de exercícios ativa - realizados com orientação correta - é a melhor maneira de prevenir o aparecimento das varizes, principalmente para quem já possui histórico da doença na família. Ingerir bastante líquido, evitar permanecer muito tempo na mesma posição - seja em pé ou sentado. 

No tratamento, o médico pondera o uso de meias elásticas. “Para quem já tem veias aparentes, o uso de meias elásticas adia a evolução da doença, além de reduzir os sintomas. As meias compressivas são muito bem aceitas pelos homens. Nós, habitualmente, já usamos meias, e as elásticas não são muito diferentes. Praticamente não prescrevemos meias acima do joelho. As meias abaixo do joelho respondem por 95% das prescrições para os homens”, explica.

O presidente da SBACV-SP, Dr. Fabio H Rossi, alerta que as varizes ainda podem estar associadas a diagnósticos mais graves. “O que até pouco tempo se achava que seria uma complicação de baixo risco, estudos têm demonstrado que essa doença pode também provocar embolia pulmonar, e ainda ser o primeiro sinal do desenvolvimento de um câncer. Além disso, hoje sabemos que a presença das varizes nos membros inferiores aumenta as chances de trombose e embolia pulmonar em até cinco vezes”, declara.

Ficar atento aos sinais do corpo e realizar visitas regulares ao médico são recomendações  fundamentais em todos os casos, para diagnosticar e prevenir problemas mais graves. A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para a população. Para outras informações acesse o site, o Facebook ou Instagram.

 

 

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP

 

Aprenda como lidar com dores no calcanhar e saiba quando procurar um médico

Dr. Bruno Miranda, ortopedista, orienta sobre as principais causas, diagnóstico e tratamentos para dor no calcanhar

 

Embora muitos ignorem isso, a cada quilômetro que se anda, colocam-se toneladas de estresse em cada pé por meio do acúmulo de carga. Os pés podem lidar com uma carga pesada, mas, como tudo na vida, há um limite para isso.

De acordo com o ortopedista da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) Dr. Bruno Miranda, a sobrecarga não se limita apenas ao quanto uma pessoa anda. “Quando você bate os pés em superfícies duras praticando esportes, por exemplo, ou quando usa sapatos que apertam ou não amortecem, você pode desenvolver dor no calcanhar. É um problema muito comum”, conta o médico.

Bruno adverte, no entanto, que há dores, como por exemplo a de um pequeno trauma -- um pisão em uma pedra -- que melhoraram apenas deixando que os pés descansem. Por outro lado, há casos em que as pessoas ignoram os primeiros sinais de dor no calcanhar e continuam fazendo as atividades que a causaram e é aí que mora o perigo.

“Quando você continua andando sobre um calcanhar dolorido, ele tende a piorar e pode se tornar uma condição crônica que pode acompanhá-lo por um período maior”, alerta o ortopedista.


Como saber o que causa a dor no calcanhar?

Há inúmeras causas para uma dor no calcanhar e, geralmente, recaem em duas categorias principais: sob o calcanhar e atrás dele. “Se ele doer e não melhorar com o repouso, procure orientação médica. É importante saber onde exatamente dói e há quanto tempo incomoda”, explica.

Somente por meio de exame no local da dor, o médico encontrará pontos de sensibilidade ou inchaço. Ele pedirá para o paciente andar, ficar em pé ou fazer outros testes físicos que o ajudem a identificar a causa da dor.


Dor sob o calcanhar

Se a dor é na planta do pé, pode ser que venha da inflamação dos tecidos na parte inferior do seu pé:


  1. Contusão no calcanhar: Ao pisar em um objeto duro, como uma pedra, você pode ferir a almofada de gordura na parte inferior do seu calcanhar, ficando ou não roxo. E a dor vai embora gradualmente com descanso.
  2. Fascite plantar (dor subcalcânea): Atividades que geram sobrecarga, como excesso de corrida ou salto, podem inflamar a faixa de tecido (fáscia) que liga o osso do calcanhar à base dos dedos dos pés. A dor está centrada sob seu calcanhar e pode ser leve no início, mas costuma piorar muito nos primeiros passos do dia, logo depois que se levanta da cama. Exercícios especiais, medicação para reduzir o inchaço e usar uma palmilha poderão ajudar. “O segredo é paciência e uma boa reabilitação, sem esquecer de usar os calçados adequados. Na maioria das vezes, falarão que a dor é do famoso ‘esporão do calcâneo’, mas, embora alguns pacientes tenham essa ‘ponta óssea’ vista na radiografia, a dor quase nunca é causada por ele”, alerta Dr. Bruno.

Dor atrás do calcanhar

A dor atrás do calcanhar, pode ser inflamação na área onde o tendão de Aquiles se insere no osso do calcanhar:

  1. A bursite retrocalcaneana, como é nomeada, geralmente, é causada por alguma sobrecarga, como corrida, ou usaram sapatos que fazem atrito na parte de trás do calcanhar. A dor pode se acumular lentamente com o tempo, fazendo com que a pele fique grossa, vermelha e inchada. Quando o processo inflamatório piora muito, uma espécie de bolsa pode se desenvolver na parte traseira do calcanhar, com inchaço e aumento de temperatura no local.

“Essa dor pode aumentar quando se reinicia uma atividade depois de um período de descanso. Em alguns casos, dói mesmo ao usar sapatos normais. “Normalmente, pedimos um raio-X para ver se há um esporão ósseo na inserção do tendão de Aquiles”, comenta.


Como tratar?

O tratamento poderá incluir:

  1. repouso das atividades que causaram o problema;
  2. fazer certos exercícios de alongamento, como o do tendão de Aquiles;
  3. usar medicação para dor e inchaço, como anti-inflamatórios (por curto período);
  4. usar sapatos abertos na parte de trás para não fazer atrito no calcanhar;
  5. prescrição do uso de uma palmilha ou um sapato com salto mais elevado;
  6. alonguamento do tendão de Aquiles;
  7. e gelo atrás do calcanhar, para reduzir a inflamação.

 

Dr. Bruno Miranda CRM:165544/RQE:66817 - Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) - Membro titular da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo (ABTPÉ) - Membro da Federação Latino-Americana de Medicina e Cirurgia da Perna e Pé (FLAMECIPP) - Membro da AOTRAUMA (Suíça) - Membro da International Bone Research Association (IBRA) - Membro do GRECMIP (Grupo Mundial de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé) - Fellowship internacional em cirurgia do pé na Clínica Universidad de Los Andes (Chile) - Preceptor da Residência Médica do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo.


O que muda no sexo durante a fase do puerpério

Puerpério é o período após o nascimento do bebê. Nesta fase, um dos hormônios predominantes no organismo materno é a prolactina (PRL), cuja função é iniciar e manter a lactação. Ela tem um papel fundamental na diferenciação das células da glândula mamária, controlando o processo bioquímico envolvido na produção do leite. Fora do período de amamentação, a concentração de PRL no organismo feminino é muito baixa. 

“Entretanto, em grande quantidade, a PRL inibe o eixo hormonal responsável pela ovulação (para que não ocorra nova gestação nesse período) e, consequentemente, inibe a produção dos hormônios femininos estrogênio e progesterona, resultando em alterações físicas e psicológicas na mulher”, afirma o Dr. Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP, Membro da FEBRASGO e Especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, e em Infertilidade Conjugal e Ultrassom em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO, e médico nos hospitais Albert Einstein, São Luiz e Pro Matre. 

 

Falta de lubrificação e libido

O estrogênio é o principal responsável pela manutenção do trofismo (função do organismo vinculada à nutrição, ao desenvolvimento e à conservação de um tecido) e da lubrificação vaginal. “No puerpério, devido à falta de estrogênio, a mulher pode sentir a vagina mais seca, ocasionando maior dificuldade em ter relações sexuais devido ao incômodo e a dor que surgem durante a penetração. A PRL aumentada também pode causar diminuição da libido em algumas mulheres”, explica o ginecologista.

 

Desconforto no períneo

Segundo Carlos Moraes, quando o bebê nasce de parto normal, o trauma perineal ou a cicatrização da episiotomia (incisão efetuada na região do períneo - área muscular entre a vagina e o ânus - para ampliar o canal de parto) também podem resultar na dificuldade da penetração por dor ou mesmo por receio em lesar o local em processo de cicatrização. 

Uma pesquisa britânica publicada em 2018 apontou que cerca de 47% das mulheres e 43% dos homens acham que seus relacionamentos íntimos pioraram. De acordo com o estudo, o desejo sexual diminui em 61% das mulheres e em 30% dos homens depois de colocar filhos no mundo. A frequência de relações sexuais dos casais diminui em 47%.

 

Depressão pós-parto

O quadro mais leve e transitório de depressão, conhecido como “maternity blues”, chega a acometer 60% das mulheres no pós-parto. Os sintomas, como tristeza, choro fácil, labilidade das emoções e desânimo, são sentidos nos primeiros dias, logo após o parto. 

Já a depressão pós-parto, que ocorre nas primeiras 4 a 6 semanas após o nascimento do bebê, é mais grave, e pode surgir antes mesmo do parto, no final da gestação. Os sintomas são similares aos da depressão comum, como tristeza, apatia, ideias de culpa, insônia e até desinteresse pelo bebê. Obviamente que o contexto sexual também é afetado. 

“Essas dificuldades podem causar medo e ansiedade na mulher na hora de ter relações sexuais. Vale lembrar que esta é uma fase normal, mas, ainda assim, buscar apoio médico ajuda a encontrar soluções, evitando problemas na vida íntima do casal. O ideal é procurar seu ginecologista para receber orientações sobre o quadro e como proceder diante dessa situação. No caso da depressão pós-parto, o tratamento pode incluir medicação antidepressiva, sempre com orientação médica, principalmente se a mãe estiver amamentando o bebê”, aconselha Carlos Moraes.


Câncer colorretal: saiba como evitar a doença que atinge 40 mil pessoas por ano no país

Especialista do hospital HSANP explica que hábitos saudáveis, o diagnóstico precoce e o tratamento correto podem evitar o desenvolvimento da neoplasia 

 

Quase sempre desenvolvido a partir da presença de pólipos benignos no intestino grosso, o câncer colorretal é o terceiro tipo de neoplasia mais incidente em nosso país. Segundo estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 40 mil novos casos são registrados todos os anos, sendo que 30% ocorrem devido a fatores comportamentais como má alimentação, tabagismo e inatividade física.  

“O câncer colorretal é um tumor maligno que afeta as regiões do reto ou do cólon e ocorre quando as células presentes na porção interior do intestino grosso começam a se multiplicar de forma diferente uma das outras, dobrando de tamanho e se inflamando”, explica Ricardo Gomes Camacho, gastroenterologista do HSANP, hospital referência na Zona Norte da cidade de São Paulo (SP). 

 

Prevenção

O especialista alerta que esse é um tipo de câncer que pode ser evitado com hábitos saudáveis, com uma alimentação balanceada rica em fibras, a ingestão de água e a prática regular de exercícios físicos. “É sempre bom evitar o uso de álcool e cigarro, que são duas das principais causas de câncer colorretal”, aponta ele. 

Desde 2010, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia indica que pessoas com mais de 50 anos realizem, a cada dois anos, exame de toque retal e colonoscopia. Em caso de aparição de sintomas, é fundamental procurar um médico especializado, como gastroenterologista, cirurgião geral ou coloproctologista. 
 

Sintomas

De acordo com Camacho, o câncer colorretal não apresenta sintomas em até 90% dos casos precoces, mas pode ser identificado por meio de exames de rotina, especialmente em pessoas com mais de 50 anos. “Como normalmente surge a partir de pólipos não cancerígenos, ele pode não deixar sinais claros no corpo. Por isso, o melhor caminho para prevenir o desenvolvimento dessa neoplasia é a apuração junto a um médico de antecedentes pessoais e familiares, seguido de exames físicos capazes de encontrar os primeiros sintomas”, pontua. 

Os sintomas podem variar de acordo com o tamanho e a exata localização do tumor. No entanto, os mais comuns são: aparição de muco ou sangue nas fezes; alteração do hábito intestinal, com alternação entre diarreia e prisão de ventre; dor e desconforto abdominal; fraqueza e anemia; perda de peso sem causa aparente; alteração na forma das fezes (muito finas e compridas); e tumoração abdominal. 

“O passo seguinte para um diagnóstico mais preciso é a realização de exames complementares, como raio-X de abdômen, colonoscopia com biópsia de pólipo ou massa na luz do intestino e tomografia computadorizada de abdômen com contraste, que consegue mostrar a obstrução ou a redução da luz intestinal e edemas na parede do cólon”, aponta Camacho.

 

Tratamento 

Após o diagnóstico do câncer colorretal, o tratamento é iniciado com uma cirurgia para remoção do pólipo suspeito e, em casos avançados, por retossigmoidectomia (procedimento que retira uma parte do reto e do cólon para fazer a reconstrução primária do intestino).  

“A quimioterapia é uma alternativa indicada para os casos em que o tumor já é invasivo e, nas situações mais graves, pode ser realizada até mesmo antes das cirurgias, em um tratamento conhecido como quimioterapia neoadjuvante”, afirma o especialista do HSANP. “Já a radioterapia localizada só é realizada em casos específicos, em que a doença orificial do intestino e do ânus”, complementa. 

 

 Hospital referência na Zona Norte da cidade de São Paulo


Ataques hackers aos dados de saúde ressaltam importância da proteção cibernética

Dentre as preferidas para violações na internet em 2021, área está confrontada a adotar melhores soluções de TI e seguros  

 

Os setores público e privado de saúde estão impelidos a avançar com urgência em soluções contra ataques hackers. A área está entre as preferidas para o sequestro de dados, que valem 25 vezes mais em mercados clandestinos na comparação com outros nichos econômicos, segundo levantamento da consultoria internacional PWC junto a 3,2 mil executivos de grandes empresas, em 90 países, ao longo de 2021. 

Dentre os casos emblemáticos no Brasil, destaque para a invasão aos dados de pacientes do laboratório Fleury no 1º semestre e ao site do Ministério da Saúde, no final do ano passado. O risco à vida em meio aos casos de Covid-19 e demais enfermidades, a urgência dos exames, a abrangência dos documentos e detalhes de filiação impulsionam as violações, geralmente com softwares ransomware e pedidos de resgate em criptoativos (moeda virtual difícil de rastrear). 

“Ações preventivas devem ser adotadas e atualizadas constantemente. Existem inúmeras camadas de proteção tecnológicas. No entanto, quando se trata de ativos e processos críticos, dados confidenciais, é preciso um movimento mais estratégico de mitigação de riscos. Pela responsabilidade compartilhada, pela possível exposição de informações de terceiros, por conta dos danos financeiros, ao relacionamento, imagem e reputação. Logo, os seguros são imprescindíveis”, explica o gerente comercial de CyberSeguros da Wiz Corporate, Eduardo Bezerra.    

O estudo da PWC aponta que cerca de 48% dos executivos brasileiros da área da saúde passaram a considerar o aumento no orçamento para a proteção cibernética, após os últimos episódios divulgados pela imprensa. Os seguros cibernéticos contemplam a reparação de lucro cessante por interrupção de rede, investimentos na restauração e recuperação de dados, em uma investigação administrativa e até mesmo no pagamento de resgates. 

“Indústrias farmacêuticas, centros de pesquisas que atuam com vacinas, hospitais, grandes redes de assistência médica e clínicas estão no radar dos criminosos e devem atentar, inclusive, para as punições previstas na Lei Geral de Proteção de Dados. Com a telemedicina, a exposição na rede é ainda maior. Todo o ecossistema de saúde precisa rever seus investimentos e aprimorar as políticas de segurança cibernética”, enfatiza Eduardo Bezerra. 

 

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