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segunda-feira, 4 de abril de 2022

Páscoa, alergia a cacau, existe? Alergista explica

 Alergia e intolerância alimentar ao chocolate, Brianna Nicoletti Alergista pela USP indica investigação médica para evitar a restrição de consumo

 

Médica alergista e imunologista pela Universidade de São Paulo (USP), Dra. Brianna Nicolletti, traz um alerta, faltando poucos dias para celebrarmos a Páscoa em que há troca de bombons e presentes preparados à base de chocolate, como os ovos de Páscoa. 

É mais comum do que se imagina a procura por um alergista por conta de sintomas de alergia a chocolate/cacau. Mas, Dra. Brianna garante que a alergia a esse alimento é muito incomum. “Alergia a castanha, noz, macadâmia, amendoim, ovo, soja, trigo e leite são bem mais frequentes que a alergia a cacau, e estes, sim, são ingredientes presentes no chocolate, dependendo de sua marca, e podem estar envolvidos em casos de alergia ao produto”, explica a alergista.

 

Alergia X Intolerância 

Vale recordar que a alergia alimentar é uma resposta imunológica anormal do organismo que ocorre após a ingestão e/ou o contato com um determinado alimento. 

“É a perda (por algum motivo) do que chamamos de mecanismo de “tolerância” ao alimento. E existe, sim, uma relação com hábitos de vida e consumo maior de alimentos processados, assim como uma tendência genética, familiar”, conta Dra. Brianna. 

Diferentemente, “a intolerância alimentar é um processo secundário à deficiência da enzima responsável pela digestão do alimento e, também, pode acontecer por inflamação da mucosa intestinal e, por este motivo, surge a dificuldade de absorção do alimento e, por consequência, os sintomas da intolerância, como cólicas, vômitos, dores de cabeça, entre outros”, exemplifica a médica. 

“No caso do chocolate, a intolerância, muitas vezes, está ligada ao açúcar do leite, a lactose, um açúcar composto que precisa da enzima chamada de lactase para sua absorção”, detalha. 

Brianna deixa ainda um conselho: “Neste momento de maior consumo de chocolate, não fique na dúvida se pode comer ou não. Vale a investigação para evitar a restrição”, finaliza.

  

Dra Brianna Nicoletti - alergista e imunologista pela Universidade de São Paulo (USP)


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