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terça-feira, 30 de novembro de 2021

Buscas por escolas privadas aumentam 40%; especialista explica como escolas e famílias podem negociar a mensalidade para 2022

Christian Coelho, CEO da consultoria Rabbit, explica que o planejamento estratégico precisa estar coerente com as propostas de valor às famílias para o próximo ano


Nessa reta final de ano, as instituições de ensino têm enfrentado o desafio de repensar a administração escolar para recuperarem as receitas perdidas durante a pandemia. Em pesquisa feita pela consultoria escolar Rabbit, em 2020, o mercado teve uma queda de 34% de matrículas. Os reflexos da pandemia revelam uma urgência na reorganização da gestão escolar como um todo, especialmente na gestão da inadimplência.

Nesse sentido, é importante que as instituições de ensino tenham um planejamento financeiro e estratégico em que permita equilibrar os custos e promover os diferenciais competitivos para as famílias. Christian Coelho, CEO da consultoria, explica que, de modo geral, as instituições de ensino precisam se atentar a alguns pontos que são importantes nesse momento em que a procura de pais está aumentando. 

“Identificamos um crescimento de 40% da demanda por escolas privadas nos últimos meses. As escolas que querem aproveitar desse movimento precisam estar com suas estruturas de comunicação muito bem planejadas para atrair a atenção dessas famílias”, conta. 

Um primeiro ponto que a ser levado em conta nesse processo é identificar quais os diferenciais competitivos que a escola tinha antes da pandemia e que se mantiveram ao longo dela, além de quais diferenciais ela desenvolveu durante esse período, principalmente no que se refere ao ensino remoto. Segundo o especialista, esse é o momento de as escolas mostrarem à comunidade como atravessaram esse momento de maneira sólida

Outro fator importante é um atendimento personalizado às famílias. Com a digitalização dos negócios mais acelerada, prestar um serviço individual é determinante para consolidar novas matrículas. Os gestores também devem disponibilizar visitas pessoais na instituição, e apresentar a estrutura do currículo pedagógico e meios de pagamentos online, por exemplo.

Um bom planejamento escolar também deve incluir uma campanha de matrículas eficiente para captar novos alunos. A campanha de matrícula é a parte em que as matrículas são de fato realizadas, e para isso é necessário operacionalizar as matrículas dos alunos no colégio com preenchimento de formulários, entrega de documentos, pagamentos, entre outras etapas, já que esse é um processo essencial da gestão educacional.

Novas práticas, materiais didáticos, e posturas mais ativas com pais e alunos vão ser cada vez mais importantes a partir de agora. É hora de mudanças significativas em todo o ecossistema escolar e todas as instituições de ensino precisam pensar seu relacionamento de maneira mais estratégica.


Pesquisa: aumenta número de pessoas que pretendem viajar, mas preocupações causadas pela pandemia e novas cepas persistem

Crédito da Foto: Edgar Chaparro para Unsplash

Pesquisa feita em 16 países da América Latina mostra cenário das viagens para as férias de verão. No Brasil, aumentou o índice de pessoas que está fazendo planos para viajar 

 

Quase 60% dos viajantes latino-americanos pretendem viajar nos meses mais quentes no Hemisfério Sul, um índice 14 pontos percentuais acima do apurado no ano passado (veja resultados específicos do Brasil mais abaixo). É um dos dados apontados por mais uma pesquisa da Interamerican Network, agência de comunicação, marketing, digital e representação comercial especializada em Turismo, com sede em São Paulo e filiais em quatro países da América Latina, e que vem investigando os hábitos dos viajantes desde o começo da pandemia da COVID-19.

 

A quantidade de viagens que os latino-americanos pretendem planejar no período varia entre uma (48,61%) e duas a três (48,23%), em companhia da família (35,69%) ou do par romântico (28,16%), para a praia (26%) ou destinos urbanos (22%) e dentro do próprio país (43,40%). Viagens internacionais, segundo os respondentes, apenas daqui a sete a 12 meses (26%) ou após 12 meses (26%). O meio de transporte preferido é o avião (47%), enquanto o tipo de hospedagem de preferência é um hotel de rede conhecida (31%). Os principais gastos com a viagem, segundo eles, são a passagem aérea (33%) e a hospedagem (25%), seguidos de restaurantes (16%), compras (14%) e passeios (13%).

 

Danielle Roman, presidente e CEO da Interamerican, comenta que as viagens voltaram, mas ainda com cautela: “as pessoas estão sedentas por viagens. O avanço da vacinação e a queda nas taxas de infecções e mortes dão o pontapé que faltava para a retomada do Turismo. Porém, ele volta com cautela, com exigências muito claras de segurança, tanto sanitária quanto financeira, o que é bom para todos. E a natureza em constante evolução do coronavírus, como estamos vendo agora com a nova variante ômicron, exige atenção especial de todos ao organizarem suas viagens”.

 

Preocupações de ordem econômica e relacionadas à pandemia seguem impactando as viagens. Dentre os fatores mais importantes no planejamento das férias, segundo os entrevistados, estão promoções/ofertas (23%), orçamento e segurança/higiene dos fornecedores (ambas com 21%), destinos com baixo risco de COVID-19 (18%) e flexibilidade para remarcar a reserva (17%). “O fato também é sentido no que diz respeito às fontes de informação preferidas para consulta durante o planejamento: fontes oficiais, como governos e OMS, com 19%, lideram, porém, seguidas de perto por sites de reservas de viagens (18%), fornecedores como hotéis e companhias aéreas (16%), imprensa (13%), Google (12%) e, empatados cada um com 11%, blogs e redes sociais”, diz Danielle.

 

Na pesquisa, foram ouvidas 1.117 pessoas na América Latina, no mês de outubro de 2021. 54% delas era do sexo feminino, 39,21% eram casadas com filhos e as faixas etárias mais presentes foram de 45-54 anos (25,69%), 35-44 anos (23,19%) e 55-64 anos (22,65%). Dentre os 16 países que participaram da pesquisa, respondentes do Brasil, Argentina, Colômbia, México, Chile e Peru foram a maioria, nessa ordem.

 

Para ter acesso aos dados completos da pesquisa na América Latina, clique aqui.

 

Resultados no Brasil

 

No Brasil, também aumentou o índice de pessoas que diz querer viajar ainda este ano nesta pesquisa, em comparação com aquela feita em outubro de 2020. Antes, eram 34%, índice que subiu para 38,7% em outubro de 2021 (considerando viagens em até dois meses). Em segundo lugar no ranking mais recente aparece a opção de viagens daqui a três ou quatro meses (24,5%). “Isso indica que a temporada de verão no Brasil vai ser movimentada, com os viajantes enfim matando a saudade de pegar a estrada e empresas do setor de turismo vendo, enfim, a volta do movimento a seus estabelecimentos. Recomenda-se apenas atenção com eventuais medidas extras de segurança sanitária que podem vir na esteira da nova variante ômicron”, afirma Osmar Maduro, diretor da Interamerican e coordenador da pesquisa.

 

Sobre a quantidade de viagens que pretendem fazer, 49,2% responderam que apenas uma, enquanto 47,7% declararam o desejo de fazer de duas a três viagens nos próximos meses.

 

Dentre os fatores mais importantes no planejamento de uma viagem, os impactos econômicos e de saúde causados pela pandemia também são sentidos no Brasil, apesar da maior movimentação dos viajantes. Orçamento e Promoções aparecem em primeiro e terceiro lugares, respectivamente. Precauções de segurança e higiene dos fornecedores, Destinos com baixo risco de COVID-19 e Flexibilidade para remarcar a reserva completam a lista em segundo, quarto e quinto lugares, respectivamente.

 

Apenas 3,4% dos entrevistados dizem não pretender viajar no futuro próximo. Das três razões apresentadas como opções para não fazê-lo, aquelas relacionadas ao impacto da pandemia ainda são sentidas: segurança sanitária foi a mais escolhida, com 47,1%. Na sequência, motivos financeiros (35,3%) e falta de tempo (17,6%).

 

Viagens em família (36,3%) ou com o par romântico (30%) são as modalidades mais escolhidas. Destinos de praia são os preferidos, como em todas as últimas pesquisas, seguidos por destinos urbanos, de grandes cidades. A maioria (50,2%) declara que pretende viajar dentro do País, índice que voltou a subir em 2021: no segundo semestre de 2020, ele era de 47%.

 

Quanto a viagens para fora do País, somente daqui a 12 meses foi a opção mais escolhida, com 35,1%, seguida de daqui entre sete e 12 meses (27,5%), o que sugere, além das incertezas impostas pelo coronavírus, também o impacto da alta do dólar no orçamento, uma vez que as fronteiras de muitos países já reabriram para os brasileiros.

 

O meio de transporte de preferência é o avião, seguido do carro próprio, o que reforça a tendência de viagem no próprio país. Os meios de hospedagem escolhidos são, nesta ordem, hotéis de redes, pousadas e casas ou apartamentos de aluguel por temporada. Casas de parentes ou amigos e hostels são as opções menos votadas para o público entrevistado.

 

Segundo os respondentes, passagem aérea e hospedagem representam os maiores custos de uma viagem. Gastos em restaurantes e com passeios vêm em seguida. “E, conforme sugerido nas pesquisas anteriores, talvez não se possa mais afirmar que fazer compras é uma das principais atividades dos brasileiros quando viajam, uma vez que, das cinco opções apresentadas, esta apareceu como representando o menor impacto nas contas”, diz Osmar.

 

No Brasil, órgãos oficiais, como governos e OMS, também foram escolhidos como a principal fonte de informação para pesquisar antes de tomar a decisão de viajar. Na sequência, diferentemente da média latino-americana, aparecem, em ordem de maior escolha, imprensa, sites de reservas de viagem, fornecedores como hotéis e companhias aéreas, redes sociais, Google e, por último, blogs. Em comparação com a pesquisa realizada no ano passado, pode-se ver um grande ganho de importância da imprensa como fonte confiável de informações e a perda de terreno dos blogs na preferência dos brasileiros nesse quesito.

 

Para ter acesso aos dados completos da pesquisa no Brasil, clique aqui

 

 Interamerican Network


segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Dezembro Laranja vai iluminar prédios e alertar sobre a importância da prevenção do câncer de pele

Proteção solar é fundamental
Freepik

Iniciada em 1999, a Campanha Dezembro Laranja tem se firmado como uma referência na educação e orientação da população brasileira.

 

Neste ano, respeitando os protocolos de restrições de circulação, O Dezembro Laranja não terá o tradicional atendimento presencial. “O tema da Campanha será “O Verão com Muita Proteção”, pois a estimativa é que haja uma maior presença dos brasileiros nas atividades de lazer do verão. O objetivo da ação, liderada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia é tornar o movimento ainda mais conhecido pela sociedade, informar sobre a doença, sensibilizar sobre as formas de prevenção e contribuir para o diagnóstico correto.

“Com forte direcionamento para as mídias sociais e buscando o engajamento dos associados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, convido a todos que participem e auxiliem na divulgação das atividades desta grande Campanha”, afirma o dermatologista e coordenador do Dezembro Laranja no Rio Grande do Sul e dermatologista, Fabiano Siviero Pacheco.

Entre os diversos locais que receberão a iluminação laranja estão previstos o Palácio Piratini, sede do governo estadual; a Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), os estádios Beira Rio e Arena do Grêmio e a Unimed.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos. O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa, porém seus números são muito altos. A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele e registra 8,4 mil casos anualmente.

 


Marcelo Matusiak


Estamos todos saindo da UTI?

Opinião


Há 13 anos, passo um grande pedaço do meu dia em um ambiente que, infelizmente, passou a fazer parte da história de muitas famílias a partir do ano passado: a Unidade de Terapia Intensiva. Talvez os significados das palavras desse nome nunca fizeram tanto sentido. Unidade de profissionais que não fazem nada sozinhos, que precisam uns dos outros tanto para as ações “operacionais” como para virar um paciente de bruços ou para discutir os procedimentos cada vez mais multidisciplinares. Terapia atualizada e individualizada com uma rapidez jamais vista, graças à agilidade e ao esforço da ciência. E intensiva em todos os detalhes.

Nas últimas semanas, esses ambientes estão diferentes do que vivenciamos ao longo de quase 20 meses. Vemos as altas de pacientes sem que seus leitos sejam imediatamente ocupados por outros e novos - e em determinado momento da pandemia, literalmente, cada vez mais novos - pacientes. Em alguns dias, deixamos inclusive de ter casos ativos de covid-19. Isso significa que, pela primeira vez, em mais de 500 dias, não havia pacientes com potencial de transmissão da doença. Para os profissionais de saúde esse é um marco que nos emociona e enche de esperança.

Ao olhar os leitos vazios, não podemos nos esquecer da trajetória até aqui. Uma realidade que nem os mais experientes profissionais estavam preparados. Foram dias em que precisamos encarar como principal desafio manter o paciente vivo para que o próprio corpo pudesse ter forças para combater o coronavírus. E, para isso, recorremos a procedimentos complexos. Em algumas instituições, o uso da ECMO, por exemplo, chegou a ser nove vezes mais frequente do que antes da pandemia. O aparelho que funciona como coração e pulmão artificial representou novos suspiros para muitos homens e mulheres. Já as diálises, ainda no leito de UTI, cresceram quase 60%.

O médico intensivista reconhece o seu papel como divisor de águas no tratamento de um paciente. A entrada dele em ação deve ser precisa no momento em que o quadro do paciente se agrava e que pode ser irreversível sem esse suporte. E assim, também ser o momento da saída. Mas talvez essa definição nunca foi tão nebulosa quanto na covid-19. Como doença sistêmica e imprevisível, em cada paciente ela agia de uma forma. E foi a união entre assistência e pesquisa que nos deu o suporte para seguir. 

Em muitos momentos, tivemos que lutar com os braços que tínhamos. E eles eram escassos de norte a sul do Brasil. Apenas 1,6% dos médicos brasileiros registrados são intensivistas. A Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) estima que o país precisaria ter, pelo menos, cinco vezes mais profissionais da área para atender toda a demanda de leitos de UTI. A matemática deixa claro o cansaço, mas as súplicas para voltar da intubação escancaram o peso que esses braços carregaram.

No início, observamos como a doença se comportava e compartilhamos conhecimento com o mundo. Agora, experimentamos os resultados desse movimento, que passa a ser coletivo. Vacinas em tempo recorde, adesão da população e a esperança de volta.

As ligações para as famílias e as longas semanas - até meses - de internamento nos aproximaram de cada um que venceu ou perdeu essa luta. Lidamos como uma tragédia social e humanitária e, apesar de acreditarem que somos heróis, sairemos dela mais humanos. 

 

 

Jarbas da Silva Motta Junior - médico intensivista e coordenador da UTI do Hospital Marcelino Champagnat


4 passos que diminuem as chances de ter Parkinson

O Parkinson é uma doença que afeta as habilidades cerebrais de controlar movimentos voluntários. Sua causa ainda é desconhecida, mas algumas teorias indicam que ela surge por meio de fatores genéticos, como mutações, e fatores ambientais, como exposição a produtos químicos tóxicos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Parkinson atinge 1% da população mundial acima de 65 anos. No Brasil, estima-se que existam cerca de 200 mil pessoas com a doença, se tornando uma pauta preocupante, devido ao envelhecimento crescente da população, que aumentou cerca de 16% nos últimos cinco anos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Contudo, apesar do que a maioria acredita ser verdade, em relação a essa doença, existem alguns hábitos que podem ser tomados ao longo da vida para diminuir as chances de desenvolver Parkinson no nosso corpo.

Pensando nisso, o Roberto França, médico geriatra da Said Rio, empresa de cuidadores de idosos, resolveu listar 4 passos que podem te ajudar a prevenir a doença:

• Atividades Físicas

Manter uma rotina de exercícios ajuda na oxigenação do cérebro, deixando-o mais ativo e facilitando a renovação dos neurônios.

• Alimentos antioxidantes

Adicionar alimentos com essa função no seu cotidiano, "abastecem" o organismo com substâncias importantes para o equilíbrio do corpo. Alguns exemplos de alimentos antioxidantes: aveia, frutas cítricas, frutas vermelhas, linhaça, mamão, abacaxi, entre outros.

• Estímulos Cerebrais

A mente também precisa ser estimulada, por isso, estudar em outra língua, ler frequentemente e desafiar o cérebro com tarefas que parecem ser difíceis, como desenhar ou fazer cálculos, são formas interessantes de estímulos e podem te ajudar a não desenvolver o Parkinson.

• Convivência Social

Essa também é outra ferramenta para manter o cérebro ativo, pois o contato com outras pessoas, fazem com que o corpo liberte substâncias, como dopamina, para felicidade, além de forçar, mesmo que instintivamente, a reagir a diversas circunstâncias e a pensar também.

"O Parkinson ainda não tem cura e, por não se saber a causa exata que faz com que ela apareça, também não existe nada concreto que realmente evite que ela se desenvolva em um organismo, porém estudos comprovam que esses quatro passos são capazes de diminuir suas chances, além de evitar que outras doenças apareçam. Cuidem-se e, se necessário, busque por um médico para fazer um acompanhamento", finaliza o médico geriatra.

 

Said Rio


PROADI-SUS planeja desenvolver projeto para aumentar precisão no diagnóstico do câncer de próstata para melhorar qualidade de vida do paciente do SUS

 Assim que publicada no Diário Oficial da União, iniciativa em parceria com o Ministério da Saúde será executada pelo Hospital Moinhos de Vento; diretriz pioneira vai monitorar casos da doença no Brasil

 

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que, por ano, 65.840 brasileiros irão desenvolver câncer de próstata até 20221 - o tipo mais comum entre a população masculina. Visando implementar uma diretriz de vigilância ativa para o monitoramento da doença no Sistema Único de Saúde (SUS), o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS), em parceria com o Ministério da Saúde, implantará o projeto VigiaSUS: Diagnóstico e tratamento do câncer de próstata no Brasil. A iniciativa, que já foi aprovada e aguarda publicação no Diário Oficial da União para ser iniciada, será conduzida pelo Hospital Moinhos de Vento, que ficará responsável por monitorar casos de pacientes com câncer de próstata de baixo risco.

"A otimização e o direcionamento do tratamento conservador para os casos de menor ameaça liberam vagas a pacientes com doença mais grave e possibilita um tratamento mais ágil para os pacientes com outros tumores, como pulmão e mama, que têm maior tempo de espera para a realização de intervenções e, muitas vezes, perdem vagas por ficarem atrás de cirurgias que não são urgentes", afirma o Dr. Pedro Isaacsson, Head de pesquisa clínica e líder da iniciativa no Hospital Moinhos de Vento.

A formulação desta diretriz é pioneira no Brasil e segue uma tendência mundial ao evitar intervenções desnecessárias, contribuindo com o bem-estar desses pacientes, uma vez que o tratamento radical sem necessidade pode gerar uma série de sequelas, como explica o líder do projeto: "O câncer de próstata é uma doença heterogênea, e dessa forma, não podemos tratar todos os pacientes de maneira igual. Muitos pacientes se beneficiarão de vigilância ativa, ou seja, não intervir no tumor de maneira imediata, mas sim observá-lo de maneira sistemática e periódica. Já, outros pacientes, têm de ser encaminhados rapidamente para um tratamento definitivo com cirurgia, radioterapia e/ou hormonioterapia".

O especialista segue afirmando que "o intuito do projeto é alocar melhor os recursos a quem precisa e, para isso, estamos trabalhando com os dados relacionados ao mundo todo, aplicando uma abordagem inovadora e eficaz no SUS". Com o início do projeto previsto para 2022, serão selecionados de 10 a 15 centros de tratamento oncológico do SUS em todas as regiões do país, que receberão suporte das equipes de urologistas do PROADI-SUS para a implantação de um protocolo de vigilância assistencial. Nesse acompanhamento, será definida a quantidade de ressonâncias e exames realizados para reduzir os tratamentos radicais em pacientes com diagnóstico menos agressivo.

Além de propor-se agilizar o tratamento dos pacientes que necessitam de intervenção, a implementação do protocolo prevê a diminuição de efeitos adversos nos pacientes, citados anteriormente, além de garantir uma melhor realocação dos recursos e reduzir o desperdício de dinheiro para o sistema de saúde pública.

 

Formas de prevenção:

De maneira geral, o câncer de próstata tem uma evolução silenciosa2. Muitos pacientes não apresentam sintomas ou, quando apresentam, são similares ao crescimento de um tumor benigno na próstata - como dificuldade em urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite. Entre as medidas de prevenção, encontram-se visitas regulares ao urologista, bem como a realização de exames adequados para o diagnóstico de outras diversas doenças, aumentando a probabilidade de cura nos casos mais graves.

"Na maioria dos casos, a doença se desenvolve de maneira lenta, sem apresentar sintomas. Por esse motivo é essencial que exista um trabalho de conscientização em relação aos cuidados do homem com sua saúde, evitando complicações no futuro", salienta o Dr. Pedro.

Visando a conscientização quanto ao diagnóstico precoce da doença, em novembro é celebrada a campanha "Novembro Azul" com o objetivo de direcionar a atenção da sociedade para os cuidados à saúde do homem e, em especial, à prevenção do câncer de próstata. O movimento é também responsável por uma série de ações que buscam desmistificar tabus que permeiam o diagnóstico e o tratamento desse tipo de câncer em todo o planeta.

 

Referências:

• INCA - Câncer de próstata relacionado ao trabalho

• INCA - Câncer de próstata

 

PROADI-SUS

Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde


Células-tronco na ortopedia e na medicina do esporte

Além da longevidade, as terapias trazem perspectivas de mais qualidade de vida e bem-estar nas práticas de atividades físicas


As células-tronco mesenquimais se tornam cada vez mais promissoras e os estudos e ensaios clínicos realizados avançam em diversas frentes. Essa também é uma verdade para a ortopedia e para a medicina do esporte. A terapia celular tem aberto possibilidades de pesquisa e procedimentos futuros para doenças que ainda não possuem um tratamento adequado nessa área, como é o caso das lesões da cartilagem e da osteoartrite ou artrose do joelho, entre outras.   

“A vantagem terapêutica dessas células vem da capacidade que têm de se diferenciar em outros tecidos (adiposo, ósseo e cartilaginoso) e de regular o sistema imune ao seu redor, tornando o ambiente mais propício para o reparo da lesão. As técnicas estão sendo amplamente estudadas por respeitados centros no exterior e no Brasil. A pesquisa desde os laboratórios até os modelos tradicionais para uso em humanos e em ensaios clínicos, com o aval da ANVISA e o financiamento para o desenvolvimento de produtos, torna essa tecnologia promissora e com previsão de chegada breve ao mercado”, explica o cirurgião ortopédico Tiago Lazzaretti Fernandes, que atua no grupo de medicina do esporte no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo (HC-FM-USP).

Segundo o traumatologista, médico do esporte e membro do Conselho do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Bernardino Santi, ainda há a perspectiva para uso das células-tronco mesenquimais em doenças como a osteomielite (infecção do osso), em perdas ósseas importantes, em fratura cominutiva (quando o osso se quebra em mais de dois fragmentos) e na reconstrução de músculos, ligamentos e tendões. “Em algum momento teremos que tomar esse caminho como forma de tratar. É impressionante que nós, como brasileiros, não sabemos das instituições e profissionais que possuímos no país. Nosso conhecimento em terapias com células-tronco tem décadas e, obviamente, ainda há muito para avançar. No entanto, nossos pesquisadores já dominam essa técnica de ponta. Com isso, há condições de ampliar o arsenal terapêutico para várias situações”, explica.

Para tratamento de uma lesão grave no joelho, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no país, ainda é utilizado o procedimento cirúrgico, que é invasivo, de recuperação lenta e delicada. Os avanços com células-tronco mesenquimais, nesse sentido, segundo Santi, permitem que atletas de alto rendimento ou pessoas que se lesionaram nas suas práticas tenham a possibilidade de voltar ao esporte com mais rapidez e menos sofrimento. “Há casos em que esses praticantes, que se machucam, desistem da sua atividade, já que os tratamentos disponíveis não trazem uma perspectiva boa. Isso faz com que a pessoa não trate corretamente, o que acaba interferindo na sua vida pessoal e até profissional. As terapias com células-tronco também são promissoras para trazer essas pessoas de volta para as suas práticas. O importante, quando se fala em tratamento na medicina do esporte para quem faz esporte por lazer e diversão, que não são atletas de alto rendimento, é pensar na qualidade de vida. Obviamente que os treinos sem dor e sem lesões são mais prazerosos. O objetivo, que é ter mais qualidade de vida, será atingido. Muito além da longevidade, é viver bem e estar feliz. Essa é a minha perspectiva para os próximos anos”, diz o médico.

Em Campinas, interior de São Paulo, está situado o centro pioneiro na técnica de isolamento, expansão e armazenamento de células-tronco do dente, tecido adiposo e do céu da boca (periósteo do palato) do país, a O laboratório tem à frente o cientista e membro do International Society for Cellular Therapy, José Ricardo Muniz Ferreira, que estudou a fundo e aprimorou a técnica de extração, armazenamento e cultivo das células. Segundo ele, as células-tronco mesenquimais possuem grande potencial de multiplicação. “Um único dente, por exemplo, pode conter milhares de células e, quando multiplicadas no laboratório, tornam-se milhões. Elas também podem se especializar, com qualidade, em qualquer outra célula de tecidos sólidos do corpo humano, trazendo mais qualidade de vida às pessoas”, garante.


Roer unhas causa diversos problemas à saúde bucal

Além de provocar trincas e lascar os dentes, esse hábito pode ser a ‘porta’ para outras doenças pelo corpo

 

Roer unhas é sinônimo de problema de saúde bucal. Esse velho hábito que atinge mais de 30% da população brasileira, segundo pesquisa realizada pela revista PubMed.com, pode causar desgaste, fratura e desalinhamento dos dentes, lesões nas gengivas, problemas na mandíbula e provocar infecções na boca.

As informações servem de alerta para as pessoas que sofrem com a onicofagia, o hábito de roer unhas. Além de causar trincas e lascar os dentes, essa mania faz com que germes e bactérias entrem pela boca podendo causar diversas doenças no paciente, segundo a cirurgiã-dentista Thyarla Arruda Alves, da Orthopride de Jundiaí.

A especialista explicou que o problema pode afetar o corpo humano em diversos graus. "Além do impacto na própria unha, esse hábito prejudica os dentes já que é necessário colocar força para ‘morder’ e ‘cortar’ as unhas. Isso causa o desgaste e, com o tempo, eles podem ficar quebradiços e frágeis, causar dores e outros tipos de incômodos", disse.

Segundo a especialista, esse costume gera uma pressão repetitiva e contínua sobre os dentes, causa o desgaste do esmalte, aumenta a possibilidade de pequenas fraturas e fissuras, deixando os dentes mais propensos à formação de cáries e sensibilidade.

"O problema também pode causar reabsorção das raízes (encurtamento) e também alterar o posicionamento dos dentes, que resultaria num apinhamento dental. Para tratar essa questão, o primeiro passo é realizar uma avaliação clínica do paciente. Com o diagnóstico correto, ele é encaminhado para um tratamento individualizado e minucioso", disse.

Corrigir a posição dos dentes é indispensável para evitar complicações indesejáveis para a saúde bucal. "Os dentes apinhados podem causar traumas oclusais, aparecimento de cáries, doenças como gengivite, traumatismos dentários, além do fator estético que compromete o seu sorriso", finalizou.


Orthopride

Criada em 2009, a Orthopride trabalha com dedicação exclusiva à ortodontia e estética. Presente em Jundiaí, a unidade é projetada para oferecer comodidade para pacientes, através de um atendimento personalizado, tecnologia de ponta e profissionais capacitados para fazer o melhor.

A Orthopride acredita que tudo que é bom começa com um sorriso, inclusive grandes negócios. Assim, o grupo procura levar a filosofia em cada atendimento, proporcionando uma experiência positiva aos pacientes.

 

 

Thyarla Arruda Alves - CRO 124470/SP. Cirurgiã-dentista.


5 causas do mau hálito em crianças e o que fazer para acabar com o problema

Cirurgião dentista Rodrigo Sakuma esclarece as origens desta condição e explica o que deve ser feito em cada caso

 

O mau hálito, conhecido também como halitose, é uma condição que costuma causar constrangimento entre os adultos, mas que pode ser observada com frequência em crianças. Durante a infância, é comum que os pequenos ainda não tenham assimilado a importância dos cuidados com a higiene bucal.

Por isso, a atenção dos pais deve ser redobrada aos sinais que indicam a presença de mau cheiro constante na boca dos filhos. O Cirurgião dentista Rodrigo Sakuma lista abaixo algumas das causas para o surgimento desta condição e dá dicas sobre o que fazer para remediar a situação. Confira!

 

1. Má higiene oral

Sem dúvidas, a causa número um do mau hálito em crianças é a prática inadequada da higiene bucal. Em determinado momento do processo de amadurecimento das crianças, os pais costumam incentivar os filhos a escovarem os dentes sozinhos.

Porém, sem acompanhamento, é comum que os pequenos não realizem a higienização como deveriam. Para resolver este dilema, deve-se criar uma rotina de observação para garantir que eles escovem os dentes pelo menos três vezes ao dia e usem o fio dental com frequência.


2. Problemas de saúde na boca, estômago ou garganta

Diversas condições médicas como refluxo, amígdalas inchadas e gengivas inflamadas podem ser a origem do mau cheiro na boca das crianças. Por isso é importante prestar atenção em sinais como vermelhidão nestes locais e dar ouvidos às possíveis queixas dos pequenos.

Sinusites bacterianas, diabetes, insuficiência renal, problemas no fígado e câncer de boca também têm a halitose como um dos sintomas. Caso haja suspeita de uma doença silenciosa ou invisível, consulte o médico da família para orientações sobre abordagens e tratamentos.


3. Uso de chupetas ou hábito de chupar o dedo

O hábito de chupar o dedo e o uso constante de chupetas é outro inimigo do hálito fresco nas crianças, especialmente nos bebês. Isso porque os dois podem acumular sujeira e até restos de comida que, em contato com as bactérias, podem causar mau cheiro.

O uso da chupeta e da mamadeira costuma ser desencorajado a partir de um ano e meio até os três. Como isso nem sempre é possível, o ideal é que os pais estejam atentos ao estado destes itens e façam a troca sempre que notarem descoloração ou aspecto desgastado.


4. Desidratação ou fome

A saliva é uma aliada poderosa na eliminação de bactérias que causam o mau hálito. Por isso, quando a boca das crianças fica seca, a probabilidade de a halitose dar as caras é ainda maior. Para evitar a desidratação, deve-se oferecer água com frequência e incentivar que os pequenos tomem mesmo sem sede.

A fome é outro fator que agrava o cheiro ruim na boca. Isso porque permanecer longos períodos em jejum estimula a queda de glicose no sangue, chamada de hipoglicemia, que contribui para o quadro. A solução neste caso é criar uma rotina de alimentação regular e incentivar a escovação após cada refeição.


5. Ingestão de alimentos com odores fortes

Alho, cebola, peixes, laticínios, azeitonas, repolho, couve, embutidos e café são alguns dos alimentos e bebidas responsáveis pela presença do odor pungente na boca das crianças. Estas comidas podem produzir mau cheiro até mesmo depois de ingeridas e são perceptíveis no hálito horas depois das refeições.

Como boa parte destes ingredientes são ricos em nutrientes, é interessante optar pela redução deles na dieta, mas nunca pela eliminação. Uma dica é não os misturar em uma mesma refeição. Uma boa escovação também ajuda na eliminação de eventuais resíduos entre os dentes e a gengiva.

 


Rodrigo Sakuma - diretor membro da Associação Brasileira do Cirurgião Dentista - seção Paraná. Proprietário da Clínica Sakuma, é entusiasta de produtos bucais inovadores como a espuma anticárie Magic Bubble e a Magic Brush, escova dental com dosador. Como profissional da área, visa a mudanças de hábitos de higiene bucal infantil.


Cuidados bucais reduzem chances de parto prematuro

Adobe Stock
Doença periodontal, causada pela higiene bucal inadequada, aumenta em três vezes riscos durante a gestação


A doença periodontal é caracterizada por infecções que atingem os tecidos da gengiva e podem se espalhar pelos ossos dos dentes. Sua causa está diretamente ligada com a formação de placa bacteriana, que se constitui através do acúmulo de resíduos na região bucal. Segundo estudos nacionais e internacionais, a patologia é um agravante para mulheres que estão no período gestacional, em razão do aumento das taxas hormonais que provocam a queda da imunidade, associado a hábitos de higiene inadequados.

De acordo com pesquisa realizada pela Unicamp (Universidade de Campinas), gestantes diagnosticadas com a doença periodontal têm risco até três vezes maior de parto prematuro, baixo peso do recém-nascido, entre outras ocorrências perinatais. O trabalho ainda indicou que cerca de 47% das mulheres avaliadas apresentaram quadro de periodontite, de níveis moderados a graves. Outro levantamento produzido pela Universidad Miguel Hernández de Elche, na Espanha, constatou que a enfermidade intensificou o risco de parto antes de 37 semanas em 60%. A análise foi feita com mais de 10 mil mulheres ao redor do mundo.

Queren Azevedo, consultora da GUM , marca americana de cuidados bucais, esclarece que a atenção com os dentes e a higienização no decorrer da gestação deve ser intensificada. "Devido ao aumento de hormônios, como a progesterona e estrogênio, os cuidados com a região bucal devem ser redobrados, pois elas influenciam no surgimento de inflamações e infecções. Sendo assim, a falta de higiene e limpeza adequada colabora para o surgimento da doença periodontal", explica.

Azevedo destaca que a gengivite é frequentemente relatada por mulheres grávidas em consultórios. Contudo, o controle da infecção é fundamental para evitar a danificação das gengivas e osso maxilar. "A higienização ao menos três vezes por dia, com o uso de escova de dente com cerdas macias e creme dental fluoretado, minimizam os riscos da formação de biofilme. A utilização do fio dental e seu manuseio apropriado é extremamente importante para garantir a limpeza interdental correta", afirma.

Em busca de prevenir a doença periodontal e outros problemas bucais, a especialista reforça a necessidade de cuidados antes, durante e após a gestação. "Além da rotina diária, o acompanhamento odontológico especializado visa auxiliar na prevenção de doenças e o tratamento durante a gravidez. Dessa forma, é possível assegurar saúde e bem-estar tanto para a mãe quanto para o bebê", declara.


GUM


Todas as grávidas devem tomar reforço das vacinas de covid?

 

Todas as grávidas devem tomar reforço das vacinas de covid?

O avanço da vacinação contra a Covid-19 no Brasil já permitiu alcançar notáveis ganhos em saúde pública, reduzindo de maneira significativa a ocorrência de casos graves e óbitos pela Covid-19. Mas devido à tendência da redução da efetividade das vacinas contra a doença com o passar do tempo e considerando a possibilidade de amplificação da resposta imune com doses adicionais de vacinas Covid-19, desde 17 de novembro está indicada a dose de reforço para todos os indivíduos com mais de 18 anos de idade, que deverá ser administrada cinco meses após a última dose do esquema vacinal primário dos imunizantes Pfizer, AstraZeneca e Coronavac.

 

A Dra. Lorena de Castro Diniz, Coordenadora do Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), explica que a vacinação das gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto), a partir de 18 anos, deverá ser realizada com os imunizantes que não contenham vetor viral (Sinovac/Butantan e Pfizer/Wyeth), preferencialmente Pfizer.

 

“Estudos de farmacovigilância demonstram que os eventos adversos com a segunda dose ou dose de reforço foi menor quando comparado à primeira dose da vacina”, explica a especialista.

 

A médica conta ainda que alguns estudos evidenciaram a presença de anticorpos no leite materno e a transmissão transplacentária no último trimestre de gestação após a vacinação da mãe. 

“A gestação deixa a mulher em condição de evoluir com maior gravidade caso contaminada pela Covid-19 , mas se ela já tem o esquema primário completo de imunização, não há teoricamente uma prioridade nesta população, devendo seguir o esquema conforme população geral, exceto pelo fato de poder receber exclusivamente a vacina da Pfizer para este reforço”, comenta Dra. Lorena.

 



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O preconceito ainda é um entrave para o diagnóstico e tratamento do HIV

Segundo o Ministério da Saúde, 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil

 

Dados de 2020 do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Uniaids) apontam que 37,6 milhões de pessoas no mundo vivem com HIV e 690 mil morreram de doenças relacionadas à Aids. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 920 mil pessoas convivem com HIV. Por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a Aids (1º/12), a médica clínica do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), dra. Dagmar Maia Kistemann, destaca que o estigma e a discriminação com relação à doença ainda são entraves para o diagnóstico e tratamento. 

“As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são um problema de saúde pública em todo o mundo, pois estão entre as doenças transmissíveis mais comuns e que afetam a saúde e a vida de milhões de pessoas. Algumas das complicações destas infecções são: infertilidade, complicações na gravidez e parto, morte fetal, abortos, doenças congênitas, aumento da exposição à infecção pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana causador da doença Aids - Doença da Imunodeficiência Adquirida), entre outras manifestações, não menos importantes”, afirma dra. Dagmar. 

A médica explica que as ISTs são causadas por mais de 30 agentes etiológicos (vírus, bactérias, fungos e protozoários), sendo transmitidas principalmente por via sexual e, eventualmente, por via sanguínea. Também podem ser transmitidas pela mãe para a criança durante a gestação, parto ou amamentação. 

“Os preservativos masculinos e femininos são um método eficaz para a redução do risco de transmissão do HIV e de outros agentes sexualmente transmissíveis, além de prevenir a gravidez. A profilaxia é indicada em casos de:  violência sexual, acidente biológico e situações de vulnerabilidade à exposição dos agentes causadores das doenças. Para que a cadeia de transmissão seja interrompida é necessário o tratamento adequado do paciente, dos parceiros (as) e o acompanhamento do caso”.

 

Estigma e discriminação 

Em relação ao HIV, há a possibilidade de realizar tratamento para a pré e pós exposição e a boa adesão aos medicamentos mantém a carga viral indetectável, embora não elimine a necessidade do uso de preservativo nas relações sexuais. 

“Porém o estigma e a discriminação estão entre os principais obstáculos para a prevenção, tratamento e cuidados com relação ao HIV. As pesquisas demonstram que estes fatores prejudicam os esforços no enfrentamento da epidemia da doença ao fazer com que as pessoas tenham medo de procurar por informações, serviços e métodos que reduzam o risco da infecção e adotar comportamentos mais seguros, com receio que sejam levantadas hipóteses sobre seu estado sorológico”. 

Dra. Dagmar alerta que esse cenário acaba estimulando a automedicação. “Após uma relação sexual sem proteção e se estiver com dúvida se foi infectado por alguma IST, procure atendimento médico, para ter um diagnóstico seguro e iniciar logo o tratamento. A testagem do HIV está disponível na rede pública e pode ser feita, inclusive, de maneira anônima. Não se deixe levar pelo preconceito, dê prioridade à sua saúde”, orienta a médica.


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