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quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Usado nos EUA e na UE, opção de tratamento para metástase colorretal pode contribuir com a qualidade de vida para pacientes no Brasil

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Uma terapia focada e poderosa, localizada no exato local do tumor pode ser determinante para o bem-estar, mesmo em casos de estágio avançado da doença

 

A cada novo tratamento criado e disponibilizado para os mais diversos tipos de doenças, a medicina se torna mais capaz de oferecer qualidade de vida — até mesmo àqueles pacientes que sofrem com condições para as quais as expectativas são baixas. É o caso do câncer colorretal (CCR), que é o terceiro tipo mais comum de câncer em homens e mulheres juntos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Até 2025, são esperados mais de 45 mil novos casos por ano no Brasil, aponta o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

 

Países com baixo IDH têm maior mortalidade por CCR, como aponta um estudo realizado por pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e da Universidade da Califórnia San Diego. Os fatores que influenciam essa relação são, principalmente, o subdiagnóstico e o menor acesso a controle dos fatores de risco, como o consumo de alimentos ultraprocessados e carne vermelha. Brasil e América Latina, local em que a mortalidade pela doença vem crescendo, têm maior exposição a esses fatores. 

“Aproximadamente metade dos pacientes portadores de câncer colorretal apresenta metástases hepáticas durante a evolução de sua doença que afetam diretamente o prognóstico e são diretamente responsáveis por 2/3 dos óbitos relacionados à doença. É por isso que é importante desenvolver e aprovar procedimentos eficazes não só para o combate pontual do CCR em estágio inicial, mas também de sua evolução e das etapas seguintes”, afirma o médico especialista em Radiologia Intervencionista, Dr. Francisco Leonardo Galastri.

Amplamente utilizado em países do Reino Unido, França e Estados Unidos, já há mais de duas décadas, a radioembolização hepática pode ser determinante para casos avançados da doença, em especial para aqueles que apresentam metástases hepáticas exclusivas ou predominantes. O procedimento injeta milhares de microesferas contendo um isótopo radioativo (ítrio-90 ou Y-90) diretamente aos tumores, destruindo as células cancerígenas enquanto preserva os tecidos saudáveis ao redor. 

Dados clínicos mostram que, quando usadas em combinação com quimioterapia, as microesferas de resina podem reduzir os tumores hepáticos dos pacientes e até mesmo converter pacientes à possibilidade de terapias curativas, como a cirurgia, melhorando, assim, a qualidade e expectativa de vida.


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