divulgação/Hospital Pequeno Príncipe |
Hospital pediátrico esclarece as
principais dúvidas sobre a transmissão, prevenção e tratamento
O piolho é um parasita sugador de sangue responsável por
desencadear a pediculose, que é a infestação de piolhos. Esses pequenos insetos
causam desconforto principalmente devido à coceira. A doença pode ocorrer de
três maneiras: no corpo, na região pubiana e no couro cabeludo, sendo esse
último o mais comum, principalmente na idade escolar. Por isso, o Pequeno
Príncipe, maior e mais completo hospital pediátrico do país, esclarece as
principais dúvidas sobre a transmissão, prevenção e tratamento do piolho em
crianças.
A dermatologista pediátrica Flavia Prevedello, do Hospital Pequeno
Príncipe, explica que a coceira pode ser tão intensa que, pela escoriação
(lesão na pele), é capaz de levar a uma infecção bacteriana secundária. A
transmissão ocorre principalmente pelo contato próximo entre uma pessoa
infestada e outra saudável.
O piolho no público pediátrico é muito mais comum do que em
adultos, e a contaminação ocorre principalmente em ambientes escolares. Afinal,
as crianças passam muito tempo juntas e próximas fisicamente, seja em
brincadeiras ou compartilhando objetos como pentes, escovas, elásticos de
cabelo e outros acessórios.
“Uma pista para identificar piolhos é a criança estar com muita
coceira no couro cabeludo. Às vezes, a irritação também está presente”, destaca
a dermatologista. O principal fator identificador de infestação de piolhos são
as lêndeas ou ovos dos piolhos, que ficam aderidos na haste do fio de cabelo,
especialmente atrás das orelhas e na nuca.
Piolho em crianças: como prevenir e tratar?
Ao identificar a infestação de piolhos na criança, é importante
uma consulta com um dermatologista para a indicação de produtos capilares e
medicamentos recomendados. Além disso, o tratamento para piolhos pode ser feito
em casa, com a remoção manual das lêndeas usando pentes finos.
A dermatologista sugere uma mistura caseira de partes iguais de
água e vinagre branco, que ajuda a desprender as lêndeas dos fios de cabelo.
“No entanto, se a pele do couro cabeludo estiver muito irritada, é melhor
evitar essa mistura e usar apenas o pente fino”, alerta.
Para prevenir a reinfecção, é indicado que todos os membros da
família sejam examinados e, se necessário, tratados simultaneamente. “Evitar o
compartilhamento de escovas, pentes, toucas e bonés é fundamental. Além disso,
uma inspeção periódica da cabeça das crianças pode ajudar na detecção precoce”,
completa.
A especialista também recomenda que crianças com cabelos compridos
frequentem a escola com os cabelos presos, preferencialmente em coque, para
minimizar o risco de infestação. Outra sugestão é comunicar à escola a
contaminação, para que sejam tomadas as medidas necessárias.
Mitos sobre o piolho
A dermatologista pediátrica também esclarece alguns mitos comuns
sobre piolho:
• O piolho pula de cabeça em cabeça –
Ele é um inseto sem asas e estrutura física que o permita voar ou saltar. A
transmissão é pelo contato físico próximo.
• Animais transmitem piolhos – O
contágio é apenas entre seres humanos. Os piolhos que afetam os animais de
estimação não são os mesmos das pessoas.
• Adultos não pegam piolho – Todas as
pessoas podem ter pediculose em algum momento. No entanto, as crianças em idade
escolar estão mais propensas por causa da proximidade com a qual convivem.
• Lavar o cabelo com mais frequência diminui o risco da contaminação – O
piolho também gosta de fios limpos. Entretanto, a falta de higiene pode
facilitar a disseminação da doença.
• O tratamento caseiro com vinagre ajuda a matar as
lêndeas – O vinagre não mata o inseto, mas facilita a remoção
das lêndeas com um pente fino.
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