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quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Gastos excessivos com produtos de beleza são prejudiciais para o orçamento

Educador financeiro faz uma alerta para pessoas que gastam altas quantias de dinheiro em cosméticos, muitas vezes, sem necessidade ou recomendação médica

 

A busca para atingir o padrão de beleza, que é estabelecido de tempos em tempos, sempre existiu e tem se intensificado com o passar dos anos. Cada vez mais, as pessoas gastam quantias altas em produtos e cosméticos, não apenas com a intenção de manter um cuidado básico e necessário com a pele, mas com objetivos de ter a uma aparência impecável ou extremamente jovial.

Dados de uma pesquisa realizada pela Koin, apontam que 53% dos brasileiros investem entre R$ 150 e R$ 350 por mês em produtos de beleza. Conforme o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) , o segmento de beleza já representa 4% do PIB nacional, consolidando-se como um dos maiores do mundo e colocando o Brasil entre os líderes globais em gastos com esses itens.

Segundo o educador financeiro, João Victorino, é normal que uma boa parte da população queira gastar certa quantia de dinheiro em produtos de beleza, já que os cuidados básicos são necessários para garantir a eventual saúde da pele do corpo e do bem-estar, do sentir-se bem, por exemplo. Porém, é fundamental não exagerar, tanto na quantidade dos produtos quanto nos próprios gastos que são feitos para mantê-los.

João enfatiza a importância de cuidar da saúde e do próprio orçamento. “Muitos cosméticos  têm um preço elevado, e algumas pessoas compram vários sem ter necessidade, ou pior, sem recomendação médica. Compram porque viram em algum lugar, como redes sociais, e acham que vai ser bom. Além de perigoso, não é recomendado, pois desembolsam altas quantias de dinheiro que, muitas vezes, não estavam programadas”, afirma.

A cultura coreana tem feito bastante sucesso no mundo todo, seja na música com o K-pop ou nas produções para televisão/streaming com os Doramas. O segmento de beleza coreano também está em alta e ditando tendências. Muitas pessoas desejam ter a “pele perfeita” dos coreanos e, para isso, compram produtos diretamente da Coreia para seguir a mesma rotina de cuidados - conhecida como skin care.

Para o educador financeiro, esse comportamento tende a gerar frustração. “A questão não é o dinheiro investido, que pode estar sendo perdido por algo que não funciona, mas é preciso que todos entendam que cada ser humano é diferente e que a genética também influencia. Além disso, estamos falando da população de outro país, com estilo de vida completamente diferente do nosso. Isso torna esse padrão de beleza quase inalcançável”, destaca.

Neste sentido, João afirma que o ideal é passar por consulta com um dermatologista  para que se possa saber quais são realmente os cuidados necessários que a pele está exigindo. Desta forma, com a orientação médica, acaba sendo mais fácil determinar os produtos que deverão ser comprados, evitando aquisições por impulso ou por engano, já que alguns itens podem não funcionar e ainda, no pior dos casos, causar alergia ou agravar a situação.

O especialista ressalta que tudo é uma questão de equilíbrio. “Não há problema em gastar com cosméticos, mesmo que não seja para a sua saúde e só para a beleza, para que você se sinta melhor. No entanto, é importante tomar cuidado  e avaliar o quanto disso está saindo do controle, e ao invés de servir como melhora da auto-estima, tenha efeito contrário. Reflita se não se tornou obsessão, que vai gerar frustração com sua aparência e também comprometer seu orçamento com gastos excessivos que poderiam ser evitados”, finaliza.

 

João Victorino - administrador de empresas, professor de MBA do Ibmec e educador financeiro, formado em Administração de Empresas, tem MBA pela FIA-USP e Especialização em Marketing pela São Paulo Business School. Após vivenciar os percalços e a frustração de falir e se endividar, a experiência lhe trouxe aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro. Hoje, com uma carreira bem-sucedida, João busca contribuir para que pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos ou carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.


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