Opinião
Imagine que a administração de uma cidade é como um
trem de alta velocidade, em que a educação é a locomotiva que puxa os vagões do
desenvolvimento social e econômico. Em um cenário de transição política, como a
troca de prefeitos, é preciso garantir que esse trem continue sua jornada sem
descarrilar. Para isso, o regime de colaboração entre municípios funciona como
os trilhos invisíveis que mantêm o trem em movimento, permitindo que a mudança
de maquinistas não interrompa o curso do progresso educacional.
A transição política é um momento delicado,
semelhante a uma estação de troca, onde a preparação é essencial para evitar
paradas bruscas ou desvios indesejados. No setor educacional, essa preparação é
ainda mais crucial, pois a falta de continuidade pode resultar em perdas
irreparáveis para os alunos e a comunidade.
Essa colaboração entre municípios pode ser vista
como uma rede de túneis e pontes que conectam diferentes partes de um vasto
território, permitindo a troca de informações, estratégias e recursos. Isso
porque a educação é uma área complexa que demanda uma gestão eficiente de
pessoas, insumos e recursos. Quando os profissionais de municípios próximos
trabalham juntos, se apoiam mutuamente e criam uma sinfonia harmoniosa de
soluções que beneficiam todos os envolvidos. Essa cooperação é como a
orquestração de um grande concerto, em que cada município contribui com sua
parte para criar uma melodia coletiva de sucesso educacional.
No entanto, para que essa sinfonia de colaboração
seja eficaz, é crucial que todos os participantes vejam a transição política como
uma responsabilidade compartilhada, em vez de um campo de disputa. A elaboração
de um memorial de transição, documentando as ações e resultados da gestão
anterior, é como um mapa que guia a nova equipe, garantindo que ela possa
navegar com segurança pelas complexidades do sistema educacional.
Assim, o regime de colaboração entre municípios se torna a estrutura invisível que sustenta a continuidade e a qualidade da educação pública durante as transições políticas. Ao construir essas pontes invisíveis, é permitido que o trem da educação continue sua jornada, sempre em frente, sem retrocessos, independentemente de quem esteja no controle da locomotiva. Os gestores públicos que estiverem imbuídos dos compromissos com a cooperação e a continuidade, serão aqueles que vão assegurar que as gerações futuras recebam a educação que merecem, contribuindo para um Brasil mais justo e desenvolvido.
Eliziane Gorniak - mestre em Sustentabilidade e Gestão Ambiental, com MBA em Liderança e Gestão Pública e diretora do Instituto Positivo (IP).
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