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quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Defensor Público afirma que é preciso participação social para combater as tragédias climáticas

André Naves alerta para a necessidade de políticas inclusivas diante dos desastres naturais e que afetam ainda mais as populações mais vulneráveis.

 

O Defensor Público Federal André Naves, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social, faz um alerta contundente sobre o impacto desproporcional das recentes tragédias climáticas no Brasil sobre as pessoas com deficiência (PCDs). Segundo Naves, os recentes problemas em São Paulo provocados por uma tempestade, a seca na Amazônia e outros desastres naturais recentes revelam como as PCDs, que já enfrentam barreiras impostas pela sociedade, sofrem ainda mais em momentos de crise. 

“As chuvas intensas que assolaram São Paulo deixaram centenas de pessoas sem energia elétrica. Para as PCDs as consequências foram ainda mais severas: muitas perderam remédios que dependem da refrigeração, alimentos, e, sem energia, ficaram impossibilitadas de se locomover ou realizar terapias essenciais. Além disso, perderam eletrodomésticos fundamentais para sua sobrevivência, o que destaca a responsabilidade tanto das empresas prestadoras de serviço quanto dos governos municipal, estadual e federal", declarou. 

Para o defensor público, os desastres climáticos estão intrinsecamente ligados à política. Para ele, somente com uma participação ativa da sociedade, será possível fiscalizar, criticar e pressionar os poderes públicos para assegurar direitos fundamentais. 

"Uma sociedade mais inclusiva só será possível quando todos se unirem para enfrentar as mudanças climáticas e seus impactos. Isso inclui não apenas participar de movimentos sociais e associações, mas também cobrar políticas públicas que promovam um sistema tributário mais justo, uma mobilidade adequada, uma educação inclusiva e um sistema de saúde eficiente. As secas na Amazônia, as enchentes no sul e o caos em São Paulo são a prova de que a luta por inclusão é também uma luta climática. Devemos cobrar respostas efetivas das autoridades e participar ativamente das decisões que moldam o futuro do nosso país", afirma.


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