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segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Alterações nas unhas podem indicar infecção pela covid-19

Quanto mais os estudos e as pesquisas avançam, maior a lista de sinais e de sintomas da covid-19. Além das já conhecidas manifestações, uma parte do corpo geralmente verificada por questões estéticas, também passa a ser uma potencial fonte de informação sobre a doença: as unhas.  

Segundo a dermatologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Thaís Helena Neves Yasuda, as unhas têm um papel importante ao indicar alterações tanto dermatológicas quanto sistêmicas e, com a infecção pelo novo coronavírus, não é diferente. 

“Recentes observações sobre o desenvolvimento da doença indicam duas principais mudanças nas unhas relacionadas à infecção pela covid-19: as linhas de Beau e, de forma mais rara, a meia lua vermelha. Nenhum desses sinais implica maior gravidade da doença, mas é importante estar atento a eles e consultar um especialista”, explica a médica. 

As linhas de Beau podem surgir em situações de alterações no metabolismo, danos de forma repetida, em pacientes com dermatite de contato, uso de alguns medicamentos ou pela presença de infecções, como a covid-19. “As linhas de Beau são sulcos transversais que aparecem na unha devido a uma interrupção temporária da atividade da matriz da unha”, diz a médica. 

Já a meia lua vermelha é uma faixa avermelhada e arredondada que aparece acima da lúnula – região da unha próxima à cutícula. “Ainda não havia sido descrita em nenhuma doença dermatológica ou sistêmica a aparição da meia lua vermelha. Portanto, essa é uma manifestação considerada mais característica do coronavírus”, diz Yasuda. 

A possível causa para essa alteração é um dano provocado pela infecção ou pela resposta imune, nos vasos sanguíneos- o que resulta em pequenos coágulos. Normalmente, o sinal surge semanas após o contágio e, assim como as linhas de Beau, desaparece espontaneamente. “Apesar dessa maior especificidade, a presença da meia lua vermelha não está ligada à gravidade da doença e pode ser percebida, inclusive, em pacientes assintomáticos. Porém, é importante que, uma vez identificadas mudanças nas unhas, se interrompa o uso de produtos, como esmalte, e o paciente procure um dermatologista para avaliação adequada”, conta Yasuda.

 

 

Hospital Edmundo Vasconcelos

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Procura por tratamentos de fertilização aumentou em 20% durante a pandemia


Durante a pandemia da Covid-19, o sonho de ter um filho tornou-se sinônimo de esperança para muitos casais. A procura por tratamentos de fertilização in vitro (fiv) ou de descongelamento embrionário, por casais que tinham dificuldade de engravidar cresceu.

Para que se tenha ideia, a Clínica Ricardo Beck, especializada em reprodução humana e localizada em Curitiba, aumentou em 20% os atendimentos. Apenas no último ano, foram mais de 6 mil pacientes que estiveram na Maternidade Curitiba, em busca de tratamentos para fertilização, sendo que uma média de 18 a 20 pacientes por mês realizaram o procedimento, desde maio de 2020. Em todos os casos os embriões foram gerados de forma saudável e sem complicações relacionadas ao coronavírus.

"A média de sucesso nas fertilizações é em torno de 50%. A estatística aumenta positivamente, dependendo da idade da paciente, da qualidade seminal, da qualidade embrionária, do grau de endometriose, entre outros fatores ", explica o médico ginecologista e que a mais de 30 anos atua na área de reprodução humana, Ricardo Beck.

Uma das preocupações da equipe está relacionada aos efeitos que a Covid-19 poderia ocasionar no tratamento em pacientes que haviam contraído o vírus.

A embriologista, Elisângela Bohme, explica que não houveram evidências negativas. "Tanto as pacientes de fertilização, quanto as de descongelamento embrionário, seguiram com os procedimentos durante a pandemia sem complicações. Aqueles que tiveram Covid-19 e vieram até a clínica depois, ou as mulheres que tiveram Covid-19 durante a gravidez, não tiveram um prejuízo gestacional nem problemas com o bebê", afirma.

O procedimento
A fertilização in vitro é uma das técnicas de reprodução assistida mais conhecidas para aumentar as chances de uma gravidez. O médico Ricardo Beck, explica que o primeiro passo da FIV consiste na injeção de medicamentos que aumentam os níveis do FSH - hormônio folículo estimulante - na mulher, para que possa ser realizada a coleta de um alto número de óvulos. "Sob sedação, a coleta ocorre por punção ovariana que tem a agulha guiada pelo ultrassom transvaginal. Em seguida, os óvulos são colocados em um meio de cultura apropriado, em incubadora adequada, até que chegue o momento ideal para a fertilização", explica.

Após o óvulo ser fertilizado pelo espermatozóide, o embrião começa a se desenvolver até atingir o estágio de blastocisto. Os embriões que chegam a essa fase são considerados os melhores candidatos, e a partir da análise de todos eles, os especialistas podem selecionar um número adequado de acordo com o desejo da mulher - um único bebê ou gravidez múltipla.

"É nessa etapa que acontece a transferência dos embriões. Após o procedimento, a paciente pode seguir com a rotina normal e ainda optar pelo congelamento dos embriões excedentes", explica o médico ginecologista. O teste de gravidez é realizado após 14 dias e, caso o resultado seja positivo, a nova mamãe já pode agendar a primeira ecografia de acompanhamento.

Vacinação da Covid-19 durante a gestação
Outra notícia positiva é que as pesquisas randomizadas - da Pfizer-BioNTech,- apontam que as vacinas contra o coronavírus são seguras
e os benefícios da imunização superam os danos de uma infecção por Covid-19. Ricardo Beck explica que a vacina é uma importante ferramenta para alcançar o resultado final da fertilização in vitro, já que o imunizante atua na proteção tanto da mãe, quanto do bebê. "Mulheres grávidas têm mais chances de apresentarem a forma grave da Covid-19, além de terem 5 vezes mais chance de necessitar de uma internação em Unidades de Cuidado Intensivo (CTIs) do que uma mulher não grávida. Por isso é essencial que a mulher se vacine para proteger a si mesma e o bebê", finaliza.


Prevenção de câncer de colo de útero é uma das mais efetiva

Diagnosticada no exame preventivo de rotina, a doença é consequência de lesões que se agravam a partir de infecções pelo vírus HPV, contra o qual já há vacina e tratamento

 

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de colo de útero é o terceiro tipo mais comum de neoplasia entre mulheres e a quarta maior causa de morte por câncer no Brasil. Sua incidência é estimada em mais de 16 mil casos por ano. Especialistas alertam que quanto mais precoce o diagnóstico maior é a chance de cura, menos agressivo será o tratamento e menos sequelas ele vai deixar. A detecção precoce da condição é feita de forma simples, por meio do exame preventivo de Papanicolau.

O ginecologista, obstetra e diretor médico da Maternidade Brasília, Evandro Oliveira, explica que o câncer do colo do útero é uma decorrência da infecção causada por alguns tipos de Papilomavírus Humano (HPV).  “A maior parte dos casos de infecção por esse vírus não causa a doença. No entanto, os tipos oncogênicos do vírus provocam alterações celulares que podem evoluir para o câncer. A boa notícia é que essas alterações podem ser descobertas com bastante facilidade por meio do preventivo (exame de Papanicolau) e podem ser tratadas e curadas na maioria das vezes. Essa é a razão pela qual é fundamental manter o exame preventivo em dia”, alerta o médico.

Também conhecido como câncer cervical, esse tipo de tumor se desenvolve de forma lenta e, normalmente, não apresenta sinais em sua fase inicial. Já em casos mais avançados, o principal sintoma da doença é o sangramento vaginal acompanhado de mau cheiro, inclusive após a relação sexual. “É uma doença de caráter progressivo e praticamente assintomática no início, mas depois que os sintomas começam, se define como uma doença avançada. Ela acomete primeiro o colo do útero, a região anatômica do órgão que fica em contato com a vagina. Se houver metástase – quando o câncer se dissemina além do local onde se originou –, ela pode atingir a vagina, a bexiga e o reto, que são locais próximos ao útero, bem como os pulmões, o intestino, o cérebro e os ossos, o que caracteriza a metástase à distância", explica o Dr. Evandro Oliveira. 

Além da realização do exame preventivo anual, existem outras formas de evitar a doença. A prevenção primária inclui evitar o contágio com o HPV, que ocorre por meio de relações sexuais sem proteção. “A utilização de preservativos previne todas as infecções sexualmente transmissíveis (IST), entre elas o HPV, que é o grande responsável pelo surgimento do câncer de colo de útero. As formas de prevenção desse tipo de câncer são duas: pela realização do exame de Papanicolau anualmente por mulheres sexualmente ativas e pela vacinação contra o HPV”, pontua o ginecologista.

O tratamento da doença é indicado de acordo com a avaliação do médico e leva em consideração as características da doença, como evolução, estágio, tamanho do tumor e idade da paciente. Entre as opções de tratamento estão a cirurgia, quimioterapia e radioterapia. O ginecologista reitera ainda que quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura e maior a possibilidade de manter a fertilidade da paciente para a possibilidade de uma futura gestação.

Por fim, vale destacar que a Maternidade Brasília, assim como o Hospital Brasília, conta com o Núcleo de Cuidado Integral à Saúde da Mulher (NCISM) para oferecer atendimento multidisciplinar por profissionais de diferentes especialidades, como proctologia, ginecologia, nutrição, fisioterapia e psicologia. Para saber mais, acesse o site: www.maternidadebrasilia.com.br.


Dasa

www.dasa.com.br


Automedicação - Por que é tão perigoso?


O uso de medicamentos é presente na vida de milhares de brasileiros, entretanto, grande parte da população não sabe usá-los corretamente. De acordo com pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), 77% dos brasileiros possuem o hábito de se automedicar e 47% assumem a prática deste hábito ao menos uma vez por mês. O dado é preocupante e as consequências causadas pela ingestão de medicamentos sem prescrição podem ser fatais.

"A automedicação pode atrasar o diagnóstico de doenças, uma vez que, em muitos casos, medicamentos são usados para alívio de sintomas. Essa movimentação pode postergar a procura por um profissional de saúde que investigue as causas da dor ou outro desconforto relatado pelo paciente" alerta a farmacêutica Samilla Dornellas, CEO e co-fundadora da Far·me, primeira plataforma de compra de medicamentos recorrentes no Brasil.

Segundo a especialista, medicamentos isentos de prescrição (MIPs) também chamados de ‘venda livre', não são isentos de efeitos adversos e por isso é importante buscar uma orientação profissional antes de consumi-los. E, mesmo diante de medicamentos que necessitam da receita médica, é importante que o farmacêutico também seja consultado, para que o paciente receba a devida orientação sobre a dose, horários, e a melhor forma de utilização dos remédios.

Confira abaixo mais efeitos adversos da automedicação:

Anulação de efetividade
Na presença de combinações inadequadas, o uso de determinado remédio pode anular a efetividade do outro. Além disso, pode tornar os resultados menos eficazes e levar a efeitos indesejados, como intoxicações, alergias e desconfortos. É preciso que o farmacêutico sempre analise os remédios que estão sendo consumidos juntos, para que não ocorram reações adversas.

Aumento da resistência de microorganismos e bactérias

Muitos remédios, quando administrados sem orientação profissional, oferecem riscos. O uso abusivo de antibióticos, por exemplo, pode facilitar o aumento da resistência dos microorganismos, o que compromete a eficácia do tratamento. Um dos motivos do surgimento das superbactérias é o uso indiscriminado ou inadequado de antibióticos.

Risco de quedas em idosos

A administração de remédios antigripais e antitussígenos, por exemplo, podem provocar sonolência, comprometendo atividades simples exercidas pelo paciente. Pacientes idosos, por exemplo, podem sofrer quedas, fraturas e maiores complicações.

Intoxicação causada pelo excesso de vitaminas

Não há evidências científicas conclusivas sobre a suplementação vitamínica trazer benefícios em casos em que não haja uma deficiência nutritiva. Este déficit nutritivo é evidenciado a partir de sinais e sintomas apresentados pelo paciente, além de exames laboratoriais específicos ao micronutriente que precisa ser reposto. A ingestão de vitaminas sem a clara necessidade de uso estabelecida, pode levar a hipervitaminose, intoxicação causada pelo excesso de vitaminas. O uso prolongado da vitamina C, por exemplo, pode desencadear em diarréias, cólicas, dor abdominal e dor de cabeça. E com a ingestão excessiva de vitamina D, o cálcio pode depositar-se nos rins e até causar lesões permanentes nesse órgão.

Além dos efeitos adversos, ao se automedicar, há o risco de estar consumindo a medicação errada para o tratamento de uma doença, assim, comprando remédios dispensáveis que em nada vão ajudar na saúde. Com essa prática, o gasto com medicamentos pode ser muito maior do que realmente é necessário.


Far·me


Hospital Nove de Julho oferece, sem custos, terapia para reduzir queda de cabelo durante a quimioterapia

Touca de crioterapia ajuda a evitar um dos efeitos colaterais de vários tipos de quimioterapia e, com isso, contribui para o bem-estar emocional de pacientes

 

Os tratamentos contra o câncer, como a quimioterapia, trazem efeitos colaterais. Um dos mais conhecidos é a intensa queda de cabelo, responsável pelo incômodo físico e emocional nos pacientes. O Hospital Nove de Julho, referência em alta complexidade, passa a oferecer o uso gratuito de um equipamento de alta tecnologia de resfriamento do couro cabeludo, desenvolvido para reduzir a queda de cabelo provocada pela quimioterapia.

Todos os pacientes do Nove de Julho que tenham indicação podem usar o equipamento. Os quimioterápicos para o combate ao câncer de mama estão entre os que mais causam a alopecia, nome técnico para a queda de pelos e cabelo, e por isso em geral são essas as pacientes que mais demandam a touca de crioterapia.

"A queda de cabelo traz uma sensibilidade para os pacientes, às vezes, até deitar-se no travesseiro incomoda. Sem proteção, eles podem até ter queimadura de sol no local. Para as mulheres, é uma situação ainda mais delicada. A ausência do cabelo chama a atenção e pode mexer com a autoestima, o que interfere no tratamento. Estamos pensando no bem-estar dos pacientes e em como essa terapia pode contribuir para um bom prognóstico", diz Bruna Zucchetti, oncologista especializada em mamas do Hospital Nove de Julho.

O equipamento adquirido pelo hospital, da marca Capelli, é usado 30 minutos antes, durante e até 90 minutos depois das sessões de quimioterapia. Trata-se de uma touca acoplada à máquina que faz o resfriamento do couro cabeludo.

A temperatura entre 9º e 17º graus Celsius diminui o fluxo sanguíneo no local, reduzindo a quantidade de quimioterápico absorvido pelas células do couro cabeludo, evitando a queda de cabelo. A cabeça toda é refrigerada, sem precisar de trocas de touca, como acontece com outros sistemas.

O resfriamento do couro cabeludo é, comprovadamente, o melhor método para se evitar a alopecia. O sistema Capelli foi patenteado e devidamente registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e certificado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) O equipamento foi vencedor do Desafio Pfizer 2017 - inovação do ano na área médica.

 

Hospital Nove de Julho


Vai se exercitar no Verão? Saiba a importância da reposição de vitaminas e minerais para prevenir dores e lesões

Segundo o Dr. Daniel Magnoni, cardiologista e chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzanese e do HCor, além de uma boa hidratação, cálcio, potássio e magnésio são alguns dos aliados para uma prática saudável de atividade física na estação mais quente do ano

 

O verão vem ai! E com ele uma série de conceitos e desejos que todos os anos fazem sucesso. Nesse período, a corrida pela boa forma fica mais intensa e cresce a malhação por conta própria, com pouca preocupação com a parte nutricional e prevenção de lesões.

"Todos os anos observamos a mesma atitude. As pessoas querem ganhar um corpo perfeito e saudável faltando dias para o verão e com essa pressa acabam sobrecarregando o corpo com atividade física descontrolada e se esquecem de repor vitaminas e minerais, além dos riscos de desidratação", comenta o Dr. Daniel Magnoni, cardiologista e chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzanese e do HCor, em São Paulo.


Reposição de líquidos e minerais

A atividade física promove a perda de água do organismo, por meio do suor e da respiração, que elimina água em forma de vapor. Essa perda não é somente de água, mas também de minerais. Dessa forma, a reposição adequada desses componentes é essencial.

"Pessoas que não praticam esportes de maneira competitiva podem realizar a hidratação e reposição de eletrólitos apenas com água e alimentação rotineira. Iniciantes costumam ter perdas mais acentuadas, uma vez que o corpo vai se adaptando ao exercício. É indicado a reposição de minerais como cálcio, potássio e magnésio, além de manter equilibrado os níveis de vitaminas como A, C, D e Complexo B", explica Dr. Magnoni.


Aliados contra dores e cãibras

Normalmente ao iniciar uma atividade física e exigir mais dá parte muscular, do que de costume, algumas contrações involuntárias dos músculos acompanhadas de dor intensa e de difícil controle podem acontecer inesperadamente e, geralmente, nos membros inferiores, com espasmos repentinos ou prolongados, as chamadas cãibras.

Essa condição é causada pela falta de líquidos intramuscular, que deixa as fibras musculares sujeitas a sofrerem espasmos e também pela carência de minerais como cálcio, potássio ou magnésio na alimentação.

"Alongamentos antes e depois da atividade física, hidratação contínua e alimentação equilibrada, com frutas verduras e legumes, auxiliam na prevenção de cãibras. Para quem não consegue manter uma dieta rica em alimentos que forneça as necessidades diárias das principais vitaminas e minerais é indicada a suplementação, que se mostra eficaz e muito prática, inclusive já estão disponíveis no mercado multivitamínicos de uma nova geração, em formato de gomas, que podem ser consumidas sem água. Mas é importante, sempre, buscar orientação médica", orienta Dr. Magnoni.


Tireoidite pós-parto pode evoluir para hipotireoidismo e acomete até 10% das gestantes


“A tireoidite pós-parto acomete de 5,5 % a 11,3 % das mulheres entre o 3º e 6º mês pós-parto. Neste período, é importante a mãe ficar atenta a alguns sinais e sintomas que podem ser fundamentais para o diagnóstico do médico”, comenta a Dra. Rosália Padovani, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo - SBEM-SP.

 

A tireoidite pós-parto se manifesta, na sua forma clássica, com quadro inicial de hipertireoidismo, onde a paciente pode sentir palpitações, fadiga, intolerância ao calor, seguida de uma fase de hipotireoidismo onde a mamãe pode apresentar sintomas como alteração da concentração, falta de interesse e preocupação, pele seca, alterações de memória e diminuição de energia. Em raros casos pode haver dor na região cervical.

 

Segundo a endocrinologista, poucas mães conseguem identificar que esses sinais e sintomas possam ser por conta de alguma disfunção tireoidiana, pois nesse período é comum a mulher estar com sua atenção 100% voltada ao bebê, sentindo-se mais cansada e, algumas vezes, ansiosa ou ligeiramente deprimida.

 

A tireoidite pós-parto acontece porque, durante a gestação, fisiologicamente o sistema imunológico da mulher fica “suprimido”, ou seja, as células de defesa se organizam para não combater o bebê, que é um corpo estranho dentro do organismo da mulher. Após o nascimento do bebê, essas células do sistema imunológico voltam a se reorganizar e ocorre um “rebote imunológico” e é, neste momento, que as doenças autoimunes podem aparecer. A evolução normalmente é para eutireoidismo, mas algumas mulheres podem evoluir para um hipotireoidismo permanente.

 

“As pacientes com anticorpos antitireoidianos positivos têm mais chance de ter tireoidite pós-parto. O médico endocrinologista precisa acompanhar de perto estas pacientes e avaliar se o quadro vai evoluir para um hipotireoidismo permanente ou recorrência em uma eventual gestação posterior”, alerta Dra. Rosália.

 


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Hospital Paulista alerta para cuidados que músicos devem ter com saúde do ouvido e da voz

 Perdas auditivas e alterações nas cordas vocais estão entre os problemas mais frequentes nestes profissionais, afirma o especialista

 

Hospital Paulista chama a atenção para os principais desgastes e problemas que podem acometer os profissionais que dependem da voz e do ouvido para exercerem seu trabalho.

De acordo com o Dr. Alexandre Enoki, otorrinolaringologista que atende no Voice Center - Centro Especializado em Laringe e Voz do Hospital Paulista, é recomendado que músicos e cantores visitem o otorrinolaringologista com uma frequência maior que outros profissionais.

"As avaliações com o otorrino em pacientes que trabalham com uso intenso da voz e/ou ficam expostos a ambientes com som alto são muito importantes, tanto para prevenir alterações como para tratá-las. Não há uma frequência exata, pode variar conforme cada caso", explica o especialista.

Entre os problemas que as consultas podem ajudar a identificar e até prevenir estão a perda auditiva induzida por ruídos (PAIR) e as alterações fonotraumáticas nas cordas vocais, que se referem a alterações não cancerígenas, ou seja, benignas.

"Estas alterações podem variar de pessoa para pessoa, sendo desde uma simples inflamação temporária até o surgimento de lesões como nódulos, pólipos, granulomas e alguns tipos de cistos", ressalta o médico.

Conforme o Dr. Enoki, a literatura médica é carente de estudos que constatam a ligação dos instrumentos de sopro com alterações nas cordas vocais, mas acredita-se que, de fato, ela possa existir. Ele cita a laringocele e a faringocele, que são dilatações na região do pescoço, como possíveis ocorrências em instrumentistas com predisposição aos problemas.

"Podem ocorrer, principalmente, em casos de instrumentos que exercem uma pressão mais elevada na laringe e na faringe para a sua execução, como os trompetes, por exemplo", explica.


Prevenção

Além das visitas regulares ao otorrinolaringologista, o médico destaca alguns cuidados básicos para manter a saúde vocal e auditiva dos músicos e cantores, como uma

boa hidratação e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool. "Como, em muitos casos, os cantores precisam trabalhar com uma alta demanda do uso vocal, os períodos de repouso da voz e exercícios vocais também ajudam a diminuir o risco das complicações na laringe."

Além disso, o retorno sonoro de palco deve ser adequado para que o profissional não faça um esforço além do necessário. Dr. Enoki finaliza explicando que a principal medida de prevenção aos problemas de audição é o uso de protetores auriculares em locais com alta exposição sonora.


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Verão e crianças: 12 cuidados para adotar no período

Estação preferida da garotada, o verão traz dúvida aos pais e atenção redobrada com a saúde e a segurança

 

Férias, calor, alegria e diversão. Todos esses substantivos são sinônimos do verão, estação que costuma ser a preferida da garotada em todo o país.

O período, no entanto, é repleto de perigos que demandam atenção redobrada de pais e cuidadores, como riscos de afogamento, queimadura solar, desidratação, infecção gastrointestinal, micoses de pele e outros.

Dr. Paulo Telles, pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria, lembra ainda que neste ano cheio de desafios por conta da COVID-19, as crianças estão ansiosas e precisando de espaço e liberdade.

"E por isso vale ressaltar mais uma vez: não se esqueçam dos cuidados que ainda devem ser tomados pela pandemia, como evitar aglomerações, uso de máscara em espaços públicos e higiene frequente das mãos. Prefira sempre lugares abertos e ventilados, como parques, praças e praias", destaca o médico.

Para manter as crianças seguras o pediatra pede que pais e cuidadores fiquem atentos às seguintes dicas:

- Risco de afogamento. Crianças na piscina e mar devem sempre estar assistidas, usando boias e coletes adequados para a idade e tamanho, caso não saibam nadar. "Mas fique de olho o tempo todo, cuidado com distrações como o celular e bebidas alcoólicas!"

- Atenção ao excesso de sol, que pode causar insolação, além dos riscos das queimaduras solares em médio e longo prazos.

- Use muito protetor solar: "FPS 50 ou mais e repasse sempre que a criança for na água ou suar muito e/ou a cada 3 horas. Evite exposição nos horários de maior risco, entre 10h e 16h, em que o sol está mais forte. Chapéus e roupas com proteção UV são sempre bem-vindos", ensina o médico.

- Cuidado com as picadas de inseto, especialmente nas regiões endêmicas, em que insetos transmitem doenças graves. Dr. Paulo recomenda o uso de maneira adequada do repelente, conforme instruções do produto e idade da criança, e sempre por cima do protetor solar quando for usar ambos.

- Atenção à desidratação! "Cabe aos pais, de maneira ativa, insistir para que as crianças tomem muita água ao longo do dia de diversão."

- Fiquem atentos à alimentação: prefira alimentos mais leves, como frutas, legumes e grelhados e evite frituras e comidas prontas na praia e parques. Lave sempre as mãos antes das refeições porque as viroses intestinais e intoxicações alimentares também são mais comuns no verão.

- Os acidentes em parquinhos aumentam no verão: cuidado com escaladas, escorregadores e brinquedos altos.

- Se for pegar barcos e embarcações, deixem as crianças sempre com colete salva-vidas.

- Ao usar bicicleta, patins, skate e patinete, lembre-se sempre de usar equipamentos de proteção de maneira adequada, como capacete, joelheira e cotoveleira.

- As infeções fúngicas de pele aumentam muito no calor. "Prefira calçados ventilados e troque as roupas úmidas com mais frequência. Dê preferência a roupas leves e claras", ensina Dr. Paulo.

- Mesmo nas férias, atenção ao sono e descanso adequados dos pequenos, porque de manhã precisam estar com as baterias recarregadas para mais um dia de diversão.

- Faça sempre a revisão do carro antes de viajar, descanse antes de dirigir e use sempre cadeiras de transporte adequados para cada faixa etária.

"Às vezes, medidas simples, como trocar o tênis pelo chinelo, passar repelente e protetor solar podem fazer toda a diferença na saúde e no bem-estar da criança e na tranquilidade e no descanso de pais e cuidadores", conclui o pediatra.

 


Dr. Paulo Nardy Telles - CRM 109556 @paulotelles • Formado pela Faculdade de medicina do ABC • Residência médica em pediatra e neonatologia pela Fauldade de medicina da USP • Preceptoria em Neonatologia pelo hospital Universitário da USP • Título de Especialista em Pediatria pela SBP • Título de Especialista em Neonatologia pela SBP • Atuou como Pediatra e Neonatologista no hospital israelita Albert Einstein 2008-2012 • 18 anos atuando em sua clínica particular de pediatria, puericultura.


A saúde do ouvido pede cuidados no verão

Excesso de umidade, causada pelo banho de mar ou de piscina, pode levar ao surgimento de infecções doloridas que comprometem o descanso e a diversão

 

Imagine fazer aquela tão sonhada viagem de verão para uma praia paradisíaca. Após meses de planejamento e expectativa, você finalmente coloca o pé na areia branca e... sente uma pontada insuportável dentro do ouvido. Mais comum do que parece, a otite pode afetar pessoas de todas as idades e tem "preferência" pelas altas temperaturas para "atacar".

A médica otorrinolaringologista Dra. Maura Neves, da USP, conta que a infecção de ouvido pode ser média, quando ocorre atrás do tímpano e é causada por vírus ou bactérias associados a problemas respiratórios, como rinite, sinusite, gripe e resfriado; ou externa, ocasionada por excesso de água nos ouvidos ou trauma causado pela inserção de objetos, como hastes flexíveis, grampo etc.

"No verão, vemos um aumento da frequência da otite externa justamente por conta dos banhos de mar e piscina. O canal auditivo é bastante estreito. A água entra e não seca totalmente, deixando a pele muito úmida e gerando fissuras que levam às infecções", explica a médica.

Bastante incômoda, a otite tem como sintomas a redução da audição, a sensação de ouvido tampado, dor aguda, zumbido, tontura e febre. "Na maioria dos casos, a perda auditiva é transitória e o paciente volta a ouvir normalmente no final do tratamento. Porém, há casos em que o tímpano é perfurado e aí a perda auditiva pode perdurar", conta Dra. Maura.

O tratamento, de acordo com a Dra. Maura Neves, é feito com remédios e, dependendo da gravidade, demanda que o paciente deve fique 10 dias longe do mar e da piscina. Logo, para evitar que a otite estrague as férias, é preciso evitar deixar a água entrar nos ouvidos e mantê-los sempre secos, sem usar objetos para limpar ou secar o órgão. "O cerúmen é produzido para proteger a pele do canal. Só deve ser removido se causar alterações auditivas", diz Dra. Maura.

No caso das otites médias, a médica orienta a prevenção com o tratamento da rinite e vacinas para bactérias específicas, como as haemofilos, pneumocócicas conjugadas, vacina da gripe e outras, além de manter uma boa alimentação e descanso, que mantêm a imunidade em alta.

Abaixo, a otorrrino enumera algumas dicas para prevenir a otite:

1. Após nadar, seque os ouvidos com a ponta de uma toalha.

2. Se sentir a presença de água dentro do conduto, deite a cabeça para o lado e encoste a orelha em uma toalha para a saída do líquido.

3. Se a água não sair e ao menor sinal de secreção no ouvido, que pode ser escura ou amarelada, procure ajuda de um otorrinolaringologista.

4. Evite o uso de hastes flexíveis dentro do ouvido: elas servem apenas para limpar a parte externa da orelha e não devem ser introduzidas no canal auditivo.

5. O ouvido úmido pode causar coceira, mas é extremamente importante não colocar nenhum tipo de objeto dentro do ouvido para aliviar a sensação. É preciso prestar atenção, principalmente nas crianças, para que não se machuquem.

6. Em caso de dores, não se deve pingar remédios caseiros. Apenas o médico poderá dar a orientação adequada.

 


Dra. Maura Neves • Otorrinolaringologista • Formação: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo • Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP • Residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP • Fellowship em Cirurgia Endoscópica Nasal no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP • Título de especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF • Doutorado pelo Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP


Muito além da quimioterapia: especialistas explicam tratamentos avançados que estão revolucionando o combate ao câncer

Estimativas INCA indicam que ao ano 625 mil novos casos de tumores malignos são diagnosticados no país; Terapias inovadoras, baseadas no conceito de oncologia de precisão, são as grandes aliadas para qualidade de vida dos pacientes


A incidência global de câncer deve atingir patamares recorde nos próximos anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apresentando uma evolução contínua que deve fazer com que em 2040 mais de 28 milhões de pessoas recebam o diagnóstico da doença - um aumento de quase 50% em relação aos registros mundiais feitos em 2020, quando 18 milhões de novos casos foram detectados mundialmente. Atualmente, considerando uma prevalência de 5 anos da doença, a entidade informa que mais de 50 milhões de pessoas estão vivendo com Câncer em todo mundo, sendo que 1,5 milhão delas está no Brasil. Por aqui, este ano outros 625 mil novos casos da doença serão somados a essa equação em 2021, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Vale lembrar ainda que as neoplasias malignas já figuram entre as principais causas de morte em mais de 200 países, o que exige das lideranças governamentais e dos cidadãos de forma geral uma atenção aos cuidados com a saúde, a partir da conscientização sobre hábitos de vida saudáveis e a detecção precoce de tumores por meio de uma rotina de acompanhamento médico e exames. A boa notícia é que aliada à ampliação de campanhas para conscientização sobre o câncer, a ciência avança a passos largos no acesso à saúde e a tratamentos avançados, com a chegada de drogas inovadoras e tratamentos que prometem melhorar não só as chances de sobrevivência, mas também ao bem estar dos pacientes.

"Alternativas de terapias cada vez mais personalizadas e individualizadas fazem com que o câncer se aproxime cada vez mais de se tornar uma doença considerada crônica, com benefícios efetivos à qualidade de vida de pessoas com diagnóstico da doença", aponta o oncologista Bruno Ferrari, fundador e CEO do Grupo Oncoclínicas.

Para ele, o futuro do tratamento da doença é promissor, e permitirá que cada vez mais pessoas tenham alternativas terapêuticas para muito além da quimioterapia e radioterapia. "Temos novidades que têm se mostrado bem sucedidas nos meio médico e científico, como a imunoterapia e o tratamento com anticorpos monoclonais. O chamado CAR-T Cell também vem conquistando grande espaço em casos de tumores hematológicos, um avanço que se mostra animador quando nos referimos a em especial a leucemias e linfomas", aponta.

O Dr. Bruno enfatiza que a produção de conhecimento na área da oncologia no Brasil e no mundo passa por uma fase de crescimento incomparável. Mas, mesmo sinalizando os próximos anos como positivos e de chegada de avanços, lembra que há desafios no tocante às aprovações necessárias para adoção dos testes moleculares e chegada de novas medicações, como também na garantia do acesso igualitário à toda sociedade. Apesar da ressalva, o médico garante que há motivos para comemorar e indica que a informação é ferramenta essencial para assegurar o protagonismo a todos, pacientes ou não, em um momento de mudanças nos paradigmas da doença.

Junto com o Dr. Bruno Ferrari, os oncologistas do Grupo Oncoclínicas Clarissa Mathias, Carlos Barrios, Carlos Gil e Wellington Azevedo esclarecem as principais perspectivas no combate ao câncer:


Análise genômica é palavra de ordem

O avanço dos estudos envolvendo o genoma humano, código genético presente nas células e de forma única em cada indivíduo, fez com que nos últimos anos a análise dos genes se tornasse parte indispensável das áreas da medicina. Dentro delas, a oncologia vem se beneficiando tanto na precisão diagnóstica, quanto na eficácia do tratamento - ambas proporcionadas por essas avaliações.

Segundo o Dr. Carlos Gil, exames que ajudam a detectar o perfil molecular de tumores como de pulmão, intestino e melanoma têm se mostrado importantes aliados no controle da condição.

"Esse tipo de teste proporciona maior precisão e melhor qualidade no diagnóstico, o que é fundamental para uma definição precisa do tratamento. Isso porque, apenas conhecendo com precisão as células malignas o profissional de saúde conseguirá especificar o melhor tratamento para aquele caso", comenta.


Individualização e imunoterapia

O conhecimento cada vez maior de como as células cancerígenas funcionam em cada tipo de organismo foi o avanço necessário para implementar outros tratamentos que têm revolucionado a oncologia. O principal dele é a imunoterapia, citada no Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 2018.

Segundo o Dr. Bruno, ela é um tipo de tratamento biológico com o objetivo de potencializar o sistema imunológico do indivíduo para combater o câncer. "A prática terapêutica vem apresentando resultados muito significativos para diversos tumores, especialmente mama, pulmão, colo de útero, endométrio, melanoma e cânceres de cabeça e pescoço".

Um exemplo é o câncer de mama triplo negativo, um subtipo agressivo da doença que afeta principalmente mulheres jovens e representa, segundo a Dr. Clarissa, cerca de 13% dos casos. "O uso da imunoterapia com quimioterapia apresentou aumento significativo de resposta patológica completa - ou seja, quando a doença desaparece após o uso de um medicamento o que é uma importante evolução contra esse subtipo, normalmente associado a um prognóstico ruim por causa de sua agressividade", pontua a oncologista.

As terapias-alvo também se mostram cada vez mais eficazes e são boa notícia para os próximos anos. Os testes com esses medicamentos têm mostrado "resultados excelentes, principalmente para para tumores de mama e de ovário", frisa a Dra Clarissa, que também é a atual presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

O tratamento é feito com substâncias que foram desenvolvidas para identificar e atacar características específicas das células cancerígenas, bloqueando assim o crescimento do tumor e permitindo que o organismo do paciente recupere as condições para derrotá-lo.


Anticorpos monoclonais: menos toxicidade e maior efetividade

Um dos destaques, nesse sentido, são as terapias conjugadas de quimioterapia com anticorpos, por exemplo, como ressalta o Dr. Carlos Barrios. "O que acontece, nesses casos, é que a combinação vai levar a quimioterapia diretamente para a célula cancerígena, focando o tratamento apenas nela, o que diminui a toxicidade para o organismo, ao mesmo tempo que aumenta a efetividade do tratamento", diz.

Segundo ele, é importante frisar que, para alcançar bons resultados com essas terapias, um fator é primordial: conhecer profundamente o tipo de câncer e as características de cada paciente e cada célula, para atingir a doença com mais precisão.

"É preciso estar equipado com tecnologia que identifique as alterações genéticas com detalhes. Não são muitos locais que oferecem esse tipo de tratamento", afirma.


Para linfomas e leucemia, uma alternativa de sucesso

Uma nova opção de tratamento para linfoma e leucemia, que vem sendo estudada por meio da terapia genética, é a do CAR-T Cell, que usa células do próprio pacientes geneticamente modificadas em laboratório para combater o câncer. A estratégia consiste em habilitar células de defesa do corpo (linfócitos T) com receptores capazes de reconhecer o tumor e atacá-lo de forma contínua e específica.

O CAR-T cell é uma combinação de várias tecnologias, envolvendo a terapia gênica, imunoterapia e terapia celular. Nos Estados Unidos e na Europa já existem produtos comercialmente disponíveis.

O Dr. Wellington explica que o Brasil ainda está atrasado, em função da indefinição da legislação que regula esse assunto. Mas, ele ressalta que a Anvisa irá liberar em breve uma autorização que regulamenta o uso. "A expectativa é que ainda em 2020 as indústrias farmacêuticas já sejam capazes de registrar esses medicamentos no país", complementa.

O alto custo para a produção preocupa, mas o avanço é inegável: o tratamento conquistou popularidade no Brasil na segunda metade de 2019, quando um paciente com linfoma não Hodgkins avançado do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, no interior de São Paulo, foi considerado o primeiro paciente da América Latina a alcançar a remissão da doença com uso das células CAR-T.

Para o Dr. Wellington, a estratégia usada para o tratamento abre frentes para uso não só em tumores hematológicos, como o linfoma, podendo possivelmente ser usada para qualquer tipo de câncer. "A metodologia já conta com pesquisas voltadas a protocolos para leucemia mieloide aguda e mieloma múltiplo. Há expectativas de que em um futuro próximo seja possível o uso do CAR-T Cell em tumores sólidos, caso do câncer de pâncreas, apenas para citar uma das possibilidades que já estão em discussão", finaliza.


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