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quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Exame urológico salva vidas: novembro azul contra o câncer de próstata

Lacinho azul, bigodes e o estímulo para o homem cuidar da saúde fazem parte do Novembro Azul. Certamente você já ouviu falar desse movimento que foi criado para combater o câncer de próstata no homem. Durante todo o mês de novembro o homem é estimulado a cuidar da sua saúde, buscar um urologista e realizar exames para a prevenção da doença.

O câncer de próstata é o sexto câncer mais frequente no mundo e o segundo que mais atinge os homens levando a óbito. Por isso os médicos recomendam que os exames urológicos sejam feitos pelo menos uma vez por ano, a partir dos 45 anos de idade, como medida de prevenção.

O exame de toque retal é muito temido por alguns homens, mas é um exame totalmente seguro, indolor e profissional de extrema importância para o diagnóstico da doença.

O exame de dosagem de PSA, que é uma enzima produzida pela próstata que, quando tem mostra uma concentração aumentada no sangue, pode indicar alguma anormalidade, também pode ser feito para confirmação de resultado.

A campanha novembro azul é super importante para estimular os homens a cuidarem da sua saúde, visto que eles são os que menos se preocupam em ir ao médico e os sintomas do câncer de próstata costumam surgir já com a doença em fase avançada.

Aqui você vai saber um pouco mais sobre o movimento novembro azul, como surgiu, a importância, o câncer de próstata e exames preventivos para cuidar da sua saúde.

Com o passar dos anos, o movimento conquistou cada vez mais adeptos até se tornar conhecido mundialmente. Hoje o movimento é realizado em mais de 20 países alertando os homens para o cuidado com a saúde.


Novembro Azul x Ministério da Saúde

O Ministério da saúde é um grande apoiador do movimento Novembro Azul mas tem algumas ressalvas em relação aos resultados dos exames. Como durante todo o mês de novembro, é realizada uma campanha de incentivo para que os homens realizem exames preventivos do câncer de próstata, a procura costuma ser maior por conta do alerta.

Os médicos recomendam que esses exames sejam feitos pelo menos uma vez por ano para os homens a partir dos 45 anos de idade, como medida de prevenção. Inicialmente, isso é algo bom.

Porém, muitos resultados são falso-positivos, e a realização de algumas biópsias são desnecessárias pois nesse caso os tumores que não viriam a se desenvolver, são diagnosticados e tratados como uma condição maligna, gerando um sofrimento desnecessário ao paciente.

Ainda assim, as autoridades e órgãos apoiam a ideia da iniciativa para lembrar os homens de prestar atenção e cuidar da sua saúde, visto que o público masculino em geral tende a dar menos atenção às consultas e exames de rotina em relação às mulheres.


Câncer de Próstata

O câncer de próstata é o tipo de câncer que mais atinge os homens. A próstata é uma glândula masculina que fica abaixo da bexiga, à frente do reto. A próstata produz até 70% do sêmen e é indispensável para a fertilidade.

Dados mostram que o câncer de próstata é o sexto tipo de câncer mais frequente no mundo e o segundo mais mortal entre os homens. Estima-se que 1 a cada 6 homens vai desenvolver o problema. A cada 7,6 minutos, um caso desse câncer é diagnosticado e, a cada 40 minutos, um homem morre em decorrência do câncer de próstata.

Durante a doença, grande parte dos tumores costumam crescer de maneira tão lenta que levam cerca de 15 anos para atingir 1cm³. Com isso, muitos homens podem não ter nenhum sinal da doença durante a vida.

É importante que você saiba que nas fases iniciais, o câncer de próstata não causa sintomas e quando esses sintomas aparecem, cerca de 95% dos casos de câncer de próstata já estão em um estágio muito avançado causando prejuízos para a saúde do homem.


Os sintomas do câncer de próstata costumam ser:


• Vontade urgente e repentina de urinar;

• Dificuldade e dor ao urinar;

• Diminuição do jato da urina;

• Sentir vontade de urinar mais frequentemente;

• Disfunção erétil;

• Dor ao ejacular;

• Sangue na urina ou no esperma;

• Fortes dores corporais e ósseas;

• Dor no testículo;

• Sangramento pela uretra;

• Insuficiência renal .

Os sintomas estão sempre relacionados com a urina porque a uretra (canal que elimina o fluido) passa pela próstata.


Como prevenir?

É de muita importância para a prevenção do câncer de próstata que homens a partir dos 45 anos de idade com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, consultem um urologista. Nesta consulta ele poderá indicar o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar se há alguma alteração da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos.

Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal.

Outra forma de prevenir é através do exame de sangue PSA (antígeno prostático específico). Além disso, poderão ser solicitados se houver suspeita de câncer de próstata, as biópsias. A partir dela são feitas a retirada de fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal.

Como as causas do câncer de próstata envolvem muitos fatores, a prevenção deve ser feita com uma dieta balanceada, prática de atividades físicas, controle do peso, diminuição do consumo de álcool e corte do cigarro.

O câncer de próstata pode ter cura se diagnosticado de forma precoce.


Exame de Toque

O exame de toque é o principal meio para o diagnóstico do câncer de próstata, ele é feito através da palpação da próstata. O exame dura cerca de 2 minutos, é indolor e não é tão desconfortável como quando comparado a alguns exames ginecológicos.

Muitos homens, temem esse exame chegam a fazer piadas com ele, mas por quê? A explicação para isso é que para fazer o exame, o urologista precisa apalpar a próstata introduzindo seu dedo no reto (ânus) do paciente.

O procedimento é feito utilizando luvas descartáveis novas e lubrificante para assegurar que não haja dor ou desconforto durante a inserção do dedo indicador no reto do paciente.

O objetivo do exame quando o médico avalia a próstata através do toque, é verificar o tamanho, densidade e formato da próstata, além de verificar se há presença de nódulos e outras anormalidades neste órgão.



 
Felipe Folco - diretor médico da Cia da Consulta. Médico há mais de vinte anos, pela Universidade de São Paulo (USP) com especialização em Cuidados Paliativos e MBA em Gestão de Saúde. Folco atua como gestor na área há mais de quinze anos.


Entenda por que alimentos considerados saudáveis podem ser ruins para algumas pessoas

A mesma dieta balanceada que para a maioria traz benefícios à saúde, pode ser inadequada para quem tem síndrome da quilomicronemia familiar (SQF)

 

Seguir uma alimentação saudável e equilibrada é essencial para nutrir e manter a saúde do corpo humano. Entretanto, para pessoas com síndrome da quilomicronemia familiar (SQF) esta mesma dieta pode gerar problemas. Estes indivíduos precisam consumir quantidades muito restritas de gordura, entre 10 e 20g de gordura por dia, quantidade considerada muito baixa, tendo em vista que uma colher de café de manteiga, ingrediente bastante utilizado no preparo de alimentos, já contém essa medida de gordura[1]. Essa restrição é necessária porque estes pacientes possuem um elevado nível de triglicérides no sangue e não conseguem metabolizar essa gordura[2].

A SQF é uma doença genética rara, hereditária, que afeta homens e mulheres, que pode se manifestar em qualquer momento da vida. O aumento de triglicérides no organismo dos pacientes ocorre por uma anomalia nos genes responsáveis pela produção ou função da enzima lipoproteína lipase (LPL)[3]. Essa enzima é encarregada de "quebrar" os triglicérides presentes nos quilomícrons (uma das moléculas responsáveis pelo transporte de lipídeos)[4] possibilitando que elas sejam enviadas para tecido adiposo e músculo. O restante, é transportado diretamente ao fígado. A ausência dessa enzima leva a um acúmulo de quilomícrons no sangue que elevam a quantidade de triglicérides, causando diversos sintomas[2].

"Os principais sinais e sintomas dessa condição são dores abdominais, nódulos de gordura na pele, e pode ainda provocar pancreatite aguda. Em razão de serem semelhantes à outras doenças, acabam levando à um diagnóstico incorreto e tardio. Entretanto, existem outros sinais que podem ser observados em conjunto como: triglicérides elevados; sangue viscoso com uma camada de gordura visível já durante a coleta do exame de sangue; depósito de gordura na retina; fadiga e em alguns indivíduos, alteração de memória. Assim, o diagnóstico precoce é essencial para evitar as complicações dessa doença, especialmente a ocorrência de pancreatite", explica a nutricionista Ana Maria Pita Lottenberg.

Para quem tem a síndrome, é fundamental o acompanhamento nutricional constante, uma vez que a principal forma de tratamento da doença é a adequação da alimentação. "Com a confirmação do diagnóstico da SQF, o primeiro passo é elaborar uma dieta restrita em gorduras para esse paciente, o que significa retirar não apenas alimentos industrializados e embutidos, mas também os alimentos considerados saudáveis que possuem grande quantidade de gordura, como óleos vegetais (canola, soja e oliva), castanhas, nozes, abacate. E apostar em alimentos como hortaliças, cereais, carnes pouco gordurosas, produtos lácteos desnatados e grãos. Assim, a dieta é composta por alimentos saudáveis consumidos normalmente em uma alimentação equilibrada, no entanto com o consumo mínimo de alimentos ricos em gordura", esclarece Lottenberg.

Além do acompanhamento do nutricionista, esses pacientes devem contar também com outras especialidades médicas, já que a condição traz diversos sintomas e pode afetar outras áreas do organismo. "Por ser uma doença que pode se manifestar do nascimento até a vida adulta, é necessário que o paciente tenha um acompanhamento multidisciplinar constante, podendo procurar por especialistas como cardiologistas, pediatras, endocrinologistas, hepatologistas, hematologistas, geneticistas, dermatologistas e nutricionistas, por exemplo.

Ainda que os pacientes com SQF tenham que seguir uma dieta restrita, é importante que consigam aderi-la e mantê-la com constância e, com a ajuda do nutricionista, podem experimentar modos de preparos diferentes e novas receitas para conseguir uma variedade em sua alimentação.

Saiba mais sobre a síndrome da quilomicronemia familiar

A SQF é uma doença genética de herança recessiva, ou seja, é necessário que tanto o pai quanto a mãe de um indivíduo afetado, tenham um gene alterado; portanto, o risco de recorrência para a prole (os filhos) de pais portadores (do gene alterado) é de 25% para cada gestação do casal. Além disso, estima-se que a prevalência seja entre uma e duas em cada um milhão de pessoas. [2,3]

O diagnóstico da síndrome pode ser feito através do exame clínico ou laboratorial. Em um exame de sangue é possível avaliar a ausência ou deficiência da enzima LPL, assim como os níveis de triglicérides. Além disso, pode ser solicitado também um exame genético[5]. Em geral, o diagnóstico é feito tardiamente por conta dos sintomas bastante comuns e pela doença poder se manifestar em qualquer idade. Logo, é importante que a população tenha conhecimento sobre ela e fique atenta aos sinais.

 


Referências
[1] Burnett JR, Hooper AJ, Hegele RA, et al. Familial Lipoprotein Lipase Deficiency. In: GeneReviews® [Internet]. Sea le (WA): University of Washington, Sea le; 1993?2020.
[2] Falko JM. Familial Chylomicronemia Syndrome: A Clinical Guide For Endocrinologists. Endocr Pract. 2018;24(8):756-763.
[3] Baass A, Paquee M, Bernard S, Hegele RA. Familial chylomicronemia syndrome: an under recognized cause of severe hypertriglyceridaemia [published online ahead of print, 2019 Dec 16]. J Intern Med. 2019;10.1111/joim.13016.
[4] AYNES, John W.; DOMINICZAK, Marek H. Bioquímica médica. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015
[5] Sugandhan S, Khandpur S, Sharma VK. Familial chylomicronemia syndrome. Pediatr Dermatol. 2007;24(3):323-325

 

O sistema imunológico da gestação à idade adulta

Ambiente fechado, com ar não renovável, telas eletrônicas em excesso e o sedentarismo comprometem a educação imune adequada

 

A grande função do sistema imunológico é reconhecer o que é próprio (self) do que é estranho (non self) fazendo com que de maneira silenciosa o organismo tolere moléculas e células que lhe pertencem de forma que seja desfrutada a festa da vida. 

 

Cabe ainda ao sistema imune eliminar as proteínas estranhas dos micróbios e tolerar os alimentos que são os essenciais para a manutenção da vida e para isso é necessário que compreendamos a importância do microbioma nesta modulação imunológica.

 

“Precisamos aprender que a função essencial do sistema imune é reconhecer e integrar bem e harmonizar o que lhe é próprio, fazendo do organismo um todo em sua complexidade e, assim, quando isso acontece, a imunidade encontra-se plena e é capaz de reconhecer o que é estranho como os vírus e bactérias com ação na medida certa, sem respostas débeis ou exageradas ou inapropriadas”, explica o Dr. Emanuel Sarinho, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

 

Segundo Dr. Sarinho, a época mais importante para investir em um adequado desenvolvimento do sistema imune abrange desde a gestação até o segundo ano de vida: é a grande janela de oportunidade de investimento na saúde imunológica. Os cuidados iniciam-se pela dieta materna, passam pelo parto vaginal, onde o sistema imunológico entra em contato com as bactérias benéficas, continuam com o aleitamento materno, que além de ser o melhor o alimento também é o melhor potencializador do sistema imunológico, e com uma dieta da criança que deve ser integral, natural e rica em fibras e através do contato da criança com a biodiversidade existente na natureza: ou seja mais espaço verde e azul, que representam uma vida ao ar livre sem poluição.

 

EII - As imunodeficiências primárias ou erros inatos da imunidade (EII) se manifestam principalmente na infância e podem ser por deficiências de células, de anticorpos e de outros componentes auxiliares do sistema imune. Atualmente, reconhecem-se centenas delas e a cada dia se descobre uma nova deficiência genética imunológica, mas a mais clássica é a deficiência acentuada ou falta dos anticorpos (doença de Brutton ou Hipogamaglobulinemia) e a mais comum é a deficiência de IgA, que pode ser assintomática e ocorre em 1 a cada 500 pessoas.

 

Adolescência - Da mesma forma que ocorre um marco endócrino e neuropsíquico na transição da infância para a adolescência, podemos dizer que o mesmo acontece com o sistema imune. “Aos 12 anos o sistema imunológico do indivíduo que apresenta desenvolvimento adequado deve continuar a responder aos estímulos internos de tolerância imune com plena harmonia, e apresentar maturidade plena de resposta aos estímulos externos contra proteínas estranhas oriundas de forma a conter e eliminar os agressores com potencialidade plena”, explica o presidente da ASBAI. 

A atividade física moderada e regular na criança em idade escolar e no adolescente propicia a finalização adequada da maturação imunológica, que atinge o ápice em torno dos 12 anos de idade na maioria dos indivíduos. O ambiente fechado, com ar não renovável, telas eletrônicas em excesso e o sedentarismo comprometem a educação imune adequada.

 


ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

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Como cuidar da saúde com tanta mudança climática?


Quem responde essas dicas é o Dr. Alexandre Colombini, que não tem a receita mágica não, mas ele elencou 11 dicas para o dia a dia e alerta sobre os cuidados essenciais para crianças, jovens e idosos, sem contar aquele grupinho que tem alergias e problemas crônicos respiratórios o ano todo.

“É bastante comum, com as sucessivas frentes quentes e frias, muitas pessoas sofrerem com alergias respiratórias, que aumentam em 40% a incidência, por conta das oscilações climáticas e do que o corpo humano tem que fazer para equilibrar sua temperatura interna. O grande vilão aqui não é só o vírus, mas o ar frio e a poluição do ar. Tomar as vacinas é fundamental, por que diminui o risco de complicações como pneumonia ou fatalidades e agora de problemas mais sérios do coronavirus,  mas são a frente fria, o tempo seco e a baixa umidade relativa do ar que contribuem para o aumento das alergias respiratórias devido à alta concentração de poluentes na atmosfera. O que leva à redução dos mecanismos de defesa do organismo, propiciando o aparecimento de doenças respiratórias como rinite, sinusite, asma e bronquite”, alerta o otorrinolaringologista.
 
De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde, as alergias atingem, em média, 30% da população mundial. Porém, durante o inverno a atenção deve ser ainda maior. Por conta da inversão térmica, quando uma camada de ar frio, que é mais pesada, acaba descendo à superfície terrestre e impedindo que o ar quente, mais leve e que por isso fica retido acima, promova a circulação deste ar, aumentando a concentração de poluentes bem próximos de nós, o que resulta na irritação das vias respiratórias. 

Dr. Alexandre explica que, como a temperatura interna do nosso corpo deve ser em torno de 37 graus, em dias muito frios ocorre a vasoconstrição que desloca o sangue para o centro, deixando as extremidades mais frias, a fim de manter os órgãos e músculos em funcionamento, mais aquecidos. Já, através da respiração, há grande perda de água e calor.  Segundo o médico, quando as vias respiratórias são atingidas por um ar mais seco e frio há uma piora do sistema respiratório por que ele deve trabalhar sempre úmido para que haja a correta produção de muco no qual estão as enzimas e anticorpos protetores. 

Segundo ele, estima-se que cerca de 10% dos brasileiros apresentem quadros variados de asma, enquanto 30% sofram com rinite alérgica.



11 Recomendações do Dr. Alexandre Colombini. Confira: 

1- Beba bastante água: o ideal é ingerir dois litros por dia para manter o organismo hidratado. Isso vai ajudar muito a hidratar as vias respiratórias também.


2- Faça limpeza nasal com solução fisiológica ao menos duas vezes ao dia. Caso trabalhe em ambiente com ar condicionado, redobrar o uso por que ele resseca ainda mais as vias respiratórias.


3- Umidifique o ar seja com aparelhos próprios para isso ou mesmo com toalhas úmidas e/ou grandes bacias para que haja uma grande superfície a ser evaporada para tornar o ar mais úmido.


4 – Guarde os brinquedos de pelúcia em embalagens à vácuo depois de higienizados.


5 - Procure manter os ambientes arejados.


6 - Evite usar vassouras para limpar a casa, pois elas podem espalhar a poeira. Prefira panos úmidos.


7 - Troque a roupa de cama a cada semana.


8 – Tente ter uma boa alimentação balanceada com sopas e caldos ricos em verduras e legumes. As frutas são essenciais, principalmente aquelas que contêm vitamina C, como a laranja. Elas ajudam a prevenir gripes e resfriados.


9 - Lave as mãos com álcool gel e evitar o contato com a boca, nariz ou olhos,  por são portas de entradas dos vírus e bactérias.


10- Tenha um bom sono e um bom descanso, se possível.


11- Evite o contato com pessoas gripadas ou com resfriados, pois essas doenças são adquiridas pelo ar. Ao espirrar, coloque um lenço ou a mão só se puder lavá-la em seguida, ou vai transmitir a doença assim que tocar qualquer superfície.
- Mantenha a respiração sempre pelo nariz e não pela boca, pois as narinas têm a função de filtrar o ar e aquecê-lo;
 

Os vírus da gripe podem ficar até cerca de três dias em superfícies impermeáveis como corrimão, metrô, trem, uma maçaneta de uma porta, sabia? Mouses, touchpads e teclados de todo o tipo também armazenam vírus, por isso ele recomenda evitar usarmos de outras pessoas, ou sempre lavar as mãos com álcool gel após utilizarmos.
 
“Já aqueles que são alérgicos ou que têm rinite alérgica, bronquite ou asma são mais sensíveis nessa época do ano e sofrem mais. Devem previamente consultar o médico para poderem se fortalecer, evitando quadros mais graves", finaliza o especialista.

 



Dr. Alexandre Colombini - Otorrinolaringologista, formado pelo renomado Instituto Felippu e Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial – ABORL-CCF. Suas áreas de atuação: Otorrinolaringologia clínica e cirúrgica com enfoque nas patologias nasais, cirurgia endoscópica, ronco e apneia.

Direitos dos usuários de planos de saúde estão ameaçados pelo STJ


Hoje em dia os beneficiários de planos de saúde particulares, ao precisarem realizar tratamentos que não estejam incluídos no rol da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), caso não consigam a liberação de forma administrativa, em 95% dos casos recebem esse aval via decisão judicial.

O usuário tem o amparo da lei 9.656/98 , que dispõe sobre planos e seguros saúde e determina cobertura obrigatória para as doenças listadas na CID 10 - Classificação Estatística Internacional de Doenças e de Problemas Relacionados à Saúde, que trata-se de uma relação de enfermidades catalogadas e padronizadas pela Organização Mundial de Saúde.

E porque esse acesso ao tratamento é conseguido em quase 100% dos casos? Porque o rol de procedimentos da ANS estabelece o mínimo obrigatório que as operadoras de saúde devem cobrir, como determinou a Resolução Nº 10, de 3 de Novembro de 1998, que dispôs sobre a elaboração do rol de procedimentos e eventos em saúde que constituem referência básica, e fixa as diretrizes para a cobertura assistencial.

Assim, apesar do problema enfrentado pelos usuários com negativas das operadoras - que muitas vezes insistem em negar atendimento alegando que, se tal procedimento não constar no rol, não têm a obrigação de o custear- a situação é facilmente revertida no Judiciário, que em todo o país tem o entendimento quase pacificado de que o rol é exemplificativo, e não taxativo.

É importante ressaltar que uma listagem emitida por órgão regulador não pode se sobrepor à lei 9.656/98, nem ao Código de Defesa do Consumidor - ou seja, não pode limitar o que a lei não restringiu. A autonomia do médico em prescrever o tratamento mais adequado também é fundamental. Isso significa que o médico é o responsável pela orientação terapêutica, de forma que se a enfermidade demanda tratamento específico, não é porque não está no rol que não deve ser custeado.



Ameaça por decisão do STJ

Contudo, essas conquistas estão ameaçadas pelo STJ - Superior Tribunal de Justiça, que está votando se o rol deve ser considerado taxativo ou exemplificativo.

No dia 16 de setembro, o relator da ação, o ministro Luis Felipe Salomão, votou pela natureza taxativa do rol de procedimentos da ANS, sustentando que a elaboração do rol tem o objetivo de "proteger os beneficiários de planos, assegurando a eficácia das novas tecnologias adotadas na área da saúde, a pertinência dos procedimentos médicos e a avaliação dos impactos financeiros para o setor".

Entretanto, o relator levantou hipóteses excepcionais em que seria possível obrigar uma operadora a cobrir procedimentos não previstos expressamente pela ANS- como terapias que têm recomendação expressa do Conselho Federal de Medicina e possuem comprovada eficiência para tratamentos específicos. O ministro também considerou possível a adoção de exceções nos casos de medicamentos relacionados ao tratamento do câncer e de prescrição off label - quando o remédio é usado para um tratamento não previsto na bula.

Salomão destacou que a Lei 9.961/2000, que criou a ANS, estabeleceu a competência da agência para a elaboração do rol de procedimentos de cobertura obrigatória. Ele também apontou que a Lei dos Planos de Saúde (Lei 9.656/1998), em seu artigo 10º, parágrafo 4º - cuja redação mais recente foi dada pela Medida Provisória 1.067/2021 -, prevê que a amplitude das coberturas no âmbito da saúde suplementar, inclusive de transplantes e de procedimentos de alta complexidade, será estabelecida em norma editada pela ANS.

Em seu voto, Salomão ressaltou que a Resolução Normativa 470/2021, que entrará em vigor em outubro próximo, fixa o rito para a atualização do rol de procedimentos e eventos em saúde. Para a atualização da listagem atual (Resolução ANS 465/2021) - segundo o relator -, foi realizada ampla consulta pública, que resultou na incorporação de 69 novos procedimentos. O julgamento foi adiado por causa do pedido de vista da ministra Nancy Andrighi, e o julgamento não tem data definida.



Rol da ANS x direitos do consumidor

Na prática, o que acontecerá se o STF decidir a favor da natureza taxativa do rol da ANS é que, para tudo aquilo que não estiver expressamente inserido no rol, o consumidor terá que procurar o SUS ou, ainda, pagar de forma particular. Ou seja, o paciente pagará uma mensalidade caríssima de plano de saúde e tudo aquilo que estiver fora do rol ainda terá que custear à parte, ou aguardar a assistência do SUS.

Para termos ideia, no caso do tratamento para o autismo, por exemplo, isso será totalmente inviável de duas formas, pois, na via particular, o tratamento não custa menos de R$ 10 mil mensais e, pelo SUS, quando se consegue as terapias, são sessões que duram apenas 15 minutos, uma vez por semana. Ou seja, a legislação que determina a integralidade do tratamento não será cumprida, e esses pacientes não terão a devida assistência.

Entre esses tratamentos estão a terapia ABA, assim como o método DENVER, ou psicomotricidade, fisioterapia com método cuevas medek, fonoaudiologia com método prompt e pecs e tantos outros tipos de terapias, sem falar no home care.



Tratamento oncológico entre outros

Além disso, a decisão deve afetar os tratamentos oncológicos, onde somente medicamentos expressamente indicados no rol serão cobertos, assim, por exemplo, para aquele paciente que tiver alergia ao componente da quimio que consta no rol e precisar se tratar com outra medicação terá que pagar o valor de R$ 40.000 (quarenta mil reais) por uma única caixa do medicamento.

Os tratamentos e cirurgias cardíacas, o botox para enxaqueca, a bomba de infusão de insulina para diabetes e tantos outros recursos para as mais diversas patologias que hoje o paciente consegue o custeio do plano de saúde - ainda que por meio de ação judicial- também não serão mais custeados se o STJ votar pela taxatividade do rol.

Infelizmente, a decisão a favor da taxatividade só irá favorecer e aumentar os lucros das operadoras de planos de saúde, que continuarão cobrando valores altos dos clientes, com reajustes ilegais, e para qualquer tratamento que estiver fora do rol, o consumidor terá que pagar de forma particular ou entrar na fila do SUS.

Uma decisão do STJ aprovando a taxatividade será um grande retrocesso para todos, especialmente para os beneficiários de planos de saúde. Cabe a todos nós, como sociedade, exigir que nossos direitos já garantidos por lei não sejam perdidos.




Dra. Tatiana Viola de Queiroz - Advogada, sócia fundadora do Viola & Queiroz Advogados, escritório especialista em autismo, É Pós Graduada e especialista no Transtorno do Espectro Autista pela CBI of Miami, Pós Graduada e especialista em Direito Médico e da Saúde, em Direito do Consumidor, em Direito Bancário e em Direito Empresarial. Membro Efetivo da Comissão de Direito Médico e da Saúde da OAB São Paulo.


Aberto prazo de recurso para redução da taxa de inscrição do Vestibulinho das Etecs

Divulgação
Solicitação de recurso deve ser feita pelo site nesta quinta e sexta-feira, resultado da análise será divulgada no dia 25; inscrição para o processo seletivo das Escolas Técnicas vai até 30 de novembro




Entre esta quinta e sexta-feira (18 e 19), os candidatos que tiveram o pedido indeferido para a redução de 50% no valor da taxa de inscrição do processo seletivo das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) podem entrar com recurso, exclusivamente pela plataforma do Vestibulinho. A lista dos contemplados com o benefício está disponível no site.

Após o resultado da análise, que será divulgado no dia 25 de novembro, a partir das 15 horas, pela internet, o candidato deve fazer a inscrição para o Vestibulinho, em um único curso na Etec de sua escolha, até 30 de novembro.

A leitura atenta do Manual e o preenchimento da ficha de inscrição eletrônica, disponíveis no site é de responsabilidade exclusiva do candidato ou de seu representante legal (pai, mãe, curador ou tutor), quando menor de 16 anos.

As Etecs disponibilizam computador e acesso à internet a quem quiser fazer na inscrição. Para o agendamento, é necessário confirmar o horário com a unidade. Para usar os equipamentos, é obrigatório o uso de máscara de proteção facial e também respeitar as demais medidas de proteção do Protocolo Sanitário Institucional do CPS.


Processo Seletivo

A seleção dos candidatos para o Vestibulinho das Etecs se dará por meio de análise do histórico escolar, sem a realização de prova presencial ou online. O processo seletivo para o primeiro semestre de 2022 oferece 87.415 vagas para os Ensinos Técnico, Integrado, Médio com ênfase e Especialização Técnica.

Esse número inclui 47.070 vagas para os cursos técnicos presenciais, semipresenciais e online, destinadas às Etecs e às classes descentralizadas (unidades que oferecem um ou mais cursos, sob a administração de uma Etec) que funcionam por meio de parcerias com as prefeituras do interior e da Capital (aulas nos CEUs) e com a Secretaria estadual da Educação.

Para o Ensino Médio Integrado ao Técnico as 36.915 vagas estão distribuídas entre os programas: Novotec Integrado (com opções em tempo integral (M-Tec PI), ou em um único período (M-Tec) e Articulação da Formação Profissional Média e Superior (AMS), que permite a conclusão dos Ensinos Médio, Técnico e Superior Tecnológico em cinco anos, um ano a menos que o período previsto para cursar as três modalidades.

Já o Ensino Médio com ênfase (itinerário formativo) oferece 2.725 vagas, enquanto os cursos de Especialização Técnica disponibilizam 705 vagas, distribuídas entre os formatos presencial e online.


Inclusão social

O Sistema de Pontuação Acrescida do Centro Paula Souza concede acréscimo de pontos à nota final do processo seletivo das Etecs, sendo 3% a estudantes afrodescendentes e 10% a oriundos da rede pública. Se o candidato estiver nas duas situações, recebe 13% de bônus.


As dúvidas podem ser direcionadas para os telefones da Capital e Grande São Paulo (11) 3471- 4071 e nas demais localidades: 0800 772 2829 ou pelo site.





Centro Paula Souza – Autarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o Centro Paula Souza (CPS) administra as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e as Escolas Técnicas (Etecs) estaduais, além das classes descentralizadas – unidades que funcionam com um ou mais cursos, sob a supervisão de uma Etec –, em cerca de 360 municípios paulistas. As Etecs atendem mais de 228 mil estudantes nos Ensinos Técnico, Integrado e Médio. Nas Fatecs, o número de matriculados nos cursos de graduação tecnológica supera 94 mil alunos.

Mês do empreendedor: 5 tipos de eventos para investir no seu negócio

 Especialista no setor de eventos prevê retomada forte de eventos corporativos em 2022, explica os principais formatos e suas vantagens 


 

Com a pandemia e o distanciamento social, veio também a preocupação dos empresários em manter as estratégias e resultados atrelados aos eventos corporativos. Segundo a Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, os investimentos em eventos corporativos no país representam 4,3% do PIB Nacional. Por isso também a importância de remodelá-los, para que possam ser mantidos durante a pandemia. 

 

“Para os empreendedores que buscam aumentar a credibilidade no mercado, fortalecer a marca, impulsionar negócios, engajar colaboradores e manter relações com comunidades, investidores, fornecedores e até mesmo concorrentes, os eventos corporativos são essenciais. A expectativa para 2022 é que eles voltem com força total”, prevê Leandro Reinaux, CEO da Even3, startup que simplifica a organização de eventos online.

 

Pensando na importância dos eventos corporativos e nos resultados que eles proporcionam para empreendedores, o CEO da Even3 elencou cinco formatos certeiros no mercado.

 

1- Summit

Esse tipo de evento – que significa “topo” em inglês -, como o nome já diz, busca trazer o melhor e mais atualizado conteúdo da área de atuação da empresa organizadora. “As palestras dos summits normalmente são ministradas por especialistas e o evento propõe uma experiência bastante relevante na carreira dos participantes. Por isso, é comum que empresas organizadoras de summits sejam referência no mercado e ofereçam conteúdos ricos e uma experiência única, com troca de conhecimentos, networking, benchmark, dados mais recentes do setor e insights estratégicos”, comenta Reinaux.

 

2- Feiras

As feiras reúnem diversas empresas, produtos e serviços em um mesmo ambiente, gerando um ótimo networking e negócios. “Em tempos de home office, também é possível criar feiras online, com o diferencial dos estandes virtuais exibidos em pátios 2D. Há tecnologias adequadas a isso, como é o caso da plataforma da Even3, que possibilita a criação desse tipo de “ambiente”, explica o CEO.

 

3- Lançamentos

Planejado para lançar e divulgar um produto ou serviço, esse tipo de evento gera um desejo em torno do item lançado. Para despertar esse desejo, é comum organizadores propiciarem alguma experiência exclusiva para quem participa do evento. “Esse formato é usado para atingir audiência, compradores, imprensa, colaboradores e patrocinadores”, afirma o especialista.

 

Nesse modelo, também é possível o formato online. Por meio dos dados de inscrição, pode-se identificar informações importantes para conhecer melhor o público e seus interesses e, com base nisso, promover fóruns e interações.

 

4- Congressos

Do nacional ao internacional, os congressos são considerados grandes eventos, que atraem participantes de diversas localidades, em torno de um tema central. Oferecem na programação seminários, palestras, workshops e outras atividades. “Esse tipo de evento reúne pessoas com interesses em comum, desde o público leigo até profissionais especialistas da área, possibilitando um excelente networking, atualização e troca de experiências”, avalia Reinaux. 

 

5- Convenções

São eventos de grande porte e repercussão, marcados por uma interação mais intensa entre os participantes, que podem, inclusive, apresentar e vender seus produtos ou serviços. “Existem diversos tipos de convenção, algumas voltadas aos próprios colaboradores da empresa, sendo comum entre equipes de vendas, com a participação de distribuidores e representantes comerciais”, explica o especialista. 

 

Even3 


3 dicas para o e-commerce garantir uma compra segura na Black Friday

Pesquisa do Massachusetts Institute of Technology aponta que vazamento de dados cresceu 493% durante a pandemia

 

A Black Friday é uma das datas mais aguardadas no varejo. Em 2020, 76% dos brasileiros aproveitaram as promoções e, para 2021, a expectativa é que esse número suba para 87%, segundo pesquisa da Conversion. Porém, para um e-commerce ter bom desempenho, é preciso oferecer segurança, além de boas ofertas, já que falhas e vulnerabilidades podem expor informações sensíveis dos clientes, como dados de cartão de crédito.

 

De acordo com o Massachusetts Institute of Technology, o volume de vazamento de dados cresceu 493% na pandemia. "Deve-se buscar apoio consultivo para uma análise profunda e imparcial dos riscos, além da criação de um plano de ação para atacar rapidamente os pontos levantados, criando camadas de segurança necessárias que irão proteger os dados armazenados", alerta Fabiano Brito, CEO da FC Nuvem, empresa do Grupo FCamara, parceira Gold da Microsoft e especialista em transformação digital.

 

Pensando nisso, Fabiano preparou dicas para quem busca garantir a segurança do cliente durante a Black Friday. Confira:

 

Previna-se

"O primeiro passo deve- se estruturar seu ambiente para que dificulte o acesso aos dados e também para que recuperem eles caso aconteça o pior", compartilha Brito. Uma ferramenta de CASB deve ser adotada para evitar o chamado Shadow IT, que dificulta o controle sobre ciclo dos dados e se tornou muito comum com a transformação digital e adesão do home office. Uma solução de XDR é indispensável para detecção de vulnerabilidades em várias camadas e pode agregar o Machine Learning para análise de comportamentos suspeitos.

 

Limite a extensão do dano

Deve-se monitorar as ações, ter controle e visibilidade de seu ambiente. Para isso, existe uma série de recursos que apoiam esse processo: ferramentas de avaliação de postura de segurança, análises contínuas de vulnerabilidades como SAST e DAST, correlacionadores de Logs (SIEM), detectores de vulnerabilidades (EDR, XDR) e adoção de metodologias e frameworks voltados para segurança, como security by design, DevSecOps e o Zero Trust.

 

Dificulte a entrada dos invasores

Remova gradativamente os riscos nos pontos de entrada. Soluções avançadas de gestão e proteção de identidade com análise de riscos, autenticação de dois fatores e políticas de proteção proativas também devem ser adotadas. Alguns pontos de atenção são: acesso remoto, phishing via email, proteção de senhas e endpoint expostos na internet. "Uma dica para que a empresa possa se proteger é construir uma arquitetura em camadas que possa gerar barreiras a serem transpostas a possíveis ataques e com isso, não apenas desmotiva-los a continuar com a invasão, mas também proporcionar meios para rastrear e evitar o sucesso do ataque" explica o executivo.

 


Grupo FCamara

https://www.fcamara.com.br/


Violência doméstica: denúncias ampliam proteção da mulher


O juiz Leonardo Grecco, da Comarca de Santos (SP), que estava de plantão no último domingo (14), concedeu a uma mulher a autorização de sair imediatamente do lar conjugal, juntamente com seus pertences e, se necessário, com escolta da polícia.

A vítima vinha sofrendo constantes e desmotivadas agressões físicas e verbais do companheiro, com quem dividia a residência há 4 anos. No início deste mês, o agressor ameaçou tirar a vida da mulher com uma faca. Em desespero, ela pegou o filho de 2 anos, fruto desse relacionamento, e saiu de casa com a roupa do corpo. Com medo do agressor, que não aceita o fim do casamento, ela vinha dormindo no carro e se escondendo.

Assim que este caso chegou ao escritório, acionamos a Justiça e conseguimos liminar para separação de corpos do casal e medidas protetivas. Até sair a sentença final, o réu está proibido de se aproximar da vítima e do filho, em um raio de 300 metros, está impedido de frequentar a escola da criança e de se comunicar com a mulher.

De acordo com a pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgada em junho passado, uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos afirma ter sofrido algum tipo de violência no último ano no país.

Para ampliar a proteção da mulher, entre 2019 e 2020, foram sancionadas 14 novas leis, dentre elas: Lei 13.894/2020 estabelece como medidas protetivas de urgência frequência do agressor a centro de educação e de reabilitação e acompanhamento psicossocial; Lei 13.931/2019 dispõe sobre a notificação compulsória dos casos de suspeita de violência contra a mulher; Lei 13.871/2019 responsabiliza o agressor pelo ressarcimento dos custos relacionados aos serviços de saúde prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) às vítimas de violência doméstica e familiar e aos dispositivos de segurança por elas utilizados; Lei 13882/2019 garante a matrícula dos dependentes da mulher vítima de violência doméstica e familiar em instituição de educação básica mais próxima de seu domicílio; Lei 13.827/2019 autoriza a aplicação de medida protetiva de urgência, pela autoridade judicial ou policial, a mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou a seus dependentes, e determina o registro da medida protetiva de urgência em banco de dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A mulher vítima de violência física, psicológica ou sexual pode buscar ajuda ligando para o número 180. A Central de Atendimento à Mulher registra e encaminha denúncias aos órgão competentes. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.

Para mais informações, procure um advogado de sua confiança, a Casa da Mulher Brasileira, o Centro de Referência, a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), a Defensoria Pública ou o Núcleo Integrado de Atendimento às Mulheres da sua cidade.




Fabricio Posocco - professor universitário e advogado no Posocco & Advogados Associados

www.posocco.com.br


Brasileiros aprovam cartões de pagamento com biometria digital

Pesquisa realizada pela DDL para IDEMIA revela que a maioria dos brasileiros adotaria o cartão de pagamento digital como forma de proteção contra fraudes.


Mais de 90% dos brasileiros aprovam o uso de tecnologias biométricas como forma de aumentar a segurança de seus pagamentos com cartão, como mostra pesquisa Dentsu Data Labs (DDL), encomendada pela IDEMIA, empresa líder mundial em identidade aumentada. 

O estudo foi conduzido em 14 países, incluindo o Brasil, com o objetivo de medir a atratividade, a utilização e o comportamento dos usuários com relação ao uso cartões de pagamento biométricos, em que o usuário utiliza as impressões digitais em vez de um código PIN para efetuar o pagamento. 

Os dados globais da pesquisa mostram que 74% dos consumidores ao redor do mundo têm uma reação positiva em relação às tecnologias biométricas; 92% acham a forma de identificação por meio das digitais conveniente; 81% consideram-se prontos para usar as digitais como forma de identificação em seus pagamentos ao invés da senha e 72% estão interessados em fazer pagamentos de grande valor sem precisar ter nenhum contato com o terminal. 

Voltando aos brasileiros, o estudo revelou que 70% da população acredita que a grande vantagem da identificação digital é o fato de ser individual, além disso,  64% concorda que há um aumento na segurança do processo de compra, na prevenção de fraudes, além de ser fácil de usar. Outro ponto importante é que mais de 1 entre 3 brasileiros aprecia as tecnologias biométricas, e 56% prefere o cartão biométrico ante 23% que opta pelo cartão regular. 

“A autenticação por impressão digital vem se tornando mais presente na vida dos consumidores em todo o mundo e não é diferente no Brasil. A população tem grande preocupação com a segurança nos meios de pagamento e com a proteção dos seus dados biométricos”, explica Marcelo Annarumma, presidente da IDEMIA na América Latina. 

"Vemos uma tendência cada vez mais acentuada da preferência por métodos de pagamento e recursos avançados de segurança em cartões bancários. Os brasileiros são os mais entusiasmados com as tecnologias biométricas, apreciam o fato de os cartões biométricos serem tão fáceis de usar e os consideram mais seguros”, complementa Annarumma. 

Outros dados destacados pela pesquisa são que 82% dos brasileiros preferem utilizar uma forma de pagamento totalmente sem contato. Além disso,  é a população que mais expressou seu desejo de não ter que lembrar de suas senhas — cerca de um em cada dois brasileiros já esqueceu as senhas nos últimos 18 meses, sendo que pessoas da faixa etária de 31 a 50 anos são as mais propensas a esquecer sua senha (63%), enquanto as pessoas com mais de 51 anos se lembram mais (35%). Por fim, 88% dos respondentes afirmaram estar prontos para usar suas digitais ao invés da senha – 91% do sexo feminino e 85% do sexo masculino. 

O estudo trouxe também outras informações relevantes sobre o uso de cartões pelos brasileiros, apontando que quase 50% dos cidadãos utilizam uma forma de pagamento móvel, 80% têm mais de dois cartões e 53% utilizam o cartão de crédito mais de 10 vezes por mês. 

Quando questionados sobre características dos cartões, 32% prefere um cartão com identificação biométrica,  27% deseja um cartão feito com plástico reciclado, 21% um cartão com um número e dados pessoais visíveis, 12% com cores vibrantes e outros atrativos como os cartões fornecidos por fintechs, e 8% um cartão de metal. 


Cartão de pagamento biométrico - A IDEMIA é pioneira na indústria de cartões de pagamento biométricos como o F.CODE, o primeiro cartão de pagamento biométrico do mundo que permite aos clientes autorizarem pagamentos por meio de um sensor de impressão digital e um algoritmo biométrico certificado, com ainda mais segurança. O cartão F-Code funciona apenas mediante o reconhecimento das digitais do dono, pode ser utilizado para pagamentos com ou sem contato, e o cliente inscreve sua impressão digital diretamente no cartão por meio de um scanner especial.

 

IDEMIA

 www.idemia.com

@IDEMIAGroup


Risco médico: uma análise sobre a necessidade de cautela na veiculação da informação

Quando indícios de erro médico ou falha na prestação de serviços hospitalares são veiculados pela mídia, é possível notar uma grande comoção por parte da sociedade, especialmente com relação aos pacientes que supostamente seriam as vítimas desses atos.

Não é de se esperar nenhuma reação diversa dos nós - indivíduos - quando o assunto é saúde, estética e vida. A sociedade deposita nos serviços de saúde uma grande confiança, o que não poderia ser diferente, pois toda esperança de melhora, de conforto e de salvação estão ali depositadas - na figura do médico.

Acontece, entretanto, que os médicos são seres humanos como todos os demais profissionais e que, embora deles seja exigido intrinsicamente maior detalhe, cuidado e perfeição, a natureza da profissão poderá levar à erros, imprecisões e falhas que poderão quebrar a expectativa do paciente e seus familiares.

Nesses casos as condutas devem ser apuradas minuciosamente para que injustiças não sejam cometidas seja com os médicos ou, então, com os pacientes. Isso porque, quando se fala em saúde e medicina não estamos diante de uma área exata, na qual "a soma dos fatores não altera o resultado". Muito pelo contrário, na medicina os resultados obtidos não dependem única e exclusivamente do ato do médico, podendo existir fatores alheios que influenciam diretamente na condução e no resultado.

A resposta fisiológica de cada ser humano é individual e mandatória para o desfecho de um quadro de saúde, assim como as reações adversas aos medicamentos, hábitos pessoais, imunidade, doenças prévias, pós-operatório adequado, riscos inerentes aos tratamentos ou procedimento, entre outros inúmeros fatores.

Casos de infecções após uma cirurgia, por exemplo, a depender da natureza da infecção e do agente infeccioso, podem ser atrelados ao descumprimento do pós-operatório, dos protocolos de cuidados, da administração de antibióticos, além de questões fisiológicas diversas. Há inúmeros casos de infecções pós-cirúrgicas que constituem um risco inerente do próprio procedimento e estão descritos na literatura médica.

Por óbvio qualquer desvio do profissional deve ser apurado para afastar todo ato imprudente, negligente ou, ainda, eventual imperícia na administração dos cuidados e na realização dos procedimentos. Entretanto, é necessário ter cautela ao tratar desse tema, tendo em vista as peculiaridades existentes na seara médica.

As responsabilidades a serem apuradas encontram no direito especificidades quando direcionadas ao médico (pessoa física) e aos seus atos - chamado "ato médico" e quando relacionadas aos hospitais e possíveis falhas na prestação do serviço hospitalar que, em muitos casos, sequer se relacionam com o ato do médico.

Conhecer as peculiaridades da aplicação das normas e as inúmeras vertentes que envolvem casos específicos como apuração de um erro médico, traz todo diferencial na análise e condução dos direitos envolvidos, os quais possuem natureza de direitos fundamentais, tanto do paciente como do médico.

O direito médico - área do direito especializada em assuntos de medicina e saúde - demonstra a sua importância cada vez mais crescente para a condução desses temas. Embora não seja uma disciplina lecionada na graduação, é, na atualidade, uma área em ascensão e que desperta o interesse dos profissionais. Nela são encontradas diversas peculiaridades que exigem dos advogados, peritos e juízes, o domínio da técnica e o conhecimento mínimo das questões que permeiam assuntos relacionados ao universo médico/paciente.

Investigações de atos médicos que ocasionem lesões físicas, à saúde e à vida de indivíduos devem ser apuradas em diversas instâncias do direito, como por exemplo, no direito penal, no direito civil em eventual necessidade de reparação pecuniária por danos e na esfera administrativa nos conselhos de classe.

Entretanto, a condução desses casos deve ser dotada de cautela, sigilo e muita técnica, isso porque envolvem direitos intrínsecos dos pacientes (como prontuário, questões de saúde, imagem, privacidade e intimidade) e, também, questões da vida profissional e pessoal do médico investigado, a qual, a depender da forma de veiculação sensacionalista e antecipada, poderá acarretar danos irreparáveis à sua imagem e consequentemente abalar décadas de estudo, preparo, investimento e dedicação.

Na eventualidade de se verificar de forma comprovada atos negligentes, imprudentes ou imperitos dos profissionais de saúde que acarretem danos à saúde, integridade física/moral e à vida de indivíduos, as penalidades devem ser aplicadas e podem, inclusive, recair na suspensão/cassação do direito de atuação na área. Entretanto, deve-se considerar os danos irreparáveis à imagem de um profissional que, após finalizada as investigações, fique comprovada a sua inocência e a ausência de relação de seus atos com aos danos alegados.

 

Thamires Pandolfi Cappello - Advogada. Professora e coordenadora no Curso de Pós-graduação em Direito Médico, Hospitalar e da Saúde na FASIG. Doutoranda e pesquisadora na USP. Mestre em Direito Constitucional pela PUC/SP. Fundadora da Health Talks BR.


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