Pesquisar no Blog

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

O sistema imunológico da gestação à idade adulta

Ambiente fechado, com ar não renovável, telas eletrônicas em excesso e o sedentarismo comprometem a educação imune adequada

 

A grande função do sistema imunológico é reconhecer o que é próprio (self) do que é estranho (non self) fazendo com que de maneira silenciosa o organismo tolere moléculas e células que lhe pertencem de forma que seja desfrutada a festa da vida. 

 

Cabe ainda ao sistema imune eliminar as proteínas estranhas dos micróbios e tolerar os alimentos que são os essenciais para a manutenção da vida e para isso é necessário que compreendamos a importância do microbioma nesta modulação imunológica.

 

“Precisamos aprender que a função essencial do sistema imune é reconhecer e integrar bem e harmonizar o que lhe é próprio, fazendo do organismo um todo em sua complexidade e, assim, quando isso acontece, a imunidade encontra-se plena e é capaz de reconhecer o que é estranho como os vírus e bactérias com ação na medida certa, sem respostas débeis ou exageradas ou inapropriadas”, explica o Dr. Emanuel Sarinho, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

 

Segundo Dr. Sarinho, a época mais importante para investir em um adequado desenvolvimento do sistema imune abrange desde a gestação até o segundo ano de vida: é a grande janela de oportunidade de investimento na saúde imunológica. Os cuidados iniciam-se pela dieta materna, passam pelo parto vaginal, onde o sistema imunológico entra em contato com as bactérias benéficas, continuam com o aleitamento materno, que além de ser o melhor o alimento também é o melhor potencializador do sistema imunológico, e com uma dieta da criança que deve ser integral, natural e rica em fibras e através do contato da criança com a biodiversidade existente na natureza: ou seja mais espaço verde e azul, que representam uma vida ao ar livre sem poluição.

 

EII - As imunodeficiências primárias ou erros inatos da imunidade (EII) se manifestam principalmente na infância e podem ser por deficiências de células, de anticorpos e de outros componentes auxiliares do sistema imune. Atualmente, reconhecem-se centenas delas e a cada dia se descobre uma nova deficiência genética imunológica, mas a mais clássica é a deficiência acentuada ou falta dos anticorpos (doença de Brutton ou Hipogamaglobulinemia) e a mais comum é a deficiência de IgA, que pode ser assintomática e ocorre em 1 a cada 500 pessoas.

 

Adolescência - Da mesma forma que ocorre um marco endócrino e neuropsíquico na transição da infância para a adolescência, podemos dizer que o mesmo acontece com o sistema imune. “Aos 12 anos o sistema imunológico do indivíduo que apresenta desenvolvimento adequado deve continuar a responder aos estímulos internos de tolerância imune com plena harmonia, e apresentar maturidade plena de resposta aos estímulos externos contra proteínas estranhas oriundas de forma a conter e eliminar os agressores com potencialidade plena”, explica o presidente da ASBAI. 

A atividade física moderada e regular na criança em idade escolar e no adolescente propicia a finalização adequada da maturação imunológica, que atinge o ápice em torno dos 12 anos de idade na maioria dos indivíduos. O ambiente fechado, com ar não renovável, telas eletrônicas em excesso e o sedentarismo comprometem a educação imune adequada.

 


ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

https://auv.short.gy/ASBAIpodcast

https://www.facebook.com/asbai.alergia

https://www.instagram.com/asbai_alergia/

https://www.youtube.com/?gl=BR&hl=pt

@asbai_alergia

www.asbai.org.br


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados