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segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Estou doente e não sabia. Tenha dó!

 

Faz dias veio a público a notícia de que desejam considerar a velhice como uma doença. Pasme, mas é isso mesmo. Entre os 50 e 60 anos, em vez de você começar a se considerar idoso, estará acometido gravemente pelo passar dos anos.

Era só o que faltava. Tenham dó. A ideia é da Assembleia Mundial de Saúde, órgão de governança que estrutura e apresenta as ações a serem cumpridas pela Organização Mundial da Saúde, OMS. Prevê instituir oficialmente a velhice como doença, na Classificação Internacional de Doenças, em sua próxima edição – a CID 11, a partir de 1º de janeiro de 2022.

A despeito do histórico e valoroso trabalho em prol da vida humana empreendido pela OMS, trata-se de uma invenção sem pé ou cabeça, como diriam os mais velhos. Ou seriam os mais doentes?

A Sociedade Brasileira de Clínica Médica, da qual sou presidente, contesta a proposição, assim como já o fez a Associação Médica Brasileira (AMB), entre outras instituições lisas e sérias de todos os continentes.

Se tal absurdo vingar, inúmeros registros de doenças específicas e relacionadas à idade mais avançada simplesmente serão catalogados como velhice no Código Internacional, CID.

Assim, ao registrá-las de forma nada criterioso, teremos prejuízos gravíssimos a sistemas de saúde de todo o planeta. Eles perderão todos os parâmetros reais para a elaboração de políticas de saúde baseadas em ocorrências por idade.

No Brasil, 3 em cada 4 mortes ocorrem a partir dos 60 anos. São desfechos de doenças cardiovasculares, oncológicas e neurológicas, entre outras. Seguido o entendimento da Assembleia Mundial de Saúde, todos os óbitos futuros dessa faixa etária, a partir de 2022, terão a causa catalogada como velhice.

De acordo com o Centro Internacional da Longevidade – ILC Brasil seria um retrocesso e viria a acentuar globalmente preconceitos em relação à longevidade. É verdade em 100%.

Convido a todos a se contraporem e essa proposta. A sociedade que almejamos deve respeitar e valorizar os idosos. Aqui, cabe bem o slogan que as mulheres honram no dia a dia: nenhum direito a menos. Os mais experientes, agradecemos.

 


Antonio Carlos Lopes - presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica

 

Outubro rosa: quais são as opções de reconstrução após o tratamento do câncer de mama?

shutterstock
Apesar do implante de silicone ser a opção mais comum, retalhos de pele e enxertos de gordura também são caminhos viáveis


A reconstrução dos seios é uma opção importante para mulheres afetadas pelo câncer de mama. Mesmo a técnica com implantes sendo a mais comum, existem diversas opções quando se trata da cirurgia após o tratamento.

“Com o avanço da tecnologia, podemos usar um ou mais caminhos para restituir os seios,” pontua a cirurgiã plástica Patricia Marques, especialista em reconstrução de mamas pelo hospital Santa Creu I Sant Pau de Barcelona. “Para muitas pessoas esse processo é essencial para se recuperar psicologicamente de um momento tão difícil.”

Marques pontua que é uma técnica complexa e os procedimentos escolhidos variam muito de caso a caso, já que o câncer de mama não é sempre tratado da mesma maneira.  “Existem pacientes que sofreram com uma cavidade no seio por conta da retirada de um tumor, ou até aqueles que passaram por uma mastectomia, que remove todos os tecidos mamários por completo”.

A especialista explica que quando foi realizada uma cirurgia conservadora, ou seja, foi preservada boa parte do seio, pode ser feito um trabalho de reconstrução utilizando retalhos de pele da própria mama ou da sua lateral, assim como enxertos de gordura de outras partes do corpo, para corrigir as deformidades, inclusive na área das aréolas e mamilos.

“O uso do implante de silicone em si é mais indicado quando foi necessária a mastectomia. A prótese pode ser ainda combinada com os enxertos ou retalhos para uma aparência mais harmônica em alguns casos.”

Este recurso cirúrgico do implante já foi uma preocupação nos casos de câncer, e ainda há insegurança por parte de alguns pacientes, mas a doutora esclarece que hoje ele é aceito pela comunidade médica por possuir ótimos resultados, quando utilizado com responsabilidade.

Um estudo publicado pela Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos, acompanhou 2.284 pacientes que passaram pela reconstrução com implantes entre 1994 e 2016. Monitorando os casos em até 12 anos após a cirurgia, eles consideraram dois fatores: a estética dos seios e a rejeição do corpo ao implante. Os resultados confirmaram sua teoria, e os níveis de satisfação das pacientes permaneceu em um nível alto, avaliadas numa escala de pontos de 0 a 5.

A aparência, claro, é uma preocupação por parte de muitas mulheres, por conta da fama de aparência ‘falsa’ do silicone, mas a cirurgiã assegura que é uma preconcepção. “Escolhendo uma prótese anatômica com um tamanho proporcional ao corpo, ela aparenta ser totalmente natural. Vai da decisão da paciente.”

Marques destaca, porém, que em qualquer um desses casos é necessária uma avaliação conjunta entre o oncologista e o cirurgião plástico, e que ambos estejam de acordo sobre a condição da paciente de passar por um processo cirúrgico. “Passando por todos os testes e sendo liberada para o procedimento, é possível fazer uma reconstrução de sucesso,” finaliza.

 


Doutora Patricia Marques - CRM- SP 146410 - graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, com especialização em reconstrução de mama e cirurgia linfática no Hospital Santa Creu i Sant Pau em Barcelona, e complementação em cirurgia reparadora de mama, cabeça e pescoço no Hospital Memorial Sloan-Katering Cancer Center, em NY, EUA.


OUTUBRO ROSA: Internacional Shopping de Guarulhos e CEPAC Centro de Diagnósticos promovem Carreta da Mamografia

Ação “Cuidando delas – A prevenção não pode esperar”, oferece exame gratuito para mulheres a partir dos 40 anos e ocorre até o dias a 31 de outubro

 

De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), no Brasil, a mamografia é o único exame que apresenta eficácia comprovada na redução da mortalidade por câncer de mama. Ela detecta o câncer precocemente, ampliando a possibilidade de cura com tumores em fases ainda iniciais.

No Brasil, deverão ser mais de 65 mil novos casos de câncer de mama por ano até 2022, de acordo com o Inca.

 

Diante destes dados, O Internacional Shopping, em parceria com o Centro de Diagnostico (CEPAC), promove a ação “Cuidando delas – A prevenção não pode esperar”, que oferece exames gratuitos voltados ao cuidado com a saúde e ao diagnóstico precoce do câncer de mama. A Carreta da Mamografia estará localizada em frente ao Shopping, na entrada da Smart Fit até o dia 31 de outubro.

 

“A ação tem como principal objetivo conscientizar e incentivar a preservação da saúde, bem como a busca do diagnóstico precoce. Cuidados com a saúde são extremamente necessários e, especialmente em um momento de pandemia como o que estamos vivendo hoje, movimentos como esse são indispensáveis” diz Edelcio Cazelato, superintendente do Internacional Shopping.

 

Para a realização dos exames, mulheres com mais de 40 anos devem se cadastrar no App do Internacional Shopping, garantindo o agendamento da consulta e levar 2kg de alimento não perecível no dia do exame, que serão doados a

Fundação Abrinq. Os exames serão realizados de sábados, domingos e feriados, das 8h às 17h, com 100 atendimentos por dia.

 

Período:


•09, 10, 11 e 12/10 - 100 atendimentos de mamografia / dia, total 400 atendimentos

• 16 e 17/10 - 100 atendimentos de mamografia / dia, total 200 atendimentos

• 23 e 24/10 - 100 atendimentos de mamografia / dia, total 200 atendimentos

• 30 e 31/10 - 100 atendimentos de mamografia / dia, total 200 atendimentos

 


Serviço

Carreta da Mamografia

Endereço: Internacional Shopping

Horário: Sábados, Domingo e Feriados, das 8h às 17h

 

Conheça como funciona a telemedicina ao redor do mundo

Benchmarking da Saúde Digital Brasil revelou que países referência em saúde no mundo liberam que primeiras consultas sejam realizadas à distância. No Brasil, esta prática da medicina aguarda a regulamentação definitiva que esbarra em entraves que atrasam o avanço da saúde digital no Brasil, entre eles a condição de que apenas retornos e acompanhamentos sejam feitos via telemedicina  


A Saúde Digital Brasil (Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital), organização sem fins lucrativos que congrega entidades que atuam na cadeia de prestação de serviços de telemedicina e que desenvolvem atividades relacionadas à saúde digital, realizou um benchmarking que identificou que de 15 países, apenas o Uruguai apresenta fortes restrições à primeira consulta à distância. Na quase totalidade dos países analisados, incluindo referências em saúde como a Inglaterra, que através do NHS que serve de inspiração para a criação do nosso SUS, existe liberação total dos atendimentos, mesmo que em primeira instância via telemedicina, e isto acontece em outros países da Europa, assim como aqui nas Américas, incluindo os Estados Unidos, Canadá, México, Colômbia, Argentina entre outros.

A manutenção da primeira consulta não presencial é um dos pontos centrais da discussão sobre a regulamentação definitiva da telessaúde no Brasil, que tramita no Congresso Nacional.  O Conselho Federal de Medicina (CFM) pleiteia que esse recurso seja utilizado apenas para o acompanhamento de doenças crônicas e retornos. 

O objetivo deste benchmarking, realizado pelo departamento jurídico da Saúde Digital Brasil, foi exatamente esse: entender como outros países ao redor do mundo estão lidando com alguns pontos específicos relacionados a telemedicina: o contexto geral; a definição da telemedicina; atividades cobertas; a necessidade de licença específica para o médico exercer a telemedicina; quando a primeira consulta pode ser presencial ou à distância; prescrição; autonomia do médico e o consentimento do paciente, sendo dois aspectos que caminham juntos e são muito importantes para o futuro da telemedicina, em especial no Brasil. 

“A principal contribuição deste estudo é mostrar que diferente do que se observa no Brasil, a telemedicina é bastante aceita ao redor do mundo. Debates como o que estamos tendo por aqui, cheio de entraves, como a questão da primeira consulta e da territorialidade, acabam atrasando a regulamentação e colocando o País ainda mais a reboque com relação aos avanços da tecnologia na área da saúde. Fora que não existe nenhum respaldo na literatura médica que justifique a proibição”, ressalta Eduardo Cordioli, presidente da Saúde Digital Brasil. 

Segundo Cordioli, a regulamentação da Telemedicina no Brasil é bastante peculiar. Enquanto, em países como Portugal e Colômbia, cabe ao Ministério da Saúde regular a telemedicina, por aqui, essa responsabilidade está atribuída ao Conselho Federal de Medicina, autarquia sem comparativo em outros países. Mesmo assim, é importante olhar para os outros países e como as outras economias estão lidando com telemedicina e, desta forma, trazer inovações tecnológicas para o Brasil. Entre os apoiadores da primeira consulta a distância estão Alemanha, Espanha, Canadá, Chile, Colômbia, EUA, França, Nova Zelândia e o Reino Unido. 

Fazendo paralelo com países da América do Sul, desde 2010, a Colômbia aprovou lei que estabelece diretrizes para a telessaúde. Anos depois, em 2019, antes mesmo da pandemia, o Ministério da Saúde e Proteção Social regulamentou através de uma Resolução (equivalente a uma Portaria no ordenamento brasileiro) critérios para exercício de atividades por profissionais médicos. A regulação colombiana define a telemedicina interativa como a relação à distância entre médico e paciente para prestação de serviço de saúde em quaisquer de suas fases, o que inclui a primeira consulta. 

Na Europa, é possível observar a evolução do debate em países como a França. Em 2009, o país aprovou alteração ao seu Código Sanitário, impondo regulamentação restritiva à telemedicina, vedando a realização de primeira consulta à distância. Diante dessa restrição, em 2019, foi feita uma pequena alteração na lei para autorizar amplamente a primeira consulta à distância, sem a necessidade de o paciente estar acompanhado de um médico no local de atendimento. “A forma como a França alterou o seu Código Sanitário é um sinal dos tempos. Muitos países estão trabalhando para mudar a sua regulamentação e ampliar esse escopo, inclusive antes da pandemia, como Colômbia, França e a Nova Zelândia", ressalta.

Outro exemplo importante está no Reino Unido. Nos últimos anos, está se investindo massivamente em uma estratégia “Digital First”. Visando a melhorar o acesso ao cuidado, o paciente entra no sistema de saúde inglês, prioritariamente, por um atendimento digital. Esse modelo reduz desperdícios para os sistemas públicos de saúde, além de simplificar a jornada do paciente. 

No benchmarking internacional, foram identificados países que não vedam totalmente a primeira consulta à distância, autorizando alguns procedimentos. É o caso da África do Sul. O Conselho de Profissões de Saúde da (HPCSA, na sigla em inglês) mudou seu entendimento. Em 2016, a primeira consulta à distância era amplamente vedada. Com o avanço da pandemia, abriu-se exceção para a telepsicologia e a telepsiquiatria. Nos demais casos, é preferível que haja uma relação prévia entre médico e paciente, embora, quando não é possível e é da preferência e interesse do paciente, esta primeira consulta pode ser à distância.

“É fato que o Brasil precisa de uma regulamentação urgente. A telemedicina foi liberada em caráter de urgência, em 2020, e sua regulamentação só vigorará até o término da pandemia. Precisamos evitar que o país retorne ao patamar de 2002, que era um momento bem inferior em disponibilidade de tecnologia e que se formos olhar profundamente, a regulamentação já chegou defasada se for considerar as inovações da época. Nesse sentido, olhar para os exemplos internacionais pode ser um ponto de partida”, finaliza. 

 

Sobre a Saúde Digital Brasil 

A Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, conhecida como Saúde Digital Brasil (SDB), é uma organização sem fins lucrativos, criada para congregar entidades que atuam na cadeia de prestação de serviços de telemedicina e que desenvolvem atividades relacionadas à saúde digital. 

Fundada em 2020, a entidade tem como principal meta defender a bandeira da assistência à saúde por meio da telemedicina e da telessaúde no Brasil e a criação de regulamentações que garantam a sua continuidade. Além disso, a SBD atua no sentido de contribuir para aperfeiçoamento do modelo assistencial, incrementar o desenvolvimento científico-tecnológico, inovação e desenvolvimento qualificado e sustentável do setor de saúde. 


8 dicas para diminuir a ansiedade da equipe no home office

Especialista da 3778 fala sobre como as empresas devem estar atentas à saúde ocupacional dos colaboradores

 

A pandemia do coronavírus restringiu a circulação da população desde abril de 2020 e, com isso, 11% dos trabalhadores ativos no país passaram a exercer suas atividades profissionais remotamente, segundo dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Há mais de um ano em home office, algumas empresas já decretaram que manterão esse formato mesmo após a retomada. Ainda assim, apesar de tanto tempo depois, algumas pessoas ainda sofrem com os efeitos do isolamento corporativo.

Fora os problemas físicos, a falta de contato presencial com a equipe ou com outros indivíduos pode ocasionar diversos efeitos na saúde emocional do colaborador. Por isso é, extremamente, importante que líderes e liderados tenham uma relação benéfica e que os gestores se mantenham atentos a sinais de estresse, apatia e desânimo do grupo.

"É possível diminuir aflições e ansiedade adquiridas por alguns colaboradores com estratégias. É importante expandirmos nosso olhar para além da ergonomia, abrangendo também a saúde ocupacional e o bem-estar emocional da equipe, oferecendo acolhimento e escuta adequada a essa pessoa", expõe a Luciana Ribeiro, médica especializada em Direito do Trabalho e Gerente de Growth do Grupo 3778.

De acordo com ela, é importante que os gestores das empresas fiquem atentos a possíveis sinais que podem indicar desgaste mental dos funcionários, como observar se a pessoa evita a todo custo ligar a câmera nas reuniões, se não interage com a equipe, se tem semblante e/ou discurso de tristeza, constantemente, e uma queda extrema na produtividade, por exemplo.

Confira abaixo oito dicas de como diminuir a ansiedade do funcionário no home office e recomendações que podem melhorar esse quadro, separadas pela especialista:

1. Mantenha uma rotina: Ter uma rotina é essencial para quem está no home office. É importante ter um planejamento, respeitando os horários de acordar, comer e dormir.

2. Organize o espaço: Estar em um ambiente iluminado, silencioso e organizado, sempre que possível, também é fundamental para sua concentração.

3. Dê um tempo para si: Lembre-se de fazer pausas. Levante, dê uma volta, se alongue, vá ao banheiro e beba água. Esses momentos ajudarão você a manter a produtividade sem sobrecarregar.

4. Liste as prioridades: Organize as principais entregas do dia por ordem de prioridade. Se preferir, faça uma lista elencando os materiais mais importantes, que não poderão atrasar ou passar para outro dia e os resolva o mais breve possível.

5. Check-in e Check-out: Estabeleça um horário para começar e finalizar sua rotina profissional, como se, realmente, estivesse no escritório.

6. Dialogue com a gestão: Quando não se sentir bem, converse com seus líderes sobre o que pode ser feito para melhorar. Dialogar e expor o que está se passando, manter uma boa comunicação com seus gestores, é crucial.

7. Se aproxime da sua equipe: Troque com sua equipe, independentemente do seu líder. Muitas vezes alguém pode estar passando pelas mesmas dores e situações que você.

8. Pedir ajuda é sinônimo de força: Se ainda assim você sente que nada disso está te ajudando a se sentir melhor, talvez seja o momento de buscar ajuda com profissionais especializados. A terapia online, por exemplo, já é uma realidade em muitas companhias, algo que está favorecendo a saúde mental e emocional de muitos funcionários, com especialistas qualificados e segurança.


A liberdade de expressão é um direito constitucionalmente protegido, da mesma forma que é o direito à imagem, honra e vida privada

Você provavelmente já se deparou com o relato de uma mulher em alguma rede social expondo alguma violência machista da qual foi vítima. Depois de séculos de silenciamento, as redes sociais se tornaram um canal onde as mulheres finalmente podem ter voz. Onde seus relatos são ouvidos e ganham credibilidade. 

Embora seja uma ferramenta muito eficaz para garantir visibilidade às violências sofridas pelas mulheres, os “textões” também têm se tornado uma verdadeira armadilha para suas expositoras. 

Isso porque, muitas vezes, no calor do momento, a mulher, além de relatar uma situação que vivenciou, também expõe seu agressor, com foto, nome, endereço, local de trabalho ou estudo e demais elementos identificadores. E como é natural das redes sociais, esses relatos ganham curtidas, comentários e compartilhamentos virais. 

Apesar de a liberdade de expressão ser um direito constitucionalmente protegido, da mesma forma é o direito à imagem, honra e vida privada. 

O resultado disso? A vítima pode acabar se tornando ré em um processo por danos morais na esfera cível, ou por injúria, calúnia ou difamação na esfera criminal, movido por seu próprio agressor. No fim, ela pode acabar sofrendo uma dupla violência. 

Levando em consideração que o Judiciário nem sempre demonstra muita sensibilidade para violências de gênero, é possível que os resultados não sejam positivos para as mulheres que buscam ali um mínimo de reconhecimento. Então eu não posso fazer um relato da violência que sofri? 

Pode! Denunciar violências sofridas é muito importante. É uma forma de empoderamento. O contato com esse tipo de relato encoraja outras mulheres a também denunciar, buscar ajuda e sair de uma situação de abuso. Além disso, é uma forma de mostrar a toda a sociedade que nós não iremos mais tolerar violências machistas. 

Não queremos que mulheres sejam novamente silenciadas. Muito menos queremos que sejam penalizadas por exporem seus relatos. Por isso, é importante que as mulheres que desejam publicizar suas histórias observem alguns cuidados. O que pode conter no meu relato?

 

O relato pode conter:

•         Exposição da sua história, com a narrativa dos episódios de violência vividos (sejam de natureza física, psicológica, sexual, moral, patrimonial, virtual e outras) e como você se sentiu a respeito;

•         Descrições superficiais da pessoa ou local onde a violência ocorreu, desde que não identifiquem de maneira clara o agressor ou estabelecimento. Por exemplo, você pode dizer que ele era um homem forte, alto, de determinada classe social ou profissão, tomando cuidado para que esses dados não especifiquem de quem exatamente você está falando;

•         Provas, como fotos das agressões, troca de mensagens, boletim de ocorrência – DESDE que oculte dados do agressor (como nome, foto, número de telefone, endereço, etc);

•         Canais de denúncia e incentivos para que outras vítimas também denunciem.

 

O que NÃO deve conter no meu relato?

O problema do “textão” surge quando a pessoa a ser exposta pode ser identificada. Pois, apesar de ser considerado um agressor, a lei confere a todos o direito à imagem, reputação, honra e privacidade. 

A depender de como o relato é elaborado, a pessoa que foi exposta pode processar a mulher por danos morais e, também pelos crimes de injúria (se houve ofensa), calúnia (se foi imputada a prática de um crime falso) ou difamação (a exposição em si já gera esse direito).

 

Então, o relato deve evitar:

•         Expor nome, endereço residencial ou profissional, número de identidade, telefone e demais dados da pessoa;

•         Onde o agressor estuda ou trabalha. Se esses dados forem essenciais para o relato, tome cuidado para não expor de forma que o identifique facilmente. Por exemplo, você pode dizer que a pessoa é médica, mas evite dizer o nome do hospital;

•         Foto do indivíduo ou de sua família, seja do rosto, ou de elementos que caracterizem a pessoa (ex: uma tatuagem);

•         Ofensas, xingamentos e imputação de crimes falsos. Se o seu relato inclui a prática de um crime (ex: estupro, ou lesão corporal), não vá além daquilo que realmente aconteceu. Nesses casos, é recomendado ter pelo menos algumas provas do seu relato para se resguardar judicialmente.

•         Incitação de ódio ou represálias contra a pessoa exposta. Evite convidar pessoas a xingarem o agressor em sua página pessoal.

 

Pessoa jurídica

As mesmas considerações acima valem para quando o relato expõe uma empresa acusada de ser conivente com uma violência. Isso porque a empresa também tem direito à imagem, e caso esta se sinta prejudicada, poderá processar a mulher por danos morais. 

Então, neste caso, deve-se evitar falar o nome ou endereço da empresa, ou demais elementos caracterizadores. Por exemplo, se a violência foi sofrida dentro de uma balada, pode falar que se tratava de casa noturna, mas evite expor qual foi. Lembre-se: busque sempre os caminhos legais! 

A decisão de como realizar esse relato, claro, sempre deve ser da vítima. Caso a mulher entenda que expor esses dados é essencial, é importante que esteja consciente dos riscos e preparada para uma possível represália futura. 

Apesar de os relatos na internet parecerem uma saída mais rápida e eficaz para a responsabilização do agressor, não se esqueça de procurar também os caminhos legais. 

Fazer um boletim de ocorrência, pedir a abertura de um inquérito policial, denunciar nos órgãos de controle e fiscalização (caso a agressão esteja relacionada com exercício de profissão, ou seja, pessoa jurídica) e nos canais de ajuda, como 180, são sempre soluções mais recomendadas. 

Além desses órgãos poderem, efetivamente, tomar medidas para remediar a violência, denunciar nos meios legais também dificulta que a mulher seja condenada caso processada por seu agressor.

 

 


Liliane Sobreira - advogada especialista em direito da mulher. Graduada pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), especialista em Direito Constitucional (UNIFIA), em Direito de Família e Sucessões (EBRADI) e possui os cursos de Especialização em Direito da Família com ênfase nos Direitos da Mulher e Alienação Parental (Universidade de Coimbra), Crimes contra o Sistema Financeiro com ênfase em Lavagem de dinheiro ou Ocultação de bens, direitos e valores (Harvard Law School) e Curso de Extensão Crime Organizado na Atualidade (ESMP – Escola Superior do Ministério Público).

 

Após a quinta alta consecutiva, o preço médio do diesel fecha o mês próximo dos R$ 5,00, revela Ticket Log

Combustível ficou 1,97% mais caro no fechamento de setembro, comercializado a R$ 4,929; tipo S-10 apresenta média de R$ 4,983


O último levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), sinaliza que o mês de setembro se encerra com a quinta alta consecutiva para o diesel, avanço de 1,97% em comparação a agosto. Desde o início do ano as bombas de todo o País registram aumentos consecutivos para o combustível, com exceção de abril, e o valor nas bombas se aproxima da média dos R$ 5,00, com o tipo S-10 à média de 4,983, e o diesel comum vendido a R$ 4,929. 

“Já na primeira quinzena de setembro, o combustível sinalizava para um fechamento de mês com nova alta, e o anúncio recente de aumento no repasse para as refinarias tende a refletir em novos avanços nas bombas nos próximos dias para os motoristas”, pontua Douglas Pina, Head de Mercado Urbano da Edenred Brasil.

Em todas as regiões brasileiras, tanto o diesel comum quanto o S-10 apresentaram aumentos no preço médio no fechamento do mês. A Região Centro-Oeste apontou a maior alta para o diesel, de 2,17%, e o Nordeste concentrou o maior aumento para o tipo S-10, avanço de 2,08%.

A Região Norte lidera o ranking dos preços médios mais altos, com o diesel comum a R$ 5,132, e o diesel S-10, a R$ 5,199. No Sul, os valores mais baixos por litro foram registrados: o tipo comum foi comercializado a R$ 4,553, e o tipo S-10, a R$ 4,584.

Os motoristas do Acre mês a mês pagam pelo diesel comum mais caro do País, comercializado a R$ 5,751, avanço de 0,09% no comparativo com agosto. Já no Paraná, o preço médio mais baixo foi registrado pelos postos, a R$ 4,489, mesmo com a alta de 2,16%. O cenário no recorte por estado é o mesmo para o diesel S-10, comercializado nos postos acreanos a R$ 5,750, e nos postos paranaenses, a R$ 4,523.

Os maiores aumentos dos preços médios foram registrados no Sergipe, de 4,05% no caso do diesel comum, e no Rio Grande do Norte para o tipo S-10, com a alta de 3,23%. Nenhum estado apresentou recuo nos preços para o diesel no fechamento da média de setembro.

O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: 1 milhão ao todo, com uma média de oito transações por segundo. A Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 30 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários.

 


Ticket Log  

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Edenred

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Como a franqueadora deve agir em caso de falecimento do franqueado?

Marina Nascimbem Bechtejew Richter, advogada e sócia do escritório NB Advogados, explica que o contrato de franquia deve conter, de forma clara, todas as regras de transferência e sucessão - e também inclui-las na Circular de Oferta de Franquias

 

O contrato de franquia deve conter todas as regras e orientações para as mais diferentes situações, entre elas, o falecimento do franqueado. De acordo com Marina Nascimbem Bechtejew Richter, advogada e sócia do escritório NB Advogados, a nova lei de franquia inovou neste sentido e exige que a Circular de Oferta de Franquia esclareça a existência ou não de regras de transferência ou sucessão. E, em caso afirmativo, quais são elas.

“Cada franqueadora pode criar suas próprias regras, de acordo com o que julga importante”, explica a advogada. “A melhor forma de estabelecer tais regras é levar em conta como é a operação, o papel do franqueado do dia a dia da operação e as necessidades da rede. O que não pode haver é uma ausência de regras para uma situação como esta”.

Supondo que, num caso de falecimento, um familiar queira assumir a franquia. Ele deve ser aprovado pela franqueadora? Marina responde: “Tudo vai depender da previsão contratual. Não é incomum que uma franqueadora, por exemplo, determine que essa pessoa passe pelo processo de seleção, treinamentos e efetue o pagamento de taxas, já que será um novo franqueado”.

E se os herdeiros não tiverem interesse ou estiverem impossibilitados de assumir a franquia? A advogada lembra que, se não tiver uma obrigação expressa no contrato, não é dever da franqueadora assumir a unidade. No entanto, caso tenha interesse e os herdeiros concordem, ela pode indicar um gestor de sua confiança até encontrar um interessado e formalizar o repasse.

“O mais importante neste sentido é que as franqueadores formulem suas regras com todo o cuidado e critério e as deixe o mais claro possível no contrato e na Circular de Oferta de Franquias – inclusive por se tratar de uma nova obrigação legal, com a ajuda da consultoria jurídica. Não há nada melhor do que começar uma relação de franquia com total transparência em todos os sentidos”.

 



NB Advogados

www.nbadv.com.br

Cresce número de brasileiros que buscam passaporte europeu

Entre 2002 e 2017 mais de 170 mil brasileiros obtiveram cidadania europeia. Passaporte italiano é um dos mais procurados.


Muitos brasileiros têm o sonho de ir para o exterior. Os destinos mais almejados são a Europa e os Estados Unidos. Uma grande parcela desses brasileiros escolhe esses locais em busca de oportunidades de estudo, trabalho, conforto e qualidade de vida. De acordo com o Serviço de Estatística da União Europeia (Eurostat), que desde 2002 levanta dados, até 2017 170.187 brasileiros obtiveram passaporte europeu.

Em 2019 o passaporte italiano foi o mais solicitado pelos brasileiros, em comparação com requisições de passaportes de outros países da União Europeia. Ainda conforme esses dados, a maioria dos estrangeiros que solicitaram o passaporte italiano foram mulheres e na faixa etária de menores de 20 anos. Também em 2019, mais de 10 mil brasileiros receberam repostas positivas de suas solicitações de passaporte italiano, representando quase 50% dos passaportes europeus concedidos pela União Europeia aos brasileiros.

Além das vantagens de dupla cidadania, o passaporte italiano é um passo importante para tornar o sonho de viver fora do Brasil realidade. O documento serve de porta de entrada para outros países europeus e para os Estados Unidos. Estima-se que no Brasil aproximadamente 30 milhões de descendentes de italianos têm direito ao passaporte.

Atualmente, para obter o passaporte italiano existem três vias: pela comune na Itália, pelo Consulado no Brasil (formas administrativas) e por meio de uma ação judicial no tribunal de Roma". Para Renato Lopes, CEO da Lopes & Avv. Domenico Morra, escritório especializado em dupla cidadania, "os processos judiciais são mais seguros contra as fraudes e têm se mostrado mais rápidos para finalizar".  Além disso, "nesse modelo o requerente entra com uma ação na Itália e espera o deferimento ou não do juiz competente", informa Lopes.

Sendo o requerente brasileiro ou de qualquer outra nacionalidade que tenha ligação com um “dante causa” italiano, não precisa e nunca precisou estar presente em nenhum momento do processo, pois trata-se de uma ação por “representação”, a qual o escritório escolhido para representá-lo assume o processo, que no caso da Lopes & Avv. Domenico Morra é chefiada pelo seu sócio, o advogado italiano Domenico Morra, no departamento na Itália. Este procedimento, tem se mostrado bem mais seguro em se falando de restrições e segurança contra o COVID-19, além da segurança jurídica que se apresenta o processo de um modo geral.

 


Cultura da inovação pede equipes com olhares diversos


A transformação digital, independentemente da área, tem como premissa cultivar uma equipe com olhares diversos. Ao promover a troca de experiências e a cocriação de projetos, as equipes evoluem para acompanhar as necessidades de um mundo mais volátil, incerto, complexo e ambíguo, também chamado de BANI, que reflete a realidade instaurada desde o início da pandemia.

O isolamento social impactou os processos e demandou uma nova abordagem das empresas para lidar com este cenário. A estrutura organizacional passou por mudanças a fim de manter o fluxo de trabalho e de entrega de serviços e produtos aos clientes, com um desafio ainda maior: promover experiências capazes de surpreender durante toda a jornada de interação dos consumidores com as marcas. Para isso, a utilização correta dos dados foi o grande diferencial para gerar insights acionáveis ao negócio, integrando as áreas de produtos, marketing, inovação e negócios.

É o que ocorre, por exemplo, com as martechs, que utilizam tecnologias digitais e online no mercado de marketing para solucionar os novos desafios que o mundo corporativo exige, sempre orientadas por uma cultura data-driven, Ao tratar as informações e entender os comportamentos, as martechs ajudam a aumentar a relevância, conveniência e experiência dos consumidores com as marcas, além de promover mudanças nos modelos de negócios para engajar a audiência.

A tecnologia, que ajuda a transformar digitalmente todos os setores da economia, acelera o desenvolvimento de produtos e serviços, ao mesmo tempo em que abre oportunidades de trabalho para incentivar uma maior participação feminina em cargos de liderança. Em algumas martechs brasileiras, como acontece na Gauge, existe um equilíbrio entre o número de mulheres e homens em posições C-Level. Não se trata de priorizar um gênero em detrimento do outro, mas valorizar o potencial que a diversidade de olhares traz para a sociedade e para os negócios. 

É cada vez mais relevante promover a mudança de cultura e repensar a representatividade das mulheres nos cargos de liderança. O estudo “Ganhos Econômicos da Inclusão de Gênero: Novos Mecanismos, Novas Evidências”, publicado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em 2018, aponta que países onde aumentou consideravelmente a participação feminina no mercado de trabalho desde 1990, como Irlanda, Brasil e República Dominicana, tiveram ganhos de produtividade maiores que nações onde essa participação ficou estagnada. O levantamento também mostra que ter mulheres na equipe leva a ganhos de produtividade entre funcionários homens, uma vez que agregam habilidades que poderão se complementar.

Na mesma linha, um estudo feito pela McKinsey, em 2019, comparando gênero e dados financeiros, mostrou que as companhias que possuem pelo menos uma mulher em seu time de executivos são mais lucrativas. Isso porque essas companhias têm 50% a mais de chance de ampliar a rentabilidade e 22% de crescer a média da margem Ebitda. A pesquisa analisou 700 empresas de capital aberto em seis países latino-americanos - Argentina, Chile, Colômbia, Panamá, Peru e Brasil – e apontou que 64% das que possuíam mulheres em cargos executivos , entre 2014 e 2018, subiram a mediana da margem Ebitda em comparação com 43% que não possuíam lideranças femininas.

Se a equidade de gênero reflete na cidadania, na inclusão e  no sucesso dos negócios, o que falta para mudar a visão e o comportamento do mercado? Em um mundo cada vez mais digital, é impossível pensar a cultura da inovação sem equipes com olhares diversos. Ao promover este debate e criar oportunidades para que pessoas com ideias diferentes dialoguem, discordem e reflitam sobre as necessidades internas ou do cliente, abrimos um espaço para que os colaboradores se sintam mais engajados e felizes.

Dessa forma, as corporações estimulam o senso de pertencimento, a criatividade e a inovação. O resultado será a atração e retenção de talentos em empresas mais lucrativas e competitivas, que priorizam profissionais de mentes inquietas, que enxergam barreiras como oportunidade para transformar o trabalho e mudar percepções, adaptando-se aos desafios dos clientes para criar experiências que agreguem valor às marcas. 

 


Amanda Gasperini - Head de Marketing Analytics (data, media & martech) na Gauge, do Grupo Stefanini, e vice-presidente do Comitê de Mensuração do IAB Brasil.

 

Estudo global da Adecco aponta preferência de 71% das pessoas por modelo híbrido de trabalho

Com mais de 14 mil respondentes em 25 países, a pesquisa trouxe dados sobre a preocupação com a saúde mental, liderança e organização do trabalho


A pandemia adiantou tendências, acelerou a transformação digital e mostrou que, sim, é possível ser produtivo no trabalho remoto. Uma pesquisa global realizada pela Adecco, multinacional de recursos humanos presente em 60 países, mostrou que a união entre o conforto do trabalho em casa e a convivência com colegas de equipe é o que grande parte dos colaboradores espera do futuro do trabalho, ou seja, o modelo híbrido está consolidado como opção real no formato de trabalho para cerca de 71% dos respondentes do estudo.

Com 14.800 pessoas entrevistadas em 25 países, incluindo o Brasil, o estudo também fez uma análise considerando todos os entrevistados e incluiu quem não teve a experiência do remoto e como resultado geral, as pessoas querem passar 53% da semana trabalhando de forma remota, após a pandemia, e 47% do tempo no escritório. Já quando analisado por geração, 56% dos nascidos entre 1995 e 2010, os famosos gerações Z, preferem passar a maior parte da semana no escritório, o que mostra necessidade de socialização com o colega. Já os nascidos em meados dos anos 1960, os conhecidos como Baby Boomers, querem ter 44% do seu tempo trabalhando na empresa.

Para o diretor geral da Adecco Brasil, André Vicente: "os jovens, em sua maioria que estão no começo da carreira, sentem mais falta da socialização, do dia a dia de observação do trabalho dos colegas e líderes, para aprender mais e poder criar conexões, o que explica essa necessidade de estar no escritório mais tempo do que os profissionais experientes, que já possuem, em sua maioria, um ritmo de trabalho estabelecido".

Ainda falando sobre traços geracionais, mas agora, citando as prioridades da vida profissional de cada geração, a geração Z, se atrai por um bom salário, por empresas que tenham cultura corporativa forte e engajada e gosta de se sentir confiável para fazer suas tarefas; os Baby Boomers têm como prioridade a flexibilidade sobre as horas de trabalho, ser capaz de manter um bom equilíbrio entre vida pessoal e trabalho e também um bom salário; já os famosos Millennials, nascidos até 1990, têm como principal foco sentir que seu emprego está seguro, também ter flexibilidade sobre horas de trabalho e um bom salário.

A pesquisa trouxe resultados analisando o ambiente de trabalho em casa e do total dos mais de 14 mil respondentes, 71% afirmam terem encontrado um espaço organizado para se dedicar ao trabalho. O destaque vai para países como Estados Unidos, Austrália e Brasil que a média gira em 80%. André comenta que esse número alto é consequência de muitas empresas que ofereceram suporte aos seus colaboradores. "No começo da pandemia, havia muito preconceito em torno do sistema remoto de trabalho e como as pessoas iriam performar, mas passando o susto inicial, foi-se entendendo que o colaborador ganhou agilidade e soube criar seu espaço dentro de casa e com isso as empresas começaram a incorporar benefícios de ajuda aos colaboradores como envio de computadores, cadeiras, material de escritório, entre outros, contribuindo ainda mais com nessa dinâmica de organização", comenta.


Saúde mental como protagonista

Outro ponto debatido no estudo foi a saúde mental em consequência da pandemia do coronavírus. A síndrome de burnout ganhou ainda mais espaço, pois no começo houve uma dificuldade em organizar a rotina para manter a produtividade, o que levou a mais horas de trabalho. A Adecco mostrou que houve um aumento de 14% na jornada de trabalho desde o início da pandemia e 63% dos respondentes afirmam que tiveram sua carga horária de trabalho aumentada em mais de 40 horas semanais no último ano. Já quando falamos em sentirem uma piora na saúde mental, 33% dos participantes admitem que sentiram uma piora na saúde emocional nos últimos 12 meses. No Brasil, sobe para 43% dos respondentes.

O diretor-geral da Adecco comenta que os números altos refletem o desafio de equilibrar vida pessoal com profissional. "Nossos dados escancaram um problema que é a dificuldade em lidar com a disponibilidade 100%. Com tudo girando no meio online, é difícil colocar barreiras e saber a hora de parar de trabalhar para aproveitar a vida pessoal." Questionados sobre a síndrome de burnout, 40% dos respondentes de todo os 25 países admitem se preocupar com isso.


Liderança

Gestão de times com novas formas de trabalho e as expectativas em relação à performance diante da crise foi um tema perguntado aos participantes do estudo. Há um abismo de habilidades sociais diante dos desafios da gestão. A liderança, desenvolvimento e aprimoramento de performance precisaram ser conectados com uma gestão da inteligência emocional, principalmente por parte dos líderes.

Quando o estudo analisa as relações entre colaborador e gestão, houve uma piora global. Cerca de 33% dos respondentes que não têm cargos de gestão sentem que estão recebendo o devido reconhecimento por parte de seus chefes; 45% dos não gerentes sentem que seu relacionamento com líderes é bom. No Brasil, a confiança na liderança é especialmente alta, indo na contramão do restante do mundo.

Porém, cerca de 74% dos pesquisados afirma que é importante ter gerentes que promovam a cultura de equipe. Porém, dos que não têm cargos de gestão, apenas 37% dos respondentes sentem que seus líderes estão conseguindo encorajar um bom trabalho, um ambiente engajado e uma cultura colaborativa.

André finaliza falando que o estudo tem o intuito de mostrar como os países ao redor do mundo se adaptaram ao novo modelo de trabalho. "A Adecco tem como objetivo mostrar para líderes, empresas e profissionais de RH que a preocupação com o dia a dia na sua empresa deve ser constante", finaliza.

 

Sete entre cada dez empregos gerados em agosto estavam nas micro e pequenas empresas

Saldo acumulado de vagas de trabalho pelas micro e pequenas empresas, em 2021, é de 1,5 milhão


As micro e pequenas empresas continuam sendo as grandes responsáveis pela geração de empregos no Brasil. De acordo com levantamento feito pelo Sebrae, com base nos dados do Caged, do Ministério da Economia, das 372, 2 mil novas vagas de trabalho criadas, em agosto, os pequenos negócios foram responsáveis por 265,1 mil, o que corresponde a cerca de sete em cada dez novos postos de trabalho abertos no Brasil, nesse período.

O setor de Serviços, um dos mais impactados pela pandemia do coronavírus, foi o responsável por cerca de 46% das vagas de empregos dos pequenos negócios, contratando 119,3 mil trabalhadores, quase o dobro das contratações feitas pelas médias e grandes empresas de Setor que, em agosto, abriram 60,8 mil novos postos de trabalho. Na sequência, aparecem o setor do Comércio com 69,8 mil, Indústria da Transformação (40,6 mil), Construção (30,7 mil) e Agropecuária (2,5 mil), sendo que apenas neste o último o número de novas vagas foi inferior ao das médias e pequenas que abriram 6,7 mil.

De acordo com o presidente do Sebrae, esse é o oitavo mês consecutivo, tantos para os pequenos negócios quanto para as médias e grandes empresas e a Administração Pública, em que houve um saldo positivo. “Todos abriram vagas, mas precisamos destacar que o maior número de empregos gerados pelas micro e pequenas empresas demonstram a sua importância para a economia do país e reforçam a tendência de que elas vitais para a recuperação da nossa economia”, pontua o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

No acumulado do ano, as micro e pequenas empresas figuram com aproximadamente 70% dos postos de trabalho gerados no país. Dos 2,2 milhões de vagas criada nos oito primeiros meses de 2021, mais de 1,5 milhão são dos pequenos negócios, contra 507 mil das médias e grandes empresas.  Quando comparado com o mesmo período do ano passado, os dados do Caged revelam uma recuperação da economia e da criação de empregos no Brasil.

Entre janeiro e agosto de 2020, o saldo de empregos gerados pelos pequenos negócios havia sido negativo, com o encerramento de 524,3 mil vagas e as médias e grandes haviam fechado um pouco mais de 466 mil empregos.  “Os pequenos negócios são os primeiros a sentir os efeitos de uma grande crise, mas também são os primeiros a conseguir se recuperar, inclusive pela sua estrutura mais enxuta. É por isso que é tão importante a criação e manutenção de políticas públicas que incentivem esse segmento”, observa Melles.


Viagens de curta duração são as mais procuradas por viajantes em 2021

Olezzo para Adobe Stock
Dados mostram que viagens entre 4 e 7 dias são as mais procuradas e tiveram crescimento de 5% nas buscas em comparação a 2020

 

Os consumidores têm optado cada vez mais por viagens de curta duração. Isso é o que mostram os dados do KAYAK numa análise comparativa entre 2020 e 2021. Viagens de quatro a sete dias de duração são as que dominam o ranking de buscas do site, representando um total de 37% , tendo um crescimento de 5 pontos percentuais em relação ao ano passado. Logo em seguida no ranking estão as viagens de até três dias de duração, com 31% das buscas, dois pontos percentuais a mais que em 2020.Enquanto isso, houve uma queda na procura por viagens mais longas (acima de oito dias) e uma das causas apontadas para essa mudança pode ser a pandemia, que influencia os viajantes a preferirem viagens com menor tempo de estadia e até mesmo para locais mais próximos. As quedas percentuais foram pequenas, mas essas opções continuam sendo as menos buscadas no metabuscador de viagens.

“Essa análise é um indicativo que as pessoas estão viajando localmente, dando preferência a temporadas mais curtas e próximas de suas casas”, explica Gustavo Vedovato, Country Manager do KAYAK Brasil.

Metodologia: Levantamento calculado com base na busca de voos no KAYAK, considerando o período entre passagens de ida e de volta. Os dados são de Junho/21 a Agosto/21 versus Junho/20 a Agosto/20

 

Com a crescente cobertura vacinal, os turistas brasileiros já estão planejando viagens e a tendência é que o turismo se recupere nos próximos meses. Dados do KAYAK mostram que o Nordeste é a preferência dos viajantes no período pós-pandemia. Entre os destinos mais procurados estão Porto de Galinhas, Gramado, Salvador, Maceió, Porto Seguro e Rio de Janeiro. Para facilitar a escolha dos consumidores, o KAYAK disponibiliza em seu site um guia com os locais em alta.

“No KAYAK, estamos sempre buscando as melhores opções para os viajantes. Compartilhar dados como os destinos em alta no Guia Travel Hacker 2021 - Destinos Possíveis ajuda as pessoas a se decidirem e, o melhor, com todas as faixas de preço e com o cuidado que o momento pede. Seja para lazer ou para trabalho remoto, para revisitar um lugar favorito ou descobrir um novo destino, o Guia tem um pouco de tudo”, comenta Vedovato.

 


KAYAK

 www.KAYAK.com


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