Pesquisar no Blog

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Sociedades que envelhecem oferecem mais vantagens aos homens do que às mulheres, segundo estudo internacional


As diferenças de gênero no envelhecimento social favorecem os homens em relação às mulheres, o que sugere que os homens têm melhores recursos para ajudá-los a enfrentar os desafios do envelhecimento. A análise internacional, publicada na revista The Lancet Healthy Longevity, é a primeira do tipo a investigar diferenças de gênero na experiência de envelhecimento de pessoas idosas em 18 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O estudo revela que diferentes papéis de gênero na sociedade não apenas moldam as oportunidades de vida de mulheres e homens, mas também sua experiência de envelhecimento. Os homens são especialmente favorecidos em termos de renda e riqueza, são muito mais propensos a ter segurança financeira, ter trabalho remunerado e passar menos anos com problemas de saúde do que as mulheres na velhice.

Em todo o mundo, o número de pessoas com 65 anos ou mais deve mais do que dobrar nos próximos 30 anos, passando de 703 milhões em 2019 para 1,5 bilhão em 2050. Enquanto as mulheres nos países da OCDE têm uma expectativa de vida média de mais de três anos mais do que os homens, eles passam mais anos com problemas de saúde. Embora a maioria dos países da OCDE tenha alcançado a cobertura universal de saúde, o risco desproporcionalmente maior de deficiência e problemas de saúde nas mulheres aumenta a probabilidade de necessitarem de cuidados de longo prazo. As mulheres também ganham menos e têm maior probabilidade de viver sozinhas no final da vida.

"As sociedades envelhecidas reforçam as normas de gênero prevalecentes nas quais os homens continuam a receber a maioria das oportunidades, recursos e apoio social", diz a autora principal, Dra. Cynthia Chen, da Universidade Nacional de Cingapura. "Com o envelhecimento da população mundial a uma taxa sem precedentes e a expectativa de aumento da proporção de mulheres idosas em relação aos homens, há uma necessidade urgente de desafiar os preconceitos estruturais e políticos que favorecem os homens".

O autor sênior, Professor John Rowe, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, acrescenta: "As desigualdades com base na renda sugerem um amplo espaço para melhorar a posição das mulheres no trabalho remunerado, nas oportunidades de emprego e na renda de aposentadoria. Abordar essas disparidades de gênero não beneficiará apenas a sociedade, aumentando a longevidade das mulheres, poupança de prazo e segurança na velhice, mas também pode permitir que as mulheres vivam mais independentemente e com melhor saúde. E pode ter efeitos positivos para a próxima geração, reduzindo a carga de cuidados informais não pagos por mulheres mais jovens".

Os países variam amplamente em suas políticas e serviços para apoiar o bem-estar dos idosos, mas pouco se sabe sobre as diferenças na experiência do envelhecimento para homens e mulheres, apesar das diferenças substanciais de gênero na expectativa de vida e papéis sociais.


Medindo o impacto da sociedade na qualidade do envelhecimento

Para resolver isso, os pesquisadores usaram os dados mais recentes disponíveis da OCDE e do Banco Mundial entre 2015 e 2019 para 18 dos 35 países da OCDE com dados suficientes, para desenvolver um índice de envelhecimento específico de gênero e estimar o grau em que uma sociedade permite um envelhecimento bem-sucedido para homens e mulheres.

O novo índice é responsável por cinco domínios que captam fatores sociais e econômicos que afetam a qualidade do envelhecimento: bem-estar (viver mais tempo com boa saúde e satisfação com a vida); produtividade e engajamento (engajamento produtivo na sociedade por meio de trabalho remunerado ou voluntariado); equidade (como os recursos são distribuídos igualmente pela população idosa, particularmente dinheiro e educação); coesão (quão bem os idosos são integrados nas sociedades, incluindo a provisão de apoio social e não vivendo sozinhos); e segurança (tanto a segurança financeira quanto o grau de segurança física percebido pelos idosos).

Os pesquisadores calcularam o índice geral e as pontuações de domínio individual (de 0 a 100) para homens e mulheres, e compararam essas pontuações entre gêneros e países, com uma pontuação mais alta indicando um envelhecimento bem-sucedido da sociedade.

Os resultados sugerem que as diferenças de gênero no envelhecimento da sociedade favorecem os homens em uma média de 9 pontos em relação às mulheres.

No geral, os países do norte da Europa (ou seja, Dinamarca, Suécia, Finlândia e Noruega), Holanda e Japão se saem bem para ambos os sexos (pontuação do índice geral de 66 ou mais para homens contra 55 ou mais para mulheres), enquanto países do leste e do sul da Europa estão na parte inferior da classificação (por exemplo, Hungria, Polônia e Eslovênia, pontuação geral 38 ou menos contra 31 ou menos). O desempenho geral dos EUA é médio (pontuação 55 para homens vs 47 para mulheres), junto com outras nações industrializadas da Europa Ocidental, como o Reino Unido (57 vs 47) e Alemanha (62 vs 51).

Os países com as maiores diferenças nas pontuações entre homens e mulheres foram a Holanda (pontuação do índice geral 70 para homens contra 55 para mulheres), Áustria (64 x 51), Itália (51 x 39) e Dinamarca (70 x 59). Polônia (pontuação do índice geral 32 para homens contra 29 para mulheres), Espanha (55 x 51) e Irlanda (62 x 56) têm a menor diferença entre homens e mulheres.

Os autores reconhecem que suas descobertas mostram diferenças observacionais ao invés de evidências de causa e efeito. Eles apontam algumas limitações inerentes à metodologia, incluindo que o estudo foi transversal e, portanto, não pôde identificar tendências ao longo do tempo, e que os dados gerais da população foram usados ​​sempre que havia dados insuficientes comparáveis ​​desagregados por gênero ou quando os dados eram apenas disponíveis a nível de país e não a nível individual.

Eles também apontam que diferentes sociedades irão valorizar diferentes aspectos do envelhecimento, o que significa que haverá diferenças inerentes em suas pontuações. Finalmente, eles observam que os resultados do estudo refletem diferenças entre as economias desenvolvidas, portanto, a generalização dos resultados para indivíduos mais velhos em países de baixa renda é incerta.

 


Rubens de Fraga Júnior - professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: Chen, C., Maung, K., Rowe, J. W., Antonucci, T., Berkman, L., Börsch-Supan, A., ... & Zissimopoulos, J. (2021). Gender differences in countries' adaptation to societal ageing: an international cross-sectional comparison. The Lancet Healthy Longevity, 2(8), e460-e469.


É bom não ser filho único? Conheça cinco mitos e verdades sobre ter um irmão


Ter um irmão pode não ser a tarefa mais fácil do mundo, mas também é algo que pode moldar sua personalidade e forma de se relacionar com os outros; a psicóloga Vanessa Gebrim, especialista em Psicologia Clínica pela PUC de SP, explica sobre a relação entre irmãos e lista alguns mitos e verdades sobre o tema

 

Quem tem um irmão sabe que estará ligado a ele por toda a vida. Mas, às vezes, é normal que a relação de irmãos não seja a das mais fáceis e apresente alguns conflitos. Além disso, para um grupo de três irmãos, a situação pode ser ainda mais delicada. Existem alguns conflitos que podem permear a relação, como “a síndrome do irmão do meio”, ou a crença que muitos têm de que os irmãos mais velhos são líderes naturais. Um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences não conseguiu descobrir um padrão claro de personalidade que corresponda à ordem do nascimento, entretanto há evidências de que irmãos moldam a personalidade um do outro.

 

Muitas pessoas acreditam que, em uma relação de três irmãos, o irmão do meio pode ser o que vai dar mais problemas. De acordo com a psicóloga Vanessa Gebrim, especialista em Psicologia Clínica pela PUC de SP, o filho do meio pode acabar se sentindo substituído com o nascimento do irmão mais novo. “Muitas vezes, os irmãos do meio se sentem menos importantes e não recebem a atenção suficiente dos pais. Existem alguns casos em que eles podem ser os que menos causam problemas entre os irmãos ou podem ser rebeldes por não receberem a devida atenção dos pais. É normal que os irmãos do meio costumem se destacar por diversas características e, às vezes, procuram ser mais brilhantes que o mais velho e mais espirituoso que o caçula”, explica.

 

Quando se tem um ou mais irmãos, também é costumeiro que a personalidade seja moldada baseada nessas relações. ”É muito importante a relação afetiva entre irmãos desde criança até a fase adulta. Ela permite que treinem desde cedo o comportamento social e emocional, além das questões de vínculos e sobre como se relacionar com os outros. Isso é positivo, pois a criança aprende a lidar com conflitos e frustrações. As pessoas que têm irmãos acabam aprendendo maneiras de controlar as emoções na vida e também melhoram sua habilidade de relacionamento”, complementa Vanessa.

 

É importante ressaltar que brigas entre irmãos também são algo comum e podem acontecer por uma série de motivos diferentes. “Os conflitos acontecem por conta das personalidades, ciúmes, habilidades socioemocionais e, às vezes, por conta do ambiente familiar. É necessário que, desde o início, os pais tratem todos os filhos de forma igual e sempre evitando comparações. Aqueles que não souberem gerir suas emoções e estabelecer boas relações com todos os filhos podem ter problemas no futuro. Além disso, não se deve rotular papéis de culpado e vítima em brigas. É preciso promover um diálogo entre esses irmãos, contribuindo para uma relação afetiva entre eles”, entende.

 

Além de tudo, existem alguns mitos que percorrem a relação entre irmãos. Pensando nisso, a psicóloga lista e esclarece alguns. Confira:

 

1.  Os pais devem tratar cada filho de uma forma diferente

MITO. “Quando os pais tratam os filhos de forma diferente acabam dirigindo a essas crianças quantidades diferentes de afeto positivo. Isso faz com que elas acabem se comparando, o que acaba tornando as relações entre os irmãos mais conflituosas e menos amistosas. Mas, isso também só ocorre quando as crianças percebem a sua diferenciação”, explica a psicóloga.

 

2. Existem vantagens em ter irmãos

VERDADE. “Há muitas vantagens em ter irmãos, como compartilhar e dividir coisas, ter uma companhia para poder jogar, fazer piadas e brincadeiras. Tudo isso ajuda, de forma lúdica, as crianças se sentirem incluídas. Além disso, um irmão pode servir de referência quando é admirado, ajudando o outro também a se inspirar em vários aspectos da vida”, diz.

 

3.  Faz bem o filho mais velho ter mais responsabilidade

MITO. “As responsabilidades exageradas desde cedo, podem criar uma angústia, uma sensação de que a criança precisa dar conta das situações e tarefas em casa. O mais velho sente isso, então caso não realize tudo perfeitamente, pode acabar causando um sentimento de culpa e inúmeros conflitos internos”, entende Vanessa.

 

4. Pode existir diferença entre o irmão mais velho e o caçula?

VERDADE. “As diferenças acabam acontecendo por conta do comportamento de cada um. Além de ser conhecido como o mais responsável, o primogênito tende a ser o mais conservador. Geralmente, eles costumam enfrentar os pais em alguma situação injusta. Já o caçula pode se converter em uma criança independente e de personalidade forte e também pode ser o que sai primeiro da casa dos pais. Em outros casos, os caçulas podem se tornar um pouco dependentes por conta do excesso de mimos e atenção, o que faz com que eles não saibam lidar tão bem com as frustrações”, complementa.

 

5. Todo filho único é problemático

MITO. “Não existe nada que comprove que o filho único causará problemas somente por conta disso. Tudo é questão do relacionamento por parte dos pais. Quando bem criados, os filhos únicos podem desenvolver um ótimo desempenho escolar e também um melhor vocabulário comparado com outras crianças, justamente por conviverem com adultos. Além disso, ter a atenção dos pais pode ajudar na autoestima da criança. O importante é que os pais não sobrecarreguem o filho com expectativas e exigências demais, para não acabar afetando o comportamento e bem-estar deles”, conclui a psicóloga.

 

7 erros de postura cometidos nos serviços domésticos

Primeiramente, é bom dizer que homens e mulheres podem cometer esses erros posturais ao cuidarem da casa e dos serviços domésticos.


E, cuidar do serviço doméstico, não é fácil! Em tempos de pandemia, organizar, limpar e cozinhar tem sido atividades rotineiras para muitas pessoas, que antes trabalhavam fora ou que tinham alguém para ajudar nas tarefas do lar.


O que quase ninguém imagina é que ao realizar tarefas domésticas, a maioria das pessoas adota posturas que podem elevar a chance do aparecimento de dores na coluna, no pescoço, nas pernas e nos ombros.


Conforto na postura

Segundo a fisioterapeuta Walkiria Brunetti, especialista em RPG e Pilates, ao longo da vida, assumimos posturas que nos deem mais conforto ao realizarmos determinados movimentos.

“Todavia, a comodidade nem sempre é saudável para a saúde musculoesquelética. Quanto mais confortável a postura estiver, maior é o risco de um vício postural se instalar”, alerta a especialista.

“Normalmente, as pessoas atribuem os vícios de postura ao trabalho ou à escola, por exemplo. Porém, adotamos posturas erradas o tempo todo, inclusive quando realizamos serviços domésticos.”, comenta Walkíria.

Com a ajuda da especialista, vamos falar dos 7 principais vícios posturais de quem cuida das tarefas domésticas, homens e mulheres, e como corrigir essas posturas para prevenir dores e lesões.



1- Varrer, aspirar, passar pano no chão...

Aspirar, varrer e passar pano. Essas atividades, comuns no dia a dia doméstico, podem ser vilãs da saúde musculoesquelética. Em geral, a tendência é abaixar-se, jogando o tronco para frente. Porém, essa curvatura pode gerar dores lombares e na cervical, pois sobrecarrega as articulações da coluna.

Como corrigir essa postura?

Escolha vassouras ou rodos com cabos mais altos. Ao usá-los, mantenha a coluna ereta. No caso dos aspiradores, procure flexionar os joelhos ao curvar-se para utilizá-lo.

Quando for possível, procure deixar o tubo do aspirador mais alto, para evitar a flexão de tronco. Nesse grupo temos ainda as pás de lixo. Compre, preferencialmente, as que têm o cabo mais longo. Com isso, evita-se a inclinação do tronco até o chão na hora de recolher o lixo.


2- Lavar louça

Há quem deteste lavar louça, mas é inevitável! O problema é que no Brasil, não há muito padrão quando o assunto é a altura da pia da cozinha. Algumas podem ser altas, outras baixas demais. Uma medida que pode ser usada é a seguinte: em média, a altura do chão até a pia é de 88 a 90 cm. Essa medida é ideal para quem tem até 1,60 cm.

Como corrigir a postura?

Uma dica importante é sempre manter a coluna ereta. Evite abaixar muito o tronco e o pescoço. Quando a pia é muito alta, procure usar uma espécie de piso elevador, que pode ser um banquinho, uma madeira etc. Quando a pia tem uma boa altura, e mesmo assim há dor nas costas, pegue um pote de sorvete e descanse uma perna por vez.

Essas dicas valem para qualquer atividade que seja realizada na pia da cozinha ou para balcões que tenham essa mesma altura.


3- Levantar objetos do chão

Esse é um movimento clássico no dia a dia da maioria das pessoas. Abaixar-se para pegar uma criança no colo, uma caixa, um objeto que caiu, uma panela embaixo da pia. E quase todo mundo agacha sem dobrar os joelhos. Nunca faça isso!

Como corrigir essa postura?

É fácil! Quando for se abaixar, dobre os joelhos devagar, com os pés afastados e a coluna reta. Quando for se levantar, carregue o bebê ou o objeto próximo ao corpo.



4-Escolher feijão

Esse é um hábito bem brasileiro, já que o feijão é parte da alimentação da maioria da população. E saiba que também há um jeito certo para evitar dores no pescoço e nas costas. 

Como corrigir essa postura?

O ideal é tentar elevar um pouco o escorredor para não fazer tanta flexão no pescoço, como, por exemplo, fazemos com o celular. Caso faça isso na mesa da cozinha, coloque algum objeto embaixo do escorredor para não abaixar tanto a cabeça. A mesma dica vale se for escolher o feijão na pia da cozinha ou em um balcão.



5- Rotação do tronco

Imagine a cena: você precisa pegar um tempero na pia que está do seu lado. Você está de frente para a pia. Ao invés de girar todo o corpo para o lado em que o objeto se encontra, você vira apenas o tronco. Errado! Isso pode causar dores na região lombar, principalmente.

Como corrigir essa postura? Para movimentos de rotação, o melhor é fazer um movimento mais global, evitando a torção da coluna, principalmente lombar. Ou seja, gire o corpo todo e não apenas o tronco.



6- Passar roupa
Passar roupa é um hábito bem brasileiro, mas quase em desuso. Mas, para quem gosta das roupas bem engomadas, saiba que essa atividade também pode gerar dores no pescoço e nas costas.

Como corrigir essa postura?
Para passar roupas, o melhor é que a tábua não seja tão baixa. Opte pelas mais altas, se possível, aquelas com regulagem, pois isso vai ajudar a adaptar à altura. Cuidado para não flexionar tanto o pescoço. Para evitar dores na região lombar, utilize a ideia do pote de sorvete para descansar a perna. Lembre-se de alternar, ou seja, descanse as duas pernas por igual.



7- Pegar objetos no alto
Com apartamentos cada vez menores, o espaço precisa ser aproveitado por completo. Com isso, os móveis planejados podem ir até o teto ou serem altos demais. Portanto, pegar utensílios de cozinha ou roupas no alto faz parte do dia a dia de uma casa. Mas, até nesse movimento podemos nos machucar. A postura clássica é esticar ao máximo os braços e ficar na ponta dos pés! Não faça isso!

Como corrigir essa postura?
Quando precisar pegar objetos no alto, use uma pequena escada ou banquinho, pois o movimento de elevar os ombros acima da cabeça, feito com com muita frequência, pode gerar a síndrome do Impacto do Ombro ou tendinite dos músculos do Manguito Rotador.


Porém, tome cuidado para não cair da escada. Caso não tenha muito equilíbrio, ou sofra com labirintite e vertigem, procure deixar os utensílios que mais usa em locais mais baixos.

“Uma dica importante é aumentar a consciência corporal durante os movimentos do dia a dia. Atividades como o Pilates e a Reeducação Postural Global (RPG), podem contribuir para melhorar a postura, bem como reduzir dores, melhorar o equilíbrio e fortalecer a musculatura que sustenta a coluna”, finaliza Walkíria.

53% dos solteiros brasileiros acham que sexo é essencial para um relacionamento

Pesquisa do app de paquera happn com usuários brasileiros revela a relevância do sexo em um relacionamento e como a pandemia afetou a rotina sexual deles


Sexo é um assunto que desperta o interesse e a curiosidade de muita gente, especialmente dos solteiros. Não é à toa que dizem que ‘sexo é vida’. E com a chegada do dia 6 de setembro, o Dia do Sexo, o happn, um dos maiores apps de paquera do mundo, fez uma pesquisa com mais de dois mil usuários brasileiros da plataforma para entender o que eles pensam sobre assunto e como a pandemia afetou a rotina sexual deles.

Saiba mais:


Sexo é superestimado?

Há quem ache, mas não é o caso de 53% dos usuários brasileiros do happn, que afirmaram que o sexo é um pilar essencial em um relacionamento. Em adição, 44% afirmou que a prática representou 50% da saudabilidade de seus relacionamentos passados.

Além disso, 15% afirmou que a relação sexual ajuda a esclarecer se a relação com o Crush vai passar para um próximo nível (relacionamento sério) ou permanecer apenas na amizade.


O que mais agrada

Sexo é algo extremamente íntimo e, por isso, cada um tem a sua parte preferida da diversão. Mas, não se pode negar que as preliminares são, de modo geral, a parte mais gostosa da relação, pelo menos para 63% dos solteiros brasileiros que usam o happn para conhecer os Crushes. O ato em si vem em seguida, sendo a parte preferida de 22% deles. E o pós, cheio de carinhos e conversas, fecha o ranking para 15%.


Os melhores lugares

Dizem que tudo o que é espontâneo é mais gostoso, não é? E quando o assunto é o melhor lugar para se ter uma relação sexual, a espontaneidade também é bem vinda. De acordo com 55% dos solteiros brasileiros, qualquer lugar é lugar para transar: bateu o tesão, bora! Em segundo lugar (30%), a tradicional cama. Em terceiro, os lugares "inusitados", como praia, garagem, escada e ônibus/avião, são os melhores para 11% terem uma noite (ou dia) de prazer.


O impacto da pandemia na vida sexual dos solteiros

A pandemia de Covid-19 pegou o mundo de surpresa, obrigando as pessoas a mudar comportamentos, especialmente a forma de se relacionar com outras pessoas. E isso afetou diretamente os solteiros. A pesquisa do happn mostrou que as restrições trazidas pela pandemia impactaram a vida sexual de 71% dos solteiros brasileiros: 37% transaram menos nesse período, 22% não tiveram nenhuma relação sexual no primeiro ano de pandemia e 12% criaram novos hábitos para terem prazer na pandemia, apostando em sexo virtual. Outros 28% afirmaram que a pandemia nada afetou em suas rotinas sexuais: continuaram se encontrando com outros solteiros normalmente.


O sexo na retomada da normalidade

Apesar da vacinação contra a Covid ainda estar engatinhando em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil, aos poucos, a vida cotidiana vai voltando aos trilhos - assim como a vida sexual dos solteiros brasileiros. Para 54% deles, hoje, a rotina sexual ainda não está como gostariam, ainda não estão transando o quanto gostariam, enquanto 29% disseram já estar satisfeitos com a vida sexual, pois aprenderam a se divertir sozinhos.


Afinal, o que representa o Dia do Sexo?

Um dia para chamar de seu? Sim, o Sexo também tem! Não é por acaso que 6/9 é o Dia do Sexo, esse dia sugestivo foi criado em 2008 após uma ação comercial de uma marca de preservativo. Anos depois, essa data marca o calendário e é celebrada como uma homenagem ao prazer de se autoconhecer.

Estudos comprovam que a atividade sexual traz benefícios para a saúde e o organismo, então, nada melhor do que comemorar o Dia do Sexo, praticando. Seja sozinho ou acompanhado, Natali Gutierrez e Renan de Paula - da Dona Coelha - dão dicas para festejar em grande estilo.

“O sexo faz parte da nossa vida e para aproveitar cada momento é essencial estar preparado para que as experiências e os resultados sejam positivos. Minha principal dica é não ter medo, é se entregar de verdade e deixar a energia da sexualidade fluir”, afirma Natali.

Para ajudar, Natali listou algumas dicas especiais para o dia 6/9 ser inesquecível:

1 - Experimentar novas posições afim de sentir orgasmos e sensações diferentes;

2 - Praticar o goinage (técnica para obter prazer sem penetração) para vivenciar a potência orgástica do nosso corpo e entender que sexo não se resume a penetração;

3 - Curtir a data em estilo, praticando um maravilhoso 69 com novas possibilidades, seja com um óleo beijável ou um vibrador para deixar tudo mais quente e intenso;

Segundo Renan, “o mais importante é estar bem consigo mesmo para que, na hora do sexo, medos e as angustias fiquem em segundo plano e deem espaço para o prazer”. Para dar mais espaço, o especialista compartilha caminhos que podem ser traçados para chegar a realização sexual.

“Minha sugestão é sempre que possível fazer uma análise de como se sente dentro do relacionamento que está vivendo. Se está feliz, se tem algo que não gosta e o que poderia melhorar. Esses questionamentos são fundamentais e, quando respondidos, abrem novos caminhos na sua vida sexual”, completa.

Além disso, liberte-se dos estigmas. “Se permita realizar fetiches, que muitas vezes ficam guardados na gaveta, e aproveite o Dia do Sexo com intensidade e prazer”, finaliza.

 


https://www.donacoelha.com/


No Dia do Sexo, taróloga Maria do Sol ensina simpatias para deixar a relação mais apimentada ou atrair aquela pessoa

Vão resgatar o desejo dos casais, intensificar a vida sexual de quem precisa e ampliar o poder da sedução’


No dia do 06 de setembro é comemorado o Dia do Sexo e nada melhor do que aproveitar uma data especial e dar um up na relação. Com a correria do dia a dia, é normal que o relacionamento dê uma certa esfriada, o cansaço bata e constância do sexo diminua. Mas este tipo de problema não significa o fracasso da relação. A taróloga e cartomante Maria do Sol, também conhecida na internet como Magia do Sole, conta que algumas simpatias podem ser grandes aliadas da vida sexual. 

 

“A força da ajuda espiritual é capaz de grandes feitos desde que feita com fé e acreditando no seu poder pessoal. As simpatias vão resgatar o desejo dos casais, intensificar a vida sexual de quem precisa e ampliar o poder da sedução”. 

 

Maria do Sol esclarece ainda que as simpatias servem tanto para quem é comprometido quanto para os solteiros, que estão precisando de uma “ajudinha” para conquistar aquela pessoa. Confira: 

 

1) Se você for ter um encontro, coloque um pouco de canela em pó nas mãos e passe nas partes íntimas, ou então, acenda incensos de canela no ambiente. A pessoa vai se sentir atraída por você. A canela é dotada de um aroma adocicado, muito usada para compor fragrâncias femininas. Por isso, aumenta o poder de sedução, estimula os desejos sexuais e restabelece a autoconfiança.

 

2) Pegue o seu perfume e passe do pescoço até o umbigo, em seguida, passe de um lado ao outro dos seios, pensando na pessoa e use sempre este perfume com essa pessoa. 

 

3) Acenda um incenso de canela e escreva o nome do seu parceiro ou de quem você deseja atrair, com lápis. Depois, queime o papel e quando acabar, reúna os restos do papel com as cinzas do incenso, pedindo que a sensualidade fique mais forte entre vocês. Quando ver a pessoa, assopre ao vento, pedindo sempre amor e paixão para vocês. 

 

4) Em uma panela, coloque água, uma maçã cortada em quatro pedaços, o nome da pessoa que você deseja que se sinta atraída por você, ou nome do seu parceiro (a), escrito em um papel, acrescente um pouco de canela em pó e um pouco de açúcar. Deixe ferver e desligue o fogo. Em seguida, coloque as pétalas de duas rosas e o perfume que você mais usa. 

 

Aposte em pedras 

As pedras te protegem do que você não deseja e atraem coisas boas. Todas as pedras vermelhas são associadas ao desejo e a paixão, aos impulsos e a atração. 

Já a cornalina é uma pedra do chakra umbilical e ativa a criatividade, a sensualidade, a confiança e a paixão dentro de nós. Acende os fogos da paixão e do desejo, e essa pedra também é usada para liberar apegos emocionais do passado.

 

 

Maria do Sole

www.magiadosole.com/

www.instagram.com/magia_do_sole/

www.facebook.com/mariadosolcartomanzia

www.youtube.com/channel/UCaaA2H5aXWO_K_BfjMjSxmQ


Quais os benefícios de morar em uma cidade do litoral?

Qualidade de vida, diminuição do estresse e até mesmo aumento de serotonina são alguns dos principais privilégios em viver próximo à praia


Uma pesquisa realizada pela Lello Condomínios mostra que houve um aumento no número de moradores que foram passar o isolamento no litoral ou no interior de São Paulo. Segundo o estudo, 49% dos profissionais que trabalham em condomínios notaram um crescimento no número de moradores que deixaram a capital. Para 52%, também cresceu a quantidade de pessoas que foram para suas segundas casas no litoral. Mas o que está acarretando esse fenômeno? Trabalhar de home office no litoral ajuda na saúde mental?

Segundo a psicóloga clínica e hospitalar do HCSG Marli Cunha, os benefícios de se morar em uma cidade litorânea são muitos. Estudos como de Lora Fleming, da Universidade de Exeter, na Inglaterra, comprovam que a praia ajuda no auxílio de nossa saúde como um todo. Isso ocorre porque o córtex pré-frontal é ativado em contato ao som do oceano, pois essa área do cérebro está associada às emoções e autorreflexão.

"As ondas do oceano e os íons negativos que elas produzem aceleram a nossa capacidade de absorver oxigênio e ainda equilibram nosso nível de serotonina, substância química responsável por equilibrar nosso humor e sensação de prazer. Além disso, temos o estímulo auditivo, visual e sensitivo quando pisamos na areia e observamos o mar, a fauna e flora o que nos conecta ao meio ambiente" explica a especialista.

Segundo a psicóloga as vantagens são:

• Menos estresse e mais qualidade de vida;

• Ambiente propício para atenuar problemas respiratórios e aumentar as defesas imunológicas;

• Maior possibilidade de exposição ao sol;

• O som do mar é terapêutico;

• Mais probabilidade para a prática de atividade física e lazer.

Para Cunha, o estresse da cidade grande prejudica a saúde mental devido ao cotidiano e ao meio em que se vive, mesmo levando em consideração de que há uma quantidade maior de parques e áreas verdes e mais lazer em relação às cidades do litoral.

Já a prática de exercícios na praia, como o caminhar, no qual o contato com a areia diminui o impacto ao andar, auxilia nas articulações, e favorece a troca energética. "A prática de esportes estimula a produção de endorfina, o hormônio do prazer, o que traz vários benefícios ao corpo, como a sensação de relaxamento do organismo e o alívio de dores. Temos outras opções também como os passeios de bicicleta na orla ou até mesmo nas encostas, além das trilhas e praias pouco visitadas", complementa.

Por isso, tirar um tempo para ir a uma cidade litorânea e observar o mar pode ser um restaurador da paz e equilíbrio mental, pois os ruídos das grandes cidades (carros, moto, aviões entre outros) podem acionar hormônios como cortisol, chamado também de hormônio do estresse.

"O mar nos estabiliza segundo a neurociência. Já nas cidades litorâneas, há a melhor qualidade do ar e, consequentemente, uma melhoria na respiração, na recuperação de doenças respiratórias, na melhor absorção de vitamina D. Vale ressaltar também que a água do mar com altos níveis de minerais agem de forma terapêutica, desintoxicam, reduzem os níveis de cortisol e aumentam os níveis de serotonina. E o melhor de tudo, é que ocorre de forma natural", finaliza a especialista.

 

Hospital Casa de Saúde Guarujá


Atividade física também retarda avanço da degeneração do cérebro de quem já tem a doença

Meia hora, cinco vezes por semana. Esta é a quantidade de tempo que se deve investir em exercícios físicos para prevenir a perda de memória causada pela doença de Alzheimer (DA), que afeta hoje cerca de 40 milhões de pessoas no mundo, 1,2 milhão somente no Brasil. A recomendação é do professor Mychael Lourenço, do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Estudos mostraram que incorporar estes exercícios, controlar a alimentação, consumir álcool de forma moderada e não fumar reduzem as chances de desenvolver Alzheimer em até 50%, em média", diz.

Lourenço vai falar sobre os benefícios dos exercícios para frear o avanço do Alzheimer durante o evento UFRJ+100, que, durante os dias 8,9 e 10 de outubro, irá reunir pesquisadores da universidade para debater, de forma on-line e aberta a todos, temas de interesse da atualidade (conheça a programação em ufrjmais100.forum.ufrj.br). Ele foi um dos pesquisadores que, em 2019, revolucionou o que se sabia sobre a perda da memória decorrente da DA. Junto de Fernanda De Felice e Sergio T. Ferreira, descobriu que um hormônio chamado irisina, normalmente produzido pelos músculos após exercícios, também surgia no cérebro após a prática física. E que a substância era capaz de proteger as sinapses (falhas de comunicação entre neurônios), favorecendo a manutenção das memórias.

A descoberta, realizada a partir de experimentos com camundongos, abriu caminho para pesquisas com humanos e para a possibilidade de desenvolvimento de medicamentos à base de irisina para idosos que não consigam usufruir dos benefícios da prática de exercícios. Como a DA é silenciosa antes do início dos sintomas e de difícil prevenção, o trabalho e ganhou a atenção de pesquisadores de outros países.

- Existem componentes genéticos que aumentam o risco para Alzheimer, mas, mesmo nestes casos, o exercício físico é benéfico - diz Lourenço, lembrando que a doença costuma chegar a partir dos 65 anos e acomete mais mulheres do que homens, na proporção de 2/3 para 1/3.

Para quem se animou, o pesquisador dá um lembrete importante. Segundo ele, exercício não é cura. Depois que os sintomas aparecem, o Alzheimer é praticamente irreversível.

- O cérebro já está em degeneração, mas o que se pode conseguir é um progressão mais lenta da doença - diz, ensinando a diferenciar a perda de memória ocasional da causada pela doença. - Outras razões, doenças e circunstâncias da vida podem levar a u, comprometimento cognitivo leve, causado por estresse, depressão, dentre outras. O problema, que pode indicar Alzheimer, é a perda da memória progressiva, aquela que atrapalha continuamente as atividades cotidianas.


O Guarda do Meu Irmão

O Guarda do Meu Irmão "Perguntou, pois, o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Respondeu ele: Não sei; sou eu o guarda do meu irmão?" (Gênesis 4:9)

 

            Este diálogo travado entre Deus e Caim, logo após este ter assassinado seu irmão Abel, mostra a natureza ciumenta e egoísta de Caim; um coração rancoroso e automutilado por ter tido sua oferta recusada pelo Senhor. Não quero entrar no mérito do porquê da oferta ter sido recusada, mas pôr o foco sobre a reação de Caim. Ficar triste seria algo natural e, caso fosse somado a uma atitude de humildade, teria sido uma grande oportunidade de crescimento espiritual para ele. Se tão somente ele tivesse se quebrantado, tudo teria sido diferente. Como disse o Senhor, “se procederes bem, não serás aceito?” (v. 7). Mas Caim preferiu dar lugar ao ódio e à ira (que jamais opera a glória de Deus) e matar seu irmão, cuja oferta havia sido aceita perante ao Pai.

Por que é mais fácil nos identificarmos com as pessoas necessitadas, alquebradas e miseráveis do que com as que obtiveram algum sucesso, honra ou atingiram algum nível maior de prosperidade?

Talvez, a resposta esteja no comportamento de Caim que é o mesmo da natureza humana desde a Criação. Ao ver o irmão prosperar em sua oferta e ele mesmo ter sido preterido, em vez de despertar em Caim um sentimento de alegria fraternal, produziu efeito reverso, gerando despeito e inveja, culminando com o assassinato. Eu me pergunto quantos cristãos hoje matam seus irmãos em seu interior com o mesmo sentimento. Não o podendo fazer fisicamente, assassinam-nos com palavras e atitudes, riscando seus nomes de seus corações.

Fosse Caim um fiel guarda, o assassinato de Abel jamais teria ocorrido. Em vez de se tornar inimigo, teria se unido a seu irmão com júbilo por sua oferta ter sido aceita. Por esse ato de humildade, teria aprendido como ofertar de modo agradável ao Senhor. No lugar de morte, teria havido edificação para ambos e o nome do Senhor teria sido glorificado.

O chamado de Deus para nós é termos uma atitude contrária a de Caim em relação a nosso próximo. Devemos guardá-lo do mal, sustentá-lo em intercessão, vigiar contra os ataques inimigos, ajudá-lo quando preciso e, por fim, regozijar-se com ele em suas conquistas. Se assim agirmos, estaremos entregando ao Senhor uma oferta tão suave e tão agradável como foi a de Abel, todos serão abençoados e, o mais importante, o nome do Senhor será exaltado.

É interessante que, na sequência do texto de Gênesis, o Senhor não responde à pergunta feita por Caim. Nem precisava. A resposta está implícita e ecoa por todas as páginas da Bíblia: Sim, eu sou o guarda do meu irmão!

 


Getúlio Cidade - estudioso do hebraico, tradutor e escritor do livro A Oliveira Natural: As Raízes Judaicas do Cristianismo. Site do autor: www.aoliveiranatural.com.br


Confira AQUI o release do livro "A Oliveira Natural - as raízes judaicas do crisrianismo". 


 

Risco de suicídio aumenta em tempos de Covid-19, alerta o Seconci-SP

Isolamento social prolongado, medo do desemprego e de contrair a doença são gatilhos para as pessoas que sofrem de depressão e têm pensamentos de morte

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama. Por ocasião da campanha do Setembro Amarelo e do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (10/9), a psiquiatra do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), dra. Amara Alice Darros, alerta sobre o agravamento dos riscos em tempos de pandemia.

“O isolamento social prolongado, o medo de contrair a doença, perdas familiares, crises conjugais e as questões socioeconômicas advindas dessa pandemia mundial são gatilhos que podem levar uma pessoa, que sofre de depressão e ansiedade, a ver o suicídio como única solução para se livrar de todo esse sofrimento. E há aqueles casos também de pessoas que passaram a apresentar quadros de depressão e pânico, em decorrência desse cenário de pandemia”, afirma dra. Amara.

Infelizmente, ainda há um estigma em se falar sobre esse assunto, que é recoberto de preconceito, assim como a ida ao psiquiatra, considerado “médico de louco”. “A triste consequência é que muitas pessoas sofrem de problemas de saúde mental e ficam sem o tratamento adequado por isso. Este é um tema delicado e não se deve julgar ou criticar e sim acolher e orientar a pessoa a procurar ajuda especializada”.

A dra. Amara destaca que é preciso falar abertamente sobre o suicídio, visando conscientizar a população e assim conseguir reduzir os índices. Para se ter ideia, esta é a segunda causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos, ficando atrás apenas dos acidentes de trânsito.

Outro mito é o de que o paciente ficará dependente das medicações. “Estamos falando de um tratamento como qualquer outro e, o mais importante, assim como ocorre em casos de diabetes e hipertensão, a pessoa não pode suspender a medicação por conta própria. Só o médico poderá avaliar quando é o momento de fazer uma retirada progressiva dos medicamentos”, orienta.

A psiquiatra ressalta que as pessoas não são culpadas de ter esses pensamentos de morte. “Trata-se de uma disfunção neuroquímica, um processo inflamatório do sistema nervoso central, que leva a uma disfunção hormonal, podendo estar associado à história familiar e à memória genética”.

A especialista lembra que o Seconci-SP conta com equipe médica preparada para atender esses pacientes. “Temos também dois grupos de apoio, composto por equipe multidisciplinar, um voltado para dependentes químicos e outro para pessoas que sofrem de ansiedade e depressão. Essa interação entre os participantes é muito rica e traz formas de lidar melhor com esses problemas”.

Porém diante de uma situação crítica e emergencial, a recomendação é se dirigir a um pronto-socorro, que disponha de psiquiatra ou ligar para o Centro de Valorização da Vida (CVV), no número 188.

Setembro amarelo: cresce o número de casos de ansiedade e depressão entre os brasileiros

 Piora na saúde mental pode ser reflexo dos efeitos negativos do afastamento social decorrente da pandemia

 

 

Pesquisas recentes revelam um aumento no número de casos de ansiedade e depressão no Brasil. É o que comprova dados recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que apontam um crescimento no diagnóstico de depressão para 34,2% em seis anos.

 

Outra pesquisa realizada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a COVIDPsiq, com mais de seis mil pessoas, concluiu que 65% delas tiveram uma piora da saúde mental, após adotarem as medidas de afastamento social. Os dados tornam-se ainda mais alarmantes, pois apenas 32,4% dos participantes relataram algum diagnóstico prévio de doenças mentais. 

 

E o mês de setembro, que leva a cor amarela como símbolo para conscientização da população da prática de suicídio, traz debates sobre este tema. Para as psicólogas, Katia da Silva Muchao e Raquel Martins dos Santos, da MedicalSeer, clínica de saúde com foco em tratamentos personalizados, o fim dos preconceitos com doenças mentais é fundamental para evitar as mortes por suicídio, especialmente em tempos de pandemia, quando os casos tendem a aumentar significativamente.

 

Desde o início de 2020, elas perceberam um aumento expressivo de casos de crises de pânico, ansiedade, depressão e estresse agudo em função do distanciamento imposto pelo coronavírus. "Por isso, este é o momento de prestar atenção nas pessoas que estão por perto, sejam elas amigos ou familiares", alerta Raquel.

 

Com este cenário preocupante, Katia salienta a importância de pedir ajuda ou oferecê-la a quem está por perto. "Muitas pessoas não buscam auxílio em saúde mental por se sentirem envergonhadas, fracas e incapazes de lidarem com suas questões pessoais ou por motivos religiosos também. Elas acabam com receio por conta de tabus existentes na sociedade e, muitas vezes, se fecham com problemas muito graves", explica. 


 

Sinais de alerta

 

Algumas vezes, as mudanças de atitude podem ser silenciosas, mas, ainda assim, são possíveis de serem identificadas. Os principais sinais são retraimento, queda na satisfação em viver, queda no desempenho escolar e profissional, mudança no sono (dorme a mais ou a menos), sentimento de culpa e vergonha, irritabilidade, pessimismo ou apatia, mudança no hábito alimentar, falar de morte ou suicídio, cartas de despedida e frases depreciativas sobre si mesmo.

 

Segundo ela, há vários transtornos psiquiátricos que podem ser indícios de ideação ou tentativa suicida, como o transtorno de personalidade borderline, depressão, psicoses, entre outros.

 

"Podemos também salientar que o abuso de álcool e drogas podem desencadear distúrbios psiquiátricos e assim os pensamentos e comportamentos suicidas podem ocorrer. Na grande maioria dos casos, há sinais que foram demonstrados. É preciso agir e olhar com cautela essas informações", salienta Katia. 

 

O uso excessivo de telas, como celulares, tablets e computadores, também pode afetar a saúde mental, especialmente quando se trata de crianças e adolescentes. “Entre os principais sintomas que podem ser causados pelo uso excessivo dos gadgets, estão: irritabilidade, ansiedade e tristeza, além da dificuldade de atenção", avisa Raquel. 

 

É preciso buscar ajuda profissional através de psicoterapia ou psiquiatra, de preferência logo que as manifestações do problema são percebidas. Depois disso, grupos de apoio, como a família e os amigos, podem ser imprescindíveis para prevenir as recaídas e formar uma rede de apoio

 

 

Medical Seer

 www.medicalseer.com.br

instagram @medicalseer.

Postos do Poupatempo estarão fechados na segunda-feira (06) e terça-feira (07), feriado nacional da Independência

Na quarta-feira (08), as unidades voltam a atender em horário habitual, mediante agendamento pelo portal, aplicativo ou totens 

 

Por conta do feriado nacional da Independência, os postos do Poupatempo em todo estado de São Paulo estarão fechados na segunda-feira (06) e terça-feira (07). Na quarta-feira (08), as unidades voltarão a funcionar normalmente, no horário habitual e mediante agendamento. Nas cidades de Itaquaquecetuba, Pindamonhangaba, Salto e Santos, o atendimento será retomado na quinta-feira (09), após feriados municipais. Os canais digitais do programa estarão à disposição dos cidadãos mesmo durante o feriado prolongado. 

Os atendimentos nos postos do Poupatempo são realizados apenas para serviços que dependem da presença do cidadão para serem concluídos, como os de RG (primeira via e renovação com alteração de dados), transferência interestadual e mudança nas características de veículos, por exemplo. Importante: o agendamento, pessoal e intransferível é obrigatório e deve ser feito pelo portal – www.poupatempo.sp.gov.br - , aplicativo Poupatempo Digital ou ainda nos totens de autoatendimento. O Poupatempo mantém o reforço nos protocolos sanitários para a segurança de todos, como o uso de máscaras e distanciamento social. 

Pelos canais digitais estão disponíveis, com conforto, segurança e autonomia mais de 140 opções de serviços online, como a renovação da CNH, Carteira de Trabalho, seguro-desemprego, licenciamento de veículos, carteira de vacinação da Covid-19, entre outros.


Posts mais acessados