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segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Comissão aprova projeto de lei que destina 10% do valor arrecadado com multas de trânsito para tratamento de câncer de mama

Imagem: reprodução/Cleia Viana - Deputada Tereza Nelma em sessão de aprovação do PL

A expectativa é de que R$800 milhões sejam investidos anualmente no combate à doença


A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 5033/2020, que garante 10% da receita arrecadada com a cobrança de multas de trânsito para aplicação exclusiva no tratamento de câncer de mama em estabelecimentos de saúde habilitados e credenciados, que integram a rede do Sistema Único de Saúde – SUS.

De acordo com a autora do projeto, deputada Rejane Dias (PT-PI), a cada ano do triênio de 2020 a 2022, devem ser diagnosticados no Brasil 66.280 novos casos de câncer de mama, com um risco estimado de 61 casos para cada 100 mil mulheres. Segundo ela, também faltam recursos públicos para assegurar o tratamento necessário para as pacientes. “A ideia é garantir a recuperação dessas mulheres com recursos públicos arrecadados com as multas de trânsito, além da dotação orçamentária vigente”, afirmou Dias.

A deputada Tereza Nelma (PSDB-AL) e relatora do PL, recomendou a aprovação, que  aconteceu em julho deste ano. Segundo Nelma, cerca de R$800 milhões poderiam ser repassados anualmente ao SUS, com base nos dados de trânsito de 2020. “É um aporte considerável de recursos para diagnóstico e tratamento dessa doença que mutila e mata milhares de mulheres”, comentou a relatora.

Antes da criação do PL, a receita arrecadada com a cobrança das multas de trânsito era aplicada, exclusivamente, em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito.

Vale lembrar que o Projeto de Lei foi aprovado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, mas ainda precisa passar por análises das comissões de Seguridade Social e Família, de Viação e Transportes, de Finanças e Tributação, de Constituição e Justiça e de Cidadania. Caso seja aceito por todas as comissões, o PL vai para votação em Plenário e, se deferido, será encaminhado para aprovação ou veto do Presidente da República.

 

Guilherme Dalbem

 

O ressarcimento através do proveito do crime nos casos de pirâmide financeira

Estudos recentes revelam um dado muito preocupante: golpistas que agem por meio de pirâmides financeiras arrecadaram aproximadamente um sexto do PIB do Brasil, captando indevidamente recursos de mais de 11 milhões brasileiros, que perderam suas economias, vítimas desse tipo de crime muito praticado no país. 

Contudo, o que durante muito tempo era tido como uma zona de conforto para esses golpistas, ante o sentimento de impunidade, começa a ruir neste ano, diante das inúmeras prisões que estão ocorrendo e toda atenção dada pela mídia na cobertura desses golpes. 

Na ampla veiculação da mídia, chama atenção a quantidade de dinheiro apreendida com os golpistas. No caso mais recente, da GAS Consultoria, os valores extrapolam bilhões de reais. E muito embora a polícia esteja tendo êxito em suas operações, muitas vítimas acreditam que perderam de vez o seu capital, que não conseguirão reaver os valores investidos, pois o mesmo passará então a pertencer ao Estado, sem possibilidade de retorno. 

De fato, o Código Penal Brasileiro permite que bens e valores vinculados à prática de crimes ou à produtos de atividades ilegais sejam perdidos em favor da União, ou seja, podem ser confiscados. Porém, cabe observar o elencado no artigo 91 do Código Penal:


Art. 91 - São efeitos da condenação: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.


Cabe frisar que as medidas assecuratórias ora aplicadas tem por objetivo a garantia de recursos para futura reparação do dano do ilícito, podendo recair sobre imóveis ou sobre móveis, caso os imóveis não representem valor suficiente. Regula-se pelos artigos 136 a 144 do Código de Processo Penal e pelo Decreto-Lei n. 3.240/1941.

Outro ponto que merece destaque é a ressalva descrita no inciso II do artigo 91, que é taxativa que ocorrerá a perda em favor da União, porém, faz observação ao direito do lesado e do terceiro de boa-fé. Em virtude dos casos de pirâmide financeira envolver um grande número de pessoas lesadas, o ressarcimento das vítimas através do proveito do crime se torna algo extremamente complexo, mas, é a via para mínima reparação do dano.

Outrossim, vale destacar que as vítimas precisam estar atentas principalmente pelo fato do estelionato, em virtude da mudança do pacote anticrime, agora ser considerado um crime que se procede mediante representação, sendo que o lesado deve ter essa iniciativa de representar para estar inserido nesse contexto. Trata-se de algo complexo, mas que deve ser amplamente divulgado, assim como as operações exitosas dos órgãos policiais, de modo que tantas e tantas vítimas dos golpistas possam ter devolvidas suas economias.

Sabido é que o baque gerado nessas situações gera uma série de consequências terríveis para as vítimas, porém, somente a busca pelos direitos dará a cada uma delas alguma chance de ter o capital de volta.




Jorge Calazans - advogado especialista na área criminal, conselheiro estadual da Anacrim e sócio do escritório Calazans & Vieira Dias Advogados, com atuação na defesa de vítimas de fraudes financeiras.


Futuro do Trabalho: Conheça as 4 dicas para usar o 'botão F5' na carreira

Especialista ensina como atualizar as informações para escapar da obsolescência profissional


Você já se sentiu obsoleto? À medida que os dias passam, temos a impressão que o mundo está se transformando rapidamente, e é exatamente isso. Portanto, todos os profissionais e empresas podem e devem se transformar e se atualizar para acompanhar as novas tecnologias e as profissões do futuro. Com isso, Rebeca Toyama, especialista em estratégia de carreira, comenta sobre a importância de se atualizar e traz dicas para os profissionais escaparem da obsolescência profissional.

Foi com o cenário da pandemia que acelerou ainda mais as transformações que já estavam em andamento, e é daí que vem o chamado para acompanhar as tendências e se destacar no meio corporativo e em suas áreas de atuação. Mas ainda vale lembrar, que de acordo com o Relatório Futuro do Trabalho/2020, do Fórum Econômico Mundial (WEF) estima-se que em 2025, cerca de 85 milhões de empregos podem ser substituídos por uma mudança na divisão de trabalho entre humanos e máquinas, enquanto 97 milhões de novos papéis podem surgir, que serão adaptados à nova divisão de trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos.

Se baseando nesses dados, sabe-se que é de extrema relevância os profissionais desenvolverem as competências adequadas para atender às novas demandas. E de acordo com a especialista, Rebeca Toyama, esse é um convite da habilidade de raciocínio, resolução de problemas e ideação destacada no Relatório Futuro do Trabalho do Fórum Econômico Mundial.

“Tanto os profissionais como as organizações precisam desenvolver novas competências, mas para isso, precisamos ampliar nosso repertório. Todos precisamos ser capazes de perceber o futuro e fazer disso uma oportunidade para crescermos enquanto pessoas, empresas e sociedade. ”, explica Rebeca Toyama, especialista em estratégia de carreira.


Busca por métodos inovadores

A ideação, que está presente no ranking das habilidades do Fórum Econômico Mundial, é também uma das principais etapas do Design Thinking, que é uma abordagem que contribui para a resolução de problemas, e que tem uma de suas características a importância dada ao ser humano. É dividida em quatro etapas: Imersão, Análise e Síntese, Ideação e Prototipagem e Teste.

É na etapa de ideação que acontece o brainstorming - técnica para estimular o surgimento de soluções criativas - sobre um projeto ou para solucionar um problema. Portanto, segundo a especialista, quando o profissional está limitado por crenças ou por competências desatualizadas, perde sua capacidade de síntese, ideação e criação.

“Todos, provavelmente, já passamos ou vamos passar por essa experiência algum dia. E por isso, é necessário o entendimento que podemos mudar o caminho para o futuro, investindo no desenvolvimento de competências e no autoconhecimento para conseguirmos aproveitar ao máximo do nosso potencial. ”, finaliza, Toyama.


Rebeca Toyama, especialista em estratégia de carreira, selecionou 4 dicas para ajudar os profissionais darem um reset na carreira:

1- Dedique mais tempo para criar o mundo no qual você quer viver e menos tempo com críticas, julgamentos e reclamações;

2-
 Não deixe suas crenças limitarem seu potencial, jogue fora sem apego, os modelos mentais desatualizados;

3-
Invista em desenvolvimento de competências e autoconhecimento, tendo mais clareza de quem somos conseguiremos ter relacionamentos mais saudáveis e produtivos;

4-
Lembre-se que as tecnologias são exponenciais, mas o ser humano não, colaboração é o melhor caminho para não ficarmos obsoletos.

 


Rebeca Toyama - fundadora da ACI que tem como missão desenvolver competências dentro e fora das organizações para um futuro sustentável. Especialista em educação corporativa, carreira e bem-estar financeiro. Possui formações em administração, marketing e tecnologia. Especialista e mestranda em psicologia. Atua há 20 anos como coach, mentora, palestrante, empreendedora e professora. Colaboradora do livro Tratado de psicologia transpessoal: perspectivas atuais em psicologia: Volume 2; Coaching Aceleração de Resultados e Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal), da Universidade Fenabrave e do Instituto Filantropia.

 

Professor dá dicas de estudo para cada disciplina da primeira fase da Fuvest 2022

 Especialista aponta os assuntos mais cobrados para facilitar a revisão dos conteúdos nos próximos meses

 

A prova da primeira fase da Fuvest 2022 será aplicada no dia 12 de dezembro deste ano. Os candidatos têm menos de quatro meses de estudos, então a organização e o planejamento são fundamentais para garantir o melhor desempenho. O professor Idelfranio Moreira, gerente de Inovações para Professores no SAS Plataforma de Educação, lista algumas dicas com base no Raio X elaborado pelo SAS para apresentar os temas mais cobrados nas últimas edições da primeira fase. “Nesta fase final, é hora de focar nos assuntos que mais caem, para aumentar as chances de uma boa pontuação”, afirma o professor.

A Fuvest indica, em seu manual do candidato, a lista de obras de leitura obrigatória. Considerando as provas desde 2009 até 2021, Interpretação Textual e Movimentos Literários são os temas mais cobrados na prova de Língua Portuguesa (67%), então conhecer os livros é o primeiro passo. “Observando as nove obras indicadas para o vestibular 2022, encontramos seis delas ligadas às fases do Modernismo no Brasil e em Moçambique, então é importante entender bem este movimento”, afirma o professor.

Para o exame de Língua Inglesa, Idelfranio destaca a Intepretação de Texto, com maior incidência (87% das questões). 

Ele explica ainda que as provas de Humanas, História e Geografia da primeira fase trazem questões que exigem capacidade de análise e de interpretação crítica dos fenômenos históricos e da realidade contemporânea, tanto mundial quanto brasileira. “História Contemporânea, do Brasil e Moderna, nesta ordem, representam os assuntos mais incidentes nos últimos 11 anos, somando juntas mais de 30% das questões. As Grandes Guerras Mundiais e a Era de Ouro do Capitalismo, Brasil República – desde o seu surgimento e consolidação até a Ditadura Militar e a Nova República –, Reformas Religiosas e as Revoluções – Inglesa, Francesa e Industrial – estão entre os temas mais recorrentes e que merecem atenção dos vestibulandos”, diz Idelfranio Moreira. 

“Em Geografia, os temas-chaves são ligados à Distribuição Espacial da População, Migração de Trabalhadores, Fluxos de Turistas e de Refugiados Políticos, Climatologia, Agenda Ambiental Internacional e Políticas Ambientais, Características e Efeitos da Globalização, que totalizam, pelo menos, 30% das questões”, completa. 

De acordo com o professor, o exame de Matemática da primeira fase apresenta questões que exigem conhecimentos de Matemática básica: “As Geometrias Plana, Espacial e Analítica representam mais de um terço das questões. Portanto, conhecer bem Áreas das Figuras Planas, Circunferência e Círculo, Volumes e Áreas dos principais, Equação Reduzida da Circunferência e Equação da Reta garante um bom número de pontos na prova. Vale destacar, ainda, a alta incidência de questões de Razões Trigonométricas, de Adição de Arcos e de Arco Duplo.”

Nas provas das Ciências da Natureza (Biologia, Química e Física), Idelfranio pontua que as questões costumam ser contextualizadas e apresentar situações-problema. “Em Biologia, Fluxo de Energia e Matéria, Ciclos Biogeoquímicos e Ecologia das Populações fazem com que Ecologia sozinha represente quase 20% das questões no período analisado pelo SAS. Em Química, Ligações Químicas, Substância e Mistura e Classificação periódica fazem da Química Geral o assunto mais cobrado (mais de 33%); seguida da Físico-Química (32%), principalmente Gases Ideais, Soluções e Eletroquímica. Já em Física, o aluno deve manter foco total na Mecânica. Mais de 38% das questões são de Trabalho e Energia, Impulso e Quantidade de Movimento, Cinemática e Dinâmica. Somando-se a elas, Eletricidade é o segundo assunto mais cobrado (17%), mais especificamente Eletrodinâmica (Circuitos Elétricos)”, diz.

Por fim, o especialista lembra que Interpretação de Texto é a base do exame e exige prática, por isso, “reforçar o hábito da leitura constante, bem como resolver as questões das provas anteriores, são estratégias certeiras. Essa última ajuda o aluno a conhecer a prova e seu estilo, desenvolve a capacidade de entender os enunciados das questões e (re)ler os textos com foco no que é pedido”, finaliza.

A cartilha do Raio X da Fuvest está disponível gratuitamente no link: https://sasedu.co/raioxfuvest2021.

Veja abaixo os cinco temas mais abordados em cada disciplina da primeira fase:


Língua Portuguesa


1- Interpretação Textual: 39,48%

2- Movimentos Literários: 27,66%

3- Léxico: 6,15%

4- Teoria Literária: 5,67%

5- Sintaxe: 5,20%

 


Matemática


1- Geometria plana: 13,95%

2- Trigonometria: 12,21%

3- Geometria espacial: 10,97%

4- Funções: 9,88%

5- Geometria Analítica: 8,72%

 


História


1- Mundo Contemporâneo: 11,86%

2- História do Brasil - Sistema Colonial: 11,86%

3- Idade Moderna: 10,82%

4- República Oligárquica: 6,70%

5- Antiguidade clássica: 6,19%

 


Geografia


1- População: 10,92%

2- Questões Ambientais: 10,50%

3- Geopolítica: 9,66%

4- Clima: 6,30%

5- Vegetação: 6,30%

 


Biologia


1- Ecologia: 19,50%

2- Fisiologia Animal e Humana: 16,35%

3- Reino Vegetal: 15,09%

4- Genética: 15,09%

5- Citologia: 14,47%

 


Física


1- Mecânica: 38,41%

2- Eletricidade: 17,22%

3- Termologia: 11,26%

4- Óptica: 9,93%

5- Ondulatória: 9,27%

 


Química


1- Química Geral: 33,53%

2- Físico-Química: 32,94%

3- Química Orgânica: 17,65%

4- Atomística: 10,59%

5- Bioquímica: 2,94%

 


Inglês


1- Interpretação de Texto: 87,01%

2- Léxico: 10,39%

3- Adjetivos: 2,60%

 

 

 

Fonte: SAS Plataforma de Educação

 

Expectativa do brasileiro sobre o que fazer após se vacinar foi mudando ao longo da pandemia, revela estudo inédito da Orbit Data Science

Crédito Levi Guzman_Unsplash.jpg

Pesquisa realizada pela startup paulistana de Big Data mapeou qualitativamente quase 2 mil comentários nas redes entre fevereiro de 2020 e junho de 2021; Análise mostra evolução do tema de acordo com a vivência da pandemia; "emoção", "celebração" e "retomada" são as três principais vertentes apontadas

 

Que a maioria dos brasileiros diz querer se vacinar,- 94% de acordo com pesquisa do Datafolha de 13 de julho - nós já sabemos. Mas e o que farão quando estiverem imunizados? Pois foi atrás dessa resposta subjetiva e nada óbvia que a Orbit Data Science lançou seu novo estudo público. A pesquisa procura entender melhorcomo se dá a expectativa para um novo horizonte, com uma maioria da população vacinada e a perspectiva de retorno, de alguma maneira, aos antigos padrões. O estudo inteiro, com gráficos interativos, está disponível no site da Orbit Data Science  

Uma das descobertas mais interessantes foi a constatação de que as expectativas dos brasileiros mudaram ao longo da pandemia. O recorte temporal começa em 20 de fevereiro de 2020, seis dias antes do registro do primeiro caso de Covid-19 no Brasil, quando já notou-se um princípio de discussão sobre o tema. A análise se estende até 21 de junho deste ano e visa estabelecer uma comparação entre a evolução das opiniões analisadas e a evolução da pandemia no País.

A pesquisa foi desenvolvida a partir da avaliação de comentários espontâneos em redes sociais, de brasileiros que mencionaram suas expectativas do que desejam fazer após se vacinarem. Contribuíram para a base de dados publicações no Twitter, Instagram, Facebook e YouTube. As observações classificadas para o estudo representam uma amostra com 99% de nível de confiança e 3% de erro amostral de tudo que se falou nas redes sobre o assunto no período.

A análise dos comentários levou à descoberta de 122 opiniões, que compõem 20 diferentes categorias sobre o tema, e foram analisadas em 4 distintas fases. Estes resultados apontam para três principais tipos de expectativas com o momento pós-vacina: de emoção, de celebração e de retomada.

"A expectativa em torno da imunização é tão grande, e construída por tanto tempo, que os planos não são restritos à retomada de uma 'vida normal'. O ato torna-se um marco, e como tal é planejado e comemorado", conta Fernando Hargreaves, sócio da Orbit Data Science.

Caio Simi, CEO da Orbit Data Science, explica que no primeiro semestre de 2020, no auge da primeira onda no Brasil, os dados revelaram fortes manifestações de saudades. "As pessoas expressavam a falta de amigos e familiares. O que mais se falava entre os que especulavam o que fazer após a chegada de uma eventual vacina no Brasil era o momento de reencontrar entes queridos", explica Simi.

Com o fim da primeira onda no início do segundo semestre de 2020, e o afrouxamento das regras de isolamento nas principais cidades do país, este sentimento deu lugar à expectativa dos brasileiros por voltar a frequentar festas e aglomerações.

"Observando os dados, interpretamos que esse fenômeno se deu pela flexibilização que os brasileiros se deram ao reencontrar amigos e familiares na primeira amenização do contágio. Isso não se estendeu às festas e shows, uma vez que estes continuaram fechados mesmo no período entre a primeira e segunda onda", acrescenta Simi.

 

Consolidado de expectativas sobre "o que fazer ao se vacinar", de fev. 2020 a jun. 2021

Depois de me vacinar.png



O primeiro gráfico do estudo traz todas as expectativas manifestadas pelos brasileiros divididas em suas respectivas categorias. Embora não haja uma só categoria de grande destaque, há uma concentração de incidência em 5 categorias, que respondem por 68,1% do total, são elas: Frequentar Lugares, Festejar, Estar com Pessoas, Aplicação da Vacina e Sentimento. Além de concentrarem grande parte das opiniões, também é destaque que as 5 principais categorias têm resultados bastante similares, com a diferença entre a primeira (Frequentar Lugares) e a última (Sentimento) ficando em somente 3,4%.

Já ao analisarmos a incidência das opiniões, notamos que "Extravasar" foi a principal opinião do estudo, com 7,6% do total. Além dessa, entre as principais categorias do estudo as opiniões mais frequentes por categoria foram: "Frequentar lugares - Passar tempo fora de casa" (4,4% do total); "Festejar - Vou beber" (4,1% do total); "Estar com Pessoas - Encontrar amigos" (3,9% do total) e "Aplicação da Vacina - Vou criar uma memorabília" (3,8% do total). Esta última faz referência a guardar objetos utilizados na pandemia como souvenir, como máscaras e outros itens de higiene e proteção.

 

Evolução da pandemia no Brasil impacta a conversa sobre vacina

No início da pandemia, a expectativa era reencontrar entes queridos e voltar a frequentar lugares. Após 8 meses do primeiro caso no Brasil, as redes passaram a clamar por extravasar e celebrar a vacina nas redes sociais.

Os gráficos do estudo mostram que nas primeiras semanas do recorte, que compreenderam a chegada do Coronavírus ao Brasil e o início da quarentena, registram poucas opiniões. Até então não havia uma noção consolidada do impacto da pandemia, nem do papel fundamental que as vacinas teriam.

Com a aceleração de mortes e contágios, e consequentes renovações dos períodos de quarentena, as opiniões sobre vacinação tornam-se não só mais frequentes, mas também mais variadas. No início registrou-se basicamente opiniões sobre frequentar lugares e festejar.

Fase 2 - Entre junho e novembro de 2020 esses são os principais desejos dos brasileiros.

Depois de me vacinar@2x.png


Também chama a atenção que em outubro "Extravasar" torna-se a principal opinião do estudo, superando as que falavam sobre frequentar lugares. Este fato pode ser explicado pelo fim da primeira onda de contágio no Brasil, que levou mais pessoas a relaxarem o distanciamento social, dando vazão aos seus desejos de frequentar lugares, porém ainda não extravasando o quanto queriam.

Os brasileiros então começaram a manifestar a ansiedade em celebrar o recebimento das doses, e a expectativa de se emocionar ao ser vacinado, além de poder compartilhar este momento nas redes sociais.

"Em um dos gráficos do estudo, observamos inclusive que a expectativa por postar o momento da aplicação da vacina nas redes sociais já existia com alguma relevância antes mesmo da vacina existir, o que de certa forma previu essa onda de fotos e vídeos que vemos hoje viralizando nos feeds de todo mundo que é frequentador de algum rede social", detalha Hargreaves.

 

As 4 fases da vivência pandêmica identificadas no estudo

A análise do gráfico de evolução demonstra que há claramente quatro fases no período estudado. A primeira fase constitui o período inicial da pandemia, caracterizado por grande incerteza sobre o desfecho da mesma, e com a vacina sendo uma solução ainda distante, próxima a um sonho. A distância da vacina é o principal fator que justifica a incidência de somente 3,1% do total de opiniões nesta fase. A chegada da quarentena rígida e inédita também faz com que "Estar com pessoas" seja a principal categoria do período, com 16,7% do mesmo, sendo "Abraçar alguém" a principal opinião.

O mês de Junho de 2020 marca o início de testes de vacinas com voluntários no Brasil, simbolizando também o início da segunda fase do estudo. O período traz um aumento considerável de comentários sobre o que fazer após a vacinação, uma vez que a vacina já é vista como potencial única solução para a pandemia, somando para 26,5% do total do estudo.

A principal categoria da fase 2 deixa de ser "Encontrar Alguém" e passa a ser "Frequentar Lugares", o que indica que possivelmente as pessoas já tinham começado a encontrar outras pessoas. A grande característica da segunda fase é a alta de opiniões que evidenciam uma estafa após meses de quarentena contínua - e ainda sem clara perspectiva de fim. É o caso de "Extravasar" e "Passar tempo fora de casa", que passam a ser as duas principais opiniões.

A terceira fase começa em dezembro de 2020, quando acontece o início da vacinação no mundo, trazendo a esperança de um fim próximo para a pandemia. Muda consideravelmente o teor das conversas sobre o que fazer após ser imunizado. Nota-se um grande aumento na incidência de opiniões, se a fase representa apenas 11,8% do período estudado, ela concentra 35,6% das opiniões registradas. A grande marca do período é o salto da categoria "Aplicação da Vacina" ao posto de principal da fase, com 17,8% do total, evidenciando que as pessoas vêm a vacinação cada vez mais próxima, e já imaginam não só o que vão fazer após a imunização, mas também o que farão no ato da vacinação, para celebrar o recebimento das doses.

Por outro lado, "Encontrar Pessoas", que já foi a principal categoria da Fase 1, não passa da quinta posição na fase 3, o que indica um claro relaxamento do distanciamento social, que coincide com as festas de fim de ano.

A última fase do estudo iniciou-se em Fevereiro de 2021, juntamente com o início da imunização em massa no Brasil. A fase traz uma queda na incidência de comentários com relação à fase anterior, quando a vacina já não é mais uma novidade tão comentada nas redes, mas ainda é significantemente maior do que as fases 1 e 2, somando para 34,4% do total, enquanto representa 29,4% do período. Além do início da imunização no Brasil, a fase também contempla a fase de grande recrudescimento da pandemia no país, com a chegada da segunda onda de contágio.

Este aspecto explica dois pontos de atenção na fase 4. É a volta de "Encontrar Pessoas" ao posto de principal categoria, e a ascensão da opinião "Continuarei adotando as medidas de segurança", quinta principal opinião da fase, que ainda traz "Extravasar" como líder. Também são destaques o crescimento de opiniões sobre viagem, o que indica que as pessoas já fazem planos concretos para o pós-vacina, e a opinião "Protestar contra o Governo Federal", que tem 63,8% de sua incidência concentrada na fase 4, chegando ao posto de décima principal da fase.


Combate à poluição e defesa da vida


 

A poluição do ar é hoje o maior risco ambiental para todos nós. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são 7 milhões de óbitos ao ano, devido a problemas respiratórios causados por poluentes, como a asma e o câncer de pulmão.

 

O Ministério da Saúde do Brasil informa que, 6,4 milhões de pessoas acima de 18 anos sofrem com asma. São sinais de doenças respiratórias a falta de ar e a tosse constante. Rinite, sinusite e bronquite, assim como a asma, causam impacto nas atividades cotidianas como praticar exercícios físicos, dormir e até trabalhar.

 

           Outra parcela de mortes analisadas pela OMS tem como causa a poluição exterior, algo frequente em cidades grandes: ônibus, carros, indústrias e usinas figuram entre principais responsáveis. A ocorrência de problemas relacionados é maior em países em desenvolvimento.

 

           No Brasil, a grande fonte de energia doméstica é a incineração de biomassa. Aliás, em tese, em mais de 90% das residências da zona rural do mundo, a população pratica a queima de madeira, carvão, esterco de animais ou resíduos agrícolas para cozinhar e/ou se aquecer. O resultado é alta produção de poluentes em ambientes internos e externos, aumentando riscos de infecção respiratória.

 

A OMS ainda aponta que os grupos mais prejudicados com a poluição interna são de mulheres e crianças, uma vez que ficam um período de tempo maior em casa e, consequentemente, sofrendo mais com a exposição.

 

É fundamental que todas as pessoas que fazem uso de madeira e carvão para cozinhar, por exemplo, sejam informadas a respeito dos males à saúde e de maneiras alternativas ecológicas.

 

Também são indispensáveis programas para diminuir a poluição do ar, bem como medidas que alertem sobre os perigos do uso de certos combustíveis em casa.

 

A poluição do ar precisa ser encarada exatamente em sua essência: problema grave de saúde e que requer de ações relevantes e urgentes para o bem-estar comum.

 

 



Antonio Carlos Lopes - presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica



Varejo paulista fecha semestre com aumento de 22% nas vendas

Flexibilização e avanço da vacinação são os principais fatores que contribuíram para um cenário positivo, segundo dados da FCDLESP

 

No primeiro semestre deste ano, o varejo paulista apresentou um aumento de 22% nas vendas, de acordo com a FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo). O balanço realizado pela entidade, com a participação das principais CDLs do Estado de São Paulo, aponta que o setor varejista mostra sinais de recuperação e segue otimista para o segundo semestre. 

Segundo os lojistas, no mesmo período no ano passado, os principais desafios dos varejistas foram causados pelas fases mais restritivas do Plano São Paulo - redução no horário de funcionamento e capacidade do local, que impactaram diretamente o volume de vendas que, consequentemente, apresentaram um baixo índice. Já neste ano, a maior flexibilização do estado nas medidas possibilitou um cenário mais confiante.  

Mesmo com boas perspectivas, a entidade alerta que o setor ainda enfrenta dificuldades para se recuperar e tentar equilibrar o volume de vendas em comparação ao ano de 2019. A insegurança do consumidor na hora de comprar, aumento da inflação e incerteza no cenário da pandemia foram os principais entraves para o varejo. 

De modo geral, segundo o levantamento da FCDLESP, o segmento que ainda enfrenta mais dificuldades na recuperação são os bares e restaurantes - duramente afetados pelas medidas do Plano SP. Em paralelo, o setor que mais mostrou avanços é o de vestuário e calçados. 

“O atual momento que o varejo vive foi refletido no percentual de vendas do Dia dos Pais. Com menos restrições, o comércio gerou mais possibilidades de venda, e a data, considerada uma das mais importantes do segundo semestre, demonstrou bons resultados, o que gera um sentimento otimista nos lojistas”, explica o presidente da FCDLESP, Mauricio Stainoff.  


Expectativas 

Para um segundo semestre positivo, as CDLs da região metropolitana da cidade, interior e litoral relatam que manter os estabelecimentos abertos é essencial para que as datas comemorativas voltem a apresentar um bom desempenho de vendas e possam ajudar o varejo na possível retomada da economia.

“O varejo tem apresentado bons índices, o que ajuda na recuperação. Com maior flexibilização e avanço na vacinação, esperamos que até o final do ano, as vendas se equilibrem com 2019. Neste momento de retomada, os estabelecimentos devem continuar seguindo os protocolos de segurança e garantindo a confiança do consumidor, para que a retomada aconteça, na prática, de maneira efetiva”, finaliza Stainoff. 

 

5 dicas para a sobrevivência das pequenas empresas

Consultor ensina como empreendedores podem sobreviver à crise e aumentar a lucratividade


Em 2020, o alto índice de desemprego, agravado pela crise gerada pela pandemia, fez disparar o número de empreendedores no Brasil. Segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), a quantidade de empreendedores motivados por necessidade saltou de 37,5% em 2019 para 50,4% em 2020. Mas, em cinco anos, cerca de 29% desses MEIs serão encerrados, é o que mostra a pesquisa Sobrevivência de Empresas (2020), realizada com base em dados da Receita Federal.

O engenheiro de software e consultor de empresas Guilherme Menezes, sócio-fundador da ZUG Analytics, explica que o despreparo para administração, a falta de planejamento e a falta de caixa são os principais motivos que levam ao encerramento de pequenas e médias empresas. “O problema é que quem empreende por necessidade normalmente não tem tempo de se planejar, nem de estudar o mercado ou de se organizar para garantir a sobrevivência pelos primeiros anos”, comenta o analista.

Menezes, que é consultor de pequenas e médias empresas, explica que organização é fundamental. “Muitos empresários usam vários softwares para gerenciar seu negócio. Isso dificulta a organização, reduz a eficiência da gestão, consome tempo e não permite que o empresário tenha um panorama global da sua operação. É imprescindível que a empresa otimize esse processo e tenha um controle de toda a sua operação em um software único, porque isso consumirá menos tempo e essa eficiência se traduz, com as estratégias corretas, em ganho de produtividade”, reforça.



Despreparo e falta de planejamento são os principais motivos

que levam à falência de pequenas e médias empresas

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O consultor explica que o mercado dispõe de softwares de gestão a preços acessíveis e reforça que eles permitem ter, em poucos cliques, acesso ao panorama completo da operação. “É possível controlar estoque, fluxo de caixa, de vendas, base de clientes, contas a pagar e essas informações são indispensáveis, por exemplo, para fazer a precificação correta dos produtos”, exemplifica.

Saber precificar seus produtos e serviços é, na avaliação de Menezes, uma arte e uma ciência ao mesmo tempo. “O empresário tem que incluir o custo de compra, os custos para vender e saber qual é a margem mínima e máxima pra ser competitivo em termos de preço. Isso não é uma tarefa muito simples, é preciso ter um processo de compra muito bem desenhado e uma gestão de estoque diária”, completa. Segundo o especialista, disciplina operacional é outra característica indispensável para uma boa gestão. “Todos os dias o empresário tem que alimentar o software porque isso permite que acompanhe seus resultados para traçar estratégias inteligentes de crescimento”, acrescenta.


Vendas on-line

O Brasil tinha, em julho deste ano, 18.102.814 empresas ativas. Se destacar entre tanta gente requer planejamento. “Boa parte das empresas que sobreviveram à pandemia, além de gerar caixa suficiente, investiram nas vendas on-line, mas o processo não é tão simples como muita gente pensa. É um processo que precisa de planejamento completo. Gerir vendas tem a ver com gerir clientes, você precisa conhecer quais são aqueles que compram mais de você, colocar o foco neles. Em resumo, para o pequeno empresário crescer ele tem que praticar a gestão por indicadores, por isso os softwares únicos de gestão são indispensáveis”, afirma o consultor.

Outra coisa importante é acompanhar o giro, saber quais produtos vendem mais e quais emperram. Essa gestão permitirá que o empreendedor não tenha um custo alto com estoque parado e permitirá direcionar a produção para os produtos que vendem mais. “Definir estratégias adequadas é indispensável para aumentar a produtividade, os lucros e, portanto, para garantir a sobrevivência das empresas”, resume.


Dicas para empreendedores

- Tenha organização e disciplina operacional
- Use um software único de gestão
- Invista em vendas on-line
- Faça gestão por indicadores
- Aprenda a precificar produtos e serviços
Fonte: ZUG Analytics

 

Guilherme Menezes - consultor de empresas e sócio-fundador da ZUG Analytics

 

 

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