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quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Quarta revolução da humanidade: é hora de colocar saúde mental e checagem de informações no currículo escolar?

Quando estudamos a história do mundo e da sociedade, entendemos que a evolução humana é dividida em ciclos. E, ao encerrar cada um desses ciclos, a humanidade avança para um novo nível, com novos aprendizados e, consequentemente, novos desafios. Durante nossa história, fomos divididos em três grandes revoluções, ou seja, momentos que marcaram cada mudança de ciclo. São elas: a cognitiva, a agrícola e a científica. Em teoria, a humanidade ainda vive na era científica. Mas será que já não estamos passando por uma quarta revolução? 

Quando o homem passou a desenvolver a ciência e buscar novos conhecimentos, ele aprendeu a acumular alimentos e pôde utilizar o tempo, antes gasto com a sobrevivência, com o desenvolvimento de novas tecnologias, habilidades e estudos. Foi nesse momento que a sociedade viveu os maiores avanços de todos os tempos. Foram estudados desde os menores insetos até as maiores galáxias. Descobriu-se tudo e mais um pouco. A cada nova lição, o mundo parava novamente e via como era possível crescer e melhorar a partir do conhecimento. E, a cada nova descoberta, o ser humano percebia sua capacidade de controlar o mundo, a natureza, o tempo… 

Na Idade Média, a peste negra se mostrou um grave problema pois, naquele tempo, não existiam remédios. A gripe espanhola também teve um impacto enorme pela falta de conhecimento e de tecnologias que pudessem combater a doença. Mas e agora? Com remédios, estudos, evolução e muito conhecimento, quem pode parar a covid-19 e controlar os males causados pelos transtornos mentais?

Nessa nova revolução da humanidade estamos aprendendo a lidar com toda essa informação. Ter mais acesso ao conteúdo foi um avanço, mas o excesso dele começa a trazer problemas como ansiedade, depressão, briga de egos e outros males. E não apenas para os adultos, experientes neste jogo chamado “viver em sociedade”, mas também para as crianças, que já nasceram inseridas em uma realidade na qual a informação está ao alcance de um clique.

O excesso de dados e regras pode impactar profundamente a saúde mental dos pequenos, que são ainda mais frágeis e suscetíveis a erros. Então, como prepará-los para filtrar o que “pipoca” freneticamente nas telas de computadores, smartphones e televisões, que já fazem parte da rotina da grande maioria das crianças?

O tema é debatido há vários anos pelo autor e professor israelense Yuval Harari. "Em um mundo inundado de informações, clareza é poder", afirma o educador, que deixa clara a necessidade de aprendermos a controlar todo o conteúdo que é produzido nos tempos atuais. De nada adianta sabermos muito se raciocinamos pouco. E, claro, ao tomar a decisão de filtrar conhecimentos e apresentar uma abordagem mais concisa e direta, poderemos focar nossas atenções em novas descobertas, como nossos antepassados fizeram, sem deixar as pessoas perdidas em um “mar de inutilidade”. 

Para navegar nesse universo infindável, Harari nos mostra que a pandemia foi um divisor de águas para que a sociedade separasse o “joio do trigo” no âmbito das informações. Para ele, a pandemia é mais do que um teste para o conhecimento científico. É uma prova de cidadania global. As decisões tomadas no combate à covid-19 estão moldando o mundo das próximas décadas. Caso as pessoas não acreditem nas informações que recebem e não confiem naquilo que é passado, poderão seguir vivendo nas chamadas "bolhas", ou, até mesmo, serem obrigadas a viver em um regime de monitoramento. Assim, chegamos à quarta revolução da humanidade, quando aprendemos a controlar os monstros que criamos. 

Mas tudo isso pode (e deve) ser evitado. E a escola tem papel fundamental nesse processo. A tal reforma nas salas de aula brasileiras, tão debatida por pais e professores, pode dar uma prévia de como vencer a batalha pela informação verdadeira e confiável. Quem sabe, difundir novas disciplinas e conhecimentos que abordem temas como checagem de dados, visão analítica e saúde mental, por exemplo?

A guerra da informação e os problemas sociais estão aí nos rondando, mas a educação é o único caminho para construirmos uma sociedade cada vez mais harmoniosa e alinhada às demandas do mundo moderno - sem deixar de lado a nossa essência, de amor e compaixão. Esses sim grandes diferenciais frente às inteligências artificiais das máquinas que insistem em nos controlar.

 


Antonio Rios - Superintendente do Grupo Marista


A VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19 DEVE AMPLIAR AS CHANCES PROFISSIONAIS

Estudo mostra impacto da vacinação no mercado de trabalho e na vida pessoal dos estudantes

 

Felizmente, a imunização tem avançado bastante no Brasil e a juventude, em sua maioria, conseguiu tomar ao menos a primeira dose, um passo muito importante para o mercado de trabalho. Nesse sentido, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios fez um estudo em seu site com jovens entre 15 e 29 anos perguntando: “a vacinação contra o Covid-19 deve impactar sua vida?”. A pesquisa feita entre 28 de junho e 9 de julho, com a participação de 23.845 pessoas, mostrou a esperança pelo aumento das oportunidades laborais e pela retomada do convívio social sem medo.  

A alternativa em destaque nesse levantamento com 55,60% (ou 13.259) foi: “muito, além do lado pessoal, amplia chances no profissional”. De acordo com a analista de seleção do Nube, Vitoria Ribeiro, o mercado já tem mostrado a sua retomada aos poucos. “Isso porque muitos setores - como cultura e lazer - os quais haviam suspendido as suas atividades, retornaram. Além disso, estabelecimentos considerados não essenciais puderam voltar aos antigos horários de funcionamento. Dessa forma, a expectativa é o aumento do número de vagas para atender a alta demanda dessas áreas”, diz.  

Sendo assim, muitos negócios estão regressando ao modelo presencial. Logo, é preciso continuar tomando todos os cuidados necessários. “É importante permanecer usando máscara, lavando as mãos sempre e mantendo o distanciamento social. Embora a saudade dos colegas de equipe seja grande, abraços e contatos próximos devem ser evitados para, em breve, encerrarmos essa luta contra o vírus”, alerta a especialista. 

Já para 7,84% (1870) ainda existe um longo caminho para superar a crise. A nossa saúde mental foi fortemente atingida pelo isolamento, mas nessas situações é fundamental não deixar os pensamentos negativos afetarem o nosso empenho em buscar alternativas. “Isso porque a desesperança de uma melhora pode trazer muitas crenças negativas as quais prejudicam o nosso desempenho e agravam sentimentos como a ansiedade. Essas emoções podem afetar a saúde mental e tirar a motivação, atrapalhando toda a busca por recolocação ou inserção no mundo corporativo”, explica Vitória . 

Outros 6,22% (1.482) acreditam no incentivo da economia em decorrência da vacinação. Com isso, os processos seletivos e entrevistas começam a fazer parte da rotina novamente, ainda de forma virtual. “Isso requer preparação, independentemente do modelo. Logo, é essencial inicialmente entender a posição proposta e se ela está alinhada com você e quais motivos te levaram a buscá-la. Para a companhia também é importante entender esse interesse. Ademais, vale atentar-se em apresentar uma boa comunicação e postura, cuidando sempre da maneira como se porta e a uma vestimenta adequada”, ressalta a recrutadora do Nube.  

Somente 2,77% (661) acreditam na continuidade da circulação do vírus e esse risco os preocupa. Por isso, para Vitória, ter uma rede de apoio nesse momento pode auxiliar muito. “Procurar manter-se próximo a familiares e amigos, além de, se possível, obter ajuda de um expert para enfrentar as circunstâncias delicadas”, expõe. 

Nesse sentido, muitas organizações se adaptaram ao home office e essa pode ser uma saída para quem ainda não se sente pronto para os espaços físicos. “Pesquisar por essas possibilidades pode ser uma ótima maneira de ingressar no universo laboral, respeitando seus limites”, finaliza a especialista do Nube. 

 

Fonte: Vitória Ribeiro - analista de seleção do Nube

www.nube.com.br


quarta-feira, 25 de agosto de 2021

A INFLUÊNCIA DO TABAGISTMO NO CÂNCER DE BEXIGA

Segundo Dr. Cesar Camara, “fumar é um dos fatores que causam a doença”

 

O câncer de bexiga é um tipo de tumor que atinge a mucosa da bexiga urinária em homens e mulheres. Existem basicamente 3 tipos de tumores que podem se desenvolver: os carcinomas uroteliais, que correspondem a mais de 90% dos casos, os tumores de células escamosas e os adenocarcinomas. 

Apesar de serem tumores graves se não tratados a tempo, muitos pacientes poder ser assintomáticos até um momento em que os esforços para a cura completa não surtem mais efeito. 

Nos Estados Unidos, aonde as estatísticas são mais consistentes, estima-se que surjam anualmente 70 mil novos casos, dos quais 30% demandarão tratamento radical da doença. A incidência - como a mortalidade - aumenta com a idade, sendo maior nos homens e nos tabagistas.

 

O que causa o Câncer de Bexiga? 

A causa do câncer de bexiga não é totalmente conhecida, mas a exposição a alguns fatores de risco é extremamente relevante e deve ser conhecida. 

O Tabagismo é um dos mais bem conhecidos desencadeadores dos tumores de bexiga. Aqueles que fumam tem chance quatro vezes maior em relação a quem não faz uso regular do tabaco. Quem para de fumar diminui o risco de desenvolvimento do tumor, mas nunca mais tem o risco de uma pessoa que nunca fumou. O tabagismo passivo também causa aumento de risco para esse tumor. 

Outros fatores incluem a exposição aos derivados do petróleo, alguns produtos químicos utilizados em corentes, produtos derivados da borracha, derivados do alumino e a exposição inadvertida ou programada a irradiação. 

Alguns estudos também sugerem que infecções crônicas da bexiga e uso prolongado de sonda vesical podem causar tumores da bexiga.

 

Quais são os sintomas do Câncer de Bexiga? 

Os sintomas iniciais do câncer de bexiga podem ser difíceis de identificar ou podem não aparecer, atrasando em muito o diagnóstico caso o paciente não esteja realizando seus exames rotineiramente. Um dos sintomas que mais chama a atenção dos médicos e pacientes é a presença de sangue na urina, mas outros como dor ao urinar, ardência uretral e aumento repentino da frequência urinária, devem ser levados em consideração. 

Outros sintomas como dor óssea, fraqueza e mal-estar estão mais relacionados a doença avançada, pouco contribuído para o diagnóstico precoce da doença.

 

Como fazer o Diagnóstico? 

O diagnóstico dessa condição é feito de muitas maneiras e inclui a realização de exames de urina específicos para diagnóstico de câncer (citologia oncótica da urina), ultrassonografia, cistoscopia com microcâmera para complementar os estudos de imagem e tomografia e/ou ressonância magnética. Em alguns casos a realização de um moderno exame chamado de PET-CT pode ser indicada para avaliação global do paciente.

 

O que é feito após confirmação do diagnóstico? 

Quando o médico tem certeza da existência de um tumor no interior da bexiga, ou mesmo quando há fortes indícios, será necessário um procedimento ressecá-lo da bexiga. Esse procedimento é feito através de microcâmeras e dispensa cortes e com ele o tumor é extraído e o leito onde estava localizado na bexiga é biopsiado. 

Com essas informações será possível entendermos o tipo histológico da lesão e avaliarmos a profundidade com a qual a lesão atingiu a bexiga. 

A avaliação dessa profundidade é importantíssima, pois classificará o tumor em estágios e em conjunto com a avaliação do tipo histológico do tumor irá determinar o tratamento: 

•           1ª situação: com a extração da lesão se constata ausência de invasão profunda e tumor pouco agressivo. O paciente foi curado dessa lesão.

•           2ª situação: a análise demonstra múltiplos tumores ou tumor muito agressivo, mas sem invasão profunda. O paciente poderá necessitar de tratamento com aplicações de substâncias imunogênicas no interior da bexiga – o BCG na maior parte dos casos.

•           3ª situação: existe comprometimento profundo da bexiga. O paciente precisará de tratamento radical com cirurgia para ser curado. Também existe a possibilidade de quimioterapia associada a radioterapia, mas com índices reduzidos de cura. 

Após o diagnóstico e tratamento de uma lesão pequena e pouco agressiva, o paciente deve lembrar-se que ficou curado dessa lesão em particular, mas que sua bexiga poderá desenvolver outros tumores. Isso implica em um seguimento vigilante por muitos anos e que não deve ser deixado de lado.

 

Como é a Cirurgia? 

A cirurgia de câncer de bexiga pode incluir:

 

1.         Ressecção transuretral da bexiga (RTU de bexiga): a lesão da bexiga é removida pela uretra sem necessidade de cortes e o leito onde se encontrava é biopsiado.


2.         Remoção parcial ou completa da bexiga: algumas pessoas com câncer de bexiga cuja lesão atingiu os níveis mais profundos podem precisar extrair a bexiga (cistectomia radical). Nessa situação, protocolos científicos mais modernos, podem demandar quimioterapia pré ou pós cirurgia com o intuito de aumento da sobrevida. Em algumas situações especiais, apenas uma parte da bexiga pode ser removida. 

A retirada da bexiga (cistectomia radical) juntamente com a próstata e vesículas seminais no homem e útero, ovários e parede vaginal anterior na mulher, acompanhados da retirada de linfonodos pélvicos, é o tratamento padrão, proporcionando sobrevida de até 85% em 5-10 anos se não houver metástases e de 35% se os linfonodos estiverem acometidos. 

A reconstrução urinária é realizada no mesmo momento da cirurgia radical e pode ser feita a neobexiga ortotópica (para a uretra), heterotópica (para a pele) ou conduto ileal de Bricker(também para a pele), dependendo do estado geral do paciente e acometimento ou não da uretra. 

A reconstrução mais frequentemente utilizada é a neobexiga, feita com uma parte do intestino que é novamente conectado a uretra do paciente, sem a necessidade da permanência de bolsas coletoras. A cirurgia é realizada pela via aberta, mas com o crescimento da cirurgia robótica, também é possível fazer o procedimento com o auxilio dessa tecnologia.

 

Existem medidas preventivas? 

Sim, existem. Pare de fumar imediatamente. Parar de fumar reduz o risco entre 30% e 60%. Ele nunca volta a ser como o de quem nunca fumou, mas quanto mais tempo sem fumar, menor a chance de tumor. 

Evite exposição às substancias carcinogênicas (vide acima). 

Há alguma evidência de que dietas muito ricas em gordura e colesterol aumentam o risco de câncer de bexiga, evite essas dietas. 

Evite o uso crônico de cateteres de drenagem da urina na bexiga (sondas vesicais).

 

 

Dr. Cesar Camara - formado em medicina pela USP com especialização em Cirurgia Geral e Urologia pela mesma instituição e atua no Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo.

 

Rinite alérgica: inverno exige cuidados redobrados; veja dicas

As alergias respiratórias - como a rinite alérgica, que acomete mais de 37% dos jovens -, podem ser agravados nos períodos de clima frio e pelas mudanças no dia a dia durante o inverno. Alguns cuidados podem ajudar a evitar episódios de crises e melhorar a qualidade de vida dos alérgicos

 

A rinite alérgica é uma das principais alergias que acomete a população, sendo considerada um problema de saúde pública global, já que afeta mais de 400 milhões de pessoas no mundo. Ela é mais comum em pessoas com idade entre 10 e 50 anos, sendo menos frequente em idosos. Só no Brasil, mais de 37% dos adolescentes apresentam esse tipo de alergia.1

Além de ser muito comum na população, existem indícios de que esse tipo a rinite alérgica está ficando mais frequente ao longo dos anos. De acordo com o IV consenso brasileiro sobre rinites -atualização sobre rinite alérgica, elaborado pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Crânio-Facial e Sociedade Brasileira de Pediatria -, a frequência da rinite alérgica, tem aumentado, principalmente entre a população mais jovem.1

Diversos são os fatores que podem ser aventados para explicar esse aumento de casos de rinite alérgica, entre eles: mudanças climáticas, poluição, urbanização e diversos fatores que levam a uma maior exposição aos agentes alérgenos, que são aquelas substâncias que desencadeiam a reação alérgica, como é o caso da rinite alérgica.

Os sintomas dessa alergia podem ter grande impacto no dia a dia das pessoas podendo levar a alteração do sono, rendimento diminuído na escola ou no trabalho, atrapalhar o lazer ou as atividades diárias. E, para piorar, os potenciais gatilhos (os alérgenos) para as crises estão por toda parte, dentro e fora de casa.2

"Existem centenas de alérgenos que podem desencadear uma crise de rinite, como os ácaros e as substâncias provenientes de insetos como baratas, da pele de animais domésticos ou dos fungos (mofo). A lista de substâncias é enorme e inclui também outras substâncias, como poluentes que estão dentro de casa, fumaça de cigarro, perfumes e produtos de limpeza", explica Mauricio de Souza, gerente médico da Bayer.

"Devemos ter um cuidado especial com os ácaros e fungos, que têm no inverno um clima mais propício para o seu desenvolvimento. A maior proliferação desses agentes causadores de rinite alérgica associada a ambientes mais fechados por causa do frio favorece ainda mais as crises de rinite alérgica", explica o gerente médico.

Ainda segundo o médico, para amenizar as crises, é muito importante realizar a higienização do ambiente e tentar evitar ao máximo o contato com substâncias que podem desencadear a rinite alérgica. "Medidas simples como a manutenção da limpeza de casa ou do escritório, evitando o acúmulo de poeira, deixar as janelas abertas para que o ar circule nos ambientes, além de cuidados com a saúde, como evitar fumar e beber bastante água, podem contribuir na prevenção desses episódios, proporcionando ao alérgico uma melhor qualidade de vida".

Peças de roupa guardadas há muito tempo no armário, como agasalhos de lã, também acabam por acumular ácaros. "Para os ácaros, que não gostam de calor, o ideal é lavar essas peças antes de usá-las, para garantir a eliminação desses alérgenos. Lavar todas as roupas de cama e cobertores uma vez por semana em água quente (a pelo menos 54 °C) também pode ajudar a mantê-los bem longe", recomenda o especialista. Para lavar as roupas de cama com segurança, é importante estar atento às instruções do fabricante.


Lidando com a rinite alérgica

Para ter a rinite alérgica sob maior controle, é importante estar atento às substâncias que podem desencadear as crises. Um ambiente limpo, arejado, sem animais (de verdade ou de pelúcia, já que esses podem conter ácaros) ajuda bastante. Ao limpar a casa, é interessante passar um pano úmido no lugar de usar uma vassoura. Optar por janelas com persianas também pode ajudar, já que elas podem ser limpas com mais facilidade. Outra dica importante é fazer com frequência uma inspeção do ambiente onde se vive, em busca de possíveis agentes causadores da rinite alérgica, além de estar sempre atento aos cuidados com a saúde de uma forma geral. A rinite alérgica, muitas vezes, favorece a asma e o acompanhamento com um médico pode ser importante.

Para amenizar esses sintomas tão incômodos da rinite alérgica, os antialérgicos, como Claritin®, são ótimos aliados para que as pessoas consigam conviver bem com esse tipo de doença. Produzido com o anti-histamínico loratadina, Claritin® age interrompendo a cascata alérgica e proporciona o alívio dos sintomas ocasionados pelos mais variados tipos de alérgenos. Além disso, quando usado nas doses recomendadas, o produto geralmente não causa sono³. Seu uso é indicado para adultos e crianças maiores de 12 anos, e a dosagem recomendada é de 1 comprimido por dia.3

 

Claritin®

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CLARITIN® É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.

 


Bayer

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Referências

1. Sakano E et al. IV Brazilian Consensus on Rhinitis --- an update on allergic rhinitis. Braz J Otorhinolaryngol. 84(1):3-14. 2018.

2. Vedanthan PK et al. Textbook of allergy for the clinician. p. 78-88. 2nd ed. CRCpress. 2021.

3. Kay GG. Loratadine: a non-sedating antihistamine. 1999. 29 (3). 147-150


Dia 29 - Dia Mundial de Combate ao Tabagism

A obesidade e o fumo são as principais causas de morbimortalidade,evitável em todo o mundo. Aproximadamente nove milhões de adultos fumam e são obesos. A maioria dos fumantes ganha peso ao parar de fumar, o que pode interferir nos esforços de desistência.


Portanto, ajudar os fumantes obesos a parar de fumar e evitar o ganho de peso deve ser uma prioridade de saúde pública.

O ganho de peso associado ao abandono do tabaco se deve em grande parte, ao aumento da ingestão e à redução do gasto de energia. Algumas pessoas relatam aumento da fome como sintomas de abstinência.Outro fator é devido à remoção dos efeitos da nicotina no sistema nervoso central. Alguns fumantes tentam lidar com a ausência de nicotina, substituindo o comportamento de fumar, 'mão-na-boca', por comer. A comida também pode ser reconfortante. Se uma pessoa que parou de fumar estiver com dificuldades durante este período, ela poderá se consolar com guloseimas, na tentativa de sentir-se melhor.

A insatisfação com o peso ou a forma do corpo está associada ao início do tabagismo, a dificuldades na desistência do vício,e ainda aumenta o risco de recaída. Isso pode ter relação com a crença de que fumar é um método eficaz de controle do peso. Estes conflitos e contradições que os fumantes obesos vivem é difícil, pois se eles não param de fumar, estão em risco pelo fumo, e se descontinuamo vício,estão em risco pelos efeitos do ganho de peso.

Estudos indicam que indivíduos usam o cigarro como um substituto de comida quando não querem engordar, e usam a comida como substituto de cigarro quando não querem fumar. Por outro lado, fumar também pode se tornar parte integrante de refeições ou rituais alimentares. Por exemplo, o cigarro é uma espécie de sobremesa. Para muitos fumantes, terminar uma refeição sem fumar um cigarro é um importante obstáculo a ser enfrentado ao deixar o tabaco.



Talvez seja um bom começo para quem quer abandonar o vício,é tentar dissociar esta forte conexão comportamental entre esses dois "prazeres" comer e fumar.

Claramente, a luta para parar de fumar é complicada e, para muitas pessoas, o temido ganho de peso e rituais prazerosos complicam ainda mais o tratamento. O tabagismo e a obesidade são questões desafiadoras de saúde, inseridas em contextos pessoais e sociais complexos.

Isso se torna ainda mais difícil para aqueles indivíduos adeptos a dietas restritivas. Neste caso a estratégia é a atividade física regular e alimentação saudável, para evitar uma drástica redução de calorias. Além disso a incorporação do gerenciamento do estresse (meditação, caminhadas ao ar livre entre outros)pode ajudar as pessoas a lidarem com as situações estressantes da vida, sem recorrer à comida ou ao cigarro.

Como vimos é necessário um menu de estratégias e intervenções para ajudar os fumantes a separar as relações entre alimentação, controle de peso e tabagismo, a fim de se beneficiar de práticas de mudanças de comportamento e estilo de vida saudável.

Aqui estão algumas sugestões que podem ajudá-lo a se sentir melhor ou mudar seu foco quando sentir necessidade de pegar um cigarro:

• Defina um padrão regular e evite pular as refeições. Sentir fome pode fazer com que você sinta vontade de pegar um cigarro, mas se você seguir um padrão saudável de três refeições e dois ou três pequenos lanches, poderá evitar esse sentimento. Um bônus é que isso poderá ajudá-lo a manter seu peso.

• Palitos de cenouras cruas, pepinos e pimentões são crocante e irão manter sua boca distraída.

• Faça pipoca, mas sem a manteiga. A pipoca é rica em fibras e baixa em calorias, além de manter as mãos ocupadas. Se preferir adicione uma mistura de tempero de ervas, alho e cebola em pó ou um pouco de pimenta.

• Frutas frescas, como laranjas, peras, maçãs e bananas, são boas opções. Elas são doces, mas também são ricos em vitaminas, antioxidantes e fibras. Isso é importante porque antioxidantes e vitamina C são suprimidos pelo fumo.

•·Fumar afeta o seu paladar. Durante um programa de cessação do tabagismo, você pode achar que os alimentos começam a ter um sabor diferente, mais gostoso. Pode ser um ótimo momento para experimentar e desfrutar novos alimentos e sabores.

• É difícil dimensionar a diferença entre a fome e os desejos de abstinência. Porém tente adquirir o hábito de 'ouvir' seu corpo antes de decidir o que vai comer.

• Reduza o consumo de alimentos com alto teor de gordura, sal e açúcar.

• Exercite-se com frequência. A inatividade física é fator de risco para ganho de peso.

Seja gentil consigo mesmo. Parar de fumar é difícil, mas melhorar sua dieta ao mesmo tempo pode ajudá-lo ao longo do caminho. Lembre-se de que leva algum tempo para mudar seus hábitos antigos para novos hábitos saudáveis. Não se aborreça se escorregar. Viva um dia de cada vez.

 


Adriana Stavro - Nutricionista Mestre pelo Centro Universitário São Camilo.
Especialista em Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) pelo Hospital Israelita Albert Einstein
Pós graduada em Nutrição funcional pela VP e em Fitoterapia pela Courses4U
Instagram -@adrianastavronutri


Apneia do sono ​x problemas cardiovasculares: especialistas explicam como as dificuldades para dormir bem podem significar algo mais grave

 

Shutterstock

SAOS atinge 33% da população brasileira, mas muitas pessoas sequer sabem que têm a doença, alertam médicos do sono do Hospital Paulista


A qualidade do sono é uma preocupação constante de médicos e pacientes mundo afora, dada a importância que o bom descanso tem para a qualidade de vida. Pesquisa do Ministério da Saúde indica que 50% dos brasileiros sofrem com alguma dificuldade para dormir, estando a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) entre as principais doenças, atingindo cerca de 33% da população adulta.

Como a doença aumenta os riscos de desenvolver problemas cardiovasculares, que são a principal causa de morte no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e muitas pessoas nem sequer sabem que sofrem de apneia do sono, os cuidados precisam ser redobrados.

Os médicos do sono Dr. Braz Nicodemo Neto e Dr. Nilson André Maeda, ambos otorrinolaringologistas do Hospital Paulista, explicam que as pessoas que sofrem de SAOS nas formas moderadas e graves, mas não tratam a doença, têm ainda mais chances de desenvolver problemas do coração.

Segundo os especialistas, a SAOS pode estar presente em 50% dos pacientes portadores de fibrilação atrial, chegando a 80% nos casos de fibrilação atrial crônica persistente, e em 30% dos pacientes coronarianos. Estudos apontam ainda que entre 12 e 53% das pessoas que têm a síndrome também sofrem de insuficiência cardíaca, e que a sua prevalência em pacientes que sofreram Acidente Vascular Cerebral (AVC) é muito mais alta do que na população geral, podendo chegar a 70%.

Por conta da correlação entre a síndrome e os riscos ao coração, os cardiologistas costumam encaminhar os pacientes com eventuais sinais de apneia para realização da polissonografia, exame não invasivo que mede a atividade respiratória, muscular e cerebral (além de outros parâmetros) durante o sono.

Quando não tratada, a apneia do sono ainda pode levar a casos de hipertensão arterial sistêmica. Conforme os médicos, ao menos 35% dos hipertensos também sofrem com a síndrome, podendo chegar a 70% em casos de hipertensão arterial refratária, considerada mais difícil de controlar.


Paradas respiratórias

A apneia obstrutiva do sono trata-se de uma limitação do fluxo de ar que ocorre na faringe, sendo mais intensa que apenas um ronco, levando a repetidas paradas respiratórias enquanto o indivíduo dorme.

Dr. Braz ressalta que estas pausas causam a diminuição da oxigenação e pequenos despertares, estimulando o sistema nervoso simpático - responsável por preparar o corpo para lidar com situações de estresse ou emergência -, e podendo ocasionar uma vasoconstrição, levando a um quadro de hipertensão arterial sistêmica.

"A diminuição da oxigenação, seguida de uma reoxigenação, é capaz de formar radicais livres que levam a um estresse oxidativo considerável, que contribui para as doenças cardiovasculares."


Diagnóstico

Sabendo dos riscos da correlação entre a síndrome da apneia obstrutiva do sono e as doenças cardiovasculares, principalmente quando ela não é tratada, é de suma importância que o diagnóstico de ambas as patologias seja feito precocemente.

Segundo o Dr. Nilson, é por este motivo que os cardiologistas encaminham os pacientes com suspeita do quadro para a avaliação de um médico do sono. "É muito comum estes pacientes já estarem em tratamento para hipertensão e apresentarem exame de medição da pressão arterial de 24h (MAPA) com aumento dos níveis, inclusive durante o sono."

Dr. Nilson ainda explica que, com o diagnóstico e o tratamento da apneia, é possível reduzir os riscos de possíveis sequelas, bem como as internações hospitalares, procedimentos invasivos e, até mesmo, as chances de óbito.

"Pessoas roncadoras, que vivem sonolentas e têm um sono fragmentado e não reparador, necessitam da avaliação de um especialista em medicina do sono", salienta o médico.

Considerado padrão ouro por conta da precisão do diagnóstico, o exame polissonográfico, composto por eletroencefalograma, eletromiograma, eletrocardiograma e eletro-oculograma, consiste em monitorar as variáveis eletrofisiológicas, além de avaliar os fluxos de ar nasal e bucal, movimentos do tórax e abdômen, ronco e oximetria durante o sono do paciente.

"O diagnóstico é feito de forma simples, mas é necessário que o especialista esteja ciente de todas as queixas do paciente", alerta o Dr. Braz, destacando que a diminuição do peso e a redução no consumo do álcool podem servir como medidas preventivas.


Confira a tabela de sintomas indicativos da SAOS:


Tratamento


A melhor forma de tratar a Apneia Obstrutiva do Sono é analisando a origem e a intensidade do distúrbio. Pessoas obesas têm uma predisposição maior à doença, porém, indivíduos magros, mulheres e crianças também podem desenvolver AOS, por causas multifatoriais.

Os médicos explicam que existe uma classificação de gravidade da doença. Dessa forma, cada paciente tem o tratamento indicado de maneira individualizada, de acordo com a sua necessidade e anatomia, por isso a importância de um acompanhamento especializado.

Atualmente, os principais tratamentos para a doença são o uso de pressão positiva em via aérea (CPAP), aparelhos bucais de avanço mandibular usados durante o sono e confeccionados pelo dentista, terapia fonoaudiológica, e em alguns casos, a resolução pode ser através de cirurgia na região da faringe.

 


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Esclerose múltipla: conheça os sinais de alerta para diagnóstico do paciente

No dia da Conscientização da Esclerose Múltipla, especialista em doenças degenerativas traz informações sobre os estágios da doença e o papel da família no tratamento

 

O fim do Agosto Laranja está chegando e, com ele, o Dia da Conscientização da Esclerose Múltipla (30/08), que é dedicado a esclarecer sobre a doença rara e autoimune que afeta cerca de 2,3 milhões de pessoas no mundo, segundo a Federação Internacional de Esclerose Múltipla.

A EM (Esclerose Múltipla) é uma "doença neurológica inflamatória e degenerativa que produz inflamação cerebral com formação de placas presentes tanto no cérebro, na região cortical e subcortical, como na medula", conforme explica o neurologista, especialista em doenças degenerativas e membro da Doctoralia , Flávio Sallem .

Foi pensando nesta data de conscientização, que a Doctoralia, em conjunto com o especialista, reuniu algumas informações para desmistificar a doença, além de promover o diagnóstico e o tratamento precoce. Confira!

Formas e sintomas

Por se tratar de uma patologia com manifestações distintas, são as diversas formas da EM que facilitam a identificação do diagnóstico e tratamento, visto que não há cura.

"A forma Remitente-Recorrente (EMRR), geralmente responde por 85% dos eventos em geral. Nela, ocorrem surtos que podem se resolver completamente ou podem deixar sequelas, com frequência variada. Já a forma Secundariamente Progressiva (EMSP) é sempre derivada da remitente recorrente, em que o paciente começa a ter uma neurodegeneração pior da marcha, ou seja, o deslocamento de um ponto para o outro e dos movimentos em geral", comenta o neurologista.

Na EMSP, ela é definida quando o paciente apresenta inicialmente surtos e remissões e, após algum tempo, a doença se torna progressiva e o paciente piora de forma lenta, sem que obrigatoriamente tenha novos surtos.

Ainda segundo o especialista, outro estágio da doença é a EM Primária Progressiva (EMPP), no qual o paciente tem uma alteração de marcha sem muitos surtos, mas com sequelas e sintomas progressivos da doença medular em geral.

Apesar de variáveis, os sintomas da Esclerose Múltipla mais comuns entre brasileiros são: neurite óptica, ou seja, perda visual; fraqueza muscular dos membros inferiores e membros superiores; alterações cognitivas, de memória, espaciais ou frontais e de linguagem; e, por fim, surtos simulando o AVC.


O papel da família

Para Sallem, um dos principais papeis da família do paciente é a compreensão. "É preciso entender que não se trata de frescura ou fraqueza, mas de uma doença neurológica que pode evoluir para um quadro de deficiência", reforça.

Além da vulnerabilidade para a violência doméstica, historicamente, as pessoas com deficiência lidam com baixo acesso ao mercado de trabalho, à mobilidade urbana e à educação. De acordo com o relatório mais atual do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFD), de 2020, foram registradas 12.868 denúncias de violências praticadas contra Pessoas com Deficiência.

"Orientar o paciente, ser seu porto seguro, auxiliá-lo nas tarefas do dia a dia ou em demandas mais difíceis, fornecer as medicações e acompanhamento também são cuidados extremamente necessários para que o paciente possa ter uma vida mais tranquila e positiva", conclui o médico.



Doctoralia


Terceira idade: a importância da nutrição para a manutenção da saúde na geriatria

Divulgação
Especialista explica porque a boa alimentação é uma grande aliada da terceira idade para promover a longevidade e qualidade de vida

 

Com o passar dos anos, alguns efeitos do tempo viram parte da rotina das pessoas. A chegada da chamada terceira idade é marcada justamente pelos efeitos das mudanças físicas causadas pelos anos vividos, que são sentidos diretamente na saúde. O envelhecimento também engloba mudanças fisiológicas, que combinam com a redução de gastos energéticos.  

A nutrição precisa se adequar a essas mudanças e pode beneficiar o indivíduo com a ingestão de nutrientes específicos. Irani Gomes dos Santos Souza, coordenadora do curso de graduação em nutrição da Faculdade Santa Marcelina, explica que é necessário se atentar à ingestão de cálcio, vitamina D e outros nutrientes, além das dificuldades com mastigação e digestão: “Uma das mudanças fisiológicas é a diminuição da produção do ácido clorídrico, responsável pela digestão e que facilita a absorção de alguns nutrientes, como ferro e vitamina B12”. 

Irani explica que também é recomendada a redução de alimentos ultra processados na dieta de idosos, como embutidos, refrigerantes e bebidas artificiais, e reduzir o consumo de sal e açúcar.  

Outra questão é o uso da dieta como estratégia no tratamento de determinadas doenças. O consumo de alguns alimentos pode reduzir ou piorar os sintomas, de forma que a nutrição se torna parte essencial para um tratamento integrado. “Um bom exemplo é a diverticulose. Esse caso pode ser comum na terceira idade, potencializada por redução do consumo de fibras e baixa ingestão hídrica”, comenta Irani.  

A nutrição também é uma estratégia para tratamentos preventivos, bem como na retardação do processo de envelhecimento. Isso pode ser feito através da ingestão de alimentos antioxidantes que, de acordo com Irani, reduzem a produção de radicais livres que são estabelecidos naturalmente pelo nosso corpo. 

Um obstáculo que pode existir na nutrição de idosos é a própria dificuldade de adaptação a uma nova rotina alimentar. Para isso, ferramentas como banho de sol para a absorção de vitamina D, uso de suplementações prescritas por profissionais da saúde, escolha de alimentos integrais e a redução do consumo de bebidas alcóolicas se tornam um passo simples, mas significativo para um envelhecimento mais saudável. 

 


Faculdade Santa Marcelina


Desinformação ainda é um dos grandes entraves para o diagnóstico e tratamento da Esclerose Múltipla

A Esclerose Múltipla afeta cerca de 35 mil pessoas no país. Para conscientizar a sociedade sobre a doença foi criado o Agosto Laranja. Segundo Herval Neto, médico neurologista, a esclerose múltipla é uma doença neurológica crônica, sem causa determinada e sem cura, em que as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando a perda de mielina, uma substância cuja função é fazer com que o impulso nervoso percorra os neurônios de forma rápida. Por isso, quanto antes diagnosticada, mais chances de vida sem limitações importantes tem o paciente.

De acordo com o especialista, apesar de não ter cura, a esclerose múltipla possui tratamento, por meio do controle dos sintomas e da diminuição da progressão da doença. No entanto, mesmo com os significativos avanços da ciência nesta área, o diagnóstico precoce é um dos grandes entraves para que portadores consigam iniciar o tratamento o quanto antes. "A demora é causada principalmente pela falta de informação sobre a esclerose múltipla e seus sintomas, que podem ser confundidos com os de diversas outras doenças --mesmo pelos profissionais de saúde que fazem os primeiros atendimentos", afirma o médico.

Dentre os sintomas mais comuns estão fadiga imprevisível ou desproporcional à atividade realizada; alterações fonoaudiológicas, como fala lenta, palavras arrastadas, voz trêmula e dificuldade para engolir; visão dupla ou embaçada; problemas de equilíbrio e coordenação; sensação de queimação ou formigamento em alguma parte do corpo e de aparecimento espontâneo; perda de memória e raciocínio; transtornos emocionais; e problemas vesicais e sexuais, como perda de libido e sensibilidade.

A EM pode se manifestar de duas principais formas, a recorrente e a primária progressiva. A forma recorrente é a predominante, ocorrendo em torno de 85% dos casos. Já a forma primária progressiva progride independentemente de surtos e é considerada a mais agressiva. "Até poucos anos atrás não havia tratamentos medicamentosos comprovadamente efetivos e aprovados para essa forma da doença. Hoje, felizmente, já existem terapias para os dois tipos de EM. No entanto, esse caminho é longo, a mobilização e a participação da sociedade são imprescindíveis para fomentar o tema junto aos atores envolvidos e fazer com que as novas tecnologias para o tratamento da doença cheguem, de fato, a quem precisa delas", conclui o especialista.


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